depois não se queixem
Embora todos conheçamos as particulares circunstâncias em que foi feita a actual coligação PSD-CDS e não ignoremos a irresponsabilidade que consistiu o facto dos dois partidos não se terem entendido, antes das eleições, num programa comum de governo, a verdade é que, mesmo assim e apesar de tudo isso, situações destas são absolutamente incompreensíveis e inadmissíveis. Na verdade, não é possível que um dos dois partidos que sustentam o governo venha para a praça pública dizer, num assunto da importância do TGV, que não sabe o que vai ser decidido nessa matéria e que está “preocupado” com o que o governo – o governo de que faz parte! – possa vir a fazer. Note-se que estamos a falar do TGV – uma obra de custos e de impacto colossal na vida do país – e não propriamente de mais um troço de estrada em Sanfins de Baixo a caminho de Casais de Cima. São este gênero de trapalhadas que descredibilizam o governo e o país, e que não inspiram confiança aos nossos credores e aos célebres “mercados”. Depois não se queixem das agências de rating…
No meio de tudo isto, foi excelente assistir à saudável reacção do nosso colega de blog Carlos Abreu Amorim, cuja atitude poderá ter consequências muito para além deste caso circunstancial. Eventualmente, a de poder vir a contribuir para que o Parlamento deixe de ser uma simples caixa de ressonância e uma correia de transmissão dos directórios partidários, constituída por deputados timoratos e submissos, e, quem sabe, para que possa recuperar a sua função original de uma câmara composta por homens livres, livremente eleitos pelos seus cidadãos para exercerem a mais importante função política que se pode conceber, que é o controle efectivo do governo e do exercício executivo da soberania em nome dos cidadãos governados. A ver vamos se o exemplo colhe e frutifica…
BLASFÉMIAS 
por favor avisem quando começarem a chamar de esquerda a este governo.
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Em rigor, não é bem a mesma coisa ser um deputado do CDS ou um membro do governo indicado por este partido a queixar-se de não saber o que vai o governo fazer numa dada matéria.
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“não é bem a mesma coisa ser um deputado do CDS ou um membro do governo indicado por este partido a queixar-se de não saber o que vai o governo fazer numa dada matéria”
É verdade. Mas trata-se do vice-presidente da bancada, calculando-se que, para estes e para outros efeitos, esteja ao corrente do que o governo do seu partido pretende fazer em situações de grande complexidade e importância, como esta. Se não está e não devia estar, tratou-se, então, de expor publicamente um estado de alma, uma ansiedade pessoal, o que o desabona manifestamente para a função.
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Neste negócio do TGV há muitas «comixões» e os intermediários do PSD não querem perder pitada…
O CDS, por sua vez, já deitou para trás tudo o que anunciava na campanha ou mesmo na oposição.
Como diz eloquentemente,ente o Alberto João: «são um bando de vigaristas e fariseus!»
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Não é preciso ser bruxo para saber o que o governo vai fazer nessa matéria.
O incumprimento dos contratos já assinados teria custos que só irresponsáveis o assumiriam.
A propaganda eleitoral de quem está na oposição é feita no desconhecimento de alguns pormenores só avaliados depois de estar no poder, com acesso total aos dossiers.
O resto é conversa de treta e desbobinar de K7s.
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Mas CAA foi eleito por que partido? para dizer “Não gostei nada das declarações do ministro da Economia acerca do TGV. O governo não pode desdizer-se numa questão tão relevante” será que faz parte da maioria que o suporta? A critica ao CDS é valida para o próprio PSD…
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A ver seu eu percebi bem.
O deputado do CDS não pode criticar o Ministro muito embora o CDS tenha na campanha sido claro que é contra o TGV.
Já o Deputado do PSD (e co-autor deste blog) já é muito corajoso por ter criticado o Ministro que por acaso foi indicado pelo partido em que foi eleito.
É areia de mais para a minha camioneta.
PPB
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O CAA foi eleito pela quota atribuida ao PND, ao será pela quota atribuida ao CDS anti-Portas?….
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“A critica ao CDS é valida para o próprio PSD…”
Pode ser, mas não para o que disse o CAA, que não ignorou desconhecimento das intenções do governo, mas que manifestou desagrado pelas palavras do ministro e pelo que elas indiciam. O facto de ter sido eleito pelo PSD só abona em su favor, ou será que não é verdade que a acefalia em relação ao poder é o principal problema do funcionamento do nosso parlamento?
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Nada que em Portugal, não se resolva com mais um “estudo” e “rigoroso”.
Agora, apesar do desastre aprovado pelo Gov PS, é tarde para a emenda.
Aliás, tivesse o PSD na oposição, posto os ‘chulos’ dos deputados a estudar, investigar e pensar,
um pelo menos, um deles, poderia ter estranhado a “justificação” da sumidade engenheira que pastoreava na RAVE: Lisboa-Madrid com 25 mil clientes por dia, 365 dias por ano, 12.500 para Alá, 12.500 para Acá.
Chamem o Mendonça, outra “sumidade” e “catedrática”.
Apostas P/Setembro: que floresça pelo menos um TGV.
Ordens de Berlim.
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“O deputado do CDS não pode criticar o Ministro muito embora o CDS tenha na campanha sido claro que é contra o TGV.
Já o Deputado do PSD (e co-autor deste blog) já é muito corajoso por ter criticado o Ministro que por acaso foi indicado pelo partido em que foi eleito.”
Repito: o vice-presidente da bancada do CDS revelou que os deputados do seu partido desconhecem o que o governo pretende fazer numa matéria de tamanha importância como o TGV. Ora, um dos partidos, dos dois que constituem a coligação, não saber o que o outro e o governo onde é minoritário pretendem fazer em matéria de tal importância, é grave. A censura resultou desse desconhecimento, o que é mais do que legítimo e não foi criticado no post. Já o vice-presidente da bancada do PSD criticou o ministro e o governo por se estarem a preparar para fazer, neste assunto, o contrário do que tinham dito em campanha. Não é, pois, uma crítica provocada pelo desconhecimento, mas exactamente pelo conhecimento de intenções que se adivinham das palavras do ministro.
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Mas quem é o CAA ? Eu já li por mais do que uma vez a verborreia que esse sujeito costuma debitar aqui e começo já por perguntar qual é o Curriculo desse sujeito para ser membro do governo, de qualquer governo ?
Mas agora um governo decente e digno desse nome manda às malvas um acordo internacional em que o Estado Português se comprometeu só porque o CAA não gosta ?
O CAA não gosta do TGV pelos mesmos motivos por que os escribas deste pasquim não gostam : é uma linha que liga Lisboa a Madrid e não o porto a madrid e é uma linha que vai beneficiar a região sul do país e não a região norte,e e é só por isso que eles não gostam e não é por mais nada.
Porque em relação ao saque que a região norte, e nomeadamente o porto, tem feito sobre todo o país esse senhor e estes escribas de pacotilha não dizem uma palavra.
Segundo parece, já estão garantidas mais 6 linhas de electrico-rápido no porto e o metro de coimbra só lá para as calendas se não fôr depois. Já alguém leu uma palavra sobre isto neste pasquim?
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Piscoiso,
“O incumprimento dos contratos já assinados teria custos que só irresponsáveis o assumiriam.”
Os irresponsáveis são quem os assinou, sabendo perfeitamente que Portugal não tinha condições para construir o TGV (quanto mais para o manter), e que fizeram o que puderam para blindar os contratos precisamente para que a sua denúncia fosse tão onerosa que o projecto tivesse mesmo que ir em frente e certas empresas tivessem garantidos lucros muito elevados.
Esses contratos deviam ser analisados à luz do interesse público e, confirmando-se que foram feitos deliberadamente para prejudicar o interesse público, anulados e quem os assinou devia responder em tribunal por eles.
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TODOS os contratos das scud do norte foram feitos contra o interesse público e, nomeadamente, o das pessoas que as usam até porque as andaram a pagar durante anos sucessivos apesar de não as usarem, e ninguém diz nada sobre isso.
Como ninguém diz nada, muito menos aqui, de facto de a região do porto ter a melhor e maior rede de auto-estradas da europa, com a agravante de ter sido feita no regime de utilizador-não pagador.
E aliás, o CAA quando começaram as manifestações contra as portagens do norte, teve a lata, na televisão, de dizer que essas manisfestações mostravam o que eras as gentes do porto.
Esse CAA é uma excrecência, no sentido figurado e no sentido real, e está lá para defender certos e determinados interesses que não o interesse público e muito menos o do país.
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J.AmadoLopes,
Está a chamar irresponsável a Manuela Ferreira Leite?
Credo!
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“por favor avisem quando começarem a chamar de esquerda a este governo.”
.
Este Governo é Direita Soci@lista. Mais e mais dinheiro tira a quem cria riqueza para distribuir e comprar votos.
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Se foi Manuela Ferreira Leite quem negociou e assinou os contratos relativos ao TGV que comprometeram o Estado português de forma a terem que ser pagas elevadas indemnizações no caso de cancelamento do projecto, então Manuela Ferreira Leite foi irresponsável.
No entanto, creio que – neste caso como em tantos outros – a sua relação com a realidade é, no mínimo, muito distante. A menos que apresente – com links, por favor – a lista de contratos negociados e/ou assinados por Manuela Ferreira Leite que obrigam o Estado português apagar indemnizações elevadas no caso de cancelamento do TGV. Bocas “socretinas” não contam.
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Joaquim Amado Lopes, mas como é que vem aqui discutir isto se nem sabia quem é que assinou o contrato e quando? E que indemnizações queria que estivessem estipuladas num contrato desta dimensão? Ir comer um almoço à borla numa tasca da baixa? A Manuela Ferreira Leite, que assinou o contrato, já veio fazer esse número: veio dizer um dia que riscava o contrato se chegasse ao governo. Pensaria ela que as empresas com quem assinou o contrato andavam a brincar? É claro que isso lhe dá aplausos. Assim como o CAA aparece agora como um herói por dizer que o governo devia cumprir imediatamente a promessa. Acontece que escrever num blogue é um bocado diferente de governar um país. E o ministro Alvaro sabe um bocadinho mais destas coisas do que o CAA. Isto não é para meninos.
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já começaram a chamar de esquerda a este governo?
.
http://www.publico.pt/Local/jardim-anuncia-acordo-com-passos-para-resolver-falta-de-liquidez-da-madeira_1508409
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“O incumprimento dos contratos já assinados teria custos que só irresponsáveis o assumiriam.”
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A falácia habitual: como já gastámos 100 milhões num projecto ruinoso, é preferível terminá-lo gastando três mil milhões do que cancelá-lo incorrendo num custo indemnizatório adicional ao já incorrido de outros cem milhões.
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Pois É,
“mas como é que vem aqui discutir isto se nem sabia quem é que assinou o contrato e quando?”
E exactamente a que contrato se refere (com link, por favor)? Ou também não sabe?
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http://economico.sapo.pt/noticias/primeiro-contrato-do-tgv-ja-foi-assinado_89093.html
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Eduardo, agradecia um link com os números que refere.
Ou é falácia?
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Piscoiso,
Está a dizer que a existência “de contratos negociados e/ou assinados por Manuela Ferreira Leite que obrigam o Estado português a pagar indemnizações elevadas no caso de cancelamento do TGV” é uma falácia?
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