República, Ilusionismo, Coelhos e Raposas*…
A propósito do 31 de Janeiro: dia da tentativa de golpe republicano (1891) e, simultaneamente, agora, também dia dos ilusionistas! Neste último particular, poderia ser o “dia do Governo”….
“(…) Ora, magia (mais rigorosamente, ilusionismo) é algo que começo a associar ao Governo. Senão, vejamos: nos finais do ano transacto, o PSD avançou com o seu projecto de revisão constitucional. Talvez inopinadamente, face à conjuntura político-partidária que, então, se vivia – conjuntura essa, tal como agora e sempre, pouco disponível para qualquer debate mais estruturante e verdadeiramente político. Caiu, desde logo, o Carmo e a Trindade, porque, no fundo e para uma boa parte dos comentadores (e, sobretudo, do PS), tal proposta era um atentado ao “estado social”. O país interiorizou – sem ler, nem reflectir nos termos da dita proposta – que existia, naquele projecto de Passos Coelho, um plano para acabar com o SNS, para tornar arbitrários e selvagens os despedimentos e para acabar com o sistema de ensino público”. (texto completo, aqui)
* Grande Porto, Ed. 4.01.2011 (Opinião)
BLASFÉMIAS 
O problema é que o PPC está equivocado e mal aconselhado no que respeita ao estado social.
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Os neo-liberais que aconselham PPC não entendem que sistemas de ensino, saúde e segurança social universais, gratuitos (pagos por impostos progressivos) e de boa qualidade, são infraestruturas essenciais para a sociedade.
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Continua a propaganda que o estado social está na falência, quando o que está na falência é o estado despesista, o estado do compadrio e da corrupção, o estado da incompetência , o estado das obras públicas sem fim, o estado que favoreceu a desertificação do interior e o abandono da agricultura, o estado que penaliza o trabalho com taxas elevadissimas.
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PPC continua a não ter uma estratégia para desenvolver o país, continua limitado à questão do deficit publico e à liberalização dos despedimentos.
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PPC continua sem perceber a necessidade da regionalização/autonomia regional como forma de reforma da administração pública e redução da despesa pública.
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Este PPC assim não vai lá.
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Ao PMP:
Caro Sr. muito bem explicado e sem espinhas.
Um bem haja.
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Também concordo plenamente com o Sr. PMP, a política de uns e de outros é similar a seu grosso modo.
Convenhamos, todavia, que o que suscita é muito complexo, de difícil execução e totalmente contra os “mil interesses” estabelecidos (que não os do simples povo) e solidamente alicerçados nestes passados > 36 anos de regabofe… daí a sua utopia nas próximas décadas, a menos que…
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A avaliar pelos 3 comentários acima, é forçoso concluir que, se a patetice matasse, há muito que esta gente estaria a fazer tijolo.
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Façam lá as contas ao despesismo, ao compadrio, da incompetencia , das obras púbilicas e depois digam qualquer coisa.Representa o quê? 30% do total da despea do estado? Pouco mais?
Esta gente não se toca nem sabe somar ou diminuir. O restante da despesa do estado em salarios reformas e prestações sociais diversas representa quanto? 60%?
Agora expliquem lá matematicamente como é que fazendo uma limpeza total dos despesismos e compadrios em cerca de 30% do total (imagine-se metade 15%) vai dar para solucionar o restante da despesa de 60%.
Esta forma grosseira de explicar as coisas só serve para dar uma ideia do que esta gente está a falar.
É claro que ninguém apoia teoricamente nem o despesismo nem os compadrios e eles devem ser combatidos diáriamente, denunciados e apontados mas…….infelizmente, continuaria, caso conseguisemos acabar com ele,uma miserável tábua que nunca nos conseguiria manter a flutuar no meio de um mar revolto atacado por um furacão.
PS. querem ver que vão tresler o que acabei de escrever?
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Quem não está de acordo com a propaganda é pateta.Eu incluo-me no rol.E que chamar aos propagandistas que conseguiram incutir nos espíritos mais débeis que o que dava era não informar com verdade.De tanga! isso era um sacrilégio! E o que deu a mentira? Aquilo que assistimos! Grita-se aqui d’el-rei que querem acabar com o serviço nacional de saúde! Que é que temos? mais de meio milhão sem médico de família em cujo número me incluo!Que é que temos? o médico receita um medicamento para uma doença grave (atenuação dos efeitos de cancro),mas quem de direito,substituindo-se ao clínico altamente especializado,entende que esse mesmo medicamento não deve ser comparticipado! resultado: no fim do ano, quando se vai fazer contas,verifica-se que a despesa dos não comparticipados suplanta a daqueles que o são! Havia mais:ensino etc.mas ficamos por aqui.De qualquer modo não resisto perguntar, se o ensino público é tão bom,para que existem colégios do género c.moderno?vão ver quem o frequenta!
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Ao Essa Agora:
Limita-se a insultar sem contrapor ideias.
Então para si a corrupção não existe?Ou pôr o dedo na ferida incomoda-o?
Deves é viver à conta dela senão não latias assim.
Vê como é fácil insultar?!
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“Os neo-liberais que aconselham PPC não entendem que sistemas de ensino, saúde e segurança social universais, gratuitos (pagos por impostos progressivos) e de boa qualidade, são infraestruturas essenciais para a sociedade.”
Curioso, os socialistas também parecem não entender isso. Mas gostaria de saber porque é que é que têm que ser universais e gratuitos. Não podem ser só gratuitos para quem precisa? A gratuitidade não gera custos adicionais (i.e., utilização para além do razoável, uma vez que é gratuito)? E o que deve ser gratuito? Tudo? Por que motivo devo pagar pela minha escova e pasta de dentes? E o tratamento do acne?
E, do outro lado, qual a sua opinião sobre a liberdade de escolha? As pessoas devem poder escolher ou não o prestador de serviço? A prestação tem de ser por uma entidade pública?
Vivemos num país no qual se repetem dogmas até à exaustão de forma a bloquear todo o debate. No entretanto, enquanto se repetem os dogmas até à exaustão, age-se precisamente no sentido contrário, mas de forma arbitrária.
Em Portugal, e na maior parte do mundo, a escola privada consegue resultados com muito menos recursos. Há efectivamente lugar a debate sobre se os resultados são efectivamente melhores ou não (sendo que piores não são de todo). Mas quanto aos custos, não existe qualquer dúvida. A escola privada utiliza muito menos recursos. No entanto, o dogma socialista persiste: a escola deve ser pública independentemente do seu custo. Qual o objectivo? Mind control? Curiosamente, foi com esse objectivo que a escola pública (universal e obrigatória) foi inicialmente lançada na Prússia. Numa geração conseguiram unir a Alemanha e ao fim de 3… tinhamos o povo mais instruído do mundo…a aceitar impavidamente o nazismo… É por isso que precisamos de escola privada. Só ela promove a diversidade e liberdade de pensamento adequados à manutenção de uma democracia viva.
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