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Os limites da liberdade de expressão

22 Dezembro, 2010

Blogger condenado a 33 meses de prisão efectiva por ameaçar três juízes federais norte-americanos no seu blogue, incluindo os conhecidos (sobretudo pelos seus trabalhos académicos) Richard Posner e Frank Easterbrook. Hal Turner, o blogger condenado, escreveu no seu blogue que os juízes mereciam ser assassinados, depois de uma decisão favorável à legislação sobre a proibição de armas na cidade de Chicago. Curiosamente, a decisão foi revogada pelo Supreme Court há poucos meses.

28 comentários leave one →
  1. CN's avatar
    22 Dezembro, 2010 12:48

    Suponho que terá sido por incitamento a crime, não?

    O crime por incitamento é também um crime muito duvidoso, tal como o direito ao bom nome e outros que tais e aqui se demonstra o seu problema, são evocados como “Já há outras limitações, portanto…”, venha mais esta e aquela e mais outra…porque… já há limitações.

    Mas se existe, que dizer de um ou dois políticos americanos conhecidos que disseram que Assange devia ser assassinado?

    E aquelas afirmações de incitamento a guerra, bombardeamentos, etc?

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  2. CL's avatar
    22 Dezembro, 2010 13:07

    Creio que o texto foi interpretado como uma ameaça directa e não como incitamento (dirigido a terceiros) – o que também é duvidoso…

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  3. campos de minas's avatar
    campos de minas permalink
    22 Dezembro, 2010 13:28

    acho justo

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  4. Piscoiso's avatar
    22 Dezembro, 2010 14:34

    A minha tia Ornelas diz que é bullying.

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  5. confrade's avatar
    confrade permalink
    22 Dezembro, 2010 14:59

    olha!! Lá tá o gajo das tias… não tem mesmo emenda.

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  6. voaralho's avatar
    voaralho permalink
    22 Dezembro, 2010 15:38

    Aqueles estadistas e comentadores que apelaram ao assassinato de Assange também vão ser condenados?

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  7. Karocha's avatar
    Karocha permalink
    22 Dezembro, 2010 16:38

    Boa pergunta voaralho!

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  8. Nona Mills's avatar
    22 Dezembro, 2010 17:11

    Suponho que terá sido por incitamento a crime, não? O crime por incitamento é também um crime muito duvidoso, tal como o direito ao bom nome e outros que tais e aqui se demonstra o seu problema, são evocados como “Já há outras limitações, portanto…”, venha mais esta e aquela e mais outra…porque… já há limitações. Mas se existe, que dizer de um ou dois políticos americanos conhecidos que disseram que Assange devia ser assassinado? E aquelas afirmações de incitamento a guerra, bombardeamentos, etc?

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  9. campos de minas's avatar
    campos de minas permalink
    22 Dezembro, 2010 17:55

    crime & castigo

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  10. Francisco's avatar
    Francisco permalink
    22 Dezembro, 2010 18:26

    Pois é.
    Juízes, políticos, muçulmanos.
    Não se pode exterminá-los!!!?

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  11. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    22 Dezembro, 2010 19:33

    Tal como em todas as leis os limites da liberdade de expressão dependem apenas do número dos que as violam.

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  12. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    22 Dezembro, 2010 19:34

    Por exemplo, Limites à Liberdade de Expressão numa Manif?

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  13. será's avatar
    será permalink
    22 Dezembro, 2010 20:26

    O líder do Bloco assenta a sua argumentação nas «105.378 acções da Sociedade Lusa de Negócios, dona do BPN, compradas a um euro cada por Cavaco Silva» e que foram vendidas «a 17 de Dezembro de 2003, por 2,5 euros, com um lucro de 147.500 euros». «As acções estavam depositadas na conta 6196171, do próprio Cavaco Silva, no BPN»

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  14. Henrique Sousa's avatar
    22 Dezembro, 2010 23:00

    http://economia.publico.pt/Noticia/presidente-da-edp-diz-que-as-tarifas-dos-domesticos-nao-incentivam-mudanca_1472177
    Vale a pena ler esta! Alegre é farinha do mesmo saco que Sócrates! Será permitido dizer isto?

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  15. Henrique Sousa's avatar
  16. Harpad's avatar
    22 Dezembro, 2010 23:57

    Parece-me que ameças de morte/icentivos ao assassinato e liberdade de expressão não são exactamente a mesma coisa…

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  17. Gol(pada)'s avatar
    Gol(pada) permalink
    23 Dezembro, 2010 00:21

    A CAIXA QUE ADORMECEU O MUNDO
    TVI + FÁTIMA LOPES = VERGONHA
    Chama-se “Agora é que conta”, passa na TVI” e é apresentado por Fátima Lopes.
    O programa começa com dezenas de pessoas a agitar uns papéis.
    Os papéis são contas por pagar. Reparações em casa, prestações do carro, contas da electricidade ou de telefone. A maioria dos concorrentes parece ter, por o que diz, muito pouca folga financeira.
    E a simpática Fátima, sempre pronta a ajudar em troca de umas figuras mais ou menos patéticas para o País poder acompanhar, presta-se a pagar duzentos ou trezentos euros de dívida.
    “Nos tempos que correm”, como diz a apresentadora – e “os tempos que correm” quer sempre dizer crise -, a coisa sabe bem.
    No entretenimento televisivo, o grotesco é quase sempre transvestido de boas intenções.

    Os concorrentes prestam-se a dar comida à boca a familiares enquanto a cadeira onde estão sentados agita, rebolam no chão dentro de espumas enormes ou tentam apanhar bolas de ping-pong no ar. Apesar da indigência absoluta do programa, nada disto é novo. O que é realmente novo são as contas por pagar transformadas num concurso “divertido”.
    Ao ver aquela triste imagem e a forma como as televisões conseguem transformar a tristeza em entretenimento, não consigo deixar de sentir que esta é a “beleza” do Capitalismo:
    Tudo se vende, até as pequenas desgraças quotidianas de quem não consegue comprar o que se vende.

    Houve um tempo em que gente corajosa se juntava para lutar por uma vida melhor e combater quem os queria na miséria. E ainda há muitos que não desistiram. Mas a televisão conseguiu de uma forma extraordinariamente eficaz o que os séculos de repressão nem sonharam:
    Pôr a maioria a entreter-se com a sua própria desgraça.
    E o canal ainda ganha uns cobres com isso.
    Diz-se que esta caixa mudou o Mundo.
    Sim: consegue pôr tudo a render. Até as consequências da maior crise em muitas décadas.

    Entretanto a apresentadora recebe 40.000€ por mês.
    Foi este o valor da transferência da SIC para a TVI. Uma proposta irrecusável segundo palavras da própria.

    A pobre da Fátima Lopes só ganha 1290 euros por dia!!!.
    Brincando com miséria dos outros, pobre povo português, sem alternativas, mas miseravelmente felizes.

    Este artigo de Daniel Oliveira (http://aeiou.expresso.pt/antespelocontrario) é sobre aquilo que nunca vi na TVI, mas que se visse reagiria, também, com indignação. É algo de escabroso que se houvesse um pouco de decência já não estaria a ser transmitido. Usar os desgraçados é um abuso intolerável, é brincar com as pessoas e a sua miséria.
    PAGAR AS DÍVIDAS e fazer disso um espectáculo é obsceno.
    A TVI torna-se, assim, uma obscenidade !…
    (recebido por mail)

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  18. O SÁTIRO's avatar
    23 Dezembro, 2010 02:49

    Por falar em liberdade de expressão…ou como a liberdade não denuncia os crimes contra a Humanidade!
    E em Direitos Humanos…ou como são espezinhados e silenciados por que mais se gaba deles…

    http://mentesdespertas.blogspot.com/2010/12/selvajaria-islamica-genocidio-racista.html

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  19. scriabin's avatar
    scriabin permalink
    23 Dezembro, 2010 11:52

    lucklucky, não percebi o que quer dizer. O limite à liberdade de expressão numa manifestação é a que você quiser. Se lá lhe chamarem corrupto ou coisa pior, é livre de processar quem o faz. E não depende nada do número de pessoas. É a mesma coisa, se uma pessoa apenas lhe chamar aqui as mesmas coisas. Como sabe, o que não faltam é comentários e posts em blogues a chamarem tudo e mais alguma coisa a quase toda a gente.

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  20. scriabin's avatar
    scriabin permalink
    23 Dezembro, 2010 12:16

    CN,
    O problema do incitamento ao crime, bem como o bom nome, só é “duvidoso”, quando calha aos outros. Não não será tão relativo quando nos calha a nós. Que faria o CN, se num comentário num blogue, ou numa carta a um jornal, ou declaração pública na televisão, incitassem ao seu assassinato? Ou se alguém, nas mesmas circunstâncias, o difamasse, imputando-lhe a prática de um crime? Mais: Para além do que você faria, o que deveria fazer o “dono” do bolgue ou o director do jornal ou televisão? Advogaria que publicassem/divulgassem isso?

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  21. CN's avatar
    24 Dezembro, 2010 09:55

    Caro scriabin

    Esses actos são altamente imorais e devem ser condenados pelo ostracismo social, não recorrendo ao direito penal. Se não existirem leis para suposta defesa do “bom nome” (seja lá o que isso for), toda e qualquer afirmação gratuita não fundamentada vai ter sempre a grande desconfiança geral de todos, só fontes credíveis, com um passado de seriedade seriam consideradas.

    Pelo contrário, as actuais leis de bom nome dão uma falsa certificação a determinadas fontes de propagarem o mau nome, porque lhe dão credibilidade, já que o raciocínio é que se a outra pessoa não reage é porque deve ser verdade.

    Essas leis protegem na verdade poderosos económicos e políticos, que se vêm assim protegidos, dado poderem recorrer à máquina judicial contra quem se calhar com verdade, têm muito a dizer sobre elas mas não têm capacidade de uma batalha judicial para provar que não é ataque a “bom nome”.

    Conclusão: essas leis, têm o preciso efeito contrário e protegem as elites.

    Quanto ao incitamento ao crime, cada caso é um caso, mas as pessoas convivem bem com incitamentos de actos de guerra contra terceiros países/nações, logo aqueles onde em vez de uma morte provoca por norma milhares delas.

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  22. scriabin's avatar
    scriabin permalink
    24 Dezembro, 2010 14:39

    CN, o “ostracismo social” é o que você desejaria que houvesse no seu mundo ideal, ou é o que você acha que existe? É que é esse tipo de jornalismo e comentários os que mais vendem, como sabe. De que “ostracismo social” é que está a falar? Voltando à minha pergunta: advogaria que um jornal publicasse um incitamento ao seu assassinato, ou que lhe chamasse corrupto ou pedófilo? era isso que eu lhe perguntava. Ficava à espera do tal “ostracismo”, ou agiria, junto do tribunal e junto do jornal, para que não voltasse a acontecer?

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  23. CN's avatar
    24 Dezembro, 2010 16:38

    É o que mais existe excepto contra aqueles que ameaçam e têm a capacidade de retaliar usando esses mecanismos. Essas publicações têm cuidado contra quem lançam boatos sem provas. Sem leis de protecção a desconfiança é permanente e ónus prova está do lado do acusador, mas com essas leis se o prejudicado não recorre a elas pode ser percebido como culpado de não recorrer a elas- ou seja, ainda reforçando mais o mal que essas leis provocam.

    Assim, no meu caso , cada caso seria um caso. Ou ignorando, ou usando a internet, cartas, protesto, quem sabe um par de estalos, poderia em caso extremo ser obrigado a recorrer a elas porque como já disse, a sua própria existência inverte o sentido do ónus e escusaria eu de ser o mártir crucificado pela disfunção provocada pelo sistema legal com o qual não concordo.

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  24. scriabin's avatar
    scriabin permalink
    25 Dezembro, 2010 22:07

    CN, ou você é muito ingénuo, ou está a dar-me tanga. Mas que ónus da prova? Você acha que sem leis, existiria a preocupação com o ónus da prova que há agora? Sem leis, policia ou tribunais para condenarem a calúnia ou a difamação, alguém poderia vir a um blogue, a uma rede social, ou a um jornal, tanto faz, e inventar que você fez isto ou aquilo, ou a sua família, e você não poderia fazer absolutamente nada. Ou a incitar ao seu assassinato. Essa do “ostracismo social”, é de partir rir. Onde é que você vive? Você é nitidamente bastante novo e tem o coração puro. Mas não julgue toda a gente pela sua bitola. A vida pode dar-lhe oportunidades para usar a lei como qualquer um dos mortais. Só falta dizer-me que não devia haver leis contra o roubo, porque basta a vergonha do ladrão para lhe devolver o material roubado, ou que ia você procurar o ladrão para lhe dar chapadas, ou porque os vizinhos do ladrão lhe devolviam o material.

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  25. CN's avatar
    27 Dezembro, 2010 13:40

    ” Sem leis, policia ou tribunais para condenarem a calúnia ou a difamação, alguém poderia vir a um blogue, a uma rede social, ou a um jornal, tanto faz, e inventar que você fez isto ou aquilo, ou a sua família, e você não poderia fazer absolutamente nada. ”

    Volto a repetir que sem leis de protecção, todos os meros boatos, notícias não fundamentadas, teriam menos credibilidade que têm hoje em dia, e que essas leis se protegem alguém é apenas os que mais facilmente conseguem tirar partido dela (poderosos), prejudicando quem não pode recorrer à justiça (e que como o ónus fica do lado de quem é acusado, ficam em bem pior situação do que não havendo lei de protecção).

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  26. scriabin's avatar
    scriabin permalink
    27 Dezembro, 2010 22:29

    CN, não é você que faz a “credibilidade”, é o mercado. Você não tem voto na matéria no assunto. E é sabido, desde sempre, que o mercado gosta de cuscuvilhices e engole boatos com facilidade. A sua ingenuidade continua a espantar-me. Não estamos a lidar com teorias. Esqueça o que leu até agora (nota-se que lê imenso), estamos a falar de pessoas e situações concretas. Responda, finalmente, a esta pergunta concreta: o que faria se o acusassem publicamente de uma infâmia, como ser pedófilo, inventado factos, ou o que faria se incitassem ao seu assassinato. Responda a questões concretas. Pedia, ou não, ao orgão de comunicação social, ou rede social, que apagassem isso, e faria, ou não, queixa à policia para descobrir o culpado?

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  27. LPedroMachado's avatar
    30 Dezembro, 2010 09:40

    «que dizer de um ou dois políticos americanos conhecidos que disseram que Assange devia ser assassinado?» — CN

    Eu cliquei nos comentários apenas para escrever algo semelhante. 🙂

    «alguém poderia vir a um blogue, a uma rede social, ou a um jornal, tanto faz, e inventar que você fez isto ou aquilo» — scriabin

    Só se fosse um anónimo. E que credibilidade tem um anónimo? Se não fosse anónimo, ele teria de provar o que diz para a sua acusação ter alguma credibilidade. Se não o fizesse, a sua credibilidade passaria a ser zero. Como diz o CN, num mundo sem estas leis, acusações infundadas valeriam bem menos do que valem hoje — seria um mundo mais verdadeiro.

    Mas estas leis até seriam aceitáveis se funcionassem sempre bem. Mas basta reflectir um bocado para concluir que tal é impossível. Uma acusação pode ser verdadeira mas sem provas, e o acusador pode ser preso por dizer a verdade. Uma mera opinião pode passar por difamação. Por outro lado, estas leis não são muito claras, e isso faz com que as pessoas, pelo sim, pelo não, se refreiem de dizer o que pensam ou sabem. Basta ver o exemplo daquela mulher que plagiou a tese de doutoramento na Universidade do Minho, Ana Luísa Braga Soares, professora no Instituto Politécnico do Porto (IPP), «filha de Luís Soares, que liderou o IPP durante largos anos e chegou também a ser professor na UM, apesar de estar já jubilado» ( http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/professora-acusada-de-plagio-na-tese-de-doutoramento_1433658 ). Quando saiu a notícia, o nome da mulher vinha nos jornais. Agora, que a universidade lhe anulou o doutoramento, o nome dela não vem em lado nenhum, quando o normal e útil à sociedade seria que viesse. Um jornalista do “Público”, Samuel Silva, teve uma bronca com o provedor do jornal durante semanas por causa dessa notícia em que o jornalista identificava a mulher. Já na altura era evidente o plágio, mas o provedor veio com a história do direito ao bom nome, que, como se vê, só serve para proteger gente que não tem bom nome. O mesmo jornalista noticiou agora o anulamento do grau, mas sem o nome da plagiadora nem a referência ao pai ( http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/universidade-do-minho-e-a-primeira-do-pais-a-anular-doutoramento-por-plagio_1472839 ). Aqui se vê que a censura imposta pelo provedor resultou. É mais um exemplo do conhecido “chilling effect” causado por estas leis iníquas. Estas leis acabam por contaminar o bom-senso de toda uma sociedade. As pessoas passam mais a temer os advogados dos outros do que a preocupar-se com a verdade.

    Pedro

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  28. ribas's avatar
    ribas permalink
    30 Dezembro, 2010 11:58

    Os limites da liberdade de expressão
    O que é isto?Afinal
    Quando inicia o limite e quando acaba o limite. Estamos perante o infinito menor que zero ou infinito maior que zero no conceito da liberdade de expressão quando um cidadão vê a sua casa assaltada pela polícia a mando de um MMº só porque exigiu respeito pelas leis vigentes, onde os incapazes agentes da autoridade não foram nem são capazes de fazer o seu trabalho, por desconhecimento ou incumprimento que a lei o exige?
    Ah, mas se o cidadão, cumpridor com os seus deveres e tempo e horas pagar os seus impostos, mas informar as autoridades deste país que os corresponsabiliza das consequências adjacentes ao incumprimento do dever, é logo considerado um criminoso, ameaçador, arguído. Isto foi o que me aconteceu a mim. Durante anos a levar com um cão, dia e noite a ladrar. Umas vizinhas que vivem à custa dos nossos impostos a fazerem barulho de dia e de noite. Tudo isto presenciado pela PSP, local. Serviços camarários, etc. Todo o meu povo administrativo estava avisado. Mas cairam-me em cima com um mandado de busca, por ter ameaçado, quando apenas escrevera – serão responsabilizados se algo acontecer, pelo incumprimento da lei.

    mas há mais. Recentemente fui penalizado, uma vez mais, por não ter acreditado numa história mal contada.
    Um colega de trabalho, incompetente profissionalmente, mas acrinhado pelas chefias, inventou umas histórias para demonstrar que era um funcionário respeitável e capaz. A culpa da incapacidade, até nem é dele. É do sistema que não prepara as pessoas convenientemente, mas depois, estes com uns papéis ditos diplomas, acham que são os maiores. Com 3 meses tiram o nono ano e com mais um ano concluem o 12 º ano. Eu não me deixo dominar por tal sistema. Á minha frente, com canudo ou sem canudo têm que me demonstrarem, competências.
    Este colega não mas mostrou. A responsável não foi capaz de cabalmente me demonstrar que este ingénuo cidadão tinhas os condicionalismos para ser meu superior hierárquico. Então o que inventava para contrariar a minha aversão sobre o dito cujo? todos os dias inventava histórias. Hoje desaparecia uma coisa, amanhã, outra, tudo para que a directora de serviços olha-se nele a chave da solução do problema. Eu via o contrário – a erracta sem solução. Então um dia diz que lhe roubaram uns telemóveis de um local onde ninguém sabia, nem tinham chaves. Da minha parte, fui perantório-não acreditar na história. Fui ameaçado pela directora de expulsão da administração e consequente levantamento de processo disciplinar. Convicto que as ameaças eram para cumprir, esperei um ano; esperei dois anos; ao terceiro resolvi mudar de ares pois aquele local de trabalho cheirava a mofo com aquela forma de mal gerir uma instituição. Mas ao abandonar as intalações enviara um e-mail de despedida e das causas a que deram origem, terminando – mas alguém nesta casa acredita no desaparecimento dos telemóveis?
    Mal tinha ocupado o meu espaço noutro trabalho, à perna tinha o processo disciplinar, do antecedente. Um ano de inactividade profissional. É este o meu país, no séulo XXI e sem PIDE, país dito democrático e onde já não há repressão contra os trabalhadores.
    Mais tarde sou confrontado com um processo em tribunal. O caso foi interposto pelo dito acusador do desaparecimento. Uma vez mais sou arguído num processo crime- crime por difamação agravada. É a acusação. Anos a fio a ficar retido no meu país sem a devida liberade de me deslicar par quaisquer lados, sem a devida autorização da justiça.
    Vou a Tribunal e antes do acto de audiência, no interior das instalações, formulam-me este afirmação: não quer chegar a um acordo com o queixoso? A minha resposta fora imediata e negativa, deizendo, já que estou em Tribunal quer saber qual o crime em que estou envolvido.
    Iniciado o acto, o Magistrado, não se preocupou da originalidade do e-mail enviado com acto de despedida, nem das causas que me motivaram a desacreditar um colega. Fui pura e simplesmente abstraído de me defender casualmente, afirmando repetir o mail sobre o caso. No final o crime estabeleceu-se, não no caso propriamente dito mas na escrita de um e-mail. Fiquei a saber que escrever um mail é crime, mas mentir e inventando estórias em tribunal não é crime. Como tal, basta que o queixoso, chorou lágrimas de crocodilo em tribunal e a minha posição como arguido fora a de ser responsável e serenamente manter o que é ser fiável ao que efectivamente somos. Valeu-me esta estória uma multa de 1500 € ou seja 150 dias de multa a 10€ dia o que prefaz 1500€ mais as custas de 700€.
    Liberdade de expressão, o que é e onde se pratica?

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