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Perguntar não ofende

15 Julho, 2011

Dúvidas sobre o imposto extraordinário: O Ministério das Finanças quantificou quanto vai perder em IVA, face à redução de consumo que este imposto implica? E quanto deixa de arrecadar em IRS, com esta redução de rendimentos nos contribuintes? E qual o resultado líquido final da medida?

19 comentários leave one →
  1. Epá's avatar
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    15 Julho, 2011 09:43

    Mas acham que o gajo tem ar de TóC tó? Como diria no Alentejo, práquei?

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  2. António Sobral Cid's avatar
    15 Julho, 2011 10:03

    Os tipos sabem lá. Vai-se e depois vê-se .

    😦

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  3. Utópico's avatar
    15 Julho, 2011 10:09

    Especificamente quanto ao post, até que entendo a redução de IVA, devido à redução no consumo.

    O que gostaria que me esplicassem, é onde é que está a redução no IRS, por redução no rendimento, se a redução no rendimento é provocada pelo aumento do IRS pago.

    ou não será assim ????

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  4. Utópico's avatar
    15 Julho, 2011 10:10

    quanto à medida em si, eis o mistério do Governo salvador da Pátria.

    Agora, aguentem !!!

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  5. essagora's avatar
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    15 Julho, 2011 10:19

    Tal como o Utópico diz, parece-me que há uma confusão na parte relativa ao IRS.

    Não vai haver uma “redução de rendimento dos contribuintes” como aconteceria se os salários baixassem. Os salários mantêm-se iguais, simplesmente fica uma maior fatia no estado e e chega uma menor parte ao trabalhador.

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  6. lucklucky's avatar
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    15 Julho, 2011 11:08

    Dúvida sobre o impostos extraordinário?
    Para começar o que tem de extraordinário?
    O caminho ruinoso do país na última década foi constantes subidas de impostos. E são sempre “extraordinários.”
    Mas por definição algo que acontece com frequência não pode ser extraordinário.
    .
    E dúvidas? Não há dúvidas nenhumas, é só mais Soci@lismo, mais poder para o Estado e Políticos.
    Mais dinheiro para eles distribuírem e comprarem votos.
    O PSD e CDS continuam o caminho desastroso da Esquerda.
    E porque não? Quer a Direita quer a Esquerda são soci@listas.
    .
    As subidas vão continuar até ao dia em que as pessoas saiam à rua e ameacem os políticos.

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  7. ovolmaltine's avatar
    ovolmaltine permalink
    15 Julho, 2011 12:56

    Por estes números se verifica o quanto medíocre é a distribuição da riqueza em Portugal : ( 65% de trabalhadores excluídos do imposto ), e 80% dos pensionistas. Significa tão-só que 65% dos trabalhadores recebem o salário mínimo ou menor, bem como 80% dos pensionistas. Esta a sociedade civilizacional que a direita europeia nos tem para oferecer há décadas. Não surpreenderá pois, a implosão que se avizinha….não só em Portugal, mas e também nesta belíssima Europa, pujante de retórica e incapaz de entender do fundamental : atacam sem pudor a classe média, acabam com a democracia!

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  8. Fredo's avatar
    Fredo permalink
    15 Julho, 2011 14:37

    Perda em IRS -> 0€
    Perda em IVA, em números redondos:
    ~20% de ~3,5% dos salários e pensões acima dos 500€, dará, no máximo, uns 19 milhões de euros.

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  9. Fernando S's avatar
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    15 Julho, 2011 15:05

    essagora : “Não vai haver uma “redução de rendimento dos contribuintes”…”
    .
    Bom, na verdade até pode haver. Na medida em que o aumento do imposto, sendo uma medida com efeitos recessivos no consumo e, por essa via, nas empresas, pode levar a despedimentos e reduções de salarios. Mas não deve ser facil estimar quantitativamente esta potencial perda de receita.
    .
    Fredo : “Perda em IVA, em números redondos:~20% de ~3,5% dos salários e pensões acima dos 500€, dará, no máximo, uns 19 milhões de euros.”
    .
    Estes 19 milhões (não fiz as contas) é portanto um teto maximo. Na realidade sera menos na medida em que nem todos os contribuintes sujeitos a esta sobretaxa vão reduzir o consumo na mesma proporção do aumento do imposto.
    .
    Ja agora, tendo em conta os efeitos depressivos da medida, e como lembraria o anti-comuna, deveria considerar-se ainda a potencial perda de receita em IRC. Também aqui é dificil estimar.
    .
    De qualquer modo, a perda de receita fiscal em resultado deste aumento de imposto podera atingir no maximo umas poucas dezenas de milhões de Euros. O que, comparado com os 1.600 milhões de receitas adicionais esperadas, deixa ainda um saldo largamente positivo.

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  10. Pedro Rei's avatar
    15 Julho, 2011 15:48

    Excelente pergunta Dr. Paulo Morais! Um bom tema para reflexão. E, garantidamente, perguntar não ofende.

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  11. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    15 Julho, 2011 16:19

    Aumentar impostos é uma coisa muito «liberal»!
    Já se sabe!

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  12. Luís's avatar
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    15 Julho, 2011 16:59

    Perguntar não ofende, mas ser economista e não perceber o alcance da medida, isso já ofende.
    O que se pretende com esta medida é em 1º lugar, obter liquidez imediata para os cofres do estado, mas existe também um segundo objectivo. Ela tem um efeito de equilibrio na balança de pagamentos, pois sendo uma medida recessiva do consumo, ela melhora essa balança por redução das importações. Qualquer medida recessiva do consumo é bastante maléfica no curto prazo, mas espera-se que promova a melhoria estrutural do país no médio-longo prazo. Em resumo, para que o estimado bloger perceba do que estou a falar, Portugal é um doente oncológico em que para o tentar salvar aplicam-se tratamentos altamente agressivos no curto prazo, na espectativa que ele no médio-longo prazo sobreviva. É claro que o doente pode morrer da cura, mas pelo menos tenta-se. Relembro contudo que se ele morrer não foi da cura, mas sim dos agentes (filósofos) que levaram o doente ao estado actual. Caro Morais, esperava um bocadinho mais de si.

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  13. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    15 Julho, 2011 18:02

    Arlindo da Costa : “Aumentar impostos é uma coisa muito «liberal»!”
    .
    Esta conversa de que um governo que se pretende “liberal”, ou pelo menos mais liberal do que outros, logicamente não deveria nunca aumentar impostos … feita tanto por anti-liberais assumidos como por auto-proclamados guardiões da pureza liberal … é no minimo discutivel.
    .
    O que deve determinar a orientação mais ou menos liberal de um governo não é uma medida avulsa e extraordinaria mas sim o sentido e o resultado final do conjunto da sua acção.
    É indiscutivel que um governo que se pretende liberal deve ter e aplicar um programa que tenda para uma sociedade e uma economia mais livres, para um Estado menos pesado e intervencionista, para uma carga fiscal mais leve.
    Mas, dito isto, este tipo de programa não se realiza de um dia para o outro, leva necessariamente algum tempo, e pode inclusivamente exigir certas medidas excepcionais que permitam a criação de certas condições para a sua execução e para o seu sucesso.
    Concretamente, no caso portugues e no momento presente, nenhum programa mais ou menos liberal (ou outro qualquer, de resto) pode ser implementado se o governo não conseguir préviamente resolver o grave problema das finanças publicas. Desde há algum tempo que este problema condiciona tudo o resto, a sua resolução é uma urgencia e exige medidas excepcionais. Se o actual governo não conseguir resolver este problema a curto razo é a sua propria sobrevivencia e a possibilidade de aplicação do seu programa que fica em risco.
    Claro que podem e devem existir diferenças no tipo de medidas excepcionais que se apliquem consoante se trate de um governo mais ou menos liberal ou mais ou menos socialista. Uma dessas diferenças teem nomeadamente a ver com a importancia dos cortes nas despesas publicas e da redução do peso e do intervencionismo do Estado na economia.
    Mas, tendo em conta a necessidade de equilibrar rapidamente as finanças publicas, nada justifica que se possa excluir à partida que um governo que se pretenda liberal possa procurar aumentar as receitas publicas no curto prazo mantendo e até aumentando impostos enquanto e na medida em que for indispensavel.
    .
    Dito isto, e uma vez admitido este pressuposto, pode-se naturalmente questionar a oportunidade, a modalidade, e o grau de eficiencia esperado do imposto extraordinario (ou pelo menos apresentado como tal) que o actual governo anunciou. Por exemplo, há quem preferisse que o esforço fiscal necessario tivesse também envolvido as empresas através do IRC. Há argumentos a favor e contra e não vou agora entrar neste assunto.
    Também se pode, sem necesariamente contestar a necessidade de um aumento de impostos, questionar a ordem de prioridades e o empenho do governo em por em pratica outras medidas de correcção orçamental, em particular, o corte nas despesas publicas e a venda de activos do Estado. Os criticos mais liberais da acção do governo teem insistido sobre este ponto.
    Pelo meu lado, muito embora não esqueça que o governo está em funções há menos de 1 mes, e que é muito mais facil, exige muito menos preparação e tempo, tem um efeito mais imediato e previsivel, fazer um aumento de impostos do que cortar na maquina do Estado e privatizar empresas publicas, também confesso ter alguma frustação pelo facto de o governo não ter ainda anunciado a execução de medidas concretas deste tipo. Por enquanto ainda vou dando o beneficio da duvida ao governo, admitindo e esperando que se estejam a preparar estas medidas e que o governo não as queira anunciar antes de tempo. Se não o fizer rapidamente pode perder o tempo ideal. Em primeiro lugar corre o risco de falhar redondamente no objectivo de curto prazo de saneamento das contas publicas. Em segundo lugar, compromete sériamente a possibilidade de ser respeitado o programa acordado com a Troika. Em terceiro lugar, torna muito mais dificil e problematica a aplicação de um programa de reformas profundas na sociedade e na economia portuguesas.

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  14. Beirão's avatar
    Beirão permalink
    15 Julho, 2011 18:53

    ‘O resultado final da medida?’ Mas, meu caro, como acha que Portugal iria cumprir o Memorando da Troyca, o abaixamento do défice, por exemplo, sem este imposto extraordinário? Ou queria, talvez, que continuassemos a ser considerados um país de caloteiros, sem palavra, que enche a mula do bom e do melhor com o dinehiro dos outros e depois, irresponsavelmente, como patuscos desavergonhados, como no tempo do Sócrates, não paga as dívidas a quem deve?. Confundir o acessório da treta com o que é verdadeiramente essencial, não é intelectuaalmente sério.

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  15. Conde Venceslau's avatar
    Conde Venceslau permalink
    15 Julho, 2011 19:47

    Não consigo perceber nem posso aceitar que sejam mais uma vez os mesmos a pagar a crise. Não percebo por exemplo porque é que as empresas com mais de que x de lucro (por exemplo 5 milhões €) não contribuem para o imposto extraordinário como o resto dos contribuintes e nessas empresas incluo os bancos. É que coitadinhos, os bancos até têm tido poucos lucros !!!! Esta história de só se carregar com impostos no rendimento que resulta do trabalho um destes dias ainda vai acabar muito mal. O outro rendimento, por ser rendimento, também devia ter que contribuir para a crise. Entretanto continuo à espera dos cortes na despesa, o que até agora foi menos do que zero, pois a despesa continua a aumentar…. Todos os dias !

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  16. Euro2cent's avatar
    Euro2cent permalink
    15 Julho, 2011 21:06

    > Perda em IVA, em números redondos: … no máximo, uns 19 milhões de euros.
    .
    Hrm. No limite superior, supondo que os 1000 milhões subtraidos às carteiras tugas teriam sido integralmente dispendidos em mercadorias com 23% de IVA: (1-100/123) * 1000 milhões = 187 milhões.

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  17. Zé's avatar
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    15 Julho, 2011 23:44

    Tenham calma que o ministro já anunciou que lá mais para o fim do ano vai começar a reduzir a despesa a sério. É que parece que isto de redução da despesa tem que ser uma coisa muito lenta.

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  18. FR's avatar
    16 Julho, 2011 01:00

    Os impostos tem um efeito perverso: só se cobram uma vez. Não havendo mais € não há impostos. Nós não fabricamos moeda… e o dinheiro assim não aparece por obra e graça de um governante “iluminado”…
    Levando o que há não levam mais…
    “o Povo é sereno”!

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  19. Leme's avatar
    Leme permalink
    16 Julho, 2011 03:12

    A parte chata da questão é que ainda está para vir muito do esterco comuno-socialista que os socretinos prepararam e guardaram com tanto cuidado para usarem e obrigarem a usar agora.
    É estranho que haja tanto saloio com uma venda nos olhos.

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