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Referendo grego – notas

2 Novembro, 2011

1. É o triunfo da política sobre a economia: os gregos vão poder escolher a forma pela qual querem empobrecer.

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2. Papandreou força o povo a escolher entre a fome e a peste. Há quem considere isto um grande momento do democracia. É apenas um sintoma de fracasso. A democracia grega foi sempre capaz de votar mais despesa. Quando os custos batem à porta não é capaz de votar cortes. O referendo serve para forçar o povo a encarar a realidade que ignorou durante tantos anos. Só isso.

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3. No dia seguinte ao referendo a Grécia continuará falida. As despesas do Estado grego continuam acima das receitas, mesmo descontando os juros pagos aos credores. Se ganhar o “sim” voltamos ao mesmo, se ganhar o “não” os gregos vão empobrecer muito rapidamente.

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4. Se ganhar o “não” a Grécia continuará a dever dinheiro a credores poderosos que usarão todos os meios legais e políticos para forçar a Grécia a pagar.

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5. Qualquer risco de o “não” ganhar fará com que os agentes económicos gregos antecipem as consequências. Os bancos terão que fechar.

47 comentários leave one →
  1. Von's avatar
    Von permalink
    2 Novembro, 2011 14:42

    Mas a escolha será deles. Não de qualquer outro aglomerado de decisores.

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  2. Dédé's avatar
  3. João Pires da Cruz's avatar
    2 Novembro, 2011 15:01

    Se o não ganhar, o problema de Europa fica fechado com o fundo e a Grécia deixa de ser problema. Se o sim ganhar, o problema da Europa fica fechado porque a Grécia deixa de ter soberania financeira. É win-win para a Europa e, sim, é loose-loose para a Grécia. Mas transformar derrotas em vitórias já nem o Pinto da Costa…

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  4. João Pires da Cruz's avatar
    2 Novembro, 2011 15:01

    lose-lose…

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  5. Lima's avatar
    Lima permalink
    2 Novembro, 2011 15:05

    Nem mais, quem disse que o destino grego vai ser decidido agora, erra. Eles já o escolheram há muito tempo para cá. Agora vão só decidir a forma e rapidez como ele (destino) se abaterá sobre as suas vidas. E nós, portugueses não estamos num comboio muito diferente do grego. Continuamos a querer tapar o sol com a peneira.

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  6. P.Porto's avatar
    2 Novembro, 2011 15:10

    Aqui está um globalmente não liberal.
    Nas partes:
    – 1. “os gregos vão poder escolher a forma pela qual vão empobrecer”; Esta é uma solução responsabilizadora, logo, liberal;
    – 2. A possibilidade de os gregos irem escolher entre a fome e a peste fará com que, nas próximas eleições, ajuízem melhor a bondade do “enriquecimento” que os partidos que lhes prometem;
    – 3. Constatação esgotada no ponto 1; ainda assim, a saída do euro é a única hipótese de um país como a Grécia interromper a médio prazo o inexorável empobrecimento que resulta de permanecer ligado à zona euro;
    – 4. Os gregos não vão pagar nada a ninguém; ou melhor, irão comprando ao longo dos anos as suas próprias obrigações nos mercados internacionais por tuta-e-meia; daqui a meia dúzia de anos voltaremos a ver credores estúpidos a comprar obrigações gregas;
    – 5. Os bancos não vão fechar; em lugar disso, vai haver um curralito que durará um par de anos. Nada de novo.

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  7. Ferro's avatar
    Ferro permalink
    2 Novembro, 2011 15:11

    tramados pela economia, tramados pela política – et in arcadia ego

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  8. tina's avatar
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    2 Novembro, 2011 15:14

    É claro que o sim vai ganhar. Armam-se muito agora mas no momento da verdade, vão recuar. É mesmo uma tragédia à la grego.

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  9. Zebedeu Flautista's avatar
    Zebedeu Flautista permalink
    2 Novembro, 2011 15:16

    Caro João Pires o seu raciocínio tem toda a lógica. O único problema é o tempo. Sinceramente a minha “fé” nos políticos gregos esta na bancarrota. Provavelmente antes do referendo já o Estado não tem dinheiro para salários. Como é que vão realizar um referendo assim? Quanto tempo vai demorar a realizar o referendo? 3 meses? 6 meses? Entretanto é uma situação de lose-lose para toda a zona euro.
    .

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  10. Samuel Quedas's avatar
    2 Novembro, 2011 15:22

    Que pena… que não tenham vindo antes pedir a sua opinião! 🙂 🙂 Outro galo cantaria… 🙂

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  11. confucius junior's avatar
    confucius junior permalink
    2 Novembro, 2011 15:32

    digamos que o sufrágio universal é sempre uma maçada. mesmo assim, tudo somado, se eu fosse grega, gostava da ideia.

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  12. Almeida Alves's avatar
    Almeida Alves permalink
    2 Novembro, 2011 15:37

    o joão miranda acerta tanto como o falecido zandinga e o roubini

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  13. PMP's avatar
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    2 Novembro, 2011 15:41

    O referendo Grego vai obrigar a Zona Euro no seu conjunto a discutir e reflectir sobre a asneira que foi criar este Euro fantasista.
    Uma moeda federal unica sem federação nem divida unica, uma decisão ilógica portanto.
    Vai também obrigar a discutir a função do BCE nos momentos de crise como esta.

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  14. Almeida Alves's avatar
    Almeida Alves permalink
    2 Novembro, 2011 15:46

    Palpatine, o europeu
    28 Outubro, 2011 – 00:03
    Aquilo que os contructores do Império mais estranham, desprezam e ficam impacientes, são aqueles pequeninas coisas, «irritantes», como seja um simples parlamento nacional – no caso o alemão – aprovar, autorizar, o seu governo a fazer determinados compromissos em nome do Estado no seio da União Europeia. Os construtores do Império acham isso ridiculo e uma chatice. E ostensivamente defendem que seja ao contrário, que seja a um funcionário da UE a dizer aos Parlamentos o que devem aprovar nos seus orçamentos.
    Os construtores do Império respiram de alívio sempre que uma qualquer proposta referendária é chumbada, como agora aconteceu no Reino Unido. É uma chatice. Qualquer dia faz-se um Regulamento a impedir tal coisa, pois é contrário ao espírito «solidário e à construção europeia».

    Por Gabriel Silva

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  15. Almeida Alves's avatar
    Almeida Alves permalink
    2 Novembro, 2011 15:47

    mesmo que expulsem a Grécia, caso o “não” vença, podem temporariamente salvar o Euro, mas a UE morre nesse dia.

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  16. PMP's avatar
    PMP permalink
    2 Novembro, 2011 15:58

    Quanto tempo vai durar a estupidez do BCE ?
    http://finance.yahoo.com/news/Euro-zone-factory-data-rb-722517790.html?x=0

    The final Markit Eurozone Manufacturing Purchasing Managers Index (PMI) for October, which gauges changes in activity levels across thousands of euro zone manufacturers, fell to 47. 1, revised down from a preliminary reading of 47.3 and down from 48.5 in September.

    This marks the third consecutive month the manufacturing PMI has been the 50 level that divides contraction from growth. Output and new orders indexes plunged to levels not seen since mid-2009.

    The survey suggests the crisis is putting a chokehold on euro area business and, along with news that German unemployment unexpectedly rose for the first time in nearly two years to 7 percent, it adds pressure on the European Central Bank to cut interest rates.

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  17. honni soit qui mal y pense's avatar
    honni soit qui mal y pense permalink
    2 Novembro, 2011 15:59

    os gregos vão continuar a adiar á espera , “como qq socialista gastador” que criem eurobonds pagos pela alemanha
    e continuamos a fazer rotundas e a ter 37869 institutos e 42321 vereadores

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  18. honni soit qui mal y pense's avatar
    honni soit qui mal y pense permalink
    2 Novembro, 2011 16:01

    a civilização europeia começou pela grecia e vai começar a acabar por aí mesmo …

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  19. SM's avatar
    2 Novembro, 2011 16:04

    badamerda não foram a maioria dos gregos que provocaram a crise, como não foram a maioria dos portugueses, como o blasfemo paulo morais escreve no correio da manhã e no post anterior, mas é a maioria dos gregos e dos portugueses que são chamados a pagar uma crise que não provocaram. os milhares de milhões que se escapuliram dos fundos europeus, dos contratos ruinosos publico-privados, das negociatas dos submarinos (a grécia comprou 6 à alemanha), da especulação financeira e bolsista, dos tachos, etc., etc., não pagam a crise. badamerda se os que se escapuliram com milhares de milhões não se chegam à frente então é melhor que esta merda de sistema se desmorone! afinal, de uma maneira ou da outra, é a maioria que vai sempre pagar!

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  20. quimnogueira's avatar
    2 Novembro, 2011 16:08

    …AND IF ???

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  21. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    2 Novembro, 2011 16:15

    «Antes morrer livres do que em paz sujeitos», disse Ciprião de Figueiredo, quando os Castelhanos no séc. VXI quiseram tomar a Ilha da Terceira, único reduto sob a Bandeira da Corôa Portuguesa.
    Os gregos dão uma lição, principalmente aos cobardes, totós e pançudos dos portugueses que nas últimas eleições votaram na sua escravidão!

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  22. Ferro's avatar
    Ferro permalink
    2 Novembro, 2011 16:20

    Às armas, Arlindo! Às armas!

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  23. Ferro's avatar
    Ferro permalink
    2 Novembro, 2011 16:21

    Às armas, Arlindo! Às armas!.

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  24. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    2 Novembro, 2011 16:24

    Com esta cambada de totós que se vergam a um vulgaríssimo Passos e a um doido varrido como o Gaspar só com bordoada de varapu em cima do vosso lombo.
    Cambada de inúteis que passam o dia a encher o bucho com camarão, tremoços e cervejola!
    Vão trabalhar vagabundos!

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  25. Leandro's avatar
    Leandro permalink
    2 Novembro, 2011 16:30

    Parece-me óbvio que não vai ser organizado nenhum referendo na Grécia. Apesar de Papandreou jã o ter confirmado, não vai ter outra solução que não a de voltar atrás.

    Pareceu-me uma manobra de distracção para lidar com outro grande problema que foi o insurgimento das altas patentes militares do país.

    Cumprimentos,

    Leandro

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  26. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    2 Novembro, 2011 16:33

    E as nossas patentes militares?
    Continuam ma messe a jogar à «sueca», enquanto estes «governantes» entregam a nossa pàtria aos estrangeiros?
    Ou o povo português vai continuar a aceitar, ser roubado, engando e enrabado?

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  27. Me's avatar
    2 Novembro, 2011 16:41

    um retrato muito bom da “democracia representativa”. os representantes , inchados de legitimidade , partem a loiça toda em banquetes e potllachs sem dar cavaco a ninguém , mas quando chega a hora de apanhar os cacos é o zé povinho que é chamado à pedra. se fossem para um sítio que eu cá sei , essa mistura esquisóide de neros e pilatos é que era.

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  28. Leandro's avatar
    Leandro permalink
    2 Novembro, 2011 16:42

    E será que um golpe de estado seria a solução para o problema? Estão a imaginar militares “experientes” a corrigir a situação?
    Pois, a questão é que ninguém obrigou Portugal a endividar-se e a endividar-se… Os eleiores, eu incluído, permitiram que os últimos Governos (PS, PSD, CDS) gastassem o que tinham e o que não tinham. Os países excedentários também tem a sua parte da culpa uma vez que emprestaram e emprestaram maribando-se para os excessos que foram cometidos.
    Chegamos a uma situação em que sair do EURO é catastrófico e manter-mo-nos, nas condições actuais, catastrófico é. A solução é esperar que a Alemanha e a França de uma vez por todas eliminem o monstro que criaram.

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  29. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    2 Novembro, 2011 16:49

    A solução é capar os boches, sair da Europa e começar a trabalhar no duro.
    Trabalhar de preferência com o cú voltado para a Europa!
    O nosso futuro nunca esteve na Europa.
    E se algum «cabeça de atum» achar que sim, que o comprove aqui!

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  30. O Raio's avatar
    2 Novembro, 2011 16:56

    Para já a Grécia arreganhou os dentes… e irá participar no G20…

    Nós, portugueses, bons alunos e patetas limitamo-nos a empobrecer e a deixar, em silêncio, que a Europa nos continue a roubar!

    O problema da dívida não é por os governos gastarem demais, o governo português tem uma das menores despesas per capita da UE. Menor só a Roménia, Bulgária e pouco mais.

    O problema da dívida é por estarmos no Euro e, já agora, na UE.

    Para quem duvide recomendo a leitura de um livrinho que o Prof. Ferreira do Amaral publicou em 200 ou 2001, Contra o centralismo europeu.

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  31. Carlos III's avatar
    Carlos III permalink
    2 Novembro, 2011 16:57

    E se fizessem aí em Portugal um referendo com uma pergunta tão simples como esta: quer que o euro continue a ser a moeda portuguesa? Qual seria o resultado?

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  32. Lionheart's avatar
    Lionheart permalink
    2 Novembro, 2011 17:09

    “…os gregos vão poder escolher a forma pela qual querem empobrecer.”
    .
    Quando se alerta que a saída do Euro é assim e assado, que a Grécia iria empobrecer não sei quantas décadas, esquecem-se que se continuar no Euro a Grécia está sujeita iguais provações. Por isso aquele país está a chegar a um ponto em que já está por tudo. O Primeiro-ministro grego já tornou público que a permanência ou não no Euro será a pergunta do referendo, não a “ajuda” europeia. Como já se calculava. Para o melhor e para o pior, mais uma vez a Grécia vai ser pioneira e cobaia. Tudo em pratos limpos. Se correr tudo mal, ninguém vai querer sair do euro. Se correr bem, alguns países vão pôr-se a pensar. Vai haver “chumbo” sobre a Grécia…

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  33. tina's avatar
    tina permalink
    2 Novembro, 2011 17:21

    E o que acontece quando um país sai do euro? Tem de se ir ao banco trocar as notas todas outra vez?

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  34. Tiradentes's avatar
    Tiradentes permalink
    2 Novembro, 2011 17:33

    ahhhhhhhh valente Arlindo…..
    sempre foram assim os ugas, muita “basófia” e pouco mais ou nada.
    faz poucos anos os arlindos gritavam que sempre foram europeus, que finalmente tínhamos regressado à europa, que aqui é que era bom……pois!!!!(enquanto durou a pedinchaque achavam que não tinham de pagar).
    O apelo às altas patentes é significativo, achando que a tropa macaca já não se assusta com um buuuuuuú na porta de armas.
    Vamos pro mar arlindos de caravelas e espada em punho que o futuro será brilhante.

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  35. Leandro's avatar
    Leandro permalink
    2 Novembro, 2011 18:00

    “O problema da dívida não é por os governos gastarem demais, o governo português tem uma das menores despesas per capita da UE. Menor só a Roménia, Bulgária e pouco mais.”

    Até pode ser verdade, mas o primeiro grande problema de Portugal não é a dívida do Governo (esse é o segundo) mas sim a dívida privada. Quando se juntam as duas e se olha para o gráfico até dá medo!

    De qualquer das maneiras, a Roménia, Bulgária e “os pouco mais” ainda possuem a sua própria política monetária, que por exemplo lhes permite desvalorizar moeda e obterem ganhos de competitividade através de aumentos de exportações.

    O ciclo económico é fod*.

    L.

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  36. A. C. da Silveira's avatar
    A. C. da Silveira permalink
    2 Novembro, 2011 18:08

    Os gregos são tão corajosos, (genial, chamou-lhe MMCarilho!) que correm o risco de não receber o proximo ordenado. Os que o têm evidentemente. O Papandreu quer encostar os gregos à parede e faze-los aceitar a super austeridade, e simultaneamente sacudir a agua do capote se eles votarem NÃO. E de caminho prega com isto tudo no charco. Dentro de um mes não existe um banco de portas abertas na Europa. Talvez nos salve o BCE, que agora tem a dirigi-lo um tipo com “bolas” e não um manga-de-alpaca como o Trichet, e ponha finalmente as rotativas a trabalhar de noite e de dia, para por o euro a valer 1,30 dolares e ao mesmo tempo pagar a maior parte das dividas dos paises do euro. É a unica maneira de salvar o Euro e a UE. O resto, são teorias da conspiração e muita conversa fiada.

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  37. honni soit qui mal y pense's avatar
    honni soit qui mal y pense permalink
    2 Novembro, 2011 18:12

    o lindo era a abrir com o pai dele o só ares a assinar a adesão … era europa para cá e prá lá .. bisou bisou mon ami miterrand e delors

    agora europa não dá ???

    agoRa o ARLIQUIDO da Costa quer é dar de frosques a arrotar postas … liquido que é socialista logo irresponsável

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  38. esmeralda's avatar
    esmeralda permalink
    2 Novembro, 2011 18:14

    A frase que ouvi hoje a alguém que abordou o assunto, é clara e precisa: “se os gregos se querem suicidar, não podemos impedi-los”.

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  39. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    2 Novembro, 2011 19:00

    Os gregos são mais espertos do que nós.
    Ao contrário, os portugueses vão bovinamente para o forno crematório da austeridade, como foram os infelizes hebreus durante o III Reich.
    De facto, Portugal tem um lindo futuro grego à sua frente!
    Mas, como bardamerdas destes que apostam em impostos e mais impostos, o que é que se pode esperar, senão FALÊNCIAS, BANCARROTAS, MISÉRIA, FOME e PERDA DE SOBERANIA?????

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  40. Piscoiso's avatar
    2 Novembro, 2011 19:26

    Meus senhores, o texto do referendo ainda não foi aprovado.
    Há problemas de pontuação insolúveis.
    Ελληνική γλώσσα, não é fácil.

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  41. PMP's avatar
    PMP permalink
    2 Novembro, 2011 20:16

    Conselhos dados aos neotontos do BCE >

    http://www.iif.com/download.php?id=fLBQcNoB6Qs=

    As plans are developed in more concrete terms, it is essential that all parties come together behind the continued active role of the ECB in the secondary government bond market. This will allow time for national authorities’ adjustment efforts to take hold, and help stabilize markets at this crucial juncture. We would also emphasize that lower ECB policy rates at this point would enhance market stability as well as help bolster faltering regional economic growth….
    ….
    Against that backdrop, it is inevitable that many European banks will shrink risk assets rather than try to raise expensive capital or be subject to forced capital injections. This will add to the financial sector deleveraging and contractionary pressures already evident in Europe.

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  42. anonimo's avatar
    anonimo permalink
    2 Novembro, 2011 22:12

    A crise na Grécia vista por um jornalista grego (vídeo)

    Makis Delipetros foi director do diário Apogevmatini, até este jornal histórico fechar e ele e mais 130 trabalhadores terem ficado sequer sem subsídio de desemprego. Numa entrevista de vídeo ao Expresso, o jornalista faz o relato do que mudou no seu país e do que pode vir ainda a acontecer no futuro. A história de Makis faz parte de uma grande reportagem publicada este fim de semana na Revista Única.”

    Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/a-crise-na-grecia-vista-por-um-jornalista-grego-video=f657687#ixzz1cZ9eoRA7

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  43. AF's avatar
    2 Novembro, 2011 23:19

    Caro Leandro,

    Quando fala em “Dívida Privada”, está a imaginar o quê? Que é dívida da malta do Cetelem pra comprar televisores?
    Já agora, uma pergunta: o Estado Português, quando quer financiar-se, recorre a quem? Ao Banco de Portugal? Ao BCE? Ou à banca privada?

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  44. Nuno's avatar
    Nuno permalink
    3 Novembro, 2011 02:57

    Bem, eu ainda guardei uns trocos em Escudos…

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  45. Ricciardi's avatar
    Ricciardi permalink
    3 Novembro, 2011 06:58

    Bem, caro JM, penso que está a ver o filme todo ao contrario. O facto é que o EURO propriciou a grécia (e portugal etc) ao descontrolo orçamental, ao endividamento constante, e a deficites sucessivos. Portanto sair da fonte dos problemas, ainda que com danos no curto prazo, será o melhor que poderá acontecer à grécia. Sair ordeiramente, claro está.
    .
    Em Portugal o EURO fomentou coisa ainda pior. O descontrolo dos privados. O endividamento privado alimentado por taxas de juros desenquadradas da realidade economica. O endividamento que fomentou o consumo de bens importados e que está na origem do monstruoso deficte externo, que é o principal problema do país.
    .
    Rb

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  46. Leandro's avatar
    Leandro permalink
    3 Novembro, 2011 11:59

    Caro AF, acho que o comentário do Ricciardi responde a todas as suas questões.

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  47. Buiça's avatar
    Buiça permalink
    4 Novembro, 2011 03:51

    Como era evidente não vai haver referendo nenhum.
    A má fé de um primeiro-ministro que acaba uma maratona negocial em que 17 ou 27 países lhe perdoam metade das dividas, alargam o prazo do ajustamento até 2020 e lhe dão mais dinheiro em troca de implementar as mesmíssimas medidas (cobrarem impostos por exemplo…) que já tinha acordado implementar há mais de 1 ano é simplesmente gritante. Sai de Bruxelas e sem dizer nada a ninguém, incluindo o próprio governo e deputados, anuncia um referendo, que umas vezes é sobre o pacote de ajudas outras sobre a permanência no Euro.
    Enfim. A este nível só mesmo quem anda por aí a chamar tudo isto uma vitória da democracia…
    Espero que esteja bem à vista de que tipo de novelas nos livrámos em Junho.
    É também evidente que não se pode negociar ajudas a 2 semanas com gente deste nível, quanto mais a 10 anos.
    Então a Europa fica neste impasse. Por um lado os tratados não prevêem a expulsão de países da zona Euro, por outro lado ninguém sabe quanto tempo mais os gregos vão andar à trolha sempre com o mesmo objectivo: adiar o dia em que o seu Governo começa a tentar gastar menos do que consegue cobrar de impostos.
    Ideias peregrinas (e batoteira) como a saída do Euro facilitar (é ao contrário, as dívidas continuam em Euros, em dracmas só viram 200 vezes mais e tudo o que há a fazer internamente continua por fazer) ou o BCE desatar a imprimir euros para sustentar quem decide pura e simplesmente gastar mais do que tem para gastar, só servem o mesmo objectivo, adiar o único caminho que pode conduzir a uma solução sustentável.
    Porque há aqui um erro ENORME de percepção. Os Gregos (tal como os Portugueses, noutra escala) não vão empobrecer com a austeridade, eles empobreceram no preciso momento em que gastaram dinheiro que não tinham em actividades e investimentos que nuns casos pura e simplesmente não geraram um retorno capaz de pagar de volta o dinheiro emprestado e noutros casos (infelizmente parecem a maioria) não geram absolutamente coisa nenhuma, nem para pagar juros.
    E desculpem que vos diga, mas é precisamente isto que é suposto ser a zona Euro. Não é um jardim escola em que se tomam medidas irresponsáveis e depois não se paga, não é uma liga de amadores ou de solteiros contra casados das civilizações da Terra em que quando falta o dinheiro se mascara tudo com desvalorizações de moeda e inflação, entre outras batotas… a zona Euro é a turma dos crescidos, é a liga dos campeões, é o projecto de governação económica e política mais ambicioso de sempre e só ao alcance dos povos mais desenvolvidos do planeta.
    Na zona Euro a inflação é controlada à escala Europeia e raramente excede os 2%, quem se lembra de ela ser 20 e 25%? Na zona Euro todos os cidadãos e empresas devem ter acesso a um mercado interno potencial (não só financeiro, mas de trabalho, de cultura, de saber, de consumo, etc) de 400 milhões de pessoas das mais qualificadas do mundo inteiro, das maiores empresas que há no mundo do maior número de universidades e cérebros do planeta. Na zona Euro estamos todos em pé de igualdade uns porque sempre estiveram, outros porque após uns anos de ajustamento (em que foram ajudados e muito por todos os outros com mais condições) fizeram um esforço especial para e por quererem estar e fazer parte deste projecto.
    E Portugal que fez esses esforços notáveis para fazer parte da UE e depois do Euro, que cumpriu défices e ajustou dívida com tanto esforço, por mais que tenha entrado numa maré grega durante os últimos anos, se conseguir realizar os ajustamentos que agora são necessários depois da derrapagem, tem todo o direito de ser um membro pleno e orgulhoso e participativo desta magnífica construção. E a própria Europa tem também muito a ganhar com tudo o que lhe podemos trazer com o nosso humilde contributo.
    Eu sou Europeu e acredito neste projecto. Inclui um conjunto de saltos civilizacionais que todo o planeta devia dar, gostaria porventura de dar se tivesse arte e engenho para o fazer, mas no qual somos pioneiros, porque só nós o podíamos ser!
    E todos aqueles que procuram sempre bodes expiatórios para o insucesso, todos os que acham que a culpa de quem tem dívida a mais é do credor, todos os que a posteriori acham sempre que já estávamos condenados à partida, todos que gostam de desculpar o irresponsável, os que preferem nem fazer as contas com medo que não dêem certo, os que gostam de achar “cultural” o atraso, o roubo, o desperdício ou a pura estupidez, como dizia um bom amigo meu, aqui todos esses encontrarão sempre a ponta da minha baioneta!
    Espero contribuír um pouco para o esclarecimento do que é esta viagem em que embarcámos em 1986. Uma viagem sonhada durante séculos e pensada e arquitectada durante muitas décadas depois de guerras e mais guerras que nos atrasaram enormemente sem qualquer sentido.
    E espero que aqui no jardim à beira mar plantado, desta vez haja menos velhos do restelo ou putos estúpidos e um pouco mais de gente crescida e corajosa.
    Um grande bem haja,
    Buiça

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