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Desonestidades

28 Janeiro, 2011
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Reza uma máxima da propaganda que uma mentira repetida muitas vezes se torna verdade. O problema é que mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo.

Por estes dias a mentira repetida mais vezes pelos responsáveis do Ministério da Educação, e também pelo primeiro-ministro, é que o Estado paga mais, por aluno, às escolas privadas com contrato de associação do que às escolas públicas. Pôs-se mesmo a circular, para consumo de mentes menos atentas, o delírio de que pagaria o triplo.

Os únicos números existentes vêm nos relatórios da OCDE e indicam que os alunos das escolas públicas custam mais per capita do que os das escolas com contrato de associação. Argumenta-se que esses números não são verdadeiros porque são em paridades de poder de compra, um mau argumento que nunca justificaria as diferenças.

Na Assembleia, o PSD e o CDS quiseram conhecer os números em detalhe, mas não conseguiram. No socratismo o segredo continua a ser a alma do negócio.

Mesmo assim, se considerarmos que o secretário de Estado Trocado da Mata não trocou os números num artigo que escreveu para o Público, temos que o Ministério conta gastar em 2011 3750 euros por aluno (é muito significativo que não diga quanto gastou em 2010, ou em 2009, e tenha preferido ficar pelas intenções em vez de revelar o gasto real). Se tomarmos como certo o valor de 444o euros por cada aluno das escolas com contrato de associação, então aplicando um corte de 30 por cento, o seu custo para o Estado descerá para 3108 euros/ano. Ou seja, 20 por cento menos do que cada aluno numa escola estatal.

A única conclusão que posso tirar do discurso comprovadamente falso destes senhores é que eles, realmente, acreditam que em Portugal ninguém sabe fazer contas, que o triunfo do “eduquês” foi mesmo completo. Para mal deles e graça do país, enganam-se. E por isso se descobre facilmente como andam, desonestamente, a tentar enganar o país.

52 comentários leave one →
  1. Daniel's avatar
    Daniel permalink
    28 Janeiro, 2011 15:37

    O JMF já experimentou aceder ao orçamento do ME, de 2008, 2009… e dividir o orçamento das escolas básicas e secundárias pelo n.º total de alunos?
    Fica com o valor aproximado.

    Pode sempre aceder ao orçamento que algumas escolas públicas publicam nos sites, coisa que as privadas com contrato de associação nunca fazem, curioso…

    Deixo-lhe alguns:

    (http://eb23andreresende.net/attachments/316_Relatorio_de_Contas_final_2.pdf)
    (www2.esec-gil-vicente.rcts.pt/cg.2009.pdf)
    (www.aevncacela.pt/docs/Relatorio_2009.pdf)
    (www.eseq.pt/ce/relatorios/RelatContaGer2008.pdf)
    (www.esfga.pt/moodle/course/view.php?id=192)
    (www.esamares.com/esa/images/stories/conselhogeral/relatorio%20conta%20de%20gerencia%2031_5_2010.pdf)

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  2. campos de minas's avatar
    campos de minas permalink
    28 Janeiro, 2011 15:46

    Porque, afinal, o que deveríamos estar a perguntar, após meses de gritaria insana, não é se a anunciada moralização dos contratos vai causar prejuízo aos privados ou chatear os pais que não gostam de escolas públicas mas não querem pagar as particulares, mas como é possível que só agora, num clima de super-austeridade, ocorra. E mais: se ao aceitarem, à borla para eles e a expensas de todos, alunos que não se enquadram na definição dos contratos de associação as escolas privadas não estão objectivamente a burlar o Estado – como quem, pelo Estado, lhes pagou às cegas (ou não, o que é pior ainda) durante décadas.
    F Cancio in DN

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  3. Luis's avatar
    Luis permalink
    28 Janeiro, 2011 16:05

    “Argumenta-se que esses números não são verdadeiros porque são em paridades de poder de compra, um mau argumento que nunca justificaria as diferenças.”

    Mau argumento porquê?

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  4. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    28 Janeiro, 2011 16:13

    As PPC de ambos os tipos de escola são dentro do mesmo país, daí que não faz sentido invocar esse argumento. Se o invocam é mesmo para rir. ahahahhhahahahhah
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    Uma boa nnoticia para variar:
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    “A VW Autoeuropa anunciou hoje que todos os sábados que estavam agendados para produção foram desmarcados.
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    Segundo um comunicado enviado pela Comissão de Trabalhadores da Volkswagen Autoeuropa “os Sábados de produção marcados para o mês de Fevereiro foram adiados devido à falta de peças que afecta toda a Volkswagen.””
    .
    In http://economico.sapo.pt/noticias/autoeuropa-cancela-sabados-de-producao-por-falta-de-pecas_109858.html
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    Afinal não é apenas na Alemanha…

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  5. Alt's avatar
    Alt permalink
    28 Janeiro, 2011 17:01

    Os números estão errados, mas apenas porque o Estado inclui os custos das Direcções Regionais, da Admnistração Central do ME e afins consumos intermédios, nos valores para a OCDE. É óbvio que eles não querem mencionar isso(gastos inúteis que convém manter, para agradar aos assalariados rosas) e depois põe-se a atirar números para o ar. Mas a verdade é que o custo de um aluno, não pode ser feito por contas de merceeiro-jornalista sentado no sofá a ler relatórios da OCDE. Tem que ser feito um estudo bem mais extenso e rigoroso. E até posso adianta que, em média, o valor por aluno até andará muito semelhante…

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  6. PMP1's avatar
    PMP1 permalink
    28 Janeiro, 2011 17:08

    A incompetente ministra ainda não conseguir fazer as contas do custo por aluno de 2009 e de 2010 nas escolas públicas porque não quer adicionar os mais de dois mil milhões de euros de gastos pela Parque Escolar S.A., em adjudicações feitas sem concurso.
    .
    A ministra também não quer adicionar o desperdicio de dezenas de milhões de euros em estudos, gabinetes, missões, direções gerais e regionais. Despesas inuteis para dar emprego aos camaradas.
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    E faltam ainda as despesas do ministério da educação nas Novas Oportunidades, outra forma de iludir os gastos totais.

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  7. João Vasco's avatar
    João Vasco permalink
    28 Janeiro, 2011 17:28

    3750 poderia ser o custo médio por aluno, mas não o custo marginal.
    Tendo em conta que uma parte significativa dos custos são fixos (instalações, pessoal auxiliar, equipamento geral), podemos concluir que o custo marginal é substancialmente inferior a esse.

    Se aquilo que o estado paga por aluno numa escola com contrato de associação perto da qual exista uma escola pública for mais do que o custo marginal do aluno nessa escola, então a manutenção do contrato custará mais dinheiro que o seu término.

    Em relação a este texto tenho apenas de concordar que não se compreende a recusa em conhecer os números. A confusão entre custo médio e custo marginal demonstra pouco rigor.

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  8. Filipe Santos's avatar
    Filipe Santos permalink
    28 Janeiro, 2011 17:47

    O nome é João Torcato da Mata.

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  9. Beirão's avatar
    Beirão permalink
    28 Janeiro, 2011 17:56

    Obrigado Helena Matos, por fazer o favor de nos pôr em pratinhos limpos as obscuridades dos alçapões socratinos… Quem vai meter na cachimónia desta gente mentirosa compulsiva e trapaceira que, como diz o povo, a verdade vem sempre ao de cima.

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  10. A C da Silveira's avatar
    A C da Silveira permalink
    28 Janeiro, 2011 18:12

    Os numeros dos custos por aluno que o governo prevê para 2011, são conhecidos. Como é que o governo lá chegou, é que não explica. Dividir o que está previsto no OE pelo numero de alunos é simples de mais. Se em 2010 cada aluno da escola publica custou 5100 euros, como é que em 2011 “só” custa 3750 euros? Os cortes nos vencimentos dos professores e funcionarios das escolas, não chegam para tanto, e este numero serve às maravilhas ao governo, porque representa um corte de cerca de 30%, que é o corte que o governo impõe às escolas privadas. Brilhante como se vê. Afinal parece que há lá no governo quem saiba fazer contas. Não percebo porque é que andam há uma semana a discutir este assunto.

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  11. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    28 Janeiro, 2011 18:24

    Afinal o problema é a concorrência…
    .
    “Escolas públicas dizem que privadas fazem concorrência
    .
    As escolas privadas com contratos de associação fazem concorrência às públicas? As primeiras dizem que não, as segundas argumentam que sim. Mais: dizem mesmo que os colégios escolhem os melhores alunos. No entanto, reconhecem que são os pais os primeiros a procurar as privadas.”
    .
    In http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/escolas-publicas-dizem-que-privadas-fazem-concorrencia_1477560
    .
    .
    Compreendem o verdadeiro problema? Esta gente tem medo à concorrência. Isto é em todo o lado. Nas escolas, hospitais, empresas, etc. Sempre que podem, fogem da competição e da concorrência. ahahhahahahah
    .
    .
    Um país assim, com escolas assim, que futuro pode aspirar? Se funcionário público, actos de novela ou jogador da bola. ehehheeheheh
    .
    .
    Se fossem todos para o Ca*******, é que eram finos! :))

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  12. anti-comuna's avatar
  13. Jofre's avatar
    Jofre permalink
    28 Janeiro, 2011 18:29

    ” Reza uma máxima da propaganda que uma mentira repetida muitas vezes se torna verdade.”
    .
    . Que o diga o jmf que ´+e um especialista na matéria. Se não se lembra é porque esta a sofrer de Alzheimer.

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  14. JO's avatar
    28 Janeiro, 2011 18:33

    É interesssante como uma questão de evidente subsídio estatal gasta tanta tinta e ocupa tanto os neurónios dos talicases (talibans do liberalismo caseiro) como esta história das privadas sustentadas (até nos lucros e nas actividades de equitação etc) com o dinheiro dos contribuintes. Escolhas dos papás. Claro. O liberalismo em Portugal são afinal os de sempre, mais modernaços, chigaguianos, up-to-date, economélicos, mas sempre agarrados às indispensáveis tetas do Estado que tanto atacam.

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  15. Tiago Órfão's avatar
    Tiago Órfão permalink
    28 Janeiro, 2011 19:02

    nunca o blasfémias esteve tão a favor do estado geral de bovinidade

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  16. Piscoiso's avatar
    28 Janeiro, 2011 19:52

    Isto de público e privado já não faz sentido.
    Diria antes semi-público e semi-privado.
    Uns comem o rabo, outros comem a cabeça.

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  17. Piscoiso's avatar
    28 Janeiro, 2011 20:02

    Honestamente, alguns dos que aqui escrevem,
    parecem ser semi-liberais.

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  18. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    28 Janeiro, 2011 20:18

    O público como a cabeça e o privado o rabo ou o bife de lombo como diz o Jerónimo.
    Liberalismo à custa dos contribuintes só mesmo no Zimbabué e com o macaco do Mugabe!

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  19. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    28 Janeiro, 2011 20:44

    De que se queixam os professores portugueses? São dos mais bem pagos do mundo!
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    Click to access Teachers%20Pay%202008%20Report.pdf

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    Os professores primários tugas são os segundos mais bem pagos da Europa.
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    Os professores portugueses do secundário são os quintos mais bem pagos da Europa.
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    Era privatizar as escolas e o Estado apenas financiava os alunos, mas os necessitados, claro.

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  20. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    28 Janeiro, 2011 21:02

    Penso que estamos a assistir a momentos históricos no mundo. As ditaduras estão em dificuldades em controlar os protestos das populações, que sofrem bastante com a inflação, associando-a directamente aos regimes.
    .
    .
    Até agora vimos o caso tunisino e egipcio, mas não deverá ficar por aqui. Desconfio que o choque vai ser quando as populações se revoltarem contra o regime chinês.
    .
    .
    Nos últimos meses o desespero do regime chinês é tal que tiveram que decretar aumentos salariais extraordinários para aplacar a forte contestação salarial. Mas, tenho o feeling, que o regime chinoca deve estar em grandes dificuldades para controlar o descontentamento público.
    .
    .
    Será que o Fukuyama estava assim tão errado? Afinal, poucos esperariam que seria nos países islámicos que surgiriam os piores protestos populares. Então a coisa no Paquistão é mesmo paradigmática que os regimes arabes não conseguirão sobreviver sem reformas políticas.
    .
    .
    Estamos a viver momentos históricos. ehehehehhheheh

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  21. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    28 Janeiro, 2011 21:18

    Ãs populações no Cairo estão a proteger o Museu do Cairo para evitar possíveis roubos, de quem pode aproveitar-se dos tumultos para os roubarem. (Como alguns americanos fizeram em Bagdad.)
    .
    .
    A democracia é possível naqueles países. Que mil revoluções floresçam. Mas que se poupem as mortes, porque o sangue não deve ser derramado para justificar ideias.

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  22. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    28 Janeiro, 2011 21:23

    O pessoal mais à direita andava fartinho de tentar convencer o pessoal de que nas escolas privadas o custo do Estado por aluno era mais baixo. Por várias vezes considerei que isso só podia ser um disparate. Se na oferta do mesmo serviço tem de haver lucros para os bolsos dos proprietários das privadas, dificilmente poderia ser assim.
    Claro que isto é um negócio da China, em que o proprietário, muitas vezes liberal e crítico do Estado, torna-se uma espécie de funcionário público que, sem qualquer concorrência, recebe o dinheiro sem hesitar.
    Curioso este argumento: reduzindo 30% o custo por aluno no privado com contrato de associação, ficará 20% mais baixo do que no público. Quer dizer que, no privado, andava quase 15% mais alto do que no público (se fiz bem as contas com a pressa).
    Mas a conclusão geral é que, por tudo o que se lê, ninguém faz ideia rigorosamente nenhuma do que anda a dizer. E não basta ler os valores do orçamento. É preciso ver que no ensino público o Estado é proprietário e no privado é indirectamente inquilino.
    Mas quanto ao facto de ninguém saber o que anda a dizer, designadamente quanto à forma de recrutamento de professores, o governo tem culpa, obviamente, mais aqueles que vão dizendo o que lhes vem à cabeça.

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  23. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    28 Janeiro, 2011 21:44

    Os militares egipicios começaram a proteger as sedes dos partidos democráticos. lolololololol
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    Espero que o ditador compreenda de que lado estão alguns militares e não desate a disparatar e a iniciar uma guerra civil.
    .
    .
    Oxalá aquilo acabe depressa, com a queda do regime. Depois rezemos para que outros regimes caiam.
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    .
    Isto pode ser mesmo um movimento internacional mais vasto que apenas no Norte de África. Venham mais ditaduras abaixo. :))

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  24. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    28 Janeiro, 2011 21:45

    “Se na oferta do mesmo serviço tem de haver lucros para os bolsos dos proprietários das privadas, dificilmente poderia ser assim.”
    .
    .
    Vê-se logo que nunca trabalhou na vida, para dizer um disparate destes. hehehhehh
    .
    .
    Ou é comuna, o que é ainda pior.

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  25. PMP's avatar
    PMP permalink
    28 Janeiro, 2011 22:39

    Como é que os camaradas socialistas explicam a sua tão grande preocupação com os custos baixos das escolas privadas, mas desprezam o desbaratar dos dinheiros públicos pela Parque Escolar S.A., que em dois anos conseguiu gastar mais de 2 mil milhões de euros, pagos pelo Zé Pagante ?

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  26. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    28 Janeiro, 2011 22:42

    Anti-Comuna.
    Quando comecei a ler ainda pensei que ia dizer alguma coisa de jeito.
    Afinal, mais uma decepção. Por acaso, sou uma pessoa compreensiva. E se o riso que costuma pôr no final das frases for de maluquinho ou de simpatia, terá a minha condescendência. Se não for… eh!eh! eh! também para si.

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  27. PMP's avatar
    PMP permalink
    28 Janeiro, 2011 22:48

    Porque é que o estado não pode contratar empresas privadas ou cooperativas para prestar um serviço público de ensino ?
    .
    Mas já pode contratar SCUT’s e pagar TIR’s de 14% às empresas amigas ?.
    .
    Tanta preocupação com os custos das escolas privadas, mas tão pouco preocupação com os 2000 milhões desbaratados à pressa pela Parque Escolar S.A., que adjudica sem concurso a empresas privadas que ganham dezenas de milhões ?
    .
    Então os defensores do Zé Pagante onde andam ?

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  28. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    28 Janeiro, 2011 23:30

    “Afinal, mais uma decepção. Por acaso, sou uma pessoa compreensiva. ”
    .
    .
    Eu também. Pelo que escreveu, percebi logo que não pesca nada de economia, empresas, etc. Se não é comuna, disfarça bem. ahaahahahhahahah

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  29. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    28 Janeiro, 2011 23:45

    Na actualidade só há um tipo de pessoas que não percebe nada de economia. E eles são exactamente economistas! Pensei que viesse dizer qualquer coisa que esclarecesse o que disse. Talvez falar no factor trabalho, gestão ou qualquer banalidade do género. Mas nada disso. É que o ensino não é a mesma coisa do que produzir parafusos. E o Anti-Comuna (lindo nome, mas seria preferível , talvez, T rex) ficou completamente baralhado quando viu que não tinha qualquer resposta. Não encontrou na internet nenhum texto já feito para copiar e colar. Eh! Eh! Eh!

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  30. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    29 Janeiro, 2011 00:18

    “É que o ensino não é a mesma coisa do que produzir parafusos. ”
    .
    .
    Pois não. Nem produzir parafusos não o mesmo que preoduzir leite. Ou o mesmo que produzir serviços bancários. E daí? Qual a especificidade?
    .
    .
    Meu amigo, Vc. é comuna. E isso chega-me para perceber a sua incapacidade de ir mais longe na análise dos problemas económicos. lolololololol

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  31. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    29 Janeiro, 2011 00:29

    TRex,
    Você é engraçado. Acha que chama comuna a alguém e que vence logo um diálogo. Ou pelo menos que ofende! 🙂
    Não, meu amigo. Tire o cavalinho da chuva. Hoje já o corrigiram. Coisas normais, toda a gente falha. Por isso, peço desculpa, mas aqui vai outra correcção do dicionário online:
    “comuna
    s. f.1. Município (considerado como aglomeração de famílias independentes no Estado).
    2. Antigo agrupamento de muçulmanos ou judeus obrigados a morar em bairros especiais.
    3. Subdivisão territorial em França.
    4. Ant. Corporação de burgueses a quem fora concedido o direito de governarem o seu burgo ou cidade.”

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  32. PMP's avatar
    PMP permalink
    29 Janeiro, 2011 00:37

    O Fincapé não é comuna , nem nada disso..
    .
    Ele só está a defender que o Estado só pode ajudar as grandes empresas privadas de construção que trabalham para a Parque Escolar EPE, pois com mais de dois mil milhões gastos nas adjudicações sem concurso o dinheiro acabou e agora é preciso ir buscar mais às escola privadas para continuar a ajudar as coitadas dessas empresas privadas.

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  33. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    29 Janeiro, 2011 00:37

    Fincapé, então qual a especificidade?
    .
    .
    Olhe, em primeiro lugar a generalidade das escolas privadas portuguesas não procuram a rentabilidade mas apenas oferecerem uma alternativa ou o preenchimento de uma necessidade existente. Em segundo, todas as organizações são suscpetiveis de melhorar a sua produtividade, sem que com isso implique cortes de custos ou uma mais-valia evidente. Em terceiro, qualquer sistema público é sempre mais caro que o privado até por um motivo simples. E que nada tem de ideológico: controlo bruocrático.
    .
    .
    Portanto, Vc. além de comuna não percebe nada de gestão de organizaçõoes, ainda pensa como os marxistas e, ainda por cima, nem conhece alguns estudos feitos sobre a gestão pública, que mostram sempre que são mais caros que a gestão privada.
    .
    .
    Por fim, Vc. pode-me corrigir sempre que o queira. Um comuna é um comuna. Aqui ou na china. São sempre seres desprezíveis. ehehehehehheh

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  34. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    29 Janeiro, 2011 00:40

    “O Fincapé não é comuna , nem nada disso..”
    .
    .
    Olhe que é. Repare que ele pensa que a mais-valia é em si mesmo uma espécie de custo que o Estado poupa sempre. Mais marxista que isto não há.
    .
    .
    Vc. tem razão nalgumas coisas que aponta, mas este sr. é mesmo comuna. Até nem gosta que eu lhe tenha apanhado logo o vício ideológica na carola dele. ehehehheheheh

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  35. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    29 Janeiro, 2011 00:48

    PMP
    Este é o comentário que coloquei noutro post. E foi para lhe responder.
    “Eu não defendo o fim das escolas com contrato de associação, embora tenha de se ver caso a caso. Mas nunca assim de repente, depois de criadas expectativas .
    E tem razão em todo o resto. O Estado vive quase só para sustentar os que se arrogam liberais!”
    O Anti-Comuna está também completamente enganado. Mas sim, defendo um Estado que apoie os mais necessitados e que corrija a horrorosa distribuição da riqueza. E que distribua correctamente os serviços essenciais, como a educação e a saúde, tornando a socieddae mais humana. Não me consta que o comunismo tenha sido muito humanista.

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  36. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    29 Janeiro, 2011 00:56

    Caro Anti-Comuna.
    Digamos que desprezível é a sua tia. Mas voltando à vaca fria, há uma grande diferença entre mim e você. Você diz: “há estudos que dizem… blá…blá…blá…”
    Eu digo: “não há qualquer razão para que os serviços do Estado não fiquem mais baratos….” Não sei se percebe. Você acha que as coisas são assim e, fatalidade, nunca poderão ser diferentes. Eu não acredito no destino, logo sou mais inteligente, e digo que terão de haver mudanças.
    Mas você anda a leste, homem, ou a oeste, se preferir! Então não tem visto as notícias sobre o fabuloso mundo do sector privado? Ontem, foi o caso das farmácias, não foi? Gaita, todos os dias!

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  37. PMP's avatar
    PMP permalink
    29 Janeiro, 2011 00:57

    Mas Sr. Fincapé,
    .
    A melhor forma de obrigar o Estado a ser humanista é obrigá-lo a prestar os serviços públicos através de empresas privadas e entidades públicas em regime de concorrência, para assim não ficar “capturado” por nenhuma das formas.
    .
    E que com esta tipo de concorrência o sistema tem tendência a auto-corrigir-se e a melhorar continuamente ?.
    .
    Veja como na saúde a ADSE é prestada por privados e tem melhor qualidade e menos custos que o SNS, mas só está disponivel para os funcionários públicos.
    .
    E veja as potencialidade imensas que a generalização da concorrência entre entidades públicas e privadas na prestação de serviços públicos traria para a sociedade !
    .
    Veja por exemplo se parte das auto-estradas fosse uma empresa pública auto-sustentada, como poderia obrigar a BRISA a ter preços mais baixos ?.
    .
    Ou seja , um Estado Racional é o que nós devemos exigir e não um Estado demagógico e prepotente.

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  38. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    29 Janeiro, 2011 00:58

    “… terá de haver mudanças, obviamente…”

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  39. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    29 Janeiro, 2011 01:02

    Nada a obstar, PMP.
    O problema é quando alguns privados se apossam do sistema, afastando os outros. No essencial não discordo. Tenho é receios porque todos sabemos como funcionam as coisas em Portugal. A ADSE é gerida pelo Estado.

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  40. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    29 Janeiro, 2011 01:04

    “O Anti-Comuna está também completamente enganado. Mas sim, defendo um Estado que apoie os mais necessitados e que corrija a horrorosa distribuição da riqueza. E que distribua correctamente os serviços essenciais, como a educação e a saúde, tornando a socieddae mais humana. Não me consta que o comunismo tenha sido muito humanista.”
    .
    .
    Desculpe, Vc. é que parece pensar que os lucros são uma espécie de custo que o Estado poupa. Pelos vistos Vc. é que não sabe o que é o marxismo. Ou seja, o comunismo.
    .
    .
    Que queira corrigir assimetrias através do Estado, ainda admito. Isso é das aspirações mais antigas que surgiu com o liberalismo. Agora, pensar-se que os lucros são uma espécie que o Estado poupa, é mesmo comunismo. Puro e duro. Se calhar isso não surge nos tais copy/pastes que Vc. não gosta. ahahahahahahah

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  41. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    29 Janeiro, 2011 01:07

    Caro PMP, pelos vistos Vc. está a evoluir muito. Mas muito mesmo. Está cada vez mais Liberal. ehehehehehe
    .
    .
    “A melhor forma de obrigar o Estado a ser humanista é obrigá-lo a prestar os serviços públicos através de empresas privadas e entidades públicas em regime de concorrência, para assim não ficar “capturado” por nenhuma das formas.”
    .
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    Isto é do mais neoliberal que pode existir, caro PMP. Bem-vindo ao meu clube. :))

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  42. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    29 Janeiro, 2011 01:16

    Você fez uma interpretação um bocadinho abusiva do que eu disse. Mas como acho que percebeu o essencial. Está só a fazer fita. Uma escola não funciona ao ritmo das máquinas, mas ao ritmo do cérebro humano. E este também depende da idade, caro comuna. Não há muita volta a dar no que diz respeito a produtividade. Nem a produto. As despesas não têm muito por onde reduzir. E a burocracia do Estado tem de ser abolida. Não se pode fazer como você diz: ela existe, temos de a gramar! Aliás, o comunismo assentava numa monumental burocracia do Estado. Parece que, afinal, você é que defende isso!

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  43. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    29 Janeiro, 2011 01:33

    “Você fez uma interpretação um bocadinho abusiva do que eu disse. ”
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    Eu? Vc. está a acusar-me de fazer interpretações abusivas? Então explique-me o que quer dizer com isto:
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    ““Se na oferta do mesmo serviço tem de haver lucros para os bolsos dos proprietários das privadas, dificilmente poderia ser assim.””
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    Vc. parte do principio que qualquer organização que dê lucros pode ser replicada por outra, sem esses lucros, logo custos menores. Já alguma vez leu o Karl Marx e muitos do que se lhe seguiram? Ou Vc. é ignorante ou está a tentar corrigir uma ideia comuna com paleio para enganar o seu leitor.
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    Depois, ainda por cima, pensa que a gestão das organizações é muito diferente, dependendo se produzimos parafusos ou conhecimento, por exemplo. Pensa que produzir parafusos é mesmo muito diferente de produzir software, por exemplo. Quando, em termos de gestão, no essencial é a mesma coisa, pois é a gestão de pessoas que estamos a falar. Vc. é que deve pensar que basta montar umas maquinetas, comprar a matéria-prima, meter os mongos a controlar as máquinas, et voilá, temos lucros pela certeza. Mas se fosse assim tão fácil…
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    Mas pronto. Vc. é um pobre comuna que nem o sabe que é. ahahhhaahahahh

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  44. PMP's avatar
    PMP permalink
    29 Janeiro, 2011 01:42

    AC,
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    Continuo a achar que o Fincapé apenas está ainda a aprender como funcionam as empresas e a sua relação com a sociedade e que não é comuna, talvez apenas um pouco ingénuo sobre onde estão os verdadeiros inimigos da liberdade.
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    Olhe é como alguns outros, que ao contrário não acreditam na necessidade de um Estado Racional que imponha regras ao capitalismo, e que assim maximize o bem estar na sociedade.

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  45. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    29 Janeiro, 2011 02:11

    Caro PMP, se calhar tem razão. Mas o Fincapé, então, devia meditar melhor no que escreve.
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    Esta é para o Fincapé.
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    O que diferencia uma fundação filantrópica de uma empresa? Uma empresa de chocolates de uma escola de ensino? Os objectivos das organizações, sendo estas sistemas de organização de pessoas. No fundo, se quisermos gerir uma fundação de apoio aos pobres ou uma fábrica de parafusos, temos que pensar nos objectivos e organizar um sistema em que as pessoas contribuam positivamente para atingir os objectivos.
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    Da mesma forma, produzir sapatos ou software, é quase a mesma coisa. O objectivo principal deve ser a rentabilidade e a organização deve trabalhar para ter uma elevada rentabilidade. Por isso, como bem apontam alguns estudos, sem sempre a concorrência aumenta a qualidade de um produto, se não houver uma verdadeira mão reguladora. Porque o objectivo de uma empresa deve ser o lucro e, por vezes, para o aumentar é melhor baixar a qualidade do produto porque o consumidor não o valoriza e não o compra. No caso dos produtos informáticos é mesmo visivel isso. De que me vale comprar determinados gadgets de elevada perfomance se eu depois não o vou utilizar? Similarmente de que me vale comprar um carro de alta cilindrada se eu estiver proibido de usufruir dessa cilindrada, porque vivo numa cidade?
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    Nas várias organizações é sempre possível a eficiência delas. Nas organizações filantrópicas, por exemplo, a eficiência pode ser medida pelo número utentes servidos, com uma determinada qualidade mínima. Por exemplo, uma fundação de apoio aos pobres pode medir a sua eficiência pelo número de refeições servidas com um determinado custo.
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    Na generalidade das escolas privadas portuguesas o objectivo delas não é a rentabilidade. Mas a prestação dos serviços. Assim como nas Misericórdias, por exemplo. Ou por exemplo, nalgumas cooperativas agrícolas, cujo objectivo não é o lucro mas aumentar o preço de venda aos seus associados. Mas as organizações são elas uma espécie de organismos biológicos, feito por pessoas ou células. E, no fundo, estamos é a gerir pessoas. Os objectivos é que podem diferir muito.
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    Mesmo em Portugal, felizmente, já começam a mudar um bocado a mentalidade. A Universidade do Minho está a pensar mudar a sua natureza jurídica. Neste caso para uma Fundação. Por vários motivos, mas o principal é conseguir organizar-se de forma a que concilie os constrangimentos legais sob que actua e os seus objectivos.
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    É claro que, qualquer organização, tem como objectivo último, a sua perpetuação. Isto é algo que, mesmo que não esteja nos planos dos seus mentores, a organização acaba por sentir que o objectivo último da sua existência é a perpetuação. A sobrevivência. E isto é deveras perigoso e um dos motivos porque o Estado nunca pára de crescer. E só o pára quando para sobreviver tem mesmo que parar de crescer, senão morre. É por isso que o Estado é um cancro na Sociedade, que no inicio é criado para servir determinados interesses da Sociedade e acaba por se apropriar da própria Sociedade. Em que chega ao cúmulo de confundir a sua sobrevivência com a da sociedade. E, por fim, por se substituir à própria sociedade.
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    O que os funcionários públicos fazem é sempre o mesmo: justificar a sua sobrevivência. É por isso que eles, quando estão em luta, usam slogans aparentemente defensores dos direitos dos cidadãos mas no fundo apenas defendem os seus próprios interesses. É evidente que um funcionário público acabará por encontrar sempre razões para a manutenção do seu posto de trabalho, mesmo que ele não seja necessário, seja qual for a razão. Seja por motivos tecnológicos ou até os objectivos do serviço onde se insere atingiu os seus propósitos.
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    Hoje o funcionalismo público defende que o Estado é necessário para garantir o combate à pobreza, por exemplo. Mas se analisarmos as estatísticas do vários países, o Estado cresceu mas a pobreza relativa manteve-se ou até subiu. O caso português é ele mesmo um poderoso exemplo. Há 30 anos atrás o Estado era mais pequeno que o de hoje, mas a pobreza relativa manteve-se e a pobreza absoluta pouco desceu. E os mais pobres continuam pobres; o próprio salário minimo tem hoje um poder de compra mais baixo que há 30 anos atrás.
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    Caro PMP, o problema é sempre o mesmo. Como gerir pessoas. Porque são elas que fazem as organizações e tornam estas em organismos únicos e não replicáveis.

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  46. PMP's avatar
    PMP permalink
    29 Janeiro, 2011 02:45

    Caro AC,
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    O problema não é só gerir pessoas. Mas concordo que parafusos, software ou escolas é mais ou menos a mesma coisa, só mudam os objectivos e os indicadores de controlo.
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    O problema é encontrar sistemas politico-económicos que maximizem o bem estar da sociedade a longo prazo, e que tenham em conta os defeitos das pessoas.
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    Ou seja é necessário que esses sistemas se auto-regulem e reprimam o mais possível a tentação natural de crescerem como cancros, tanto por Estado a mais, como por Estado a menos.
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    Eu considero que é possível evoluir/reformar o sistema politico-económico de uma forma tentativamente racional e gradual, olhando para a experiência sem prfeconceitos.
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    Esta discussão sobre as escolas privadas pode ser que vire o feitiço contra o feiticeiro e leve a oposição a perceber “o grande jogo” do primeiro-ministro.
    Enfim sou um optimista incorrigível.

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  47. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    29 Janeiro, 2011 03:13

    “O problema não é só gerir pessoas. ”
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    Mas essencialmente o é. E a maior riqueza de um país ou empresa são as suas pessoas, que criam produtos e serviços, marcas, descobrem e registam patentes, etc.
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    O caso mais engraçado que eu conheço é o da Dinamarca. Há uns anos atrás dava-se muita atenção aos recursos naturais, como factor importante para um país ser rico. Em Portugal lamentava-se que não tinhamos quase recursos naturais nenhuns e os solos eram pobres. Mas a Dinamarca é mesmo um país quase sem recursos naturais nenhuns (e só há poucos anos descobriram gás e pitroilio) e apenas tinha os seus solos agricolas como verdadeira riqueza natural. Mas, no entanto, é dos países mais ricos do mundo. Porquê? Porque sabem que são as pessoas e as instituições que a população cria, que permite maior riqueza. Outro caso flagrante é o Japão. E o caso japonês é ainda mais curioso pelas suas peculiaridades mesmo estonteantes, como um elevado sentimento de orgulho naquilo que fazem.
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    Mudando de assunto. Portugal parece que consegue exportar para a China. ehehhehheh
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    “Exportações para a China aumentaram 67,9%
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    As exportações portuguesas para a China aumentaram 67,9% em 2010, somando 571 milhões de euros.
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    “Estamos num óptimo momento das nossas relações comerciais. Entre os 27 países da União Europeia, Portugal foi um dos cinco cujas exportações para a China mais cresceram”, disse fonte diplomática portuguesa à agência Lusa, citando a Administração Geral das Alfandegas chinesas.
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    As exportações chinesas também aumentaram (38,9%), para 1.907 milhões de euros, indicou a mesma fonte. ”
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    In http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1769173
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    Oxalá aproveitemos ainda mais as oportunidades que surjam.

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  48. anonimo's avatar
    29 Janeiro, 2011 17:10

    Mas alguém sabe alguma coisa sobre contas de algum ministério, sem ser pura especulação?

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  49. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    29 Janeiro, 2011 18:57

    O Anti-Comuna ainda compreendo que diga os disparates que diz. Por isso, vai sendo corrigido pelos diversos comentadores.
    Neste caso, foi tomar fôlego, leu umas coisas à pressa na net, copiou outras e apareceu todo feliz, cheio de argumentos, a insultar e a rir-se tolamente.
    Queira o acaso que um dia não dê com ele a escrever estas coisas numa instituição de solidariedade social a cujos órgãos sociais pertenço!
    Mas quanto ao PMP, fico admirado com as conclusões, não tão tolas, mas igualmente descabidas que tirou.
    Claro que só se aperceberão das asneiras que disseram quando tiverem de dizer que afinal uma escola não é igual a uma fábrica de parafusos.
    Afirmação que farão assim que lhes der jeito. Pelos vistos, nem entenderam o que eu disse quanto às diferenças. E quem não entendeu isso, pouco poderá entender.
    Cá para mim, não gostaram de uma afirmação que fiz atrás e serviram a vingança fria: ´depois de lerem as tais coisitas na net, quando eu já estava offline.

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  50. PMP's avatar
    PMP permalink
    29 Janeiro, 2011 19:30

    Sr. Fincapé,
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    Não entendi em que é que discorda de mim, mas parece que é sobre a questão das semelhanças entre a gestão de uma empresa de parafusos e da gestão de uma escola em ambientes competitivos.
    Vou tentar explicar melhor:
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    Uma empresa competitiva de parafusos é muito dificil de gerir. Só com uma boa equipa de gestão e de fabrico é que se consegue. Experiência no ramo é fundamental, o que não quer dizer que não se injecte sangue novo regularmente. Rigor, criatividade, muito trabalho são essenciais.
    Observar a concorrência, o mercado em geral, as tendências etc. Os indicadores são as vendas e as margens conseguidas.
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    Uma escola de grande qualidade é muito dificil de gerir. Só com bons professores, directores, etc.
    Os indicadores são os resultados nos testes e exames. Perceber os alunos, as suas dificuldades, o seu enquadramento familiar etc., é fundamental.
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    Ou seja, não é possivel com uma equipa que faz parafusos fazer uma boa escola, mas os principios de gestão são semelhantes.
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    Infelizmente criou-se em Portugal o mito de que não podemos aspirar a ter um bom sistema de ensino básico e secundário porque é muito caro.
    Isso é uma falácia e um erro gravissimo que o país está a pagar há décadas e vai continuar a pagar nas próximas décadas.
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    A qualidade de ensino só depende dos portugueses, e por isso está perfeitamente ao nosso alcance.
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    Infelizmente nem o governo nem o PSD têm essa ambição.

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  51. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    29 Janeiro, 2011 20:00

    “Mas concordo que parafusos, software ou escolas é mais ou menos a mesma coisa…”
    “Continuo a achar que o Fincapé apenas está ainda a aprender como funcionam as empresas … talvez apenas um pouco ingénuo sobre onde estão os verdadeiros inimigos da liberdade”
    Claro que procuro aprender todos os dias, todos os segundos! Não sente essa necessidade? Sou um bocadinho ingénuo?! Sim, claro! Terei as minhas ingenuidades, está-me no sangue. E não tenho grande simpatia pelo excesso de esperteza (que neste caso me parece o antónimo). Mas não acho que isso tenha a ver com este assunto. Mesmo que eu pensasse aquilo que pensa que eu penso, e já expliquei que não (não defendo de maneira nenhuma a forma como o Governo beneficia algumas empresas), isso teria a ver com a minha posição política. Não teria de ser ingenuidade. Ou acha que o Anti-Comuna é ingénuo? Só que tenho princípios sociais demasiado fortes para pensar assim.
    Já quanto à primeira frase (sua) que transcrevi, devo dizer-lhe que, adoptando o mesmo princípio, o mar é azul, o céu é azul, logo o mar é o céu, não é coisa que eu possa concordar. Se tivesse feito esta afirmação em cursos que fiz não tinha chegado ao fim.
    Já agora, embora isso talvez não lhe interesse, tenho boa impressão sua. Não sei porque escreve Sr. quando se dirige a mim. Seja por ironia ou em razão dos seus princípios (educação ou seja o que for), não necessita.

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  52. ani's avatar
    ani permalink
    31 Janeiro, 2011 11:03

    “E até posso adianta que, em média, o valor por aluno até andará muito semelhante…”

    E não pode dizer ao certo porque? É segredo de estado?

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