Quando o Estado falha*
Estão a tornar-se perigosamente frequentes as notícias sobre cidadãos feridos (e em alguns casos mortos), quando tentavam impedir um assalto ou ajudar alguém que estava a ser agredido. Menos grave mas igualmente eloquente sobre o clima de insegurança é a multiplicação de agentes em gratificados e de seguranças em estabelecimentos comerciais. O Estado português quis fazer de família, animador cultural, educador, ensinar-nos como deve ser a nossa vida sexual… mas ganhou um fastio profundo pelas áreas tradicionais e até ver insubstituíveis do Estado. A segurança dos cidadãos é ou era uma dessas áreas, pois o que resulta da leitura diária das notícias sobre o chamado “delito comum”, que só é comum para quem não o sofre, é a imagem de um país em que as pessoas se sentem inseguras. Dirão que tal resulta em boa parte da legislação que transformou os criminosos em alegados qualquer coisa que os juízes mandam ir de duas em duas semanas apresentar-se na esquadra até que se ausentam para o estrangeiro. Provavelmente isso é verdade, mas essa é apenas uma parte da verdade. Aliás, um dos maiores falhanços da nossa democracia é o aumento da população prisional: segundo a Pordata entre 1970 e 2010 o número de reclusos duplicou. O que nos acontece ou mais precisamente o que nos está a acontecer neste absurdo em que os cidadãos se sentem desprotegidos pela lei e as prisões estão cheias? Acho que falhou a autoridade. Paulatinamente foram-se desautorizando os pais, os professores, os funcionários das escolas, os motoristas dos transportes públicos. Ninguém diz nada a quem rouba no supermercado, estraga os bancos do autocarro ou vandaliza uma paragem de autocarro. Só quando finalmente se chega ao crime é que aparece a figura da autoridade. Nesse momento é obviamente muito tarde. Às vezes demasiado tarde. Para os criminosos que podiam nunca o ter sido. E para as vítimas que nunca o deviam ter sido.
*PÚBLICO

Muito bem. O problema da criminalidade é um problema de fundo da sociedade, que não se resolve com mais meios policiais ou meios de vigilância orwellinos. É necessário devolver a autoridade à família, aos professores, aos próprios agentes. É preciso que os tribunais punam os crimes que devem ser punidos com rapidez. É preciso uma cultura de valores e de respeito. É preciso que as pessoas de bem se façam respeitar. É também preciso que o Estado não se demita das suas funções insubstituíveis e tradicionais, e que se demita daquelas funções que usurpou à sociedade nas últimas décadas.
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Claro. Devolve-se a autoridade aos professores degradando-lhes o estatuto e a imagem pública. E as polícias e tribunais então, com estes cortes de subsídios verão a sua autoridade aumentar e estarão motivados para trabalhar mais e melhor. E uma sociedade que aceita que os seus funcionários sejam publicamente humilhados como o faz este orçamento de estado tem realmente condições para pedir mais segurança, autoridade, etc.
Se o PSD e CDS e PS querem favorecer os ricos e o privado à custa dos funcionários e dos pobres, então tenham a coerência de não andar por aí a pedir segurança. Porque a desigualdade, a miséria, a insegurança económica e na saúde, a falta de palavra dos governantes e políticos, tudo junto gera violência e insegurança.
Já se dizia antigamente que se as leis de um país forem contra as leis de Deus nem todos os exércitos do mundo protegeriam os governantes dos amotinados. E aprofundar a desigualdade numa sociedade é seguramente contra as leis de Deus.
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E como pode o Estado envolver-se e gastar tantos recursos em assuntos não é para lá chamado, quando falha naquilo que lhe diz inteiramente respeito, só a si e mais ninguém, que é a segurança e a justiça?
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Quanto aos supermercados não é assim. Chamam logo a polícia e já vi muitos a serem apanhados.
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Mas preparem-se para verdadeiras ondas de assalto à “favela brasileira” que isto da bancarrota e porta-aberta é casamento que não costuma dar bom resultado.
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PARA QUEM NÃO SABE O QUE NOS DIAS QUE CORREM É SER PROFESSOR…
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Bonito estamos enterrados até ao pescoço e nem podemos ter um funeral digno!!!!
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Mas estes até urna de ouro vão ter…
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Música para amenizar esta vida soturna e cada vez mais lúgubre que nos espera…boa semana…
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Quarta feira temos orgia europeia com esta senhora a dirigir a sex party…
http://zebedeudor.blogspot.com/2011/10/merkl-doida-varrida.html
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O Fernandes já e conhecido na Alemanha…
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Substância, tão cuto quanto possível. Dantes havia aki uma ditadura proto-fascista, depois os militares resolveram, por razões várias, acabar com ela. Aí virou tudo à «esquerda». Os juízes (que hoje em dia não valem cuspo) e os magistrados do M.P. (uma espécie de advogados com poderes especiais que advogam a favôr do Estado) eram quase todos do PêCê. Havia «standing-by orders» para os gajúhs da corda irem para ali (ou axam que por um gajo estar de fora, estórias não se sabiam ?) género «último reduto». Depois o PêCê ficou reduzido à sua expressão mais simples, e esses gajúhs entraram todos em «roda-livre» e foram tratar (e trataram-se bem…) da própria vidinha. Resumo e conclusão: se um bandido alvejar um polícia, é posto em casa por um juizeco qualquer. Se um polícia responder na mesma moeda, é expulso da força e condenado aisto ou akilo, e a perder a pensão. Isto é apenas um exemplo, a lógica é transversal. Agora ponham-se na pele deles, fariam o quê ? Resposta provável: nada. 😦
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O post anterior (comentários desligados) peca na análise (e não é pouco).
Determina que o Estado precisa de ajuste (o que todos concordamos).
Mas acaba por concluir que esse ajuste é feito apenas à custa dos seus funcionários…
Ou reduzindo as suas remunerações ou despedindo uns quantos.
Não é correcto.
Afinal o Estado gasta demais ao prestar serviços e distribuir benefícios a TODA a população.
Pelo que o ajuste justo seria gastar menos com TODA a população.
Excluo aqui qualquer ajuste que passe por mais impostos.
Assim, a população (no seu todo) passaria a usufruir de menos serviços e/ou de pagar (mais) pelos que restassem.
Os funcionários públicos são, tão só, quem produz esses serviços. Não podem ser apenas eles a acartar com o seu ajuste.
Não tem sentido considerar que o Estado deve ficar como está (mesmos serviços aos mesmos custos) ganhando-se apenas naquilo que se paga a quem presta esses serviços…
É injusto e aí, Cavaco tem razão!
http://notaslivres.blogspot.com/2011/10/solucao-de-equidade-para-cavaco.html
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Como ” isto anda tudo ligado” , aguardemos o 20 N de nuestros hermanos e respectivas consequências.
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Para se perceber o que o aumento da criminalidade realizou é só olhar para os muros de uma vivenda de há 30 anos e de uma vivenda hoje. As de há 30 anos tinham o muro à altura do ombro – aliás muitas tinham o muro à altura da cintura e arbustos a tapar até ao ombro. As de hoje é chapa até 1m acima da cabeça.
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Nem de propósito, hoje de madrugada no assalto a uma padaria para roubarem um televisor e uns trocos mataram o proprietário e feriram gravemente um empregado com arma branca (no Barreiro)
O remédio é muito simples, tolerância zero a a regra do vidro partido como o Mayor de New York aplicou.
Se ele pudesse ser naturalizado tuga e vir para cá que bom seria.
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Esse mayor foi excelente mas agora faz parte das comissões da ONU de protecção a toda a treta politicamente correcta na imigração.
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De todo o modo, de nada serve ter um Rudy Giuiliani quando a lei não permite castigo.
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E a lei foi mudada para dar garantias aos entalados da Casa Pia.
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Toda a gente protestou mas não foi alterada. Agora é sacar vilanagem. E nem serão tugas os que mais crimes comentem. Na Costa da Caparica já sãos os gangs de brasileiros quem faz a lei.
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“… um dos maiores falhanços da nossa democracia é o aumento da população prisional…”
E nas outras democracias?
E nas ditaduras?
O aumento da população criminal terá mais a ver com desemprego e salários baixos.
Porque quem tem dinheiro raramente é preso.
E quando rouba é legalmente.
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Bem, a HM esqueceu-se do número de presos na América…
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Poix, essa dos muros sempre me impressionou. Na nossa «cóltura», muros são «boundaries / fronteiras», e quanto mais alto significa mais «apetecível» o que lhes está por detrás. Se eu fosse bandido era assim que pensaria.Não olhem para mim, os meus (ombro) já cá estavam quando eu comprei a casa. Aliás aki no village, não há uma única pessoa (em duas mil) que não os tenha. Vão ver os subúrbios no upstate NY. Ninguém tem muros, (nem sei se não será proibido…) e quando têm é uma «barreirinha» abaixo da altura do joelho, género para dificultar a vida às tartarugas para cavarem de casa. 🙂
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E não tem nada a ver com salários mais baixos porque essa treta de quem pouco tem ter de ser criminoso é insulto às pessoas pobres e decentes.
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O aumento da criminalidade costuma é ser acompanhado de riqueza e poder dos criminosos. Basta ver no Brasil como são feitos aqueles assaltos e a riqueza daqueles gangs.
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Usam armamento de guerra e só se fossem estúpidos é que queriam ordenadinho normal.
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Olha, quanto a muros não deves conhecer os bairros típicos dos judeus.
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vai a Golders Green e tenta ver a entrada da moradia. É que nem com escada magirus.
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Só se vê a casa de avião
“:O))))))
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A alta criminalidade, criminosos ricos, é uma minoria na população prisional.
“O aumento da população criminal terá mais a ver com desemprego e salários baixos.“, que referi, não quer dizer que “quem pouco tem ter de ser criminoso” .
É que os pobres são cada vez em maior número, criminosos ou não.
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Tem a ver com a imigração.
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Ponto final.
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E ira aumentar e generalizar-se com a crise.
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Isto é tão fácil de entender como ter-se a porta de casa aberta e deixar entrar todo o bicho careta. Pode ser giro de início mas há um dia em que começam a faltar coisas dentro de casa.
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Se faltarem muitos e nem haja alimento a oferecer, há desacato. Como é mais que óbvio e só por preconceito não se quer ver.
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Podiam indexar os roubos nos BPN aos do litro de leite no super.
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preocupem-se com o carteirista e não com os políticos e os empresários, o bloco central dos interesses, que desviaram, roubaram ou enganaram o Estado em dezenas, centenas de milhares de milhões de euros nos últimos 25 anos. o BPN é apenas uma amostra.
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http://www.youtube.com/watch?v=CAapjA9ahfo
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“Podiam indexar os roubos nos BPN aos do litro de leite no super.”
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São os Soci@listas de Esquerda e Direita que querem que os políticos sejam capazes de intervir em tudo.
Ou seja estás lá tu.
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“está em curso uma revolução de extrema-direita” – diz Vasco Lourenço.
E é verdade. Temos de nos manter alerta e lutar para que isso seja revertido. A extrema-direita não pode passar.
Nota: A Helema Matos foi ou não enganada pelos compromissos assumidos pelo Passos aquando das promessas ditas na campanha eleitoral? Por que não responde? Só eu sei!…
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“revolução de extrema direita “…diz um membro do exército que mais generais tem no mundo por cada 1.000 soldados…230 generais para 60.000 efectivos…é obra…superior ao rácio dos EUA….HÁ VALENTES, contra os canhões marchar marchar…..
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O Estado só se interessa por receber e rapinar impostos.
O Estado Português não garante Justiça e Segurança aos seus cidadãos.
Para quê pagar Impostos??????????????????
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lucklucky Posted 24 Outubro, 2011 at 13:59
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deves ser o tipo com mais disparates por “comentário quadrado” 🙂
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O que é que queriam??’…ao ponto a que a justiça chegou em Portugal……não se pode pedir mais aos policias….a justiça em portugal protege mais o criminoso que a própria vitima……estamos a caminhar em passos largos para uma cena tipo brasil….a mim o medo não me assiste!! bum bum
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Estes liberais parecem não perceber que é a sociedade que eles estão a construir: vale tudo para se ganhar na concorrência com o outro, que é tudo menos livre. Eles “morrem” pelas suas próprias leis, no mundo moldado à sua maneira. Como ter respeito pelo outro, pela liberdade e dignidade do outro se as regras me mandam calcá-lo para triunfar?
E nem sequer percebem que há menos crime onde há leis mais brandas: nos países nórdicos. Porque aí, o malfadado estado actua a destibuir o que o normal funcionamento do mercado (?) retirou aos mais fracos.
E já agora: que mercado livre é que há? Na eletricidade com a EDP? No petróleo com a Galp e a BP? Na distribuição com o Continente e o Pingo Doce?
Estes liberais não passam de uns tratantes falsários.
PS: É claro que a culpa é dos emigantes e dos judeus. Em França, na Alemanha e, sobretudo, no Luxemburgo, são os portugueses que roubam. Os naturais não. Matem-se judeus e emigrantes ( estes só os de pá e pica na mão, porque os doutores emigantes são todos de raças puras e boas) e o mundo será liberto do crime.
Há coisas que, neste momento, já deixaram de ser criminosas. São pior do que isso: são estúpidas. Não com cérebros de galinha, mas cérebros reptilianos, como o ex-nazi Konrad Lorenz os descreveu.
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O maluquito deve ver muito judeu na sopinha dos pobres
“:O))))))))))))
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Há imigrante e imigrante. E os tipos dos PALOPS que vêm para cá sabendo dos acordos legais que os protegem nada têm a ver com imigrante como o tuga do Luxemburgo.
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Os gangs dos brasileiros são tão agradáveis que só faz pena que algum destes hipócritas não tenha um encontro com eles numa esplanada da Costa.
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Do mesmo modo que os chinocas têm máfias e nem precisam de andar no gamanço violento porque a lavagem dá mais.
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Modificar a policia: http://insideportugal.blogspot.com/2011/10/polices-in-portugal.html
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senhores comentadores
Por acaso já se deram ao cuidado de reprimir algum destes casos?
Os vândalos estão na nossa rua, na nossa vizinhança, estão no local de trabalho.
Fui agente de autoridade e ao fim de 5 anos, disse para os meus botões: – não, não tenho estômago para aguentar tal palhaçada. O país tem muitos homens e mulheres fardados mas estes não têm condições para para nos garantirem a segurança que homens, mulheres e crianças deste país, merecem. As policias são o verbo encher e apenas se delimitam a executar o que o chefe máximo (Estado) lhes determina. E para ajudar à festa temos os Tribunais que mais depressa reprimem a autoridade que os ladrões, coadjuvados pelos defensores dos direitos humanos que mais facilmente se colocam ao lado dos bandidos do que naqueles que legalmente os deveriam reprimir.
Depois e começando na nossa vizinhança, acontecem casos onde menos se espera. Acontece que cada um de nós tem problemas. Um desses problemas é o ruido da vizinhança. durante anos a minha vizinhança chateou. Queixas e mais queixas para a PSP, cãmaras, etc. de nada valem. Eles vão a casa, mas ninguém lhes abre a porta de casa para que a policia os possa identificar. ao fim de uma 12 de anos, chateei-me com a situação e envieu uma carta a todas as autoridades do país, dizendo: alguém será corresponsabilizado se amanhã acontecer alguma coisa de anormal no prédio. Sabem o que me aconteceu? Isto apenas. A mando de um MMº a minha casa fora vasculhada por meia dúzia de policias, com mandado de busca, que dizia – crime de ameaças e falsificação de documentos. Apreenderam-me então o computador pessoal e um equipamento que a policia desconhecia da sua servidão. Eu explico-vos – era um medidor de ruído. Fui constituído arguido e durante um ano fiquei prisioneiro da justiça portuguesa. Não podia sair de casa sem autorização do Tribunal. Um ano depois o processo foi arquivado por falta de provas no crime. O equipamento que anteriormente fora levado por 5/6 policias para o tribunal, deram-me 90 dias para o levantar, caso o não fizesse revertiria para o Estado. Conclusão desta situação: as autoridades policiais e judiciais não foram capazes de me proteger contra os intrusos da má-vizinhança, mas aproveitaram logo um fracasso na minha missiva para me penalisarem.
Caso 2º
Num dos vários locais de trabalho por onde passei.
Era um fartote de desperdício do erário público. Os fP que encontrei pela frente eram uns sornas do caraças, dizia para mim na altura. Não aguentava mais tempo naquela instituição. Tinha que me pôr a léguas. Inventavam-se histórias ao qual não tinham pés nem cabeça. Mas o nosso dinheiro pagava tudo. Fosse de boa ou má qualidade o trabalho desenvolvido. Saí da instituição, mas antes deixei uma nota na despedida. Foi através de email. Dizia: camaradas ou colegas, não aguento mais tempo a palhaçada destes incompetentes dirigentes que se encontram nesta Direção Geral…O Estado está falido e não demorará muito tempo que todos nós iremos pagar por tal despesismo (2006). Passem bem.
Mudei de sector. Mas foram apressados a levantarem-me um processo disciplinar. Não retirei uma virgula nas audiçoes. Resultado: um ano de inatividade profissional.
Mas o processo não se ficou por aqui. Um dos envolvidos no meu mail achou por bem levar-me a Tribunal. Sou constituido uma vez mais arguido por vários crimes um dos quais a difamação agravada.
No dia da audiência perguntam-me se não há a possibilidade de entendimento entre as partes. Disse que não pois, gostava de conhecer melhor o crime cometido. Questionava-me se em Portugal a indignação era crime e se o fizesse numa despedida e através de email, o crime se agravava. Pois, bem… fui punido com pena de multa no valor de 150 dias vezes 10€, mais 1000€ de indemnização. O que quer dizer que da minha parte ficou a indiganação desta palhaçada toda em 3700€, lucro para os tribunais, mas prejuizo para os cidadãos contribuintes. E se dúvidas existem enquanto FP, aqui as temos e onde todos vamos pagar com lingua de palmo por estes anos todos do despesismo, mas que nada, ou pouco fizemos para suster tudo isto…
Fo
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