“Euro virtudes” da crise.*
As responsabilidades pela crise financeira (e, no caso português, também económica) actual, poderão ser repartidas entre uma excessiva financeirização da economia e um desadequado modelo de funcionamento dos Estados.
Claro está que, por outro lado e ajudando, ainda, à (triste) “festa”, surgem as más opções políticas nacionais e as más governações (de que Portugal, infelizmente, tem uma sólida tradição). Estas más opções de governo acabam por individualizar, ao nível de cada país, os efeitos da crise global, acentuando-os, ou, ao invés, atenuando-os.
A descontrolada e má regulada financeirização da economia, provocou – percebemo-lo, hoje em dia – a criação de uma espécie de economia virtual, totalmente desligada da realidade, da produção e da criação efectiva de riqueza. Uma lógica, de facto, especulativa que, ao “rebentar”, arrastou, em rede, a economia real, aquela que deveria sustentar a vida quotidiana dos Estados e dos cidadãos. Por outro lado – e não considerando, por agora, os desvarios de governo de que alguns, como nós, padecemos – a velha questão da insistência na lógica do “Estado providência” ou “cegamente assistencialista”, da segunda metade do século XX, tem vindo a piorar as coisas, tornando-nos inelutavelmente dependentes da dívida pública. Esta lógica – que, agora, teremos que modificar à pressa, porque faltou-nos a vontade e a coragem, sob o ponto de vista político, para a reformar atempadamente – tem vindo, entre outras coisas, a ignorar o primeiro problema com que esse “Estado providência”
(não reformado) se debate: a questão demográfica. Não há hipótese de sustentabilidade para um Estado (erroneamente dito) “social” que vê a sua população activa e contributiva, diminuir significativamente.
É neste quadro que se torna urgente assumir o “projecto europeu”, sem tibiezas! Não há volta dar: por exemplo, por mais que se faça e por melhor que se cumpra o plano da “troika”, já não dependemos só de nós, mas também das soluções encontradas e implementadas pela União Europeia. Como, por exemplo, a emissão de obrigações e títulos da dívida europeus (os Eurobonds), implicando, correspectivamente, a capacidade de a União criar receitas próprias (impostos), alternativas
e substitutivas das dos Estados-membros, cobrindo essa assunção colectiva da dívida pública europeia.
Talvez, no futuro, se possa dizer que um dos efeitos positivos desta crise foi o aprofundamento da integração. Talvez… e, sobretudo, se, agora, não forem apenas os denominados “PIGS” a sentir o fogo à porta.
* Grande Porto, Opinião, Ed. 15-7-11.

Ernani Lopes poucos meses antes de morrer, disse para quem o quis ouvir que Portugal tinha que passar por um processo de empobrecimento, falou num corte de 20-30%, para depois poder recomeçar um processo de desenvolvimento economico e social sustentado que lhe permitisse convergir com os paises mais desenvolvidos.
Perdemos desde 2008 tres anos preciosos para realizarmos esse trabalho tão doloroso quanto necessario. Os acordos com a troika são uteis, mas não são só por si a solução para os nossos problemas. É necessario muito mais, e se o governo tiver a coragem de cortar 20% nas despesas correntes do estado, e simultaneamente fechar ou juntar centenas de instituições do estado que só servem para fazer o pão caro, como parece que se está a preparar, e conseguir resistir a uma campanha sordida que já começou nos media liderada pelo director do Expresso, e seguida de perto pela TVI, talvez tenhamos sorte.
P.S. Fazer o balanço da actividade de um governo com um mes de vida, os secretarios de estado nem isso, é de uma baixeza sem limites, e o prenuncio do que espera este governo em termos de comunicação social. Por isso, RTP1 privatizada já, a ver se a Impresa rebenta de vez.
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É preciso reduzir os custos também nas universidades públicas.
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Têm professores a mais e ordenados demasiado elevados para os resultados obtidos.
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Acho que 30% de redução nas universidades e politécnicos é fácil de atingir .
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“Como, por exemplo, a emissão de obrigações e títulos da dívida europeus (os Eurobonds), implicando, correspectivamente, a capacidade de a União criar receitas próprias (impostos), alternativas”
mais impostos!!?? já não batam os Portugueses agora querem tambem acrescentar um Imposto Europeu!
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Um louco no Blasfemias!
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Um? Mais um!
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nah este é um louco que diz que devemos continuar a gastar mais do que produzimos.
E que vêm aí uns eurobonds maravilhosos que nos vão deixar continuar a fazê-lo.
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Para não falar do assassínio da Europa ao querer mais integração…
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Mas a Europa continua a ser um belo cenário…
http://lishbuna.blogspot.com/2011/07/ouve-bem-luis-foto-tem-de-parecer-coisa.html
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Um post de PMF muito razoável. Não digo muito bom por fazer intuir que um Estado só pode contribuir para o bem-estar de todos os cidadãos se for rico. Ora, a história contraria essa ideia: todos os Estados que estão noutro patamar civilizacional preocuparam-se com os cidadãos antes de serem ricos. Pelo contrário, os EUA sendo ricos nunca se preocuparam com os cidadãos.
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Conclusão : Portugal (governo português ) vive acima das suas possibilidades gastando todos os anos cerca de 15 000 milhões a mais do que aquilo que tem ;
Solução : Eurobonds e impostos europeus para continuar a deriva despesista ;
Possivelmente não irá funcionar porque :
1º Os alemães podem não querer sustentar os mendigos do sul ;
2º Os organismos estatais parasitários e outros esquemas de saque de riqueza produzida serão hostilizados ou abandonados pelos produtores da mesma;
3º A culpa não é do euro , nem da financeirização , nem da Merkel , é de quem gastou e deixou gastar tudo o que havia mais aquilo que não havia e pretende continuar na mesma ;
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A cada dia que passa os nossos pretendentes a liberais ( do PS ao CDS, passando pelo PSD e académicos ditos independentes, não esquecendo Belém) vão-se aproximando do que a Esquerda já disse ontem, anteontem, há um mês, há um ano …. É um processo de aproximação que, para algumas figuras, é um bocado sofrido mas sem vergonha!
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Este meu comentário seria, também, para CAA, que não participa neste processo de abertura da caixa de comentários …
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Apenas uma pequena nota ao link “Helmut Kohl diz o que muitos pensam”: o ex-chanceler desmentiu com todas as letras a Der Spiegel ( que anda numa cavalgada desenfreada para apear a chanceler Angela Merkel) afirmando que o semanário “inventou”.
O link para o desmentido de Kohl é o seguinte:
http://www.bild.de/politik/inland/helmut-kohl/bericht-ueber-kritik-an-merkel-frei-erfunden-18905338.bild.html
Seria bom que em Portugal se lesse a imprensa germânica em geral e nao apenas a que está traduzida para inglês.
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A única imprensa germânica que o ilustre Prof.Dr.CAA lê , deve ser o boletim do Schalk 04.
Uma coisa que ninguém diz – e muito menos o ilustre CAA de lá de cima – é que a actual Europa está a ser governada pela «direita» ou seja por governos e partidos filiados no PPE – Partido Popular Europeu.
Não é de admirar que a Europa esteja em cacos.
Alguns – os que têm um maior «desvio» na massa craniana – ainda vão dizer que a culpa é do Sócrates!…
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“… os nossos pretendentes a liberais… vão-se aproximando do que a Esquerda já disse ontem, anteontem, há um mês, há um ano… É um processo de aproximação que, para algumas figuras, é um bocado sofrido mas sem vergonha!”
O neoliberalismo é mesmo isso: não ver, nem prever. É assim como que mais a olho, tipo “os mercados resolvem”.
“Uma coisa que ninguém diz – e muito menos o ilustre CAA de lá de cima – é que a actual Europa está a ser governada pela «direita» ou seja por governos e partidos filiados no PPE – Partido Popular Europeu.”
Pois, não! Não dizem porque custa a engolir. A direita ficou nas mãos com um menino de que não sabe cuidar e é demasiado leviana para aprender.
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Well.. parece que o CAA também entra no clube dos Loucos.
Faz birra contra a Alemanha porque ainda não tem eurobonds para gastar…
O Estado ter défice é parte do ADN desta gente. Pobres de espírito, não conseguem conceber um país sem défice.
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Os efeitos combatem-se , combatendo as causas .
A causa da dívida soberana é o acto de gastar demasiado ( mais do que se produz).
O remédio é gastar menos e não eurobonds , “esmolas” alemãs ou outras “especiarias”.
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Tric, supra:
convém ler tudo (ou transcrever tudo o que leu):
…alternativas e substitutivas das dos Estados-membros (as tais novas – alternativas e substitutivas – receitas da União)!
De resto, com essa compressão, seria a forma mais directa de reduzir (à força do corte nas receitas) as derrapagens da despesa pública de certos Estados-membros (digo eu).
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Rebentar com a «esta» Europa devia ser o objectivo de qualquer europeísta que se preze, que não é meu caso.
Como é que uma «União» pode ter sucesso e importância no Mundo, com dirigentes e governantes do timbre dos actuais (alguns até doentes mentais e com um QI inferior à média), como um Berlusconni, Sarkozy. Merkel. Barroso, Rompuy, o Camarão das Ilhas Britânicas, e já não falo dos gregos e dos ibéricos que não contem para nada?
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“De resto, com essa compressão, seria a forma mais directa de reduzir (à força do corte nas receitas) as derrapagens da despesa pública de certos Estados-membros (digo eu).”
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Curioso… Eu que pensava que os cortes se fariam sentido a dor pelas consequências da sua falta.
Ou seja deixar o mercado funcionar.
É aliás curioso que espere que reduzindo o mercado político espere melhorias de alguma espécie. O afunilamento unionista só dará menos mercado e em consequência menos redundância.
Todos de mão dada para irem todos ao fundo ao mesmo tempo.
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O super ministério europeu e integrações unionistas e outras maravilhas vêm de gente que acredita que gente iluminada vai estar lá sempre a velar. Um Sócrates nunca chegará ao poder na União pensam eles. Como estão enganados!
Hoje basta olhar como o BCE viola todas as suas regras a cada dia que passa para se perceber que
tudo vale na União, é a discricionariedade total.
Além de acreditarem nessa bizarria de que gente competente vai estar a mandar e assim a salvá-los dos Sócrates dos seus países, ainda acreditam que as circunstâncias serão sempre claras e que os competentes todos poderosos decidirão sempre certo para 350 milhões de habitantes.
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£258,000 por um croissant (q não comeu…)
psicanalises.blogspot.com
(porque será q o CAA n permite comments? porque será…)
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Espero que José Sócrates seja o próximo Presidente da União Europeia.
Seria um ponto de viragem a nível da Europa.
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“Espero que José Sócrates seja o próximo Presidente da União Europeia.”
tenho a certeza q conseguiria levar a Alemanha à falência como fez conosco. Nesse aspecto é um caso de sucesso…
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“Espero que José Sócrates seja o próximo Presidente da União Europeia.”
seria uma enchente de Covas da Beira e Freeports, à grande e à europeia…
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“Espero que José Sócrates seja o próximo Presidente da União Europeia.”
e haveria um diploma universitário para cada europeu, imigrantes com turbante incluídos (isso do falar ou não um idioma europeu é uma mesquinhice … há q pensar em grande…. )
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“Berlusconni, Sarkozy. Merkel. Barroso, Rompuy, o Camarão das Ilhas Britânicas”
vendo e pensando melhor… o José, o ex-pm, até lá entrava… a Europa é que não…
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“Seria bom que em Portugal se lesse a imprensa germânica em geral e nao apenas a que está traduzida para inglês.”
é q nem todos somos cultivados como a senhora. Era isto q estava à espera de ouvir, n era?
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O Sócrates tuga já se foi, os Americanos ainda têm lá o seu Sócrates e os Unionistas Europeus estão no caminho para terem o seu.
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Espero que Sócrates seja o próximo Presidente da União Europeia ou então o seu Ministro dos Negócios Estrangeiros.
A baronesa anglo- feiosa e o Tintim Rompuy só dão má publicidade à União Europeia.
Sócrates está disponível e conhece muito bem os «grandes» deste mundo de Deus!
Atendendo à bandeira europeia, seria ouro sobre azul!
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