O estertor de um (mau) Governo
12 Março, 2011
Pedro Passos Coelho esteve muito bem na madrugada de hoje. A sua intervenção foi assertiva, frontal e politicamente equilibrada. A crise existe e tem de ser combatida – mas o actual Governo é a crise dentro da crise, agravando-a com a sua incompetência e o ego doentio do ainda primeiro-ministro.
Agora, nestes últimos tempos de um socratismo que se esboroa, o PSD deverá preparar soluções de futuro. E devolver a esperança a um País que perdeu os rudimentos do seu significado.
42 comentários
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Mas lá vai arranjando uns “aderentes”, ao estilo Nogueira Leite. Não muda grande coisa.
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«E devolver a esperança a um País»
devolver?
tinha usurpado a esperança?
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CAbreu Amorim,
Sucinto e óptimo post !
Oxalá PPassos Coelho não se deixe influenciar, desviando-o do seu posicionamento face a mais esta desrespeitosa e gravosa “medida” do governo num país já em bancarrota económica, financeira, que Sócrates & seus têm tentado ocultar.
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Estou de acordo com o CAA no que respeita ao primeiro-ministro, só ainda não percebi tanta
certeza no perfil de Passos Coelho, nem tão pouco o que tem contra Rui Rio.
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Sócrates, em desespero, avançou com mais medidas de austeridade.
Passos Coelho, e bem, não acompanha.
Chegou a hora.
Os mercados vão entender e “apertar” o Governo Português. Sócrates terá que lançar a toalha e aceitar o FMI.
Pois a Alemanha não aceitará meias medidas pois Merkel está (internamente) fragilizada.
Sócrates terá ainda tempo para aplicar as primeiras medidas FMI e para preparar um orçamento FMI.
Aí, viabilizados (abstenção) pelo PSD, num governo em gestão, com eleições marcadas.
Sócrates e o PS sofrerão pelo que fizeram. E deverão ser – com a esquerda – fortemente penalizados.
Restará uma maioria reformista (PSD) que terá MESMO que reformar.
E uma esquerda anacrónica que ficará bem com Jel e Falâncio. No sentido errado, tentando “engrossar” a bola de neve que rola pela encosta abaixo.
A meio, o PS, que deverá passar a caber num “taxi”… Merecidamente.
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Não tenho quaisquer dúvidas de que um exercício saudável da democracia se faz com a alternância no poder.
Se a alternância é Sócrates-Passos Coelho? Que seja.
O povo decidirá.
Lamentável é a baixa política do ataque “fulânico”, onde o insulto pessoal se institui em jeito de peixeirada, desprestigiando a área política.
Contrariamente ao que se possa supor, não estou a defender Sócrates ou os socialistas, mas tão só a democracia, que aprendi num país em que esse regime é uma instituição centenária.
Os movimentos de autoritarismo, contrários ao liberalismo, são fáceis de detectar.
Inclusivamente quando camuflados de liberalismo.
Mas enfim, ninguém é perfeito.
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Meu caro Campos de Minas,
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Durante o tempo de Cavaco Silva (e eu era, pela direita, um fero opositor à sua governação) havia esperança em alcançar a Europa, esperança em viver melhor que os nossos pais. Guterres e Sócrates, um por pusilanimidade, o mais recente por incompetência, corrupção ou desonestidade (escolha uma de três, abdico das outras duas) acabou com a esperança do país.
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Esperam-nos dias terríveis, graças ao que com tanto e desconfiável zelo defende. Graças a ele, e não à crise internacional. A crise não fez SCUT, a crise não vai fazer um TGV permanentemente deficitário, a crise não fez as cabeçinhas de vento das eólicas a preço de ouro, nem ampliar escolas escusadamente. (A «crise internacional» também não decidiu fazer uma central nuclear, mas deveria ter decidido, porque assim então se faria, já que parece que é a crise que anda a governar o país)
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Quisera eu que a crise internacional fosse a responsável pelas nossas dores. Com o que vem de fora posso eu. O mal é o que disse o Variações: «Quando a CABEÇA não tem juízo / … / o corpo é que paga».
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“face a mais esta desrespeitosa e gravosa “medida” do governo num país já em bancarrota económica, financeira, que Sócrates & seus têm tentado ocultar.”
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Uma frase que é uma boa demonstração da dissonância cognitiva que existe na sociedade Portuguesa.
Se Sócrates não tivesse tentado ocultar a bancarrota já há muito medidas mais “gravosas” que esta teriam sido implementadas percebe?
Cada dia em que se adie as medidas gravosas, estas quando tiverem de ser implementadas mais gravosas serão porque o buraco será maior.
O que é que não entendem da frase 20% do que o Estado gasta é pedido emprestado?
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Gonçalo,
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A Angela Merkel foi eleita pelos alemães para defender os interesses da Alemanha. Pois há-os por cá que insistem que ela terá de prejudicar os alemães para dar uma mãozinha aos portugueses. A Europa funciona bem sem solidariedade (seja o que isso for nestes dias) e apenas com interesses. É do interesse alemão ter os restantes países da Europa prósperos e pujantes, pois isso significa mais trocas comerciais. Não é do interesse alemão andar a financiar a décima quinta auto-estrada entre Lisboa e Porto ou um TGV que vai operar deficitário em Portugal.
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Deixem a Senhora Merkel em paz e dediquem-se a fazer o que se deve fazer em Portugal: matar a Mota-Engil e mandar a OpWay às malvas, junto com a JP Sá Couto e as milhentas fodações (erro intencional) que vivem à pála do contribuinte. É altura de dar um bom e sonoro par de estalos ao Governote que fingimos ter.
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Há um ano andávamos a limpar Portugal (sim, participei e andei a tirar colchões velhos das matas). Hoje andam os doidolindas a fingir que querem direitos e que o país (o Estado) tem de absorver à força o enésimo-sexto licenciado em Relações Internacionais. Diz muito desta geração à rasca que vai para a Universidade de popó e enche os bares na noite estudantil (isso não é um mal em si. Escolham é o curso errado e depois não se queixem).
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É este o país que queremos ter? Pois é o que temos.
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Lucklucky,
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100% do que o Estado gasta é pedido emprestado. Prova disso é que quando nos negarem crédito não temos nem um mês para pagar aos funcionários públicos. Na verdade estamos a pedir emprestado para pagar as dívidas que vencem. Os impostos acabam por servir para complementar isso.
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“100% do que o Estado gasta é pedido emprestado. …Os impostos acabam por servir para complementar isso.”
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Um parágrafo que não faz sentido.
Não é verdade a primeira parte.
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“Deixem a Senhora Merkel em paz e dediquem-se a fazer o que se deve fazer em Portugal” – escreve Colaço.
Não se importa de escrever o que Portugal, isoladamente devia fazer, para sobre as suas ideias nos debruçarmos?
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Tolstoi,
Quem há uma semana defendeu que Sócrates deveria governar até final de 2013, não merece o meu respeito. Quem diz o que Rio disse apenas pretende que o País se submeta à sua agenda(zinha) pessoal.
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O problema é que o PSD não crê que seja sustentável politicamente manter a colagem às medidas tão impopulares que o Governo tem implementado, nem que para isso tenha de inviabilizar a aprovação de medidas complementares de rigor orçamental, acusando-o de falta desse mesmo rigor! O momento que marcou o início de uma grave crise política em cima de uma financeira, foram as incendiárias declarações de Cavaco na tomada de posse, que tiveram o condão de acicatar o Governo por um lado, com uma verdadeira declaração de guerra, e por outro encurralando a liderança do PSD para que se perfilasse como uma alternativa de governo, muito mais cedo do que PPC desejaria.
http://planetaspolitik.blogspot.com/2011/03/xeque-mate.html
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“O momento que marcou o início de uma grave crise política em cima de uma financeira”
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A grave crise política já deveria ter acontecido há muito mais tempo. Era a única maneira de evitar o desastre. Agora a diferença é a dimensão do desastre.
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Ontem fui engraxar os sapatos no café. O engraxador com as maõs sujas de graxa (para os sapatos, nada de confusões) entrou em reflexão.
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Ora bem, dizia ele, o Hitler com as pistoletas para o pangermanismo exterminou a Europa, depois amandou com os campos de concentração para pôr o resto no cramatório e avotoar-se com o ouro dos outros e atão agora uma data d’anos a seguir vem a madama markal com a mesma treta mas espartalhona de caneta na mão a começar a exterminar outra vez a Òropa. Quando é quem chegam os campos de concentração ? Os òros do Vanco de Portugal são os primeiros a serem avotoados ou foram os dos Gregos ?
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Eh pá calei-me. Nem tugi nem mugi. Só perguntei, sabe fazer a sua assinatura. Respondeu, nã nem preciso, pró graveto até um analfabruto sabe como é, atão os livratalhados nem se fala escrevem para legalizar o mesmo com que me desenrasco. E esta hein ?
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lucklucky
Tenho sérias dúvidas que os ditos “mercados” fossem abrandar apenas porque PPC e PP estivessem eles a apertar a goela aos portugueses em vez de JS.
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O Piscoiso está muito coerente. Está com os copos.
Depois da saída de Sócrates os mercados vão acalmar.
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Os mercados, enquanto a UE estiver entretida na sua guerra de vaidades, vão continuar a sugar as economias mais fracas, qualquer justificação serve para manter as taxas leoninas sobre as dívidas soberanas!
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Concordo, como na generalidade que o post é assertivo, só tenho grandes reticencias em considerar Paços Coelho como o D. Sebastião dos tempos modernos.
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Quanto a Rui Rio, desconhecendo o Senhor, penso que aquilo que se passou com o centro pediátrico no Porto, representa o que vai podre na nossa política, onde as politiquices são postas em detrimento do interesse dos cidadãos.
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mas quem vos enfiou nas cabecinhas que o PR aceitará o Passos como PM?
quem diz cavaco,
diz a manuela f leite,
diz o r. rio,
diz o p pereira…
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Deve dar-se um desconto ao prof. C.A.Amorim porque, há muito que sofre de Sócratite agúda!
Sendo especialiata em ADNs, não percebe nada de Política (nobre arte de bem governar), dá uns
“bitaites” e escreve nos jornais, fazendo análises sobre a “porca” sim, do diz que disse, carácteres,
acusações fáceis, sem um minimo de sustentação!
A verdade é que, até ao momento, ninguém apresentou melhores soluções do que Sócrates! Com
esta afirmação não estou a defende-lo, por ele, não ter ido ao amâgo do “nó cego” da nossa críse.
Aliás, asim como aqueles que tanto aplaudiram o discurso do Presidente na sua tomada de posse,
devem agora agradecer-lhe a última subida dos juros, reacção dos mercados em consonância com
a leitura que foi feita da situação do País!
Na rua já se vê muita gente que não aceita o liberalismo reinante e, não estão dispostas a aceitar as
situações dos chamados direito adquiridos se não houver sustentação para os mesmos!
O PSD ainda não tem, um programa alternativo de governo que, seja diferente ou melhor do que
está a ser feito pelo PS! A economia só pode crescer, se o peso do Estado for reduzido para o nível
da produtividade do País!
Logo, entrando no amâgo do problema, o caminho passa por menos deputados, ministros, câmaras,
freguesias, comissões, institutos, fundações e por aí fora!!!
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Vice-presidente do Benfica, agredido no Porto pelos amigos do CAA……violência, violência e mais violência…deviam ter vergonha na cara os defensores deste tipo de comportamentos.
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O imbecil do “conde” Castelo Branco voltou à liça, logo no primeiro comentário a este post, fazendo assim jus a ser corrido para a Líbia com o falso engenheiro e seus capangas.
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Piscoiso,
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Notará que depois da citação havia dois pontos. Dois pontos servem para enumerar ou esclarecer a anterior frase. Continue a ler. Se teve capacidade de ler até esse ponto, faça o obséquio de continuar e a receita está logo ali, representando talvez a diferença entre um défice e um superavit.
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Lucklucky,
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Quando disse que 100% do que o estado usa é emprestado não é porque o seu défice não seja 20%. É porque se HOJE não houvesse crédito por parte dos tão mal-falados mercados, no DIA 22 não haveria dinheiro para pagar aos milhares de funcionários e desfuncionários e quadros dirigentes e quejandos. Vivemos de dívida para pagar dívida. O Estado já deve o dobro do que cobra anualmente, se juntarmos as desorçamentações chamadas empresas públicas e institutos.
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Neste momento, Janeiro e Fevereiro das colectas saem do país em juros e serviço de dívida. O meu IVA de Janeiro e Fevereiro, o meu IRS, e outras taxas mil andam a financiar os países que compram a nossa dívida. Para quê?
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O Estado paga em Juros à volta de 3-4 mil milhões de Euros/Ano. Isto é uma parte importante do défice mas é muito menos do que os Estado colecta em impostos. Claro que vai subir.
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“O Estado já deve o dobro do que cobra anualmente, se juntarmos as desorçamentações chamadas empresas públicas e institutos.”
O Estado deve umas 4x o que cobra anualmente. Deve 151 mil milhões + Dívidas das EP’s etc. E Cobra uns 40 mil milhões a que se deve adicionar ainda as receitas que tem. O orçamento é à volta de 70-75 mil milhões dos 75 mil milhões pediu emprestado quase 20 mil milhões no ano passado.
Números de cabeça.
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Por isso o seu IVA não vai todo nem metade para pagar juros.
O grande problema este ano é que renovamos uma parte importante da dívida.
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“Tenho sérias dúvidas que os ditos “mercados” fossem abrandar apenas porque PPC e PP estivessem eles a apertar a goela aos portugueses em vez de JS.”
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Os mercados só abrandam se o défice baixar. E depois a dívida terá de baixar também. O que implica não haver défice mas superavite. Ou seja só quando Portugal se limitar a renovar uma parte da dívida, abater outra -logo é preciso superavite -é que as coisas voltam ao normal.
Não interessa se o PPC ou o Sócrates estão a ir ao pescoço dos Portugueses. O que interessa são os valores. O País não produz para o que gasta. São simples contas de somar e subtrair.
Agora há maneiras diferentes de cortar. Sócrates vai ao fácil. Os incentivos continuam os mesmos.
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O PSD não esteve nada bem: mostrou que se está nas tintas para nós, o “pipól”, como estão os PSs. O PSD sabe muito bem que se tem de ir muito mais longe nos cortes, despedir funcionários públicos, baixar reformas acima de €. 2.000,00, acabar com os subsídios de férias e Natal e cortar metade das pensões de sobrevivência. Mas o PSD quer é que seja o Sócrates a fazer isso, porque não quer ser ele a tomar essa medidas, atenta a impopularidade. por isso, o PSD não é nosso amigo nem é “bom”: está é a fugir com o cú à seringa!
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Só uma perguntinha inocente: isso dos «mercados» paga bem? É que neste saite estão tantos defensores, bajuladores, incensadores, economásticos, contabiléricos e veneradores dessa coisa dos «mercados» que não acredito que estejam a tarbalhar de graça.
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Eu sou pago pela SPECTRE.
Os manos Castro também já me contactaram parece que agora querem ser capitalistas…
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Os mercados são as pessoas, a sociedade mas suspeito que isso seja demasiado complicado para si. Nem se apercebe que faz parte do mercado das ideias políticas só por escrever aqui…
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Ana C,
V. é uma inteligência, embora se limite a repetir lugares-comuns que tem lido por aí…
Ah, a propósito: cu não tem acento, sabia?
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Ó Da-se, o que é que o incomodou? Que eu tenha referido “lugares-comuns”? E qual é o problema? Ou você supõe que dá aqui ideias brilhantes e inovadoras?
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O mercado das ideias! Onde chega o fanatismo e a cegueira dos talicases, os impagáveis talibans do liberalismo caseiro!
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Não vale a pena insistir: PPCoelho não é solução.
Abram os olhos!
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CAA
CAA
Mas será que não andamos a submeter o país à agenda pessoal de outros políticos,
como Cavaco ou Passos , este último já podia ter acabado com este pesadelo de governo
em vários momentos.
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Ana C,
Já à questão do cu com acento, não lhe apeteceu responder. Entendo.
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Da-se,
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O cu pode não ter acento, mas tem assento. Quanto a si, se disso faz cavalo de batalha, junte-se às azêmolas socratinas que, à face da incontestável realidade, atascam no mensageiro.
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E desde quando abstenção num parlamento é fazer oposição? Como confiar num PSD que permite a criação de um novo partido dentro do seu seio? A JSD! (a Juventude Social-Democrata «é independente do PSD») disse o seu dirigente. Porque não votaram a moção de censura?
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Ó Culasso, tenha mais é juízo!
Socretino, eu? Da-se!
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Da-se,
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Ó Culasso, tenha mais é juízo!
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Como vê, quando a mensagem não lhe agrada, arrocha no mensageiro. Tal como os abrantinos que por aqui populam.
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Populam? Que é isso?
Pululam!
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