Reforma da Administração Local
O Governo vai apresentá-la hoje.
Dos anunciados 4 eixos fundamentais e das várias medidas que neles se inserem, saliento aqueles (eixos) e aquelas (medidas) que me parecem de alcance mais pró-estrutural, ou seja, os aspectos mais “reformadores propriamente ditos”, da dita reforma:
– Eixo 4: Democracia local e, em particular, a mudança (ou, simplesmente, a vontade de mudança) da respectiva Lei Eleitoral. Vivemos (apenas nós, a Itália e uma região das Alemanha … e, mesmo assim, não inteiramente como nós), de facto, num equívoco: a constituição de executivos municipais multicocolores, com vereadores da oposição, a maior parte deles, sem “pelouro”. No fundo, o equivalente a, no Governo de Passos Coelho, terem também assento, por exemplo, Seguro e Jerónimo de Sousa. Independentemente de coligações circunstanciais ou da vontade do próprio Primeiro-Ministro. É isto que se passa com os executivos municipais. A eleição directa (e não através da Assembleia Municipal) dos executivos camarários desemboca nesse equívoco. Por outro lado, no nosso sistema actual, diminuem-se os poderes de fiscalização do executivo pela Assembleia Municipal, precisamente com o argumento/justificação de que já lá poderão estar vereadores da oposição!
– Eixo 2: Sector Empresarial Local e a intenção expressa, já antecipadamente, de se suspender a criação de novas empresas municipais, acompanhada da criação de critérios apertados para a monitorização, fiscalização e fusão de entidades do Sector. Ou seja, tentar-se acabar com o regabofe do endividamento, em termos de Sector Empresarial Municipal, impedindo as empresas municipais de serem um veículo para o endividamento das autarquias, fora do controle e das regras da contabilidade pública. Ah! e já agora, uma fonte de mordormias suplementares para o aparelho e amigos do aparelho!
Há outros eixos e aspectos da tentativa de reforma em causa que se podem também discutir e que geram expectativas. Por exemplo, a redução substancial do número de freguesias (e não de concelhos, uma vez que não os temos em excesso!) poderá ser uma reforma mesmo se, efectivamente e no que respeita a tais autarquias (as freguesias) acabar-se com o princípio da uniformidade. Não faz sentido que uma pequena freguesia rural com 100 habitantes tenha o mesmo tipo de atribuições e competências do que uma outra de cariz industrial ou de uma freguesia de um grande centro urbano, com milhares de habitantes. Essa flexibilidade significaria, também, mais eficiência e eficácia na acção e na gestão pública de tais autarquias…
E quanto à verdadeira “mãe de todas as reformas”, neste âmbito, ou seja, a”regionalização”? Se bem que o Governo e Miguel Relvas em particular digam que não é, agora, prioridade e -suspeito eu – apesar de pensarem que, com esta reforma, até talvez a consigam empurrar com a barriga para as calendas (digo eu!), o facto é que, pelo menos os contornos que se conhecem da agora anunciada Reforma da Administração Local não a inviabilizarão. Ou seja, não se nota que existam elementos estruturais que dificultem – mais do que já está e, desde logo, em termos de duplo referendo constitucional – a “instituição de regiões em concreto”, num futuro que, poderá ser mais ou menos longínquo… mas que acabará por ser inevitável! Aí, sim, falaremos, a sério, de administração local reformada e de Democracia Local.

Espanha
Zapatero dissolve o Parlamento e marca eleições para 20 de Novembro (Sol)
José Luis Zapatero dissolveu o parlamento espanhol. O primeiro-ministro anunciou esta segunda-feira a medida e a marcação de eleições legislativas para 20 de Novembro, data que será eleito um novo governo para enfrentar os 21 por cento de desemprego e uma economia que luta para fugir a um iminente pedido de ajuda externa.
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Não pode estar bem. Toda a gente sabe que um bom bulshit se baseia em duas bases, se sustenta em 3 pilares, se enquadra em quatro paredes e segue apenas um eixo. Portanto, isso não presta para nada. E quando se lê, confirma-se….
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esta parece-me essencial:
“a intenção expressa, já antecipadamente, de se suspender a criação de novas empresas municipais, acompanhada da criação de critérios apertados para a monitorização, fiscalização e fusão de entidades do Sector. Ou seja, tentar-se acabar com o regabofe do endividamento, em termos de Sector Empresarial Municipal, impedindo as empresas municipais de serem um veículo para o endividamento das autarquias, fora do controle e das regras da contabilidade pública. Ah! e já agora, uma fonte de mordormias suplementares para o aparelho e amigos do aparelho!”
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“Não faz sentido que uma pequena freguesia rural com 100 habitantes tenha o mesmo tipo de atribuições e competências do que uma outra de cariz industrial ou de uma freguesia de um grande centro urbano, com milhares de habitantes. Essa flexibilidade significaria, também, mais eficiência e eficácia na acção e na gestão pública de tais autarquias…”
Obviamente.
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Coragem para mudar é precisa.
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Fusão voluntária? Não resulta.
Proposta:
http://notaslivres.blogspot.com/2011/09/como-reduzir-o-numero-de-autarquias.html
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Numa perspetiva de ‘descentralização’ mantendo a conservação do Centralismo do Estado herdado de antes do 25 de Abril este projecto talvez tenha na parte micro (Juntas de Freguesia) algum interesse embora a carga conflitual que no seu conjunto – o MUNICIPALISMO – acarreta. Potencialmente a aniquile à partida porque escapam-lhe tantas variantes de interesses, sobrevivência, qualidade de vida e vida locais …..
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Tudo sugere que numa perspetiva que de facto queira REFORMAR então teria de começar pela implementação da REGIONALIZAÇÃO. E posteriormente serem os próprios orgãos regionais eleitos localmente que resolvessem, se fosse de resolver, a questão das autarquias, juntas etc na sua propria Região. Uns com os outros. A Regionalização não tem nada a ver com a Descentralização apregoada pelos Centralistas herdeiros do antes 25 de Abril iniciado cerca de 1800/1900. VELHO, ultrapassado, serviu perfeitamente as Ditaduras.
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Sou pessimista com este projeto do arco da governação, Oposição/Situação.
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Parece que tudo isto, o pacote de austeridade que é uma peixeirada completa, por não quererem baixar até 20% da massa salarial paga pelo Estado e Para-Estado. Duma penada estava a treta do deficit resolvida. E antes do fim do ano. Ficava logo resolvida. O País já estava a andar para a frente em vez de estar na senda de regredir ATÉ CERCA DE 2020. parece que é o que estão a arranjar.
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é engraçado ver pessoas a falarem de cátedra do que não sabem. PMF, os executivos camarários, os vereadores, são eleitos directamente e não através da assembleia municipal. PMF, existe um pequeno problema na fiscalização quando a assembleia municipal não é a tempo inteiro, como os deputados da AR que fiscalizam o Governo. Como há muita coisa que não vai à assembleia municipal e era de alguma maneira fiscalizada pelos vereadores da oposição, ainda vou ver daqui a uns anos blasfemos a gritarem contra uma maior corrupção nas câmaras.
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O ataque ao sector Empresarial Local (que servia quase exclusivamente para colocar os amigos sem lugar como vereadores…) é um murro bem dado nas gorduras do Sector Público.
MERECE TODO O APLAUSO.
quanto à regionalização, não faz falta nenhuma.
criar regiões seria GASTAR EM MORDOMIAS O QUE SE POIPUA COM OS VEREADORES E O S.E.E
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Oops..
POUPA
e não POIPUA, obviamente
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Caro SM.
esta sua frase – “PMF, os executivos camarários, os vereadores, são eleitos directamente e não através da assembleia municipal.” – já permite perceber que nem sequer leu com atenção o post. Nem percebe a lógica da lei actual.
Quanto ao resto que poderíamos debater (e em relação ao qual, na sua opinião, eu não percebo nada) teríamos muita coisa a dizer, mas assim, de facto, não valerá a pena….
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Há cada macaco… Quando se pretende diminuir o número de freguesias e concelhos, logo aparece um símio qualquer a gritar pela regionalização… É preciso ter lata. Há gente que não se conforma com o facto de Portugal ainda não ter atingido a miséria total.
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Infelizmente, Portugal com este governo vai atingir a miséria total dentro de meia dúzia de meses.
É o que faz os portugueses serem uma cambada de tansos!
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uma cambada de tansos pq re-elegeu o senhor da Cova da Beira, do diploma assinado ao domingo, etc, quando já era evidente de quem se tratava na realidade.
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A Beira sempre deu bons governantes tementes a Deus: António Oliveira SALAZAR e António Oliveira GUTERRES.
Embora Sócrates seja oficialmente um transmontano, é um beirão por opção e dedicação.
Das melhores colheitas que aquela região já teve.
Já não há politicos como antigamente.
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Mais boas noticias para Portugal. Muito boas noticias.
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O ICEP publicou uma série de estatísticas relativas ao comércio externo, relativos ao primeiro semestre. Pois bem. As exportações para a Alemanha subiram 25% no primeiro semestre. E as exportações para França subiram 20%.
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O saldo da balança comercial positivo com a França subiu para os 666 milhões de euros. Um dos valores mais altos que eu conheça. Talvez seja mesmo um recorde. Demonstrando que Portugal está a conseguir transformar as suas relações económicas com a França de um modo radical.
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O saldo da balança comercial com a Alemanha é negativo mas caiu dos 1700 milhões para os 955 milhões. Uma queda de cerca de 44%. As importações cairam ligeiramente, cerca de 1,6% mas o que realmente está a ter um comportamento maravilhoso é o aumento das exportações portuguesas para a Alemanha. Se correr bem, Portugal equilibrará o seu saldo comercial com a Alemanha nos próximos 8 trimestres.
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Infelizmente não saíram dados relativos a Espanha e os conhecidos aplicam-se apenas aos primeiros 4 meses do ano. E as exportações subiram ligeiramente, apenas cerca de 11%. Tanto como as importações. O mercado espanhol é mesmo bastante difícil mas estou mesmo convencido que estaremos no limiar de uma viragem, quando as empresas portuguesas começarem a trabalhar o mercado espanhol de uma forma mais profunda e profissional. E a Espanha, além de ser o nosso maior parceiro comercial, é aquele que gera o maior défice da balança comercial. Portugal tem que inverter este saldo, custe o que custar. Mas estou esperançado que o irá conseguir, mas deverá levar mais tempo do que o desejável.
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Os dados relativos a França e Alemanha demonstram que é possível aos portugueses mudar os seus saldos deficitários. Leva tempo mas com esforço, profissionalismo e não esperar resultados imediatistas, o nosso tecido produtivo poderá obter resultados bastante bons. O saldo com a França positivo com a França multiplicou por 5 em apenas um ano. Demonstrando que o nosso tecido produtivo está bastante mais competitivo do que à primeira vista nos mostram os dados macroeconómicos. Empresas como a CIN e a Renova estão a dar a volta à crise, vendendo muito mais para França. Mas penso que estes resultados muito bons com a França também tem muito a ver com a excelente relação qualidade/preço das nossas exportações, em especial aquelas ditas private label. Ou seja, produtos pensados, criados e até produzidos em Portugal para as grandes marcas de luxo francesas. Não deve ser por acaso que a Louis Vuitton está a abrir um fábrica própria em Portugal. Porque, mesmo que em termos fiscais tenhamos algumas desvantagens, temos outras que outros países não conseguem copiar.
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O nosso tecido produtivo que está no negócio do private label precisa de apostar cada vez mais nas suas marcas próprias e canais de distribuição. Como bem refere o CCZ a cada passo ( http://balancedscorecard.blogspot.com/ ), em vez de estarmos a trabalhar para o contentor, temos que trabalhar para os preços mais altos cobrados. Como está a fazer o Calçado. É um trabalho duro, extremamente difícil (a má imagem de Portugal no exterior corta as pernas e as margens a muitas empresas tugas) mas bastante compensador.
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Apesar do pessimismo reinante em Portugal (e cada vez mais no exterior), Portugal está a fazer uma profunda revolução económica. E os resultados começam a surgir e tornarem-se mais claros. Roma e Pavia não nasceram num dia, mas estou cada vez mais convencido que Portugal vai ultrapassar a crise melhor que que a generalidade dos analistas pensam. Se andava a ficar optimistas de há uns trimestres para cá, cada vez mais estou optimista para o sucesso do nosso tecido produtivo. Apesar das núvens negras no horizonte, em termos internacionais, penso que o nosso tecido produtivo vai ser capaz de passar relativamente incólume a uma eventual recessão internacional.
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Portugal está a conseguir dar a volta!
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Interessante o que o líder da Nokia disse sobre Portugal. Apenas isto que deveria fazer pensar todos nós portugueses:
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“Embora não tenha avançado números, o responsável sublinhou que a Nokia considera que vale a pena investir em Portugal.
“Há a questão do risco financeiro, mas, de resto, existe o que interessa: há mão-de-obra qualificada, o custo é muito competitivo dentro da Europa, a qualidade é muito boa, há inovação, a lei laboral não é muito rígida e tem tendência a ficar mais flexível”, afirmou João Picoito.”
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E isto:
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“O presidente da Nokia Siemens para a Europa disse ainda que Portugal “está ao nível europeu” em relação ao mundo académico. “Portugal tem três ou quatro escolas de engenharia que são equivalentes às melhores de Itália, França e Alemanha”.”
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In http://www.boasnoticias.pt/noticias_Nokia-quer-contratar-mais-colaboradores-em-Portugal_8173.html
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Na verdade as nossas escolas de engenharia conseguem formar excelente mão-de-obra, bastante competente quando trabalha no estrangeiro. É uma das coisas que os portugueses se podem orgulhar. Dos nossos engenheiros. Não sei se o mérito se deve tanto às escolas se aos próprios portugueses. Temo bem que se deve mais à capacidade inata dos portugueses para as engenhocas que propriamente as nossas escolas.
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Uma coisa é certa. Temos tudo para criar grandes empresas de engenharia, em várias especializações, desde a engenharia civil até à de software, electrónica, etc. Não é por falta de excelente mão-de-obra em Portugal que não temos excelentes empresas em Portugal. E a EFACEC é, para mim, uma das empresas-símbolo de uma engenharia portuguesa de alta qualidade, que pode exportar para todo o mundo.
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Talvez por a nossa engenharia ser excelente é que as máquinas e equipamentos são cada vez mais uma especialização do nosso tecido produtivo. Que pode vir a alcançar resultados excepcionais para Portugal. Se Portugal se safar de um default e conseguir demonstrar que consegue controlar a sua dívida pública e peso do Estado na economia, talvez a imagem de Portugal dê uma volta de 180 graus. Se o fizer, Portugal pode muito bem vir a ter crescimentos económicos surpreendentes, mesmo para os pouco optimistas como eu, quanto à capacidade dos portugueses. Precisamos de um clique, que mude de vez a imagem de Portugal e dos portugueses, no mundo. Se o conseguirmos…
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” a Espanha, além de ser o nosso maior parceiro comercial, é aquele que gera o maior défice da balança comercial. Portugal tem que inverter este saldo, custe o que custar. Mas estou esperançado que o irá conseguir, mas deverá levar mais tempo do que o desejável.”
e isto é estranho pois a espanha não possui mais knowhow do que portugal nas áreas “de ponta”. Ou seja: andamos a importar (más) laranjas, tomates e peixe congelado de espanha! É ridículo.
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Sátiro,
a Regionalização desemboca num modelo mais eficaz de Orçamento Geral do Estado e mais eficiente no controle do Despesismo Nacional. O que há a dividir, como se divide por cada Região, e cada Região que se organize e reorganize para viver com o que há. Não há mais do País além disso. Se as Despesas das Regiões não ajustarem ao há que o País lhes dá para viverem o ano, problema delas. Se pedrem emprestado aguentem-se, paguem. O resto do País não é o fiador e pagante. Por isto defendo a Regionalização.
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Na Descentralização ou Autonomias no Centralismo atual a culpa é sempre dos outros. Não há responsaveis. Basta olhar à volta no que se passa hoje. E o Cidadão de ‘Milheirós de Cima’ é que vai pagar o que se fez na ‘Varzea de Baixo’ de que ele nunca ouviu falar.
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São modelos de eficiência e eficácia financeira diferentes que a Politica por vezes ensombra. Trata-se de dinheiro, aumentos de impostos, salários ora pagos pelo Estado, moedlos de desenvolvimento local, estratégias atrair investimento etc etc. Pôr internamente o País a COMPETIR entre si com projetos diferentes uns dos outros.
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À margem, dispersas:
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-EM 1957 ERA FORD NUCLEON:
The Atomic Automobile
http://www.damninteresting.com/the-atomic-automobile/
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-CANARIAS:
Lorca and Mazarron hit by two earthquakes and El Hierro suffers 48
http://www.thereader.es/spain-news-stories/7144-Lorca-and-Mazarron-hit-by-two-earthquakes-and-El-Hierro-suffers-48.html
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-GASOLINA BAIXA NO RESTO DO MUNDO:
The upside of economic worries: Lower gas prices
http://finance.yahoo.com/news/The-upside-of-economic-apf-1068721792.html?x=0&sec=topStories&pos=main&asset=&ccode=
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-O NOVO AVIÃO DE ‘PLASTICO’:
After 3 years, Boeing Dreamliner becomes reality
http://www.reuters.com/article/2011/09/25/us-boeing-idUSTRE78O20D20110925
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Infelizmente, as piniões expressas sobre a qualidade do ensino em Portugal estão fora da realidade, O ensino em Portugal, comparado com a maioria dos países europeus é medíocre para não dizer mau,
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Em Portugal a televisão pública continua a ser uma máquina de propaganda governamental. Mesmo mudando o governo. A semana passada no Prós e Contras tivemos uma ministra na sua propaganda. Esta semana outro ministro. Mas para que serve mesmo a RTP? “Serviço público”? Ou máquina de propaganda ao serviço do poder político?
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Mudou o governo mas a porcaria é a mesma. Que pouca vergonha.
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PMF, sim, equivoquei-me. Li de cátedra e percebi mal. O meu pedido de desculpas.
Mas o resto era claro. O problema da fiscalização da governação. A nível nacional temos uma AR com deputados a tempo inteiro dedicados à fiscalização do Governo. Nas Assembleias Municipais não existem condições para uma fiscalização eficaz, que actualmente é razoavelmente feita pelos vereadores da oposição, considerando também que muitas das decisões não passam pela AM.
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“Infelizmente, Portugal com este governo vai atingir a miséria total dentro de meia dúzia de meses.”
Wishful thinking.
“É o que faz os portugueses serem uma cambada de tansos!”
Auto-retrato.
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À at de A-C:
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ACORDO DE LONDRES DE 1953:
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“A dívida era de 32 biliões de marcos dividida em partes iguais entre dívida originada antes e após a II Guerra.
FOI PERDOADA 50% DA DIVIDA e feito o reescalonamento da restante por UM PERIODO DE 30 ANOS que para parte desta dívida Alemã ainda foi mais alongado.
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O acordo de pagamento não visou o curto prazo mas assegurar o crescimento económico do DEVEDOR ALEMANHA e a SUA CAPACIDADE REAL DE PAGAMENTO.
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O acordo RESPEITOU SEIS FUNDAMENTAIS:
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1- PERDÃO/redução substantial da dívida;
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2- REESCALONAMENTO do prazo da divída Alemã para o LONGO PRAZO;
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3- CONDICIONAMENTO das prestações à CAPACIDADE DO DEVEDOR ALEMANHA PAGAR.
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4-O PAGAMENTO EM CADA ANO NÃO PODER EXCEDER A CAPACIDADE DA ECONOMIA. E no caso de dificuldades, foi prevista a SUSPENSÃO e a RENEGOCIAÇÃO DOS PAGAMENTOS.
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5-Os montantes afectos ao SERVIÇO DA DIVIDA nao podiam ser superiores a 5% DO VALOR DAS EXPORTAÇÕES
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6-As TAXAS DE JURO só podiam ser entre ZERO e 5 %.
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A preocupação ‘ANGLOFILA’ e dos ‘IMPERIALISTAS AMERICANOS’ foi que a Alemanha gerasse excedentes para pagarem a GIGANTESCA DIVIDA SEM REDUZIREM O CONSUMO. Foi considerado INACEITAVEL PARA OS ‘ANGLOFILOS’ e PARA OS ‘IMPERIALISTAS AMERICANOS’ REDUZIR O CONSUMO DOS ALEMÃES PARA PAGAREM A DIVIDA. ”
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Pois é. E agora como é com essa dos Planos de Austeridade ? Foram inventados por quem ?
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-German turmoil over EU bail-outs as top judge calls for referendum
GERMANY’S TOP JUDGE HAS ISSUED A BLUNT WARNING THAT NO FURTHER FISCAL POWERS MAY BE SURRENDERED TO EUROPE WITHOUT A NEW CONSTITUTION AND A POPULAR REFERENDUM, VASTLY COMPLICATING PLANS TO BOOST THE EU’S RESCUE MACHINERY TO €2 TRILLION (£1.7 TRILLION).
http://WWW.TELEGRAPH.CO.UK/FINANCE/FINANCIALCRISIS/8790785/GERMAN-TURMOIL-OVER-EU-BAIL-OUTS-AS-TOP-JUDGE-CALLS-FOR-REFERENDUM.HTML
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-Geithner Plan for Europe is last chance to avoid global catastrophe
http://www.telegraph.co.uk/finance/comment/ambroseevans_pritchard/8788138/Geithner-Plan-for-Europe-is-last-chance-to-avoid-global-catastrophe.html
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Este trader explica na BBC que os Governos não mandam nada, os Politicos são zombies:
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Trader on the BBC says Eurozone Market will crash
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Caro JCA, o perdão da dívida alemã é mais complexo do que nos parece. Eu não sou especialista do assunto, porque conheço mal a matéria (em especial o que se passou após o Tratado de Versailles que foi uma tentativa de desindustrializar a Alemanha), mas não sei se se pode comparar as situações.
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Repare que pagar as dívidas não serve apenas o credor mas o devedor. E quando a Alemanha recebeu o perdão, ao mesmo tempo foi obrigada a fazer importantes reformas económicas. (Aliás, os alemães até as fizeram contra a vontade das potências ocupantes, mas até isso é debatido.) Mas sofreram imenso para beneficiarem de taxas de juro reais baixas e ganharem credibilidade internacional.
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Aqui neste caso, o problema não está apenas em não aliviar a crise grega, está em obrigar os gregos a fazerem reformas económicas. Compare com Portugal mas se calhar duas ou três vezes pior que a situação portuguesa. Ora, de nada vale fazer um perdão da dívida se não forem feitas reformas económicas, pois isso iria levar a que passado meia dúzia de anos estejam na mesma situação. E quem se lembrar do que se passou na década de 80, pode ver que ainda hoje, a generalidade dos países envolvidas pagam taxas de juro muito altas. Até o Brasil as paga.
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O caso português de 1894 mostra que tivemos um perdão da dívida mas que não resolveu o problema. Porquê? Porque não fizemos reformas económicas associadas e as taxas de juro continuaram a ser proibitivas.
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É por isso que uma corrente de opinião quer que a Grécia faça reformas económicas, mesmo com perdão da dívida. Mas se a Grécia receber um perdão da dívida, irá sempre pagar taxas de juro altas e sem reformas económicas, dentro de meia dúzia de anos, volta a ter os mesmos problemas. É por isso que essa corrente de opinião (sobretudo na Alemanha) pede que a Grécia se mantenha no euro, mas não faça um default. Assim eles irão fazer as reformas e depois poderão aceder ao mercado de crédito a preços baixos e poderá receber apoio dos restantes estados-membros.
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O problema é sempre este. O caloteiro que não quer pagar também está pouco preocupado com as suas dívidas. Como quer dar o berro, quanto mais se endividar melhor. Ora, esse comportamento não pode ter lugar na zona euro, pois isso irá contagiar o nível das taxas de juro dos países mais fracos. (Como Portugal, Irlanda, etc.) Se houver o calote da Grécia, é inviável a manutenção da Grécia no euro. A menos que tenha feito importantes reformas económicas. Coisa que eles ainda não o fizeram. Portanto, se a Grécia fizer um default ela sairá da zona euro e talvez da UE. E se calhar nós vamos atrás. O que levaria à morte o próprio projecto europeu.
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Em todo o caso, o caso alemão (e de certa forma o caso iberoamericano, que receberam créditos para financiar compras aos próprios credores para além da corrupção, claro) não é o mesmo do da Grécia. Parece, mas não é. Em todo o caso, todos os estudos mostram que um caloteiro pagará sempre taxas de juro mais altas no futuro durante décadas. E poucos países conseguiram evitar voltarem a estoirar no futuro, porque acabam sempre por se endividarem (basta uma crise económica ou um choque externo) e como pagam taxas de juro altas, ficam logo na situação de falidos. Portanto, um default é uma das piores soluções sobretudo para os gregos. E, claro, para nós, que depois pagaremos também o efeito-contágio.
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A Grécia sabe nuito bem o que está a fazer. Não se preocupe com o default. Eles ganham sempre em qualquer dos carrinhos. Já nós é que é outra conversa. É mais do género perdemos sempre em qualquer dos carrinhos porque mais as Governações não sabem fazer.
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Espere-lhe pela volta.
Os planos em curso JÁ FALHARAM. Deixou de prestar. repetem-se as mesmas cenas socratianas que amaldiçoaram para serem o mesmo. Nem vale a pena aplicar o Plano de Austeridade.. 2012 até já não será como adivinhavam. Têm de ser outros andamentos bem diferentes que deveriam ter sido instalados logo em 2008. Mesmo hoje é possivel resolver o indicador do deficit com um simples decreto de lei. Mesmo o de 2011. Tão simples quanto isto em vez de autenticos enredos, fantasias e romances que chamam ‘Politica’.
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Quanto há outra questão mimetisada no Acordo de Londres de 1953, ou arrasando com a II ou noutros cenários sem guerra formal, no lavar dos cestos é a mesma coisa. Trata-se de como quem deve irá tentar pagar e como pode pagar. Até pode ser por o devedor ‘a pão e àgua’ como inventado mais hodiernamente.
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Naturalmente que, como bem chamou à colação, tem sempre acopulados aspetos estruturantes do Tecido Produtivo que obriguem novas condições que magnetizem a criação de riqueza deitando fora o velho e ronceiro ‘mais do mesmo’ . Não obstante a arco da governação em poder cá na terra lá chegará. Continuar a recusar-se conscientemente em não tocar no cancro é deixá-lo espalhar-se até à ‘morte’ e quando estiver ‘quase, quase, quase’ …… o habitual.
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“A Grécia sabe nuito bem o que está a fazer. Não se preocupe com o default. Eles ganham sempre em qualquer dos carrinhos. ”
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Está enganado. As pessoas têm dificuldade em entender o valor do dinheiro no presente e no futuro e a sua taxa de actualização. Uma taxa de actualização de 5 ou 6% é bem diferente de 10 ou 12%. (Como no Brasil, por exemplo.) Esse é dos erros maiores nos dias de hoje, a nível financeiro. É mesmo uma pecha que é uma pena haver nos dias de hoje. As pessoas não fazem a mínima do que significa ter uma taxa de actualização de 5 para 7% ou de 6% para 12%. E que depois leva a um empobrecimento enorme.
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Vai-me desculpar. Um default tem um custo futuro que normalmente é uma estupidez a quem a ele o recorre. Ou seja, só o deve fazer mesmo em último recurso. Se eu dever 100 e levar um perdão de 50 mas passar a pagar uma taxa que é o dobro, apenas ganho tempo, mas em termos financeiros é um desastre. Taxas de juro são apenas taxas de crescimento (e suas funções exponenciais) mas aplicadas ao dinheiro. E infelizmente, as pessoas hoje em dia, descuram da primordial importância de entender os efeitos das diferentes taxas de crscimento. (Ou actualização, como se queira.)
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Agora, se a Grécia der o berro aos seus credores, nós portugueses podemos vir a pagar pelo erro alheio. Aliás, já o estamos a pagar. Não é apenas um problema grego, é também nosso.
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“Os planos em curso JÁ FALHARAM.”
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Vc. faz-me lembrar um tipo que leva quimioterapia para tratar do cancro e que desiste de viver só porque a cura o leva ao definhamento. Claro que quando vemos o definhamento de quem sofre o tratamento contra o cancro, ficamos muito aturdidos. E até perdemos a esperança, porque a cura leva ao enfraquecimento do corpo do paciente. Mas só depois do tratamento (e do definhamento do paciente) completo e do tempo necessário a curar o doente, é que passamos a ver melhorias. E até a cura total.
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Neste caso, ao contrário do que Vc. pensa, a Grécia ainda não falhou. Os planos ainda não falharam. O que falhou foi a falta de tempo. O tempo necessário para a cura e aquele que os mercados nos dão. No outro dia, ri-me imenso com o RB, que achava que poderia dominar o tempo que os mercados nos dão. Infelizmente, os mercados têm um timing bem diferente do político e até das curas. Mas para isso é que a troika exige que a Grécia faça o seu trabalhinho de casa antes de lhe emprestar a massa. Coisa que normalmente os mercados não dão. Os mercados costumam ser demasiado complacentes em períodos optimistas e demasiado exigentes quando estão pessimistas. Os mercados chegam a emprestar dinheiro a países com dívidas de 220% (como o Japão) como os estrangula quando estes mal passam os 60% Os mercados são um bocado esquizofrénicos.
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O problema também é este. Hoje a maioria dos analistas querem resultados para o trimestre seguinte. Mas o que tem acontecido é a completa falência desse tipo de análise de empresas, pois quem procura obter resultados em apenas meia dúzia de trimestres, acaba por perder pau e bola. Vc. está a pedir que a Grécia apresente resultados em pouco tempo. Mas é um erro. A cura demora tanto quanto maior for a causa e gravidade do cancro. A Grécia tem a sorte de ter a ajuda. Se a perder, acontece-lhes como ás Argentinas, que de default em default, transformou-se num país pobre quando há 80 anos era dos países mais ricos do mundo.
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Mas, claro, isso vai muito de quem analisa estas questões. Uns querem resultados rápidos e lixa-se. O Buffett, por exemplo, demonstra-o, é paciente e mostra que os resultados são melhores. Não caiamos nesse erro. A cura demora tempo, mas é preciso passar pelo definhamento. Que poderá ser maior ou menor, consoante a gravidade do cancro que o paciente sofre. É duro? É. Doi ver o paciente a definhar? Doi. Mas depois ficamos felizes com a saúde que retorna. Quem já passou por um tratamento ao cancro, directamente ou indirectamente, percebe perfeitamente do que eu estou aqui a falar.
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A-C vamos à Grecia,
ao carrinho do default fica sem dividas….. e deixa uma ‘bomba atomica’ à Alemanha, França e até a Portugal que ainda ninguém explicou como se enfiou para ser o 4º mais pendurado se a Grecia ‘defoltar’. Isto para não falar na enxurrada de carros, avioes, barcos etc etc que passariam a entrar pelos portos gregos. Hamburgo e Roterdão seriam meninos de coro ….
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E a seguir ?
A seguir importa e exporta~. Há muitas formas de fazer negócios. E eles sabem da póda. Até nos boicotados internacionais o ‘vil metal’ está acima de tudo.
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A Grecia ganha sempre. Sabe tem uma passado diferente do nosso, Teve a II Guera Mundial. Até teve um Onassis que casou com uma Kennedy. E por aí a fora. Eles sabem bem o que estão a fazer. Estão muito mais batidos no mundo que a rapaziada de aviário que anda por cá em agendas ….
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A proposito o Youtube acima das 12.22H está a passar em todos os grandes meios de comunicação europeus. Aqui os vizinhos espanhóis em horário nobre. Que se passa com a nossa Informação que abafou ?? Porquê ? Uma coisa tão corriqueira que em qualquer cantito da Europa já é conhecido. Então e aqui esses ‘ça+is azuis provincianos’ escondem isso dum País inteiro ???? Quem são os analfabetos ???
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Neste exato momento a TV 24H espanhol está a passar um debate sobre o BBC acima 12.20H.
Como a classe politica e a Informação passam a vida a ‘ver a banda passar’ …… que provincianismo. E é esta gente paga a peso de ouro ….
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A medida peca por tardia mas, a pensar no interesse público, parece-me de aplaudir, é realmente “a”
oportunidade.
As dificuldades não serão apenas de ordem politico-administrativas…os obstáculos mais dificeis serão de ordem social…as populações e os seus, muitas vezes, bairrismos bacocos, vão mover céus e terras…lembro-me de Vizela…do emparcelamento…claro que os “interesses politicóides” movimentarão as suas forças…
As grandes mudanças estruturais no país, teriam de começar nas “mentes”…não vejo luz no fundo do tunel!…o individualismo impera!!!!
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