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Adiar

20 Outubro, 2011

Pedro Lains defende aqui um plano alternativo ao do governo para enfrentar a crise. Este plano consiste, basicamente, em adiar os prazos da consolidação orçamental à custa da boa vontade da Europa e sobretudo da Alemanha. O plano envolveria a renegociação de prazos e não depende do governo, mas da boa vontade de terceiros, nos quais se incluem o eleitorado alemão  e os diversos actores políticos em vários países. A ideia, parece-me, é não fazer o que depende de nós, e esperar que alguém faça o que não podemos mudar.

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Não é a primeira vez que Pedro Lains defende soluções para o país. Em 2008 e 2009 defendeu investimento público para sairmos da crise. Os problemas dessa solução eram evidentes para quem os quisesse ver. A dívida pública portuguesa estava em 2008 no limiar da sustentabilidade. Com a queda do PIB, das receitas e com um aumento de despesa Portugal estava a meter-se nos problemas que temos hoje. Outro problema das soluções de 2008 é que elas esgotavam toda a margem orçamental pressupondo que não haveria novos choques mais lá para a frente. E os novos choques chegaram. Quando os investidores começaram a olhar para a sustentabilidade das dívidas públicas, Portugal já não tinha margem para se ajustar.

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A dinâmica de endividamento que acelerou em 2008 ainda não foi travada. A dívida está a crescer a 8% do PIB ao ano. O que implica que a cada ano que passa temos que tomar medidas mais radicais para corrigir o problema. Se em 2008 nos bastaria cortar salários em 5%, agora temos que os cortar em 20% ou 30%. Neste contexto, o Pedro Lains defende que se adie a consolidação colocando o país nas mãos da Europa. Adiar a consolidação não a torna necessariamente mais fácil no futuro. Se para o ano o défice for de 6% ou 7%, são 6% ou 7% que se somam à dívida pública. Por outro lado, o Estado recebeu  um bailout mas as empresas privadas não. Quanto mais tempo o país estiver fora do mercado mais tempo as empresas passam com acesso dificultado ao crédito. O que eu pergunto ao Pedro Lains é:  se houver um novo choque em 2013 (o desmoronar do euro ou a falência de um grande banco português, por exemplo), estamos mais preparados se adiarmos a consolidação ou se a fizermos já?

36 comentários leave one →
  1. neototo's avatar
    neototo permalink
    20 Outubro, 2011 09:18

    Que situaçao curiossa e estrafalaria está que esta a acontecer em esta sumatoria do Estado europeo ou de sumatoria de Estados em situaçao de os-que ficao-em lista-para-se sairse do sistema do euro porque assim querem e lhes sae o porque vao os obligar a sair…

    Por um momento quando o JM comenta “A dinâmica de endividamento que acelerou em 2008 ainda não foi travada. A dívida está a crescer a 8% do PIB ao ano. O que implica que a cada ano que passa temos que tomar medidas mais radicais para corrigir o problema. Se em 2008 nos bastaria cortar salários em 5%, agora temos que os cortar em 20% ou 30%.”

    Fui para atrás para recordar que nesse mesmo ano a Alemania firmaba que era o ano “com
    menos divida pública que o ano anterior 2008 a pesar da crisis ”

    http://www.dw-world.de/dw/article/0,,3947314,00.html

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  2. SM's avatar
    20 Outubro, 2011 09:34

    É por não se ter a coragem de agir proactivamente que se está a cair no buraco europeu. Há uns meses falava-se em renegociar a dívida e eram loucos os que falavam nisso. Entretanto já a União Europeia falou em alargar prazos de pagamento e já se fala em perdoar 50% da dívida da Grécia. Há sempre uma alternativa.

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  3. neototo's avatar
    neototo permalink
    20 Outubro, 2011 09:40

    já se fala em perdoar 50% da dívida da Grécia?

    Issó só passando antes por acima do cadáver do JM…Cualquer um díria que foi ele que “emprestou” dinheiritos e euritos aos gregos….

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  4. lucklucky's avatar
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    20 Outubro, 2011 09:56

    A ideia é continuar a viver do crédito. Pois só assim o edifício de poder que construíram se mantém.
    E esse poder baseia-se na compra de votos.
    É tão simples quanto isto.
    Gastar sempre e sempre mais do que se produz.
    O facto de os Juros* que pagamos serem já quase 800 euros por Português ou 2400 por uma família de 4 não interessa para esta esquerda viciada na droga do crédito com que comprou muitos votos no passado e os tenta manter hoje.
    .
    *E excluí os juros pagos por Empresas Publicas e Municípios.

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  5. tina's avatar
    tina permalink
    20 Outubro, 2011 09:57

    Adiar é como brincar com o fogo. Parece que afinal a Alemanha e a França já não vão reforçar o fundo de estabilidade. Entretanto os ratings de Espanha baixaram e é muito possível que também venha recorrer aos empréstimos mais baratos do fundo. Nessa altura, se Portugal precisar, já não haverá nada. Fala-se muito que a situação vai piorar para todos. Vai se tornar um salve-se quem puder. As perspectivas não poderiam ser mais negras e o que se tem observado é que o pior acaba sempre por se confirmar, nunca ao contrário.
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    O que se passa agora é típico do que acontece antes de qualquer guerra. As pessoas não acreditam que vai mesmo acontecer, e até sentem uma certa curiosidade para ver como seria se realmente acontecesse. Por isso, não tomam as medidas necessárias para as evitar. Agora, a falta de fundos para as necessidades básicas está eminente e ainda se discutem coisas várias como se esta ou aquela medida é consticional ou se não é melhor adiar tudo por mais uns anos.

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  6. lucklucky's avatar
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    20 Outubro, 2011 10:05

    Se as pessoas tiverem calma e pararem para pensar percebem que vamos recuar à riqueza dos anos 90.
    Não é o fim do mundo.
    Porque a riqueza dos anos 00 – ultima década- foi feita numa montanha de crédito e não se produziu mais para o poder pagar.
    Agora o destino depende da reacção que as pessoas fizerem, se escolherem destruírem economia então aí vamos parar aos anos 80 ou pior.

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  7. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    20 Outubro, 2011 10:05

    Este tipo de ideias, no fundo, é adia a resolução dos problemas para sempre mais tarde e com mais custos. Vc. aponta bem esse problema, caro JM.
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    Mas faltou referir uma coisa, que me custa a aceitar. É que, se reestruturarmos a dívida, ganhamos tempo. Mas eu pergunto. E os juros futuros? Isto é, depois quando quisermos voltar aos mercados, quanto vão custar os juros. E esta pergunta é fulcral, porque esses custos podem ser de tal forma, que o ganhamos no curto prazo, hipotecamos para o futuro.
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    Eu chamo à atenção pelo seguinte. O Brasil, apesar de viver uma situação económica relativamente boa, nos últimos, face ao seu passado, (hoje tem pitroil, exporta mercadorias como ferro, grão-de-soja, algodão, etc), está a pagar que valores nas suas taxas de juro? É que se formos a ver, está a pagar quase tanto como se estivessemos no mercado a pedir emprestado. (Que alguns dizem ser juros proibitivos.)
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    Agora a questão nuclear e básica. Porquê que as taxas de juro no Brasil são tão altas. Apenas pela inflação? Não. Paga juros altos por causa dos calotes do passado. Ou seja, o que poupou nos calotes está agora a pagar com custos acrescidos. (Que depois se nota na incapacidade de gerar produção industrial.)
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    Quer Portugal pagar taxas de juro na casa dos 12 a 13% em 2015? Ou 5 ou 6%?

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  8. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    20 Outubro, 2011 10:22

    O Brasil não tem problemas de solvabilidade pois não? Não?
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    Comparem então Portugal e o Brasil:
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    http://www.bloomberg.com/markets/rates-bonds/government-bonds/brazil/
    .
    http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GSPT10YR:IND
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    Os juros portugueses são proibitivos? Pois então os do Brasil são mesmo baratos, não? Quem prega calotes acaba sempre por pagar muito mais, por muito que se engane o povão.

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  9. Pi-Erre's avatar
    Pi-Erre permalink
    20 Outubro, 2011 10:23

    Pedro Lains é um alquimista da economia, como são muitos outros “economistas” que andam por aí a fazer equilíbrios na corda bamba, sem rede.

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  10. Gonçalo's avatar
    20 Outubro, 2011 10:24

    Pode não ser um adiamento irresponsável.
    Pode ser um passo intermédio para evitar o haircut (de 21 ou 50%, esse sim, um prémio pelo incumprimento).
    Antes um adiamento do que a decisão de sssunção do buraco por parte dos credores…
    http://notaslivres.blogspot.com/2011/09/grecia-incumprimento-e-titulos-seguros.html

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  11. anti-comuna's avatar
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    20 Outubro, 2011 10:39

    “Pode ser um passo intermédio para evitar o haircut (de 21 ou 50%, esse sim, um prémio pelo incumprimento).”
    .
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    O passo intermédio é este: ter superavites orçamentais. Se passarmos a ter superávites orçamentais, nem haicut nem nada que se pareça. Os mercados premiarão, tanto a boa gestão, a vontade de cumprir as suas obrigações como as perspectivas futuras. Quem governa à vista, acha que uma reestruturação (quase o mesmo que um haircut, do ponto de vista do investidor) pode servir como balão de oxigénio. Quem pensa no futuro, para obter taxas de juro futuras mais baixas, corta o mal pela raiz.
    .
    .
    O problema é sempre o mesmo. Há os que preferem a compensação futura, em detrimento dos ganhos de curto prazo. Normalmente essa gestão dá bons ganhos. E há os que esperam pela compensação imediata mas quase smepre com resultados que são um pesadelo. Os estudos sobre behavioural finance demonstram que quem adia problemas ou procura ganhos imediatos de curto prazo é um perdedor.
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    Académicos como Padro Lains deviam ter obrigação de serem os primeiros a compreender do que aqui falamos. Mas não. Inventam largo por causa dos seus preconceitos ideológicos ou teimosias académicas. Se eles fizessem uma análise do ponto de vista do investidor, veriam que quem leva um calote tem depois reticência em emprestar de novo a taxas atractivas. O risco exige taxas de retorno maiores, não é? E se damos um calote, estamos a aumentar os riscos futuros.
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    .
    Esta gente tantos livros lê e não sabem cruzar várias disciplinas?

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  12. Lionheart's avatar
    Lionheart permalink
    20 Outubro, 2011 10:48

    Aqui está um “mind map” que explica o sarilho em que a “Europa” está metida e porque é que anda tudo a meter os pés pelas mãos. Como todas as “soluções” são más, embora umas piores que as outras, o resultado final será sempre um sarilho ainda maior. Por isso vai-se deixando andar, a ver no que dá.
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    http://www.spectator.co.uk/alexmassie/7325549/the-greek-crisis-in-a-single-chart.thtml

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  13. A C da Silveira's avatar
    A C da Silveira permalink
    20 Outubro, 2011 10:58

    O problema do Pedro Lains é ser do contra. Se o governo defendesse as soluções que ele preconiza, ele defenderia as soluções que o governo propõe. É um pobre cata-vento. No fim da semana passada, a intervensão dele na TVI24 foi patetica. Como é que convidam tipos destes para irem à televisão. Ou o Confraria que é outro que tal, que passou anos a dizer que as politicas da dupla Socrates/Teixeira dos Santos não eram “necessariamente más”.

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  14. anti-comuna's avatar
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    20 Outubro, 2011 11:07

    Lionheart, esse bonito quadro seria possível se as coisas decorressem como aí fossem descritas. Aliás, os ingleses são peritos em tirar defeitos aos outros, mas eles é que estão entalados a sério se a Grácia der um default.
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    Os custos de um default da Grécia ninguém os pode medir nem as consequências posteriores. Essa é a pura das realidades. Porque, o mais provável, é que torna a manutenção da Grécia no Euro uma possibilidade remota e respectivas consequências para a sua própria população. E que serviria de exemplo para os demais.
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    Agora, eu quando vejo cenários ingleses só me rio. Porque, eles são tão bons, que devem ser os primeiros a levar no coiro se a Grécia der o calote. E não necessariamente os demais europeus. Os outros sofrerão mais, talvez, o efeito-contágio. Que é isso que a Alemanha pretende evitar, sem deixar de causar dor nos irresponsáveis nem pôr o seu dinheiro para salvar maus comportamentos alheios.
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    Mas o Lionheart acha que os bifes são os civilizados da Europa… lolololololol

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  15. Sandro Nóbrega's avatar
    20 Outubro, 2011 11:12

    Lucklucky
    “Se as pessoas tiverem calma e pararem para pensar percebem que vamos recuar à riqueza dos anos 90.
    Não é o fim do mundo.
    Porque a riqueza dos anos 00 – ultima década- foi feita numa montanha de crédito e não se produziu mais para o poder pagar.
    Agora o destino depende da reacção que as pessoas fizerem, se escolherem destruírem economia então aí vamos parar aos anos 80 ou pior”

    O nível de vida dos anos 80 ou 90 poderia ser pior no usufruto da tecnologia. Não havia computadores, tv’s gigantes, telemóveis, internet, tv por cabo, etc… mas havia comida na mesa e não se devolviam casas a bancos (a maioria era arrendada).
    Hoje em dia sentimos muito mais a crise porque as necessidades ditas básicas aumentaram: net, telemóvel, tv por cabo e outras mordomias, mas o pior é que as verdadeiras necessidades básicas estão muito mais caras, em especial a alimentação na sequencia da inflação resultante da aplicação do euro. Basta lembrar que 1kg de batatas custava 30$00 em 2001 e agora custa €0,60 (4x mais)

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  16. Wilson Rodrigues's avatar
    20 Outubro, 2011 11:12

    João Miranda,
    neste jogo de forças com vários intervenientes, só o povo português pode ceder? Ou há mais algum interveniente que possa ceder e em quê?

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  17. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    20 Outubro, 2011 11:13

    Os ingleses são tão inteligentes a tirar defeitos aos outros, que foram eles e os americanos que se enterram a vender CDS. Aguça! Por isso é que eles andam em pânico a pressionar a Alemanha a largar os cordões à bolsa:
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    “But it does highlight a few interesting points. Firstly, European banks hold the bulk of direct (cash) exposure to peripheral European borrowers, whereas US banks have little direct exposure. But US banks appear to have written the majority of CDS contracts on peripheral European borrowers, up to three quarters of the total in most cases. The data doesn’t tell us who has bought CDS protection on peripheral European borrowers, but it would be reasonable to assume that EU banks have tried to hedge their direct exposures by buying CDS protection from US banks. Therefore if we get to the point where a peripheral European borrower restructures its debt you would assume that Europe in general would have an incentive to try and trigger CDS protection payouts, whereas the US would typically want to avoid an event of restructuring because its banks would then potentially have to make big payouts. On this issue, the general counsel of derivative industry body International Swaps and Derivatives Association (ISDA) David Geen said that a debt exchange that pushed out maturities would not typically trigger payment of CDS contracts.”
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    in http://www.bondvigilantes.com/2011/06/20/who-owns-sovereign-credit-default-swaps-and-why-it-matters/
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    Parece que afinal os que mais irão ganir caso haja calotes, serão precisamente aqueles que andam a assustar os políticos europeus a pagar para evitar os calotes. Os ingleses são mesmo tótós. São tão bons a tirar defeitos do Euro mas são eles e os americanos que serão as primeiras vítimas se a Grécia (e outros) derem o calote.
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    Por um lado era bem feita levarem com um calote nos cornos. Por outra, infelizmente, serão sempre as populações de cada país as principais vítimas. A Merkel é dá um baile desgraçado aos aflitos, isso sim. eheheheh

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  18. D's avatar
    20 Outubro, 2011 11:14

    Obrigado Dr. Cavaco pela força que deu aos trabalhadores para que as próximas lutas sejam vistas como forma de combater injustiças.
    Tem razão o Dr. Cavaco quando diz que estes cortes não são mais do que aumento de impostos encapotados, por isso este governo não está a fazer baixar o défice através da razia nas despesas das gorduras do estado mas sim à custa do AUMENTO de impostos e isto é totalmente contrário ao que o Passos prometeu na campanha.
    Não sei como ainda há pessoas que acham que o Passos não mentiu e que está precisamente a fazer o contrário do que prometeu.
    Obrigado Dr. Cavaco…

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  19. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    20 Outubro, 2011 11:22

    “Basta lembrar que 1kg de batatas custava 30$00 em 2001 e agora custa €0,60 (4x mais)”
    .
    Eu compro a pouco mais de metade e ainda há um ano estiveram abaixo de ,30.
    .
    Resultados da vaidade esquerdista agora de mãos dadas com os negócios políticos e do capitalismo de estado:
    .
    http://blogs.the-american-interest.com/wrm/2011/10/19/eu-leak-shows-wind-solar-energy-to-double-power-bills/
    “According to a leaked European Commission report on the future of energy in Europe, the slow switch to greener sources of energy is going to push the cost of electricity through the roof. The FT has the story:
    Average electricity prices for households and businesses would rise “strongly up to 2020-2030” under all scenarios, the document says, and the highest prices would occur after 2030 if renewable sources of power, such as wind and solar, make up a large share of energy production. For example, average prices for households could jump by more than 100 per cent by 2050 if this were the case but only by 43 per cent under a scenario that assumed more nuclear power and carbon capture and storage were used.

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  20. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    20 Outubro, 2011 11:26

    E mais uma na senda das notícias que não aparecerão por cá para não estragar a narrativa:

    “As a result, Obama has brought in more money from employees of banks, hedge funds and other financial service companies than all of the GOP candidates combined, according to a Washington Post analysis of contribution data. The numbers show that Obama retains a persistent reservoir of support among Democratic financiers who have backed him since he was an underdog presidential candidate four years ago.
    Obama’s fundraising advantage is clear in the case of Bain Capital, the Boston-based private-equity firm that was co-founded by Romney, and where the Republican made his fortune. Not surprisingly, Romney has strong support at the firm, raking in $34,000 from 18 Bain employees, according to the analysis of data from the Center for Responsive Politics.
    But Obama has outdone Romney on his own turf, collecting $76,600 from Bain Capital employees through September — and he needed only three donors to do it.”

    http://www.washingtonpost.com/politics/obama-has-more-cash-from-financial-sector-than-gop-hopefuls-combined-data-show/2011/10/18/gIQAX4rAyL_story.html?hpid=z1

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  21. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    20 Outubro, 2011 11:40

    Anti-comuna os Ingleses já estão com mais de 5% de inflação.
    Ou seja o povo inglês já está numa recessão profunda.
    Os QE-quantitative easing deles – comprar a própria dívida- lembram os PEC I, II; III nossos na altura em que você pensava que dariam belo resultado. Paliativos que deixam agravar a doença.
    .
    Já o avisei que a dívida de 13,9 mil milhões no orçamento de 2012 será mais de 6% do PIB. Ou seja o estado conta pedir emprestado 12% do que gasta.
    Quando houver novos cortes não se admirem.

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  22. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    20 Outubro, 2011 11:45

    “Ou seja o povo inglês já está numa recessão profunda.”
    .
    Apesar das estatísticas do crescimento dizerem 1% ou coisa parecida.
    .
    É como crescer a 2% e endividar-se a 6%. È recessão.

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  23. Trinta e três's avatar
    20 Outubro, 2011 11:47

    Mas alguém ainda duvida de que a única “estratégia” dos nossos governantes é esperarem que a dívida grega (pelo menos parte dela) seja perdoada para, depois, se chegarem à frente?

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  24. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    20 Outubro, 2011 12:04

    “Os QE-quantitative easing deles – comprar a própria dívida- lembram os PEC I, II; III nossos na altura em que você pensava que dariam belo resultado. Paliativos que deixam agravar a doença.”
    .
    .
    Vc. anda a fumar ganzas… Beba bagaço como eu.
    .
    .
    Vc. sabe mesmo o que é QE? Ou acha que comprar dívida soberana é o mesmo que QE? Acho que Vc. precisa de ler mais uns livrinhos sobre o assunto. Mas pronto. As suas bíblias ainda não lhe deram mais do que o neecssário para perceber. Mas está no bom caminho. Com esforço e dedicação, lá chegará. ehhehe

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  25. neototo's avatar
    neototo permalink
    20 Outubro, 2011 12:19

    Chamaram aos geográfos e tudos eles coincidiram: Portugal nao é a Grecia.

    Tambem de acordo. Nada a ver com o Chile de 1973 (Como um tal Lains pretendia).

    Chamarao entao aos economistas. Hum. HUm. Esta doença e extranha, tao rara, tao novidossa , mais também tao caracteristica no seu modo de incubaçao dos virus. Assim que enviaram os virus aos laboratorios para confirmar que tal como nos casos precedentes tratavase de virus adscritos da mesma familia neoliberal, ainda que com variantes menos agressiva a causa dos bom tempos que vinham dos anticlicoes das Azores que adormeciam aos tais…mais lá com o tempo foram incubando e incubando e incubando…

    Por que foi senao que houve que chamar aos senhores do FMI para confirmar com as suas receitas?. Pois claro. Efectivamente sao os viruses neoliberais. Pronto aquií chegaram com as suas vacunas. Em nenhum caso anterior se deu a mala noticia de que o que nosso paciente morresse…

    Simplesmente andiverao jod**** por um tempo. Mais responderam aos nossos remedios e jarabes. Bons médicos e técnicos estes do FMI. Os melhores….

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  26. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    20 Outubro, 2011 12:22

    Tem razão mas objectivo é o mesmo. Injectar dinheiro na economia.

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  27. Miguel Lx's avatar
    Miguel Lx permalink
    20 Outubro, 2011 12:24

    Neototo,
    quando quiseres começar a tentar em português estás à vontade.

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  28. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    20 Outubro, 2011 12:30

    “Tem razão mas objectivo é o mesmo. Injectar dinheiro na economia.”
    .
    .
    Ou estancar a destruição de dinheiro, também. Já pensou nisso? 😉
    .
    .
    Vc. e a sua sanha á dívida também é exagerado, caramba. nem tanto ao mar, nem tanto à terra. :))

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  29. neototo's avatar
    neototo permalink
    20 Outubro, 2011 12:31

    Miguel Lx

    quando quiseres começar a tentar na ligoaxe neototo estás também à vontade.

    Cumprimentos.

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  30. Miguel Lx's avatar
    Miguel Lx permalink
    20 Outubro, 2011 12:35

    Combinado, Neototo, saudações.

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  31. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    20 Outubro, 2011 12:38

    D : “Tem razão o Dr. Cavaco quando diz que estes cortes não são mais do que aumento de impostos encapotados,…”
    .
    Os cortes nos salarios e subsidios da função publica e dos pensionistas significam naturalmente uma diminuição do rendimento disponivel das familias afectadas.
    Ou seja, em termos de rendimento disponivel das familias, teem um efeito equivalente ao de um aumento de impostos.
    Dito isto, em termos da situação financeira do pais e do Estado, não é de maneira nenhuma a mesma coisa.
    Um aumento de impostos aumenta a receita do Estado.
    Um corte de salarios e pensões reduz a despesa do Estado.
    Aumentar as receitas do Estado para cobrir total ou parcialmente déficits não é sustentavel a prazo : aumenta a carga fiscal sobre a economia real.
    Como esta carga fiscal é ja muito pesada e prejudica a competitividade da economia, é preferivel não aumentar impostos e cortar nas despesas do Estado.
    .
    Se nos satisfazemos com a linguagem imprecisa e confusionista de quem considera que cortes nos salarios da função publica são o mesmo que aumentos de impostos encapotados … então, pela mesma logica, teriamos de se considerar que, de cada vez que os salarios da função publica aumentam mais do que os salarios no privado, se estão a reduzir impostos aos funcionarios publicos sem fazer o mesmo aos outros trabalhadores.
    O que é obviamente discriminatório. Para além de ser um enorme erro de politica económica.
    Com efeito, a não ser que o crescimento da riqueza do país ou a capacidade de endividamento seja suficient para os suportar, aqueles aumentos implicam necessáriamente um aumento de impostos, neste caso “não encapotados”, sobre a economia real, sobre os privados, sobre as restantes familias.
    Vendo bem, no passado, financiou-se o aumento do peso do Estado e dos salarios dos funcionarios, primeiro (mas por pouco tempo) com o aumento da riqueza, depois (desde cedo e cada vez mais) com o aumento do endividamento e dos impostos.
    Este modelo esgotou-se, conduziu-nos à situação critica em que nos encontramos, pelo que se torna urgente inverter claramente a tendência !

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  32. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    20 Outubro, 2011 12:42

    “Ou estancar a destruição de dinheiro, também. Já pensou nisso?”
    .
    -Não vejo como.
    A inflação inglesa demonstra ao contrário de estancar estão de facto a destruir dinheiro. Ao ritmo a que estão em pouco mais de 10 anos os preços duplicam.
    .
    “Vc. e a sua sanha á dívida também é exagerado, caramba. nem tanto ao mar, nem tanto à terra.”
    -Quando não se produz para a sustentar a minha sanha é total.

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  33. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    20 Outubro, 2011 12:53

    “-Não vejo como.
    A inflação inglesa demonstra ao contrário de estancar estão de facto a destruir dinheiro. Ao ritmo a que estão em pouco mais de 10 anos os preços duplicam.”
    .
    .
    Mas os ingleses são uns pataratas. Eles querem evitar o colapso do imobiliário como aconteceu em Espanha e por isso não se importam de sacrificar os mais pobres para salvar os endividados. Deveriam apenas impedir o congelamento do mercado de crédito, mas não. Nem beneficiam a falta de crédito do tecido produtivo mais pequeno, como até impelem ainda mais as fortes pressões inflacionistas. Nesse aspecto, os americanos são mais espertos e com melhores resultados.
    .
    .
    Claro que não é solução. A solução é a do Euro, que Vc, tanto critica. Isto é, não deixar congelar o mercado mas ao mesmo tempo pressionar a correcção dos desequilíbrios. Veja o caso espanhol. Claro que isso implica austeridade a sério, mas em Inglaterra é tudo no faz-de-conta. Eles são lestos a pôr defeitos nos outros mas depois…

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  34. lucklucky's avatar
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    20 Outubro, 2011 15:32

    Os Americanos vão pelo mesmo caminho. Nada diferente.
    .
    Veja as semelhanças:
    IMF expects U.S. debt per capita to exceed GDP per capita this year
    http://www.zerohedge.com/news/scariest-chart-ever
    .
    Portugal:Dívida pública atinge os 106,6% do PIB
    http://economico.sapo.pt/noticias/divida-publica-atinge-os-1066-do-pib_129546.html
    .
    Não chame “austeridade” ao Estado pedir mais de 13% do seu orçamento emprestado.

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  35. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    20 Outubro, 2011 15:44

    Caro Luckyluck, a diferença é esta. Nos USA, quando o Paul sugeriu cortar as despesas num trilião de dólares, ele foi logo comido vivo e perdeu logo a capacidade para ser sequer candidato contra o Obama. Na europa temos o euro que obriga mesmo a políticas de austeridade. Ver o caso português, que agora vão cortar na despesa, ou em espanha ou Itália.
    .
    .
    Nos USA e no RU ainda andam a debater se vale a pena ter uma recessão ganhar músculo. Na Europa estamos numa de grau de correcção dos desequilíbrios. É por isso que o euro é uma grande coisa para Portugal. Obriga mesmo a corrigir os desmandos. Nos USA, como o sistema político está construído, é quase impossível um candidato ganhar eleições prometendo cortes na despesa. Veja o sr. SIMs e as suas propostas. Quase tudo treta e apenas se safa as “flat rates” porque copiou.. O SIMs. eheheheh

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  36. bluff's avatar
    bluff permalink
    20 Outubro, 2011 18:45

    E eu a julgar que os pataratas eram os portugueses…

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