Moralismo insultuoso
5 Outubro, 2011
No discurso do 5 de Outubro, Cavaco Silva, veio sentenciar que “é crucial poupar mais, trabalhar mais e melhor”. O que suscita três comentários. Primeiro, quem tem de poupar é o estado, não os portugueses; segundo, dispensamos lições de moral; terceiro, pedir para poupar a um povo cujo salário líquido médio é de 711 euros, é, no mínimo, insultuoso.
59 comentários
leave one →
Quem não se satisfaz com os 711€ e tem algum valor, faz-se ao piso. Os outros quedam-se a dizer mal de tudo e da pouca sorte.
A mensagem era para os primeiros já q, pelos segundos nunca passaremos da cepa torta.
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E ainda temos a questão da “austeridade digna”.
O que é isso?
Estar na fila para a sopa dos pobres de bico calado?
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Subscrevo na íntegra o teor do post do Dr. Paulo Morais.
O actual PR, como politico profissional que é, refugia-se sempre na retórica balofa e nunca identifica aqueles que durante estas últimas duas décadas puseram Portugal no «prego».
Mais uma vez, vai ser o pobre povo anónimo e trabalhador, a arcar com o encargo de resgatar a nação das mãos dos estrangeiros.
As actuais élites politicas, financeiras e económicas são visceralmente anti-patriotas e todos os dias fazem o possível para reverenciar a estranja, deslocalizar capitais e empresas e endividar mais a população.
Cavaco assistiu e continua a assistir a tudo isto, e o que tem só para dizer, é que o POVO (O ANÓNIMO, O TRABALHADOR, O ADOENTADO, O CONTRIBUINTE) é que tem que levar a ombros esta nação esburacada pelos seus «responsáveis».
Como em 1385, 1640, 1910, 1928 e 1974, o Povo Português tem que desfenestrar todos os traidores, vende-pátrias, corruptos e exploradores do povo!
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A politica do subsídio, do rendimento social de inserção, do rendimento minimo garantido, do rendimento disto e daquilo, dá nisto… trabalhar para quê se ao dia 8 o cheque esta na caixa do correio e é certinho ???
Agora começam os problemas… é que o cofre esta vazio e o cheque pode nao vir…. e ninguem esta habituado a trabalhar…
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Um discurso conceptualmente muito rico:
http://lishbuna.blogspot.com/2011/10/os-tipos-que-lhe-escrevem-os-discursos.html
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por último,
quem começou a esbanjar
e dar cabo da economia do País,
dizem entendidos, foi a
sumidade desse
presidente, sobre que acrescentam,
hoje inútil .
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o actual PR? o primeiro culpado do actual estado da economia portuguesa; basta ter memoria.
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Palavras da única pessoa com autoridade e poder para impedir o autêntico “pinhal da Azambuja” da roubalheira socrática…
Desmemória ou irresponsabilidade?…
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A piaducha ouvi em 1974.
Salazar estava entre as nuvens freneticamente a sacudir o braço. São Pedro aproximou-se curioso e perguntou :
– O que é que estás a fazer?
Nas ruas assistia-se a euforia e discursos por todo o lado.
Salazar virou a cabeça e respondeu :
– Estou a espalhar canela
-Canela?!!!
Sim, canela para as farturas dessa gente.
*
Essa é uma das piadas, de civis que fugindo ao massacre em ponte aérea, cansados, ainda tinham sentido de humor
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Eu não vou por aí! Acredito que Portugal vai mudar.
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Trabalhar mais: quando é que os portugueses passam a ser todos iguais?
-40 horas de trabalho/semana
-25 dias de férias/ano
-reforma aos 65 anos de idade
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Eu não vou por aí! Acredito que Portugal vai mudar.
Eu também o ALLGarb para os alemães e ingleses, o Alentejo para os Espanhois e o resto fica aguardando comprador em saldo.
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portugal já
mudou, aqui,
ali, podre de rico,
maior parte, teso .
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“e o resto fica aguardando comprador em saldo.”
O garboso Norte fica para galegos
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Mais rancor vertido sobre o PR por dizer mais uma “lapaliçada”… Parece um caso pessoal. As melhoras.
Não é de hoje que precisamos todos de poupar e trabalhar mais e melhor.
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O Presidente não sabe que o Estado Português persegue, coima, penhora e executa até à exaustão um desgraçado dum contribuinte que não pagou o IMI da sua casa ou que não entregou a treta duma declaração, e não investiga nem persegue quem todos os dias quem deslocaliza capitais, empresas, bens; ou que aufere grandes rendas e reformas do Estado; ou que consegue grandes contratos com o Estadoo e as Empresas Públicas?
Quem é que ficou com o dinheiro do colossal endividamento público?
O José da Esquina, ou o Sr. Dr., o Sr. Engº, o Sr. Deputado, o Sr. Ministro, o Conde, o Visconde, o Barão ou o Comendador?
É essa resposta que ainda não foi dada….
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Com que então sua excelência diz “é crucial poupar mais”
.
Será que está louco?
Há dias disse que o BCE deveria imprimir moeda sem limites…ou seja defendeu a destruição da poupança.
.
“Cavaco defende “intervenção ilimitada” do BCE para ajudar países com problemas de liquidez”
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=508759
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è assim de simples : para qiue nós possamos viver temos de deixar o estado falir.
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Excelente post!
Só me atrevo acrescentar: onde estava ele, tão caladinho nos últimos 5 anos, ainda a tempo de evitar que o governo nos pusesse nesta miséria?
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Caro Dr. Paulo Morais.
Compreendo o que quer dizer.
Mas o verdadeiro problema acho que ainda não o compreendeu.
O salário líquido médio pode ser de 711 euros, mas como facilmente vemos não é no salário ou o PIB que reside o problema.
O problema reside no facto que as pessoas vivem como se o salário médio fosse de 1500 euros e o governo gere as despesas muito acima do que devia.
Podia falar na Madeira que está em voga aqui, mas também podia falar no contenente e Azores.
O mal se ainda não percebeu é que gastamos mais do que produzimos.
E isso é mau.
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Há um erro grave: muita gente que não sei quantificar ganha muito menos que 711 eurosm nem metade ou menos. Lembremo-nos do salário mínimo que muitos nem isso têm. 711 é, para muitos, uma fortuna.
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Cavaco aprendeu a política do guerrilheiro Miguel Relva.
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Boa.
Paulo Morais escreveu tal ?!
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Bom post Paulo Morais.
Acutilante.
Acima de tudo e concordando com os três comentários, não recebo lições de moral nem conselhos financeiros do Exmo. Sr. Presidente.
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Certo: «quem começou a esbanjar
e dar cabo da economia do País,»
Antes de Cavaco Silva como primeiro-ministro todos sabiam que o país era próspero. A taxa de alfabetização era das mais altas do mais alto mundo desenvolvido.
E claro, Cavaco Silva começou a esbanjar os “superavits” e os excedentes que Portugal tanto conseguiu ao longo da História.
Portanto, antes de Cavaco = Era idílio e era quando (ó i ó ai) as pescas eram produtivas.
Depois de Cavaco = Desgraça Nacional e foi quando as pescas deixaram de ser produtivas.
Acho que a estupidez Humana já ultrapassou o plafond. Isto já não é estupidez.
Isto é puro desconhecimento do que se fala.
R.
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“Aconselhar economia ao pobre é grotesco e insultante. É como aconselhar que coma menos quem está morrendo de fome. ” (Oscar Wilde, através de Maria Rego)
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Podia ter começado, Cavaco, por não ter dado tanta benesse aos funcionários públicos durante a sua estada na governação, APENAS para ter duas maiorias, criando o MONSTRO, de despesa que sem mexer aumenta ela própria.
Os entendidos do portela dizem outra coisa que não é verdade pois que em relação a dívida externa foi um menino de coro ao lado dos dois socialistas que lhe seguiram e sobretudo o último.
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Mas, alguém ainda leva a sério o sr. Presidente? O homem que mais esbanjou os fundos europeus (enquanto PM), que teorizou a famosa treta do “para quê produzir o que outros produzem melhor e mais barato” e cujos discursos se aproximam, perigosamente, dos do velho Tomás…
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A última nau abarrotada de recursos alheios aportou em Portugal nos idos de 1986, quando o presidente atual era primeiro ministro e assim continuou por uma década inteira. O colossal volume de recursos que a CEE despejou desde então sobre Portugal enriqueceu um punhado de indivíduos, a troco do desmantelamento das pescas e da agricultura. Tsunami similar de recursos só terá existido com as especiarias da Índias, os açúcares, o ouro, a prata e os diamantes do Brasil. Era essa nau, na verdade, portadora da última oportunidade para que as elites lusitanas acordassem e rompessem com a prática secular do esbanjamento e da ostentação, sem que jamais tivessem criado para o país um caminho, um plano, uma rota para a modernidade. O Portugal do armanço ao cagarelho foi cimentado nessa maldita década cavaquista. Esse foi o desvario fundamental, o desperdício definitivo de toda a derradeira riqueza da última nau que aqui aportou. A inauguração da bancarrota nasceu aí.
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Gostava que alguém me explicasse, que o cidadão ao deslocar – se ao tribunal de cascais para saber do caso do despedimento colectivo do Ca sino Estoril, assunto que já se arrasta à mais de um ano e meio, um dos funcionários do tribunal, respondendo à pergunta do cidadão.
O informou que o caso está entregue ao juiz, mas que o melhor era o cidadão arranjar emprego.
Isto ultrapassa a mais séria verdade da justiça em Portugal, será que o Ca sino Estoril que muita gente sabe desde a operação furacão à construção do Ca sino Lisboa, agora também manda no tribunal de cascais.
É um absurdo um funcionário do tribunal, falar como falou para o cidadão, porque já não chega a injustiça dos organismos do estado que deram total cobertura a esta farsa do despedimento colectivo, ainda assim o tribunal sugere que o cidadão procure emprego.
Afirmo que este assunto posso eu próprio garantir que até morrer, isto vai ser falado desde blogs, nos cafés, bem em tudo o que é lugar, porque a justiça devia ser o garante da liberdade do ser humano.
Não é admissível, qualquer individuo porque exerce cargos cívicos ou de certa importância na economia do país, que tem o direito de despedir 112 trabalhadores em substituição de precários, e o estado dá apoio nesta decisão.
Quem acredita que PORTUGAL sai da crise, com este tipo de gente no País.
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João Santos: «A inauguração da bancarrota nasceu aí»
Outro idiota.
É como dizer que a “Crise” começou com Sócrates. Ou que só este ano é que deram pelo buraco financeiro da Madeira. Esse expiar de culpas é muito típico.
Há responsabilidade pela parte do Dr. Cavaco. Mas querer mascarar o elefante com formigas….
R.
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O que me espanta é que ainda existem pessoas, se não a maioria, que pensa que o défice que apresentamos é da inteira responsabilidade do Estado.
Então o dinheiro para comprar a sua casinha veio de onde? Do Estrangeiro = défice
Então o dinheiro para comprar aquele carro veio de onde? Do Estrangeiro = défice
Então o dinheiro para comprar aquele telemóvel de topo de gama veio de onde? Do Estrangeiro = défice
Então o dinheiro para construir aquela estrada que todos esperam faz muito anos veio de onde? Do Estrangeiro = défice
Então o dinheiro para subsidiar aquele teatro, ou as festas da freguesia, ou recuperar a fonte da vila veio de onde? Do Estrangeiro = Défice
Então o dinheiro para comprar a gasolina que “todos” utilizamos (pq transportes é sempre para os outros) veio de onde? Do Estrangeiro = défice
Então o dinheiro para colocar médicos em tudo o que era sitio veio de onde? Do Estrangeiro = défice
etc etc etc
Para terem uma noção das coisas, o total da colecta dos impostos mais importantes apenas dá para cobrir o orçamento da saúde, da educação e da justiça. Tudo o resto é défice…
E depois não queremos mudar de vida…
Tende piedade deles porque não sabem o que fazem e/ou o que dizem…
Somos um pais de pessoas que não se governa nem se deixa governar!!!!
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Cavaco parece ainda não ter percebido que foi eleito presidente…
e não pai dos portugueses.
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POUPAR, sim Senhor.
Sexa o PR, ao iniciar o 1º mandato de PR,
devia ter visto as suas pensões SUSPENSAS.
Como tantos outros.
A bem do Regime.
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é precisa muita lata para cavaco vir dizer agora que “é preciso fazer sacrificios”. este mesmo cavaco, na tomada de posse em março, disse que já chegava de sacrificios. esse era na altura o dicurso da direita para chegar ao pote. cavaco semre foi e será um mentiroso e batoteiro, não tem estatura para presidente de junta, quanto mmais presidente da republica, nem que nascesse outra vez
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É claro que a inauguração da bancarrota, em rigor, nasceu muito antes. Basta um olhar não idiota para perceber isso. Este país e suas elites já estiveram à beira da bancarrota noutras ocasiões. Outros ciclos de ostentação e desperdício pautaram a história pátria… O de Cavaco foi apenas o último.
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João Santos: «O de Cavaco foi apenas o último.»
Sem dúvida que existiu MAU INVESTIMENTO, mas não acho que a catarse tenha chegado simplesmente porque foram feitas más escolhas.
Isto de agora o Dr. Cavaco vir dar o sermão à Pátria é pura política. Coisa muito diferente é aproveitar para empolar culpa individual quando os excessos foram de todos. Cavaco teve culpa mas a responsabilidade é geral.
Tal como no último crash a culpa não é só de quem criou os CDO’s.
R.
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posted 6 Outubro, 2011 at 14:23
A responsabilidade é transversal e muti-colorida no entanto impôe-se uma rectificação ao seu comentário.
“Isto de agora o Dr. Cavaco vir dar o sermão à Pátria é pura HIPÓCRISIA.” Não confundir, apesar dos mais variados exemplos, política com hipocrisia.
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Outside: Política, Hipócrisia, sexo com secretárias de estado, golfe, egos, é tudo a mesma coisa.
O Dr. Cavaco quer (e deve) sair limpinho na fotografia. Afinal teve o aval dos otários do costume.
Agora o quê? Descobriram que afinal o dinheiro só serviu para comprar o carro e não há como pagar o funcionamento, então toca de atacar quem deu de comer a muito bom homem de família.
Hipócrita é quem agora cospe na mão de quem lhe deu moeda.
R.
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Culpa é expressão que entorta o entendimento da história. Não se disfarce a responsabilidade. É de irresponsabiulidade que se trasta, colectiva certamente, mas partilhada e em diferentes graus. E a presença na chefia do governo durante os primeiros DEZ ANOS do tsunami de dinheiros atirados sobre este país é de grau maior. Não se trata de culpa, trata-se de uma gigantesca irresponsabilidade, quiçá apenas mitigada por um grau de cultura lamentavelmente escasso.
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Rogério:
1. Mantenho, por mais exemplos práticos contraditórios – especialmente neste paìs que é o meu e o que me toca – Política não deve ser exercida em Hipócrisia. Como as coisas deveriam ser. (ponto)
2. Eu pessoalmente nunca lhe dei o aval quando exerci o meu direito de voto mas só me resta conformar nesta democracia. Coisas simples.
3. Agora, tarde demais é verdade, (mas como sempre assim é desde que me lembro, excepto para o coitado que sem posses se esqueceu de entregar alguma declaração e IMEDIATAMENTE a DGCI sem dó ou igual compreensão como para outros tais LÁ EM CIMA, o “elimina” e vazia) HÁ QUE ATACAR do primeiro ao último, a todos os que responsabilidades teêm, longitudinalmente e transversalmente coloridos. Ñem as obrigações são pertença única da populaça nem os direitos exclusivos dos governantes.
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João Santos: À semelhança da Madeira, Portugal Continental estava à míngua de investimento público; Escolas, Hospitais, Estradas, Fontes, Estátuas e sobretudo Fundações.
Onde quero chegar é que o pecado foi o excesso. Mas o mal era necessário. Não me venha diabolizar o investimento público num ciclo em que era necessário o investimento público.
Nenhum governante depois do Dr. Cavaco colocou travão. Nenhum cidadão colocou a mão na cabeça ou chamou nomes ao João Baião. A festa continuou e como se vê a festa continua em cada Manifestação nas Avenidas.
R.
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‘To big to fail’ com os saques das Finanças Publicas no máximo e bailouts começa a surgir com força ‘To big to be private’. Atenção:
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-And So It Begins – The First Major European Bank Has Been Bailed Out And More Bailouts Are Coming
http://theeconomiccollapseblog.com/archives/and-so-it-begins-the-first-major-european-bank-has-been-bailed-out-and-more-bailouts-are-coming
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-Top economists agree: This is not a recession… It’s a depression
“The Prevailing Debate Among Economists and Historians is Whether the World Economy Faces the ‘Great’ Depression of the 1930s or the ‘Long’ Depression of the 1870s”
http://www.washingtonsblog.com/2011/10/the-prevailing-debate-among-economists-and-historians-is-whether-the-world-economy-faces-the-great-depression-of-the-1930s-or-the-long-depression-of-the-1870s.html
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Dizem por aí que grande farra acabou.
Mas há ainda extremistas que querem ainda mais terra queimada teimando fantasiosamente que não. Já entraram na violência contra Cidadãos e Empresas. Estão à espera de quê ?
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” O colossal volume de recursos que a CEE despejou desde então sobre Portugal enriqueceu um punhado de indivíduos, a troco do desmantelamento das pescas e da agricultura.”
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Que tal você começar a pensar? Se a agricultura e as pescas foram tão fáceis de desmantelar é porque não valiam nada. Se a agricultura e pescas portuguesas dos anos 80 não davam para comprar um jeep é porque era uma vida de pobreza.
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” Agricultural productivity (gross farm output per person employed) was well below that of the other West European countries in 1985, at half of the levels in Greece and Spain and a quarter of the EC average.”
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Ou seja um Português Agricultor deveria ter um ordenado a valer metade de um Espanhol e de um Grego em e 1/4 da media europeia. Em 1985.
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” Agricultural productivity (gross farm output per person employed) was well below that of the other West European countries in 1985, at half of the levels in Greece and Spain and a quarter of the EC average.”
Que melhor motivo para se olhar a sério para esse sector fundamental na vida de qualquer comunidade?
Ou será que os talibans do liberalismo caseiro perderam a capacidade de pensar?
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Não há talibans liberais pois por definição, um liberal não quer obrigar outrem a viver segundo as suas ideias. Se quiser construir uma comuna construa desde que não obrigue quem não queira a viver segundo as suas regras.
Ao contrário você que quer obrigar os outros a seguir a sua, ou seja é quem está mais próximo de um taliban.
Se os agricultores não querem produzir mais e são eles os maiores interessados nada os pode obrigar…
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A maneira de interpretar as coisas também chega a ser insultosa! E infelizmente há muitos que continuam a precisar de lições de moral. E sabe isso tão bem como eu, não é verdade? Decerto não quer ver Portugal transformar-se numa segunda ´Grécia?!
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lucklucky é inusitado.
Esta malta tem o que merece. Ainda acham que o “mal” de Portugal (como se não existissem pontos positivos) aconteceu de um dia para o outro.
R.
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Uh? Portugal é uma segunda Grécia. E pode juntar os EUA, UK, Espanha, Itália, França etc…
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Oh filho, então o Cavaco quer as empresas a crescer?
Tem que ser, avó. Se assim não for a austeridade perderá a dignidade.
– E porque falam tanto nas exportações?
Por causa do equilíbrio da balança comercial é preciso aumentar as exportações.
– E a maioria das empresas exporta?
Não, avó. Cerca de 20%.
– No meu tempo as balanças equilibravam-se dos dois lados…
Pois. Ainda é igual, avó.
– Mas o Presidente disse que a economia tinha de crescer, certo?
Disse, disse.
– As empresas portuguesas são grandes, filho?
Não, avó. São quase todas pequenas e médias.
– E essas são as 80%?
Sim…
– E são as que mais empregam?
Pois, de facto, avó.
– E então porque não se melhoram as condições para as empresas que são a maioria, que empregam mais pessoas, que podem dinamizar o consumo, a economia como um todo, mantendo ou melhorando o nível de vida das pessoas?
Não sei. Talvez porque não haja liquidez nos bancos.
– Mas então esses não têm lucros?
Sim, claro.
– E lucro não é dinheiro? Como não têm liquidez? O que fizeram à massa?
Não sei, avó. Ainda não percebi muito bem.
– Mas o Presidente quer que a economia cresça?
Siiim…
– E quer equilibrar a balança?
Poois…
– Olha lá, e então que vai acontecer se a maior parte das empresas portuguesas, aquelas que não exportam mas que empregam mais gente ficarem sem dinheiro e fecharem?
Seria mau, muito mau, avó.
– Aumentaria o desemprego, as despesas do Estado e causaria um colapso?
Sim, creio bem que pudesse acontecer.
– E se aquilo que as PME produzem desaparecesse era preciso importar?
Pois…
– E isso desequilibraria a tal balança, não?
Pois…
– Então eles querem que a gente viva de quê??
Os formados irão trabalhar para o estrangeiro, outros nas empresas que exportam e os restantes no turismo.
– Mas isso não dá para tanta gente! Então e os outros?
Não sei, avó.
– Mas então vamos morrer todos à fome??
Não sei, avó. Espero que não.
– Ai tu desculpa, filho mas parece-me que quem manda neste país e na Europa não percebe nadinha do que está a fazer e que nos vamos foder todos à conta disso!!
Isso não se diz, avó. Mas também estou cheio de medo.
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Essa conversa familiar não está nada mal Nuno Oliveira…e sem humor negro…já se eterniza desde há uns bons anos.
E não, nada do que hoje é consequência/realidade é produto/resultou de um único momento/(des)governo.
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“”– E então porque não se melhoram as condições para as empresas que são a maioria, que empregam mais pessoas, que podem dinamizar o consumo, a economia como um todo, mantendo ou melhorando o nível de vida das pessoas?””
Esta questão, sem querer de modo algum qualificar quem aqui a colocou, resume muito bem a iliteracia económica e financeira do país. Em toda a gente que vejo clamar por “políticas de crescimento” vejo este logro. Este pressuposto de que o Estado tem uma varinha de condão que faz as empresas funcionarem melhor e proliferarem (quando ainda por cima em 37 anos de democracia não conseguiu colocar a funcionar bem uma única que estivesse sob sua gestão). Descascado o pressuposto encontra-se invariavelmente despesa, subsídio, logo dívida, ou pior.
Imaginem uma papelaria com 1 só funcionário.
O Estado decretava um salário de 2000 euros para “melhorar as condições” do funcionário, não se vendem jornais num mês para pagar isso a ninguém, adivinhem quem pagava no fim?
O Estado decretava que não tinha de pagar conta da água e luz para “melhorar as condições” da empresa, adivinhem quem depois pagava o prejuízo da empresa da água e luz?
O Estado decretava que os jornais ali passavam a custar 100 euros, toda a gente ia comprar a outro lado ou deixava de ler jornais, a papelaria fechava e o funcionário ia para o desemprego, adivinhem quem pagava no fim?
O Estado decretava que papelarias com 1 só funcionário estavam isentas de pagar renda, o proprietário do espaço deixava de ter o rendimento que lhe permitia pagar os custos de manter aberta a sua a retrosaria na rua ao lado, fechava a retrosaria, tinha que vender o espaço da papelaria para ter dinheiro, fechava a papelaria, funcionário despedido, quem pagava no fim?
Ou então o Estado entrava com a diferença do dinheiro sob a forma de subsídio, ia buscar o dinheiro aos contribuintes aumentando os impostos ou contraindo mais dívida, adivinhem lá quem pagava no fim?
O crescimento por decreto é assim.
O país cresce quando forem todos às vossas vidinhas, sejam bons nas vossas profissões, tenham boas ideias, arrisquem montar negócios, desenvolvam-nos com tenacidade, cresçam, expandam, contratem pessoas boas, com boas ideias, etc.
Crescer pelo Estado não é crescer, é parasitar os impostos de todos.
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Este pressuposto de que o Estado tem uma varinha de condão que faz as empresas funcionarem melhor e proliferarem (quando ainda por cima em 37 anos de democracia não conseguiu colocar a funcionar bem uma única que estivesse sob sua gestão). ”
Se vamos ser puristas então permita-me que o corrija e lhe diga que há empresas públicas com resultados positivos.
E já que estamos numa de purismo, sem querer de modo algum qualificar quem colocou a resposta ao meu comentário, devo dizer que não sugeri que o Estado criasse empresas ou fizesse um só dos exemplos que o cavalheiro entendeu serem os melhores para ilustrarem o seu aparentemente conhecedor discurso.
Mas eu, cheio de humildade, porque, sem vergonha, me assumo como um desses iliterados económicos e financeiros, explico o que, ao meu tão simples intelecto, pareceu demasiado prosaico para legendar:
O texto é uma alegoria, uma parábola, uma hipérbole.
O objectivo do excerto que o caríssimo Buíça escolheu era tão somente sugerir que se desse um enfoque igualmente imponente às PME quanto o que é dado às empresas exportadoras.
Sabe, por vezes quando levamos ao ridículo um exemplo torna-se mais fácil fazer passar o conceito que se pretende, era esse o intuito.
Pelo menos para intelectos simples, sem vergonha e iliterados como o meu.
E não se preocupe, sou eu quem o diz. Lá devo saber.
Os melhores cumprimentos,
Nuno Oliveira.
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O texto, para mim, que nada sei sobre tanta coisa, seja em alegoria ou hipérbole, trata de avós e netos, de encontro de gerações, de perspectivas naturais de quem trabalha.
Os meus avós, sem subsídios estatais ou ajudas comunitárias transmitiram-me a simplicidade do valor e honra do TRABALHO sem prejuízo de outrem.
E esses são os valores, inerentes aos éticos, humanos e de CARÁCTER que me alegram transmitir aos descendentes.
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errata: (…) que me alegra (…)
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Realmente, o discurso foi algo irreal. Tudo o que foi dito é do conhecimento público, as soluções, aparentemente reais, são contraditórias, se pouparmos aumentamos a recessão! E nenhum aviso sério a gestores públicos e privados, incluindo ministros e secretários de estado para cortarem mesmo despesas pessoais – carros, cartões de crédito, facturas para empresas pagarem, deslocações, contratação de consultores e afins! Isso sim é que temos que começar desde “ontem” a poupar.
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Sem que o discurso eu pedisse,
ele falou; e eu escutei.
Gostei do que ele não disse;
do que disse não gostei
Tu, que tanto prometeste
enquanto nada podias,
hoje que podes – esqueceste
tudo quanto prometias…
Nomes feios há mais de um …
mas calcula a tua classe,
que não conheço nenhum
que inda ninguém te chamasse
Que DEUS lhe perdoe e o DIABO o abençoe … (PAZ à sua ALMA se ainda a tiver …)
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Sem que o discurso eu pedisse,
ele falou; e eu escutei.
Gostei do que ele não disse;
do que disse não gostei
Tu, que tanto prometeste
enquanto nada podias,
hoje que podes – esqueceste
tudo quanto prometias…
Nomes feios há mais de um …
mas calcula a tua classe,
que não conheço nenhum
que inda ninguém te chamasse
(A.A.)
Que DEUS lhe perdoe e o DIABO o abençoe … (PAZ à sua ALMA se ainda a tiver …)
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