Levantem-se oh vítimas dos direitos adquiridos!
A nova canção dos Deolinda pode tornar-se no hino das gerações excluídas pelo Portugal dos “direitos adquiridos”, dos “empregos para a vida”, dos pequenos e grandes “tachos”, dos que se limitam a estar sentados sobre os seus empregos. Essa geração, que não é parva, tem tudo a ganhar com a mudança das regras deste jogo que protege os instalados e deixa à porta os que gostavam, pelo menos, de lutar para ter uma oportunidade.
Sou da geração sem remuneração
E não me incomoda esta condição
Que parva que eu sou
Porque isto está mal e vai continuar
Já é uma sorte eu poder estagiar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar
Sou da geração “casinha dos pais”
Se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
E ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar
Sou da geração “vou queixar-me pra quê?”
Há alguém bem pior do que eu na TV
Que parva que eu sou
Sou da geração “eu já não posso mais!”
Que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar
Nos “direitos adquiridos” convém sobretudo não esquecer os grandes direitos dos grandes contratos: os submarinos, as PPPs, os TGVs, os contentores por décadas, e por aí fora. Pensar que são os pequenos direitos de quem trabalha que tiram os direitos aos jovens é proteger alguns dos mais responsáveis por esta situação. E contribuir para que a grande maioria fique pior.
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com este fascismo
vão continuar
na porca miséria
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Pois isto tem a ver com o artigo de Rui Tavares no Público de hoje. Quando li, pela manhã, achei interessante comentar e vou ver se arranjo tempo para tal. No transporte vim a pensar se Tavares terá alguma razão no que escreve. Talvez sim e talvez não.
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Além disso, escreveria “Que esta situação dura há tempo de mais”. Separado o de do mais.
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pronto, novamente jmf, do alto da sua cagança, a teorizar sobre a razão da crise e sobre os seus culpados, sempre contra os que vendem a força de trabalho e contra os que nem a conseguem vender (10,9%).
jmf cada vez mais identificado, por um lado, com PPC e, por outro lado, na sua luta para tentar “matar o pai” e os seus anos de “desvario revolucionário”.
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É claro que jmf1957 tinha de vir atrelado a qualquer coisinha. Desta vez foi a Rui Tavares, que fala da Deolinda, mas muito especialmente da “geração rasca”, com que Vicente Jorge Silva apodou aqueles que no 25 de Abril tinham 18 aninhos. Mais ou menos.
Por mim, desconfio sempre dos que dizem que os mais novos não prestam.
É uma questão de pedalada.
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Direitos adquiridos para uns, e dever para os outros – os empresários – de lhes dar emprego e segurança social.
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Tina
Se o negócio e os lucros crescerem muito e depressa, quem é que fica com os lucros?
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“Onde Sancho vê moinhos, D. Quixote vê gigantes. Vê moinhos? São moinhos! Vê gigantes? São gigantes!”
Isto ilustra bem o que jmf1957 diz no seu post. Ou então fez-se “desentendido”. Aprecio os “Deolinda” desde o seu início e não precisei de os ouvir cantar esta canção para gostar. Mas como os considero inteligentes, nunca me passou pela cabeça interpretar o que jmf1957 conseguiu interpretar. Basta ler a letra com cuidado. Em que parte da letra terá o senhor jornalista encontrado a ideia de que se toda a gente for despedida ficamos todos melhor? Em que parte da letra terá o senhor visto que os Deolinda querem tirar do emprego o trabalhador com 50 anos, dois filhos na Universidade, sem hipóteses de arranjar qualquer outro emprego, porque já é velhinho para trabalhar e muito novo para se reformar? Pois. É verdade que jmf1957 não o disse assim. Pior! Anda a dizê-lo de forma relativamente discreta como se andasse a aviar recados.
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Posted 2 Fevereiro, 2011 at 13:25 : é deste tipo elevado de intervenção que jmf gosta!
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Os empresários claro. Porque hão-de os trabalhadores ter direito a lucros se eles não arriscaram nada para criar a empresa e se houver prejuízos eles também não terão de pagar por eles? .
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Esta sua pergunta demonstra a linguagem de direitos adquiridos que ainda existe em países atrasados na Europa, como Portugal. Que ficaram atrasados precisamente por causa disso.
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Bolas, jmf57… isso já é masoquismo! Não te chegou a tareia de ontem?
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Cada vez piores, os eflúvios que saem das tinas.
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Tina, a sua empresa dá muito lucro?
pelos seus maus humores parece que não!
Ou queixa-se da falta de concorrência?
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Tina, Posted 2 Fevereiro, 2011 at 13:54: é deste tipo elevado de intervenção que jmf gosta!
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Vicente Jorge Silva foi patético ao designar essa geração como “rasca”. VJSilva estava já então estagnado no tempo e na sociedade. Manifestamente não conhecia os jovens de então. Ou então, “atirou” essa provocação para se afirmar, deixar ‘marca’. Armou-se ao pingarelho.
Quanto aos Deolinda, por o que me apercebi uma ou duas vezes, embora fugazmente e via tv’s, não gosto do estilo, da estética, da música, das ‘letras’.
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Que giro que a música é.
Um senhor do Arrastão ouviu a mesma coisinha e concluiu exactamente o contrário.
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Esta “luta” de gerações procura esconder a verdadeira causa de todos os problemas: as políticas que se seguiram nos últimos 30 anos. A verdade é que se desindustraliazou o país e se apostou nos sectores não transaccionáveis. Desapareceram milhares de empresas do sector industrial e não abriam novas. O drama é que nos faltam empresários, pessoas com capacidade para pensar negócios e fundar empresas com uma visão de longo prazo. Esse é o verdadeiro drama deste país.
Colocar gerações contra gerações apenas beneficia quem procura continuar a ter empresas tencologicamente pouco desenvolvidas e quem sobrevivem à base de salários baixos e precaridade total.
José Manuel Fernandes não percebe que a canção da Deolinda é mais um grito de revolta contra quem dirige este país – esteja no governo ou na oposição e se prepare para governar – do que contra a geração dos “direitos adquiridos”. A canção tem boas possibilidades de ser usada nos comícios do PCP e do BE. Não perceber isto é caminhar para uma situação em que há uma geração que um dia não tem nada a perder. Pensar que eles se viram contra a geração dos pais é um jogo muito perigoso. A geração sem remuneração não é parva, embora haja quem a queira fazer passar por tal.
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Escrito à pressa, daí tantos “então”.
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Desculpem, mas faz-me alguma impressão um pequeno erro na letra, que apesar de evidente (por não fazer sentido mesmo em tempos de “modernices 😉 ) se tem propagado no copia/cola habitual: não é “maridos”, mas “marido”. Ouvindo com atenção, o que Ana Bacalhau faz é a ligação com a palavra seguinte, e não o uso do plural. Se fosse eu o autor da letra ficaria um pouco irritado com a imprecisão. Por isso aqui fica a minha contribuição solidária. 🙂
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Filhos, maridos, estou sempre a adiar…
é a geração dos maridos…ou maridas
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“Esta “luta” de gerações procura esconder a verdadeira causa de todos os problemas: as políticas que se seguiram nos últimos 30 anos. A verdade é que se desindustraliazou o país e se apostou nos sectores não transaccionáveis. Desapareceram milhares de empresas do sector industrial e não abriam novas. O drama é que nos faltam empresários, pessoas com capacidade para pensar negócios e fundar empresas com uma visão de longo prazo. Esse é o verdadeiro drama deste país.”
Tendo a concordar com isto, mas parece-me que a sociologia de pacotilha que também pratico ( não há outra porque não é ciência alguma) diz-me que devo desconfiar disto.
Parece-me que os pais desta geração que o Vicente Jorge Silva apodou de rasca têm de prestar contas. São os tais da geração de sessenta, ou seja do Maio 68, ou seja os “baby boomers”.
São esses e a ideologia que os consumiu que fizeram esta cagada em que estamos. E continuam a dar palpites através da Esquerda de que afinal o rebento Rui Tavares faz parte.
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MJRB é mais Violinos de Santana Lopes e Fado de faca e alguidar!
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“Tina, Posted 2 Fevereiro, 2011 at 13:54: é deste tipo elevado de intervenção que jmf gosta!”
Já me esquecia, a linguagem dos direitos adquiridos não permite chamar as coisas pelo nome. Porque quando se chamam as coisas pelos nomes, os dos direitos adquiridos não têm resposta para dar. Eles também adquiriam o direito de ser tratados de uma forma politicamente correcta. Tal como os cegos, que passaram a ser invisuais, etc. Os dos direitos adquiridos são também uns coitadinhos que não podem ser lembrados que são os empresários que sustentam esses tais “direitos”.
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Para mim torna-se cada vez mais óbvio que a única forma de remendarmos esta porcaria é retomarmos o conceito de Estado que Marcelo Caetano tinha, acrescentando-lhe as liberdades democráticas que o mesmo também não desprezava. Portanto, um Estado moderno reduzido a um mínimo essencial e com liberdade de iniciativa privada, mas bem regulada por leis bem feitas e sem os rodriguinhos dos “baldas” dos anos sessenta. Os que foram antifassistas e nunca perderam a ideologia incrustada.
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Portela,
Vc. tem necessidade, ou não se apercebe, que está a ser pateta ao escrever isso acerca dos meus gostos e preferências ?
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Esta é mais uma noticia para a direitinha portuga:
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“LA DEMANDA SUPERA TRES VECES LA OFERTA
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Portugal vuelve a esquivar al FMI tras el éxito de la cuarta subasta de deuda de este año”
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In http://www.elmundo.es/mundodinero/2011/02/02/economia/1296650839.html
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E não me parece que seja o BCE a comprar.
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A nossa direitinha, nos últimos tempos, perdeu uma oportunidade para ganhar credibilidade. Mas não. A sua sofreguidão em atacar o governo foi tal, para além de desatarem a deitar abaixo o €uro, só lhes fez mostrar isto mesmo: não pescam mesmo nada de mercados. Que a esquerda não os entenda, ainda estou como o outro. Mas a nossa direitinha também papa muitos bolos.
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É triste, mas é verdade. Por muito que se queira dar a volta ao país, não temos governo competente nem sequer… Oposição! PQP de gente toina!
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Pena não dizer de onde tirou a letra e a ideia da música. Mas ética, definitivamente, não é consigo. Já estamos habituados desde os tempos do Público…
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A canção é boa, a letra ainda melhor. E bate onde tem de bater: direitos adquiridos de uma geração que se agarra a privilégios que o País não tem condições para suportar. Uma geração desgraçada que só pensa em aposentação e que se está nas tintas para os filhos e os netos. Passaram pela vida com irresponsabilidade e despreocupação; por que razão se hão-de preocupar com o futuro dos filhos e netos? Sempre sob o lema: vamos gastar os últimos cartuchos antes que seja tarde. A geração rasca não é a nova geração; é a minha e a anterior. A geração que lucrou com o 25 de Abril, tudo quis, tudo teve e não deixou nada para os que chegaram um pouco mais tarde. Quem tem menos de 35 anos está lixado. A minha geração e a anterior – as duas gerações que lixaram o país – vão viver até aos 80 anos. Sem mexer nos direitos adquiridos não há forma de arranjar futuro para os jovens.
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Há o hábito de culpar as gerações passadas pelos problemas do presente. Todavia, todas as gerações sofreram ao longo do século XX. Recorde-se a primeira guerra mundial, a segunda guerra mundial, a guerra colonial, a primeira crise do petróleo, a segunda crise do petróleo, a crise de 1983-85, a crise de 1993. Esquecem-se do fecho de grandes empresas como a Lisnave, a Siderurgia Nacional, etc, etc. Façam uma pesquisa entre as pessoas de 50 e mais anos que não trabalharam no Estado e vejam quantas mantiveram o emprego ao longo da vida. Consultem as estatísticas do desemprego e vejam o desemprego de longa duração entre as gerações mais velhas. Lembrem-se do encerramento de empresas que passam diariamente na TV e vejam a idade de quem é entrevistado.
Esta treta das gerações é uma forma de tentar esconder a falta de soluções para os problemas do país.
Ninguém tenha dúvidas que os despedimentos individuais serão liberalizados. É só uma questão de tempo. Veremos depois que nova desculpa se encontrará para substituir esta dos “direitos adquiridos”.
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É uma bonita canção, e fala de coisas actuais e futuras, fala das dificuldades que os jovens têm, se não forem da JS digo eu, para arranjar um modo de vida, e fala do futuro dificil que os espera, porque as gerações mais velhas lhes vão transmitir um país que tudo o que produzir, vai servir para pagar as dividas que os pais, ou alguem em nome deles, contrairam. E não adianta falar mal dos politicos, porque estes só fizeram a merda que fizeram, porque alguem os elegeu. A maioria, os pais dos jovens, quando acreditaram que a CEE era o Pai Natal, e que o progresso era feito com o dinheiro dos outros, contribuiram muito para este estado de coisas.
O 25 de Abril foi uma janela de esperança que se abriu, mas que se foi fechando, e todos contribuiram de uma maneira ou doutra, numa epoca ou noutra para o descalabro social e economico que está a provocar o empobrecimento deste pobre país. Não há inocentes em Portugal. Por isso canta Diolinda, canta, porque quem canta, seus males espanta.
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“Pena não dizer de onde tirou a letra e a ideia da música. Mas ética, definitivamente, não é consigo. Já estamos habituados desde os tempos do Público…”
Também acho que deveria ter escrito de onde veio a ideia ( obviamente da leitura da crónica de Rui Tavares) e de onde veio o video ( também mencionado por Rui Tavares no artigo). Ou seja, tudo vindo da inspiração do cronista do Público.
Há quem chame a estas coisas plágio. Não é, mas eticamente não fica bem.
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Já agora gostava de ver escarrapachada a letra da canção do sr engenheiro de chutos e pontapés,porque nunca mais a ouvi e já a esqueci e já nem sei se é de facto dos chutos ou xutos.Se algum deles ler este comentário gostaria que dissesse algo esclarecedor.
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“Há o hábito de culpar as gerações passadas pelos problemas do presente. Todavia, todas as gerações sofreram ao longo do século XX. Recorde-se a primeira guerra mundial, a segunda guerra mundial,”
Ai é?
Então os alemães coitados, a esta hora ainda deveriam estar a lamentar os pais e os avôs. Ficaram na miséria duas vezes, duranto o séc. XX. E estão como estão.
A sociologia de pacotilha dá nisto: disparates quando menos se espera.
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“Os empresários claro. Porque hão-de os trabalhadores ter direito a lucros se eles não arriscaram nada para criar a empresa e se houver prejuízos eles também não terão de pagar por eles? .”
Tina
Se houver prejuízos os empresários têm a sua responsabilidade limitada ao investimento que fizeram.
Ao trabalharem numa empresa e não em outros sectores os trabalhadores também arriscam.
Como não participam nos lucros, é normal que não sejam obrigados a participar nos prejuízos menores. Por isso têm direitos. Só faltava que os empresários ficassem com os lucros quando os há mas se apressassem a distribuir os prejuízos pelos trabalhadores quando os lucros diminuem um pouco.
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“da leitura da crónica de Rui Tavares”
Hum? E de onde veio a crónica do Rui Tavares? Antes dela já isto corria pela net…
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Caro JMF,
Conheço o suficiente o pensamento dos Deolinda para saber que não ficariam nada satisfeitos com este seu aproveitamento da sua letra (autoria do Pedro Martins) para postar este post. Os Deolinda não se reveêm no seu pensar JMF. Tenha o devido respeito.
“Essa geração, que não é parva, tem tudo a ganhar com a mudança das regras deste jogo que protege os instalados e deixa à porta os que gostavam, pelo menos, de lutar para ter uma oportunidade.”
Qual mudança das regras do jogo ? Mas lá pela côr mudar muda um pensar e um sentir desta sociedade parlamentar ? Mas que peixe (garoupa pela bela pescadinha sempre de rabo na boca) é que está a tentar vender ? Este post, conotado com os Deolinda é ofensa e falsidade. E os Deolinda, garanto-lhe, não se conotam com o seu pensar.
“Excuse me Mr, but is Mr.s like you that but the rest of us to shame”.
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Para registo, já em 30 de Janeiro se falava disto no DN: http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1770285&seccao=Maria%20de%20Lurdes%20Vale&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco
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Esta letra é uma sátira perfeita, uma ironia acutilante (no menos conseguido estilo de JM), contra esta sociedade, contra este governar onde se apelida uma geração de rasca, onde se amputa o futuro dos que se esforçam, onde se dão novas oportunidades aos inertes, onde o futuro se castra sem perdão, onde os “verdadeiros” VALORES nenhum sentido teêm.
Este post JMF, COM O DEVIDO RESPEITO, É ABJECTO !!!
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“Por isso têm direitos.”
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Direitos a mais em Portugal. Por exemplo, ao fim de um ano de actividade, uma empresa já está obrigada a dar segurança social aos empregados, mesmo que poucos lucros tenha na altura. Ora, o que faz uma pessoa que arriscou tudo para formar um negócio, tornar-se automaticamente responsável por outrém? Não, obrigado. Eu fechei o meu negócio e agora, como a maioria, dependo do trabalho que outras empresas me dão. Posso fazer menos dinheiro mas é muito menos dor de cabeça. E quanto a mim, não há dinheiro que pague as dores de cabeça que o Estado português e os trabalhadores estão sempre a dar aos chefes.
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“Para registo, já em 30 de Janeiro se falava disto no DN:”
Pois sim, mas jmf1957 que seja claro e diga onde se inspirou.
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José
Talvez o estudo da história da europa seja útil para compreender os porquês das diferenças entre Portugal e a Alemanha. A caixa de comentários de um blogue não é o local indicado para o elucidar sobre esses temas. Tenha uma excelente tarde. Por mim, o tema está esgotado.
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JMF,
Tenho profundo conhecimento, da forma exploradora em que deste estágios, no Público, enquanto foste director. É preciso ser muito hipócrita para escrever este post!
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“Pois sim, mas jmf1957 que seja claro e diga onde se inspirou.”
Ok. Já agora, pois não li a crónica do Rui Tavares: o Rui Tavares diz onde se inspirou?
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Tiago:
O Tavares não está aqui em causa, mas sim o autor do postal, jmf1957. Ou então valeria o velho ditado: ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão. Salvo seja, claro.
Quanto a António Parente: não quis ofender com a sociologia de pacotilha. Porque também é a que pratico. A sociologia é uma arte, antes de ser ciência: a de ludibriar paradoxos.
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No postal de jmf1957 há duas referências que me apontam o plágio da ideia: a canção dos Deolinda e o problema da “geração parva”. depois de lhe terem chamado “rasca” e o video rebuscado no You Tube. É que o Rui Tavares fala nele…
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http://www.heritage.org/index/ranking
E está cada vez pior. Agora Portugal encontra-se a 11 lugares do fim na liberdade laboral, entre mais de 150 países no mundo! Não há nenhum país europeu atrás de Portugal. É o que dá os direitos adquiridos.
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Inspirou-se no Aventar, claro. Que foi o primeiro blogue conhecido a transcrever a letra, embora não tenha sido o primeiro blogue na internet a fazê-lo (o post do Rui Tavares é posterior ao post do Aventar).
http://www.aventar.eu/2011/01/30/deolinda-que-parva-que-eu-sou/
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José, por exemplo, 30 de Janeiro, referências ao vídeo:
http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.com/2011/01/um-caso-muto-serio-os-deolinda.html
Para sermos justos, toda a gente tinha então de referir que a inspiração veio de qualquer lado.
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A fonte é unica, exclusiva no autor da letra.
A utilização da mesma é livre, desde que conotada com o pensamento do autor da letra, não é reciclável para renascer convenientemente por quem não tem o mesmo pensar deste estado de sítio.
A letra é transversal, não é parcial/local/colorida para defender uns e atacar outros. É geral.
Sem moral para, não há maior hipocrisia que o aproveitamento da mesma para…os seus próprios e desejados fins.
A imensa minoria não se encontra à venda nem aprecia aproveitamentos dos coniventes/dependentes/ansiosos dos que fizeram o “mundo” assim.
No extremo do ridículo, só faltava colocar aqui umas letras do Godinho como espelho do pensar de JMF.
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Verdade. Afinal as fontes de inspiração são várias. Mas o Tavares escreve tendo ido ver o concerto…e fala do ponto de vista geracional, focando o editorial do Público de antanho.
O postal de jmf1957 versa sobre o outro lado da lua, mais oculto: o dos direitos adquiridos pelos papás da geração “rasca.”
Não sei de onde veio o ovo ou a galinha, mas sei que a originalidade, essa tem paternidade diversa.
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segundo alguns Marcelistas já nem se trata da culpa da Geração Rasca…a culpa é mesmo dos pais!
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já estive mais longe de me suicidar mas para além de Deus existem os comentários da Tina para me animar!
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Dias tristes se vive no Egipto. A Democracia, naqueles sitios, vai ser dificil de conseguir. E conseguindo-a, será com muitos custos em termos de vidas humanas.
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Está na altura do nosso governo português criticar duramente o regime, pela situação de guerra civil que lançou junto daquele povo. E não apenas lamuriar-se.
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Ricardo Santos Pinto, não diga disparates.
O Aventar publicou esse post no dia 30.
Mostro-lhe um blogue, por exemplo, que o publicou no dia anterior, 29:
http://consolatajovem.blogspot.com/2011/01/deolinda-que-parva-que-eu-sou.html
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José
Não fiquei ofendido nem considerei uma tentativa de ofender. Estes diálogos e debates são interessantes enquanto temos ideias novas para apresentar. Na maior parte das vezes, chegamos a um ponto em que passamos a repetir as mesmas coisas com uma “embalagem” diferente. É aí que eu encerro a minha participação. Isto não é um jogo de vencedores e vencidos, é apenas uma forma de podermos testar as nossas ideias e conhecer visões diferentes. Tentativas de conversão dos opositores ou apostolado não costuma resultar neste espaço.
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Piscoiso, deve aprender a ler. Escrevi e volto a escrever: O Aventar «foi o primeiro blogue conhecido a transcrever a letra, embora não tenha sido o primeiro blogue na internet a fazê-lo». «O primeiro blogue conhecido».
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“Uma geração desgraçada que só pensa em aposentação e que se está nas tintas para os filhos e os netos. ”
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É mesmo caso para se perguntar “Do the Russians love their children too?”
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Do Technorati Top 100, não consta.
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Hehehe, esta discussão das datas e das referências é curiosa… Cada um no seu pequeno mundo. 🙂
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só mesmo a tina para nos fazer rir!
Ex-empresária,ora trabalhadora por conta de outrém revoltada com os trabalhadores por conta d’outrém?
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Curiosa ?! Eu diria ridícula….mas sim, cada um no seu pequeno mundinho (quintal), que se lixe o resto.
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Esta colagem, não só de JMF mas de alguns autores e comentadores de direita, a uma música que é FUNDAMENTALMENTE contra as palhaçadas que eles constantemente advogam (qualquer retardado vê que a instabilidade laboral parida das ideias abjectas de “flexibilização” do trabalho que esta gente defende dia sim, dia sim, está a ser criticada, os abusos do patronato, etc..) – é das coisas mais anedóticas que vi nos últimos tempos.
Das duas uma, ou esta gente não se manca e não tem sequer o nível intelectual para interpretar uma letra relativamente simples (e então -pardon my french – f*da-se qualquer tronco chega a editor do Público) ou, mais provável, acham mesmo que o resto do pessoal é limitado o suficiente para capitalizarem com esta palhaçada.
Epá, se calhar pensam que toda a gente tem o calibre intelectual ali da lobotomizada ex-empresária.. Só se for.
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As governações cavaquistas, guterristas, barrosistas e socretinas foram todas elas responsáveis pela escravização desta última geração e grande saque a que assistimos.
O que está acontecendo na Tunísia e no Egipto devia estar acontecendo em Portugal.
Espero bem que dentro dalgum tempo o Figo Maduro tenha aviões para enviar lá para fora todos os responsáveis por este saque e bancarrota, desde o mais Alto até ao assessor de porra nenhuma…
Preparem-se, seus biltres!!!!
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Por causa destas e doutras, defendi no JN em Dezembro passado o aumento do salário mínimo para 600 euros, por razões que alguns considerarão eventualmente surpreendentes, ou outras classificações menos simpáticas 😉
http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=1745138&opiniao=Tiago%20Azevedo%20Fernandes
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eu acho que é mesmo uma maldade do jmf.
a maneira como analisa a letra da canção é mesmo para que a posta chegue ao 100 comentários, aproveitando a trabalho de consultor/agente /dador de palpites de PPC.
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Não interessa, o seu comentário realmente não lhes interessa mas é por demais evidente a lata/hipocrisia daqueles que nada entendem (ou entendem e pretendem deturpar) desta letra e para os quais o mais importante, ao invés de pararem, escutarem e pensarem no escrito, se preocupam no seu uso indevido e em quem postou primeiro sobre a mesma.
Mas infelizmente existem em Portugal ovelhas em demasia (e os eleitos demagogicamente disso são prova) que dependem do cajado dum qualquer pastor para pensar e viver.
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Não interessa, o seu comentário realmente não lhes interessa mas é por demais evidente a lata/hipocrisia daqueles que nada entendem (ou entendem e pretendem deturpar) desta letra e para os quais o mais importante, ao invés de pararem, escutarem e pensarem no escrito, se preocupam no seu uso indevido e em quem postou primeiro sobre a mesma.
Mas infelizmente existem em Portugal ovelhas em demasia (e os eleitos demagogicamente disso são prova) que dependem do cajado dum qualquer pastor para pensar e viver…
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Os Diolinda escreveram uma canção a falar de coisas tristes, de que toda a gente fala todos os dias, especialmente “as vitimas”, ou seja os mais novos. Esta musica sendo embora um grito, não nos trás novidade nenhuma. Há poucos empregos, o futuro é negro especialmente para os jovens, as razões para isso são muitas, mas não vejo aqui ninguem a discuti-las. Os ilustres comentadores que frequentam este blog, estão mais interessados em insultar o autor do post, ou em descobrir quem falou primeiro na cantiguinha em questão. Patetico.
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José Manuel Fernandes no seu melhor.
Está tão bem que não posso deixar de lhe atribuir o prémio nariz vermelho.
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Pelo que se lê por aqui nos comentários, o socretinismo (que levou o País à desgraça em que se encontra) continua a ter muitos apoiantes.
Hesito na catalogação de tais energúmenos: ou são totalmente destituídos do mínimo de inteligência exigível ou não passam de amesendados à conta do erário público.
Mas não se iludam: atrás de tempo, tempo vem – e o tempo deles vai acabar mais cedo do que supõem.
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O JMF não percebeu que “essa geração” está é farta das tretas liberais. Essa geração queixa-se é da treta dos estágios, dos recibos verdes, da suposta liberdade de contratação, tão celabrada pelos liberais. O JMF, e demais bem instalados liberais, ainda não perceberam que do que “essa geração se queixa” é da instabilidade, que lhes está sempre a adiar tudo, filhos e maridos e tudo. E não percebe que se não fossem os pais deles, os que ainda têm alguma estabilidade no emprego, “esta geração” estava a passar bem pior. Eu acho que o JMF não percebeu nada da letra. Precisamente porque não pertence a “esta geração”.
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Ai que saudades do tempo em que se ia prá escola aos seis anos, fazia-se a 4ª classe e a admissão ao liceu aos 10, quando se chagava ao 5º ano com 15 ou 16 escolhiam-se letras ou ciencias, fazia-se o 7º ano, aos 17-18 ia-se prá universidade, tirava-se o cursozinho, com22-23 arrumava-se um emprego pouco trabalhoso no estado, casava-se aos 27 tinha-se filhos uma vida inteira pacata entrando às 9 e saido às 5, com cinema aos sabados à noite e bola aos domingos à tarde, e 15 dias na praia em agosto. Reforma aos 65, e morria-se aos 75-80. E há quem chame a isto vida!
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Eu percebo o ponto do JMF, que se queixa da inércia de quem se instalou e açambarcou os recursos. O que acho é que JMF não percebeu que o mercado só por si, sem regulação decente e principalmente sem Justiça a funcionar, é intrinsecamente instável. É como um carro com suspensão mas sem amortecedores: não funciona bem. É este mercado distorcido que esses instalados aproveitam precisamente para abusar da posição que adquiriram, e assim não se consegue um crescimento sustentável da economia de que todos possam beneficiar. O que distingue hoje em dia o liberalismo tout court da social democracia moderna é principalmente a exigência de que as oscilações do mercado não sejam de tal ordem que desrespeitem os direitos dos cidadãos.
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“Essa geração queixa-se é da treta dos estágios, dos recibos verdes, da suposta liberdade de contratação, tão celabrada pelos liberais.”
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Mas é precisamente pela rigidez das leis laborais que os patrões têm de recorrer à contratação por recibos verdes. Como é óbvio, leis laborais rígidas são boas para os que já têm emprego, mas dificultam a vida aos que querem entrar no mercado de trabalho. Não se pode ter tudo na vida.
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O JMF bem podia denunciar as reformas de 10.000 do Cavaco e do Catroga (o que é que essa gente fez para receber isso?) enquanto há jovens sem emprego ou com emprego qualificado pago a 500 ou 600 euros!
Mas como ele é um trombone do sistema, costume fazer estas palhaçadas!
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Continua-se a esquecer que o principal problema é a Justiça, pelo que não adianta ter leis mais rígidas ou menos rígidas se as pessoas não puderem fazer valer os seus direitos, seja do lado dos patrões, seja do dos empregados. Não é a Economia. É ter leis mais simples e tribunais a funcionar.
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É, é por isso que os patrões recorrem aos recibos verdes. Não fosse pelas rígidas leis laborais eles pagavam o triplo ou quádruplo, os contratos eram de vitalício para cima, os horários um mimo..
Oh tina, você é o perfeito exemplo de porque é que é preciso balizar rigidamente a relação laboral – já imaginou se ficasse ao critério dessa sua inteligência rara?
Medo..
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Não era suposto, com a eleição de Cavaco, iríamos entrar na terra do «leite e do mel»?
Ou será que tive um sonho «molhado»?
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Olhe seu burro, vá-se informar aqui
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http://www.heritage.org/index/ranking
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para perceber porque é que Portugal é o país da Europa com as leis laborais mais rígidas. E se for comparar com outros anos atrás, vai também perceber que ficámos para último lugar a nível Europeu, e que agora só o Zimbawe e outros 10 países assim, estão atrás de nós nessa área (labour freedom). Depois também irá perceber porque é que:
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. as fábricas fecham aqui e deslocam-se para outros países
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. os patrões portugueses preferem utilizar contratação por recibos verdes se lhes dão essa possibildade.
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. a UE insiste com Portugal para flexibilizar as leis laborais.
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.apesar de já se ter mexido no código laboral, como muitos empresários disseram na altura não era suficiente e a prova é que continuamos a cair de lugar a nível internacional.
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o crescimento económico de Portugal está condenado.
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Tudo graças aos direitos adquiridos.
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O problema das lei é uma falsa questão porque neste momento não há maneira de as fazer cumprir.
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A C Silveira; «O 25 de Abril foi uma janela de esperança que se abriu»
E que foi rapidamente aproveitada.
Também queria saber se existe alguma música para aquela geração que herdou a negligência parental, habituados pelo Estado, educados pelo Estado, mentalizados para o Estado. Recibos verdes, instabilidade, precariedade, humidades e sonhos perdidos… Estes meninos do Bairro Alto andam mal habituados. A culpa realmente é do Estado, dos pais e de todo o mundo que os criou na redoma segura….
Cá nós em baixo não miamos muito, mesmo alguém mie, há sempre alguém para nos passar a mão no pêlo….
R.
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Aqui em Portugal, por causa dos direitos de uns quantos instalados, todos os outros sofrem. As leis laborais funcionam da mesma maneira que as leis do arrendamento. Enquanto uns vivem no centro da cidade a pagar rendas miseráveis, outros têm de se deslocar kms para encontrar uma renda que não lhes tire o salário todo. Tal como por causa do difícil despedimento dos trabalhadores mais velhos, os novos agora não conseguem assegurar um emprego estável.
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Tina, a ver se percebo a lógica: os patrões só escolhem os recibos verdes, por causa do código laboral rígido. Portanto, se o código laboral fosse menos rígido, não optariam por recibos verdes, ou por contratos de seis meses, ou por estágios da treta. É isso? Escolhiam o quê? Estou curioso.
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scriabin «os patrões só escolhem os recibos verdes, por causa do código laboral rígido. Portanto, se o código laboral fosse menos rígido»
Quando o crescimento é nulo, como é que um Patrão vai contratar uma pessoa? Tem prejuízo. Além de burocracia. O actual código laboral não permite às empresas uma adaptação real ao trabalho, além do fraco crescimento….
Neste quadro ponha-se no lugar do Patrão… vai despedir uma pessoa com 50 e poucos anos? com baixa formação? pouquíssimas oportunidades? Uma indemnização fabulosa?
R.
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Tanto cego. A flexibilização não resultará em mais postos de trabalho. O que se pode dar é a substituição de alguns empregados com mais de 50 anos por alguns na casa dos 30. Mas no global não se altera o número de desempregados. A solução não é o crescimento do desemprego de um lado para mesmo crescimento do emprego no outro lado. Estão cegos? O problema é que as novas tecnologias e processos produtivos exigem cada vez menos mão de obra. As indústrias de trabalho intensivo exigem cada vez menos mão de obra e o sector terciário não consegue absorver a mão de obra disponível. A nova economia não consegue no seu global e a nível mundial absover a mão de obra disponivel.
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SM, as engenharias estão em crescimento… o sector das telecomunicações também (call-centers incluído).
Ainda que tenha razão, não a tem toda… visto que não há muito tempo uma reportagem do Expresso dava conta de muitas vagas em certos sectores, que a “globalização” não extinguiu…
Facto é que temos pouca ou nenhuma perspectiva de crescimento, além da perspectiva burocrática.
R.
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Tiago Azevedo Fernandes,
Ali muito para cima, pões «link» para o meu blogue (Entre as brumas da memória) e comenta:
«Para sermos justos, toda a gente tinha então de referir que a inspiração veio de qualquer lado.»
Importa-se de explicar?
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Rogério, o que não faltam são desempregados de 50 anos, ou mais. Imensos. Com reformas de miséria. Não me parece que as empresas tenham tido grandes problemas com isso. A moda agora é ir ao “supermercado” e tirar da prateleira um “empregado”, aliás “empresário por conta própria, vulgo recibos verde, e descartá-lo passado algum tempo, o que quiser; o mesmo para aqueles contratozecos de meses. O que eu perguntava, e não obtive resposta, é que contratos vão fazer os patrões quando o código laboral ficar menos rígido.
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afinal não existem estalinistas reconvertidos .. a ideologia que acomete pobres contra ricos, empregados contra patrões, cidadãos contra cidadãos e que fomenta conflitos geracionais – aproveitando-se do mais profundo sentimento de inveja do Homem – manifesta-se aqui em todo o seu esplendor.
once stalinist, always stalinist
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Os direitos adquiridos dos trabalhadores vão diminuindo. Os dos dos patrões vão duplicando; os colaboradores do processo produtivo, morrem: ficam os escravos para gáudio dos senhores deste mundo. Não isto precisamente que está a acontecer?
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“Portanto, se o código laboral fosse menos rígido, não optariam por recibos verdes, ou por contratos de seis meses, ou por estágios da treta. É isso? Escolhiam o quê? Estou curioso.”
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Se não fosse tão difícil ou caro despedir um empregado, escolheriam contratos normais. Seria uma forma de atrair os melhores trabalhadores. Quem continuasse a passar recibos verdes, teria de se contentar com os menos bons. Além disso, os recibos verdes deveriam ser proibidos a quem não trabalhasse num regime estritamente independente. Os trabalhadores verdadeiramente independentes, sem contrato, são tratados como trabalhadores a recibos verdes com contrato, como é a maioria, por isso são obrigados a deduzir todos os meses a mesma coisa quando podem receber metade nesse mês, as contribuições aumentaram, etc. Está tudo distorcido e é tudo muito injusto só por causa dos direitos adquiridos de alguns.
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scriabin (…) que não faltam são desempregados de 50 anos, ou mais. Imensos. Com reformas de miséria. Não me parece que as empresas tenham tido grandes problemas com isso.
Falso. O grosso das reformas miseráveis vai para pessoas pouco instruídas, pouquíssimas oportunidades, má gestão de vida (culpa do Estado que os infantilizou) e outras razões pessoais.
Com isto não quero dizer que não existam desempregados de Norte a Sul com mais de 50 anos no desemprego.
A questão é que Portugal é dos países com menor mobilidade social/profissional. Anda por aí um estudo que indica que mais de metade dos Portugueses não está disponível para deslocar-se a outra área para garantir o emprego. Revela também que poucos estão disponíveis a acordar com o Patrão um acerto de salário, para os mesmos efeitos de emprego…
Não confuda amigo, os Portugueses infelizmente foram educados para isto…
R.
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E também não nego que muitos “empresários” e “chefes” de serviço usem e abusem da carta dos “serviços” externos. Sem crescimento, sem concorrência, um chefe prefere ter um cargo temporário, pois não lhe afronta o posto.
R.
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O problema do desemprego é também a cada vez maior diferença de eficiência entre o Estado cada vez menos eficiente e cada vez mais obcecado com tudo e as empresas.
Hoje pode-se ir a Paris de avião com um ou dois dias de trabalho, há 20 anos atrás era preciso um mês.
Há 20 anos atrás uma máquina de lavar a roupa custava bem mais do dobro do que custa hoje se olharmos para os salários.
Ora nada disto aconteceu no Estado tem cada vez mais pessoas, inventa cada vez mais responsabilidades, funciona cada vez pior e custa cada vez mais caro.
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O resultado do crescimento da eficiência é trabalhar menos. Ora nenhum Estado Social como os Ocidentais está preparado para a diminuição do trabalho por motivos virtuosos.
Os Estados Sociais precisam e cada vez mais dinheiro. Por isso tivemos a bolha do crédito instigada pelos políticos.
Nos EUA no mês passado a construção de casas esteve ao nível de há 50 anos.
Isto só é possível devido à eficiência. Não é preciso mais casas.
Excelente notícias mas no mundo esquizofrénico dos Sociallistas de Direita e de Esquerda tal coisa é uma má notícia.
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(…) Estes meninos do Bairro Alto andam mal habituados (…)
não fossem os argumentos supra-inteligentes destas aprendizes de liberais, melhor, destes sabujos sem terem onde cair mortos à espera duma esmola do capitalismo, e eu não teria entendido o post de jmf 🙂
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Joana Lopes:
Aqui acima atacavam JMF por não referir a sua fonte de inspiração para este post. Não me parece essa crítica inteiramente justa a menos que se aplique critério semelhante a todos os outros casos de comentário sobre a canção dos Deolinda. Em particular referia-se a crónica do Rui Tavares como provável inspiração do JMF, quando também o Rui Tavares se poderia eventualmente ter inspirado no seu blog, que também tinha sido citado pela Catarina Martins, por exemplo. Não me parece criticável nenhum dos casos. O tema tem sido muito comentado na net, as opiniões acabam por se formar a partir de inúmeras “fontes de inspiração”. A minha também. Consegui explicar-me?
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efeitos perversos da sobrevalorização do trabalho intelectual , esta coisa de estudar para escravo. preparam os meninos para serem empregados dos serviços…serviços berrou. no entanto , se alguém quiser um serralleiro mecánico ou um torneiro especializado , vê-se grego para arranjar um de jeito. ele há para aí uma escola profissional que a malta ainda nem acabou a aprendizagem do oficio e já tem interessados em contratá-la.
e os de ciências , daqueles cursinhos difíceis , com muita matemática , normalmente também conseguem emprego. os “letrados” é que têm o futuro negro. ou aprendem a fazer qualquer coisa , ou não lhes vejo saída , mesmo que despeçam os dos “direitos adquiridos.”
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Obrigada, Tiago Azevedo Fernandes.
Conseguiu explicar, sim. Pessoalmente, foi no Facebook que tomei consciência da projecção do fenómeno.
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A malta não é parva
È mas é muito acomodada
Habituada ao bom viver
Sendo o consumo sua fonte de prazer
Não crítica nada do que está a acontecer
Apenas quer fazer parte de uma sociedade
Aonde não encontra lugar mas quer pertencer
Para poder desfrutar da aldeia global
Com produtos de qualidade sem igual
Consumindo só do bom e do melhor
Não é malta que lute por um mundo melhor
Por uma sociedade diferente
Porque existe um vazio de ideias deprimente
Transformados em consumidores
Sem nada poderem produzir
Até ao dia em que tiverem deixar de consumir
Aí veremos o que está para vir!
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A minha geração deixou o sangue nas terras de Africa e de Timor, em troca de quê? A minha geração tem as marcas das G3 na alma e no corpo. Tem o direito a reclamar o sangue rojado nas minas de Cabinda, na Bissalanga…
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Tina, as empresas vão continuar a recrutar excelentes trabalhadores com recibos verdes e a ganhar imenso com isso, seja qual for o código laboral. Aliás, estranho que defenda o fim dos recibos verdes em certas circunstâncias. Não me parece muito liberal e vai sobretudo contra os interesses das empresas.
Rogério, seja qual for a razão para as reformas miseráveis, não foram as “fabulosas” indemnizações que os ajudaram. Quanto à mobilidade, é verdade que há pouca. Você próprio pode fazer a experiência das razões para isso, deslocando-se com mulher e filhos do Algarve para Lisboa ou para o Minho, se tiver familia. Obviamente, é mais fácil quando se é jovem e solteiro, e como sabe, tem havido muita emigração, pelo que o problema da falta de mobilidade nem se pôe. O acerto de salário? Isso é redução de salário e devia dizê-lo directamente, sem eufemismos. Será aceitável em certas circunstâncias, sim, quando se trata de salvar uma empresa em risco. Defendo isso. Mas não noutras, nos casos de simples oportunismo e prepotência. Muitos patrões sabem perfeitamente que se propuserem ao empregado uma redução de salário, invocando a crise, ele vai aceitar porque ao lado não encontra emprego. Portanto, depende. Falta resposta ao que perguntei: neste momento, existe uma panóplia de regimes legais de contratação, para todos os gostos, Podem com isso manter um empregado três meses ou vinte anos, o que quiserem. É o trabalho temporário, o outsorcing, o recibo verde, etc, etc. e geralmente os patrões preferem os recibos verdes e os contratos curtos. Já por lá andei, por grandes empresas, na área das telecomunicações, e sei como se faz o sucesso neste país, meu amigo. Portanto, os empresários estão á espera de um regime menos rígido para contratar como? Voltando à canção: aquela malta queixa-se da precaridade no emprego (que leva á precariedade na vida), os recibos verdes, etc. Estão eles à espera que saia um código do trabalho menos rígido para terem contratos mais estáveis, daqueles que não permitem ao patrão despedir quando querem? Eu acho isto um bocado paradoxal, mas o JMF parece achar que sim.
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Eu sou ultra-liberal e o único político que me identifico no mundo é o Ron Paul. Vejo aqui muito gente a falar de direitos adquiridos e não percebo esse termo, porque a minha geração, os únicos direitos adquiridos que tem é do trabalho precário e o de emigrar. Enquanto houver contratos de trabalho diferentes para quem entra agora no mercado de trabalho e para quem lá estava à 10, 20 ou 30 anos, nós estaremos sempre lixados. Isto não é justiça social, pois ainda por cima vamos ser nós a pagar a velhice desta gente, da qual muita não faz a ponta dum corno. Já que vou ter uma vida precária, não quero ter que dar 50% ou 60% do que vou ganhar ao Estado, que não faz nada por mim nem irá fazer durante a minha vida. Se puder, digo-o aqui com toda a franqueza, vou fugir aos impostos a minha vida inteira, porque eu não vivo à custa do Estado e prefiro gastar o meu dinheiro como eu quero e dá-lo a quem cria riqueza (os privados), para não falar do facto de cada produto que compro 25% vai para o Estado. Estado Social só cria malandros! Os ricos que o paguem? Não, quem vive dele é que deve paga-lo!
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A. Ferreira
Nós percebemos que não queira pagar “a vellhice desta gente”…eles também não vão pagar a sua!?…Aí está o pensamento egoísta de um auto denominado ultra-liberal que se recusa a pagar impostos, mas que, provavelmente já gostaria de viver na Suécia. O exemplo estafado da mentalidade do povo português. Por este prisma vamos voltar a deixar os nossos velhos na montanha com uma manta para acabarem os seus dias.
Os culpados da sua revolta não são os dos direitos adquiridos, mas sim aqueles que deixaram chegar isto ao caos a que chegou em que pontifica o esbulho que, infelizmente, não vai ficar por aqui. Estes são precisamente os mesmos que nã querem reduzir o número de deputados na AR, porque querem continuar a mamar nas tetas da velha e esqulética República…dos bananas. Concluindo: o nosso problema é que o País é demasiado pequeno para tanto ladrão e que as novas gerações não não tenham c…lhões para dar a volta ao texto e andem por aí a carpir no muro das lamentações à espera que os outros morram. Já agora por que não uma injeçãozinha letal aos
gerontes a partir do 65 de idade?!… E depois era só reclamar a reforma deles para dar de bandeja aos que contestam os direitos adquiridos…
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António Ferreira, não me está a apetecer nada dar-te a ponta de um chavelho dos impostos que pago para o que quer que seja. Quando estiveres doente e chamares uma ambulância, chama uma ambulância privada, ou um táxi, e dirige-te à clinica privada mais próxima. E enche a banheira com água do Luso, que,se depender de mim, não vais ter uma gota de água pública.
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antonio ferreira é mais do tipo anarquista-liberal!
não liguem que ele estava a ironizar 🙂
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