duas pérolas no atlântico
Estranhamente, o país foi arrebatado pela “descoberta” do regabofe madeirense dos governos de Alberto João Jardim. Por mim, que já não visito a ilha há anos e sei da política o que leio nos jornais, sempre desconfiei que os prodígios da prosperidade madeirense, de que tanto ouvi falar nos últimos anos, não se pagavam com recursos próprios, nem com o trabalho honrado dos ilhéus, tão pouco com a descoberta inusitada de uma extensa camada de pré-sal, que, ao que julgo saber, ainda não ocorreu na Pérola do Atlântico. Como muito do que se fez (e não fez…) em Portugal, os túneis, as pontes, os hospitais e as auto-estradas madeirenses “pagavam-se” a longo prazo (o tal em que “estaremos todos mortos”, logo, que se lixe…) com calotes empurrados para diante com a barriga, neste caso com a protuberante barriga do chefe do governo regional, e habilidosamente disfarçados por uma contabilidade “criativa”. O mesmo se passou com os buracos orçamentais ocultos descobertos por Manuela
Ferreira Leite após a saída de Guterres, por Sócrates após a saída de Ferreira Leite, e por Passos após a saída de Sócrates, todos atirados para as calendas gregas, à espera que alguém se lembrasse, ou, de preferência, não se lembrasse da sua incomodativa existência. Durante décadas e décadas, os países europeus, entre eles Portugal, foram tratados com uma bonomia toda ela especial pelos credores, não fosse a divina Europa o berço da civilização, do modelo social europeu e do euro. Gente respeitável e princípios imaculados nos quais não se devia bulir. Agora que se descobriu que no Velho Continente também existem aventureiros e psicopatas, vulgo “políticos irresponsáveis”, e que o “modelo social europeu” foi, afinal, consumido em orçamentos faraónicos e várias vezes multiplicados para finalidades pouco ou nada “sociais” (que fatalidade!), tem sido um “ai Jesus!” e um toque a rebate para pagar em meses o que se deixou estourar em décadas. Em relação à Madeira, a verdade dos factos é que todos sabemos, desde sempre, que Jardim gastava de mais, que empenhava o que tinha e o que não tinha, sendo que – também ninguém o ignorava – tinha e tem muito pouco. Só que, perante tamanha “prosperidade”, ninguém quis saber, como não se quis saber do que também se passava no Continente. É justo, por isso, que as duas facturas sejam pagas por junto e atacado: na verdade, elas são uma e apenas uma só.

E gasta V.Exª. vinte e cinco linhas…
para dizer que é só uma factura.
Um desperdício.
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É uma factura com 25 linhas.
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Seria justo e convinha… poderemos contar com o PGR para tal tarefa?
Como já nos habituaram ao chavão da condescendência, “são todos iguais”, aguardemos.
Mas sobram razões para temer, mais uma vez, o que regularmente acontece: “a montanha pariu um rato”…
E não se estranhe que muitos acabem a chamar-lhe lorpa, por não ter escondido a sua parte em qualquer paraíso… como tantos outros.
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O Piscoiso tem pouso na Madeira.
R.
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Ana Sá Lopes in “i”:
(…) À luz do que foi a relação do Presidente da República com cada uma das regiões autónomas, é quase doloroso assistir ao cumprimento da obrigação de Cavaco Silva, que, em plena visita ao território liderado pelo seu arqui-inimigo Carlos César, tem de reagir ao que se está a passar na Madeira. César está manifestamente a gozar o prato, com laivos de sadismo político. Não se inibiu de mostrar como a visita presidencial lhe é, senão desagradável, pelo menos indiferente, e, muito pior, procurou co-responsabilizar o Presidente da República pelo “buraco” na Madeira, ao afirmar ontem que a “situação era conhecida pelo menos do ponto de vista da intuição” dos “principais responsáveis políticos”. (…)
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Pode ser uma factura de 25 linhas, mas ao menos está bem explicada.
Ao contrário de outras facturas, do país, que andamos agora a pagar. O porquê delas terem acontecido é que não explicação possível.
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As chamadas contas de merceeiro que os aristocratas soci@listas e europeístas de todo o país desprezaram com soberba – há mais vida para além do défice/orçamento foi o zénite do discurso dessa classe – vêm sempre bater à porta.
A política à frente da economia diziam eles, tal como o telhado primeiro que as paredes.
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Pelos vistos, o Alberto João só agrada aos madeirenses. Que bom para eles!
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Desde sempre a cambada socialista e de esquerda em geral ataca o Alberto João Jardim – que fez trabalho sem encher as algibeiras – e procura elevar e dar mérito a um bandalho que é o Carlos César que não faz a ponta de nada nos Açores, Arquipélago que beneficia grandemente da presença das bases Americanas. Desde que está no poleiro evidencia sinais de riqueza e disfarça adoptando um comportamento ‘low level’… até que, de vez em quando. surge com fatiotas novas – e, se calhar, já comprou uma quintarola…
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Mas pelo que vi nas TV’s nos Açores a coisa também vai mal. Não é que que o César anda a comprar as empresas que vão falir!!!!!!! Valha-nos a troica!!!!
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Então, publica-se o meu comentário ou não?
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também me pareceu que o gajo estreou uma gravata para receber o PR 🙂
há cada cromo!
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Isto de dizer que é nas urnas que se pune o infractor é do mais despenalizante, pois enquanto houver dinheiro com fartura para distribuir, enquanto durar, não há punição.
« 30 figuras de topo do Estado avisadas sobre a Madeira » assim reza a primeira pagina do DN. ..
Será que estamos perante um conluio bastante alargado em que ninguém se mexeu, lá e cá, por terem também rabo de palha? medo de João Jardim e do que ele retribuísse em acusações?
por mais errado que ele esteja e tudo leva a crer que está, também tudo leva a crer que está muito longe de estar sozinho.
O Eleutério Viegas diz que parece que Alberto João só agrada aos madeirenses . Claro que agrada, só não agrada tanto a quem ele penaliza. No continente fala-se em aumentos de iva de entre várias medidas enquanto na Madeira sempre foram mais reduzidos ….
. Com o Alberto João na Madeira é óbvio que os socialistas não fazem falta o que faz falta é dinheiro
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vejam a lata deste gajo invertebrado:
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2013959
então as fortunas da família sókas……..do Vara……..do cunhado do guterres..os empréstimos de favor ao berardo………as empresas de aeroportos do Lino..jorge coelho…judas……….enfim.lista infindável…………?
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Cada uma das 25 são uns valentes milhões.
Não são como as facturas piscoisais em que se escreve “almoços” mesmo só tendo comido caviar.
Desde que seja grátis para ele…….
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Ou seja, resta saber se a Madeira é uma espécie de Cuba, se Jardim um sósia de Fidel e, já agora, porquê. Porque, a não ser assim, a hipótese alternativa é desagradável para os nossos políticos e é capaz de os diminuir: Jardim é um político populista, como todos os que conseguem sê-lo, com obra feita e competência governativa reconhecida pelos seus concidadãos, o que já é menos comum. Seria, assim, mais útil que os nossos políticos se interrogassem porque perdem eleições com tanta frequência, em vez de quererem saber porque motivo Jardim as ganha.
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