Uma das coisas boas da esquerda ser poder é que se acabam os fanicos
Quando Santana Lopes era primeiro-ministro discutiu-se o futuro dos edifícios do Terreiro do Paço. Defendia o Governo que o Terreiro do Paço deveria ter hotéis, comércio etc. Levantou-se um burburinho de gente indignada com tal heresia. Arquitectos vários declararam que o Terreiro do Paço “é por excelência o lugar do poder com que a população se identifica, o símbolo de que a cidade precisa.” “Serei contrário a uma decisão de saída dos ministérios. Nós precisamos do símbolo do Terreiro do Paço. Para o mal e para o bem, ele representa o poder, e nós identificamo-nos com essa imagem. A nossa memória do 25 de Abril passa também por ali. E a saída dos ministérios empobreceria o nosso sentido de pertença e de identificação, e interrompia um curso histórico.”
No ano da graça de 2011 sabemos pelos jornais que “a Sociedade Frente Tejo concessionou por 50 anos à Enatur, através do grupo Pestana, todo um quarteirão que ainda é ocupado por instalações do Ministério da Administração Interna” para aí instalar uma “Pousada histórica com estilo moderno”. Tal como há alguns anos não me choca nada a instalação de hotéis no Terreiro do Paço. (Escrevi-o na ápoca e valeu-me fortes críticas) O que me choca é o silêncio daquela gente que levava a vida com fanicos quando as propostas vinham doutra área política e que agora acha tudo normalíssimo.
Até podem transformar aquilo num Centro Comercial, que para mim é igual ao litro.
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1 – Houve concurso público para a concessão?
2 – Por que é que a ENATUR é uma empresa hoteleira com capitais maioritários do Estado que compete com os privados (com melhores condições)?
3 – Quem são os restantes accionistas da ENATUR e como entraram no capital da empresa?
4 – Que relação existe entre a ENATUR e o grupo PESTANA?
5 – Como é que o grupo Pestana conseguiu a concessão de n edifícios públicos e a que preço?
6 – Por que é que estes contratos de concessão não estão disponíveis online?
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E até é verdade, em parte, o Terreiro do Paço dos ministérios dos negócios, está ali mesmo a jeito para numa revolução futura, a sério, das de incendiar toda uma praça em grande fogueira desde o poder lá de dentro.
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O verdadeiro “fanico” era que o projecto de Santana Lopes envolvia deslocalização de ministérios. A identificação do “povo” não é com os edifícios, é com o poder Central. Não era aceitável era que Lisboa perdesse privilégios ao nível do poder central.
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Aliás, é também curioso como os sucessivos governos continuam a agir como se fossem a Câmara Municipal de Lisboa (o que é mau para os lisboetas e péssimo para os não lisboetas). É por isso que funções do Estado que estão ao nível do município no resto do país (cultura, transportes públicos), tem verba directa no Orçamento de Estado quando se referem a Lisboa.
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A única arquitectura que interessa é a do Estado Central e privilégios associados. O resto é para enganar.
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É o triste estado a que o poder burguês chegou! Já nem se respeita a ele próprio.
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É tudo a brincar como se pode ver aqui
http://fado-alexandrino.blogspot.com/2011/02/o-estilo-pinoquio.html
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A verdade é que a «gestão» do PSD em Lisboa levou esta à bancarrota, e não foi por culpa do Santana…
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simples minha cara,
se verificar os poltrões que fazem parte da frente tejo vai encontrar semelhanças com os nomes daqueles que tinham os fanicos
esta maralha que se julga dona do estado é cada vez mais previsível
o que me admira é não haver mais gente que denuncie estas trafulhiçes
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É gente muito volúvel. Como funcionam por vaidade, têm modas.
As modas são para usar dependendo das Estações.
As Estações é simplesmente: quem está no Governo.
Se estão os “maus” veste-se uma roupagem estrita e intolerante.
Se estão os “bons” veste-se outra roupagem, tudo é permitido mesmo o que não era.
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Há qualquer coisa na drª Helena – de arremesso a este executivo da Camara – porque será? será que este executivo não pactua com os seringueiros?
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