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Direitos por direitos

7 Novembro, 2011
Carris rejeita aumentar meia hora de trabalho 
A administração da Carris também rejeita perder este trem de vida  
Gente que há anos não mete um pé num autocarro clama agora contra os cortes cegos nos transportes públicos (como escreve o Henrique Raposo não encomendem estudos sobre transportes públicos a malta que andou sempre de carro, e com motorista. É esquisito. ou como ironizava o Rodrigo Moita de Deus À porta da conferencia sobre gestao e financiamento dos transportes públicos esta uma fila interminável de carros com motoristas.)
Por mim os trabalhadores podem ficar com as garantias do ACT mais do ACE. Os administradores podem ficar com as viaturas. Os indignados com os cortes cegos podem ar largas à sua indignação e já agora passarem a andar de transportes público para ver se estes dão menos prejuízo. Por mim, só quero saber onde e como faço valer os meus direitos de contribuinte pois já não consigo pagar tanto direito dos outros.
20 comentários leave one →
  1. 7 Novembro, 2011 14:28

    Que eu saiba, os foguetões só levam astronautas.
    Que eu saiba, não são os astronautas que projectam os foguetões.

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  2. 7 Novembro, 2011 14:45

    Uma cidadã identificada como Sofia Marisa Duarte Moura escreveu a seguinte carta à Administração da Carris:
    Exmos. Senhores José Manuel Silva Rodrigues, Fernando Jorge Moreira da Silva, Maria Isabel Antunes, Joaquim José Zeferino e Maria Adelina Rocha,
    Chamo-me Marisa Sofia Duarte Moura e sou a contribuinte nº………da República Portuguesa. Venho por este meio colocar-vos, a cada um de vós, algumas perguntas:
    Sabia que o aumento do seu vencimento e dos seus colegas, num total extra de 32 mil euros, fixado pela comissão de vencimentos numa altura em que a empresa apresenta prejuízos de 42,3 milhões e um buraco de 776,6 milhões de euros, representa um crime previsto na lei sob a figura de gestão danosa?
    Terá o senhor(a) a mínima noção de que há mais de 600 mil pessoas desempregadas em Portugal neste momento por causa de gente como o senhor(a) que, sem qualquer moral, se pavoneia num dos automóveis de luxo que neste momento custam 4.500 euros por mês a todos os contribuintes?
    A dívida do país está acima dos 150 mil milhões de euros, o que significa que eu estou endividada em 15 mil euros. Paguei em impostos no ano passado 10 mil euros. Não chega nem para a minha parte da dívida colectiva. E com pessoas como o senhor(a) a esbanjar desta forma o meu dinheiro, os impostos dos contribuintes não vão chegar nunca para pagar o que realmente devem pagar: o bem-estar colectivo.
    A sua cara está publicada no site da empresa. Todos os portugueses sabem, portanto, quem é. Hoje, quando parar num semáforo vermelho, conseguirá enfentar o olhar do condutor ao lado estando o senhor(a) ao volante de uma viatura paga com dinheiro que a sua empresa não tem e que é paga às custas da fome de milhares de pessoas, velhos, adultos, jovens e crianças?
    Para o senhor auferir do seu vencimento, agora aumentado ilegalmente, e demais regalias, há 900 mil pessoas a trabalhar (inclusivé em empresas estatais como a “sua”) sem sequer terem direito a Baixa se ficarem doentes, porque trabalham a recibos verdes. Alguma vez pensou nisso? Acha genuinamente que o trabalho que desempenha tem de ser tamanhamente bem remunerado ao ponto de se sobrepôr às mais elementares necessidades de outros seres humanos?
    Despeço-me sem grande consideração, mas com alguma pena da sua pessoa e com esperança que consiga reactivar alguns genes da espécie humana que terá com certeza perdido algures no decorrer da sua vida.
    Marisa Moura.

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  3. honni soit qui mal y pense permalink
    7 Novembro, 2011 15:43

    bem dito helena
    a carris e quejandos sempre foram mais um couto do PS
    o piscácóli que se sentiu tocado , não engana ninguem

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  4. certo permalink
    7 Novembro, 2011 16:00

    Está como eu, Helena, que já não vejo vencimento para pagar impostos, de cavaco ao ministro das finanças e ao mesmo passos, que também tem direito, para os direitos da maltosa, da rdp e rtp à edp do mexia, sem falta da ajuda aos necessitados, até àquela velhinha de valpaços .

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  5. esmeralda permalink
    7 Novembro, 2011 16:27

    Eu também. Estou farta de pagar os direitos dos outros! Andei toda a vida a ouvir críticas aos professores e às suas “regalias” exactamente por pessoas que desconheciam o que era a vida de Professor/a… e era se queria ter trabalho! Mas sem horas extraordinárias, sem ajudas de custo, sem subsídio de renda de casa! Fiquei estarrecida há pouco tempo com os ordenados e regalias de trabalhadores da CP, principalmente maquinistas! Como nunca se abordou essas carreiras tão bem pagas a todos os níveis e em empresas a dar sempre prejuízo?!

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  6. Arlindo da Costa permalink
    7 Novembro, 2011 16:45

    Só há uma solução.
    Extinguir a Carris.
    O governo que deixe-se de mariquices!

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  7. J.J.Pereira permalink
    7 Novembro, 2011 16:52

    E agora um assunto de uma ( aparente) disparidade total quanto ao “post” : sugere-se aos camaradas tertulianos, com humildade e modéstia, a leitura de “Salazar” , de Filipe Ribeiro de Meneses – aconselha-se uma preparação prévia para algumas avantajadas surpresas face às oficialíssimas ficções que correm por aí…
    A ediçaõ portuguesa é , curiosamente, uma tradução ( o autor exerce a docência numa Universidade Irlandesa).

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  8. 7 Novembro, 2011 18:01

    Mas esse aumento da meia hora de trabalho não era apenas para os trabalhadores que não vão ter os cortes no subsídio de férias e 13º mês?

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  9. Zebedeu Flautista permalink
    7 Novembro, 2011 18:04

    Autogestão já para os transportes. Divide-se os activos e passivos pelos trabalhadores num rácio que respeite os salários e regalias actuais, salvaguardando-se na Constituição que os bens pessoais presentes dos mesmos nunca poderão responder pelos passivos.

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  10. melga permalink
    7 Novembro, 2011 18:09

    Será que um maquinista com trinta e cinco anos de trabalho (trabalha por turnos, fins de semana, Natais, passagens de ano, etc.) que leva para casa, por mês, cerca de 1300€, dá para uma pessoa ficar estarrecida com tamanho ordenado? Não creio!…

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  11. Arlindo da Costa permalink
    7 Novembro, 2011 18:10

    Eu , com os meus impostos, também pago muito comentador(a) , muito parlapier e muita mesa redonda versus ideias quadradas.
    Por mim, só quero saber onde e como faço valer os meus direitos de contribuinte pois já não consigo pagar tanto parlapier e tanto comentador tudólogo…

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  12. Carapau permalink
    7 Novembro, 2011 19:00

    Esta posta da D. Helena é do melhor, um marciano que agora aqui chegasse até era capaz de pensar que os utentes (os verdadeiros, os do passe “social”) dos transportes públicos até que estavam de acordo com os aumentos, extinção e/ou encurtamento de carreiras. Hilariante!

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  13. Ricardo permalink
    7 Novembro, 2011 20:14

    Só para deixar um simples apontamento. A lógica de só quem anda de transportes públicos é que os deve pagar fica mal a qualquer um que queira deixar uma opinião sobre o assunto. Os transportes públicos servem não só para transportar as pessoas que o utilizam mas igualmente para:

    1- diminuir o tráfego (os/as senhores/as certamente agradecem, quantas mais pessoas usarem metro/autocarro mais a estrada fica livre para vExs…)
    2- diminuir a poluição (ar, sonora, etc…)
    3- diminuir consumo energético (transporte colectivo é mais eficiente)

    Tendo em conta que os benefícios atingem a população em geral e não só os consumidores directos, é ridículo pedir que sejam apenas estes últimos a pagar as despesas de tal serviço. Numa lógica de contribuição justa, parte das contas de tais empresas deveriam sempre contar com contribuições públicas. Se tal viria do município ou directamente do Governo, isso já é micro a mais para este comentário.

    Sim, há despesismo, falhas de gestão, etc, etc… mas queria apenas chamar a atenção para o facto de que o problema não está na existência de um défice nas contas per se. Que resolvam a doença, mas que não se fale em matar o doente.

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  14. Fredo permalink
    7 Novembro, 2011 20:45

    Por mim, só quero saber onde e como faço valer os meus direitos de contribuinte pois já não consigo pagar tanto direito dos outros.
    .
    Acredito que a Helena ainda consegue contribuir para “os direitos dos outros”.
    O meu caso pessoal é pior. Já estou a passar o limite dos que contribuem para o lado dos que também já começam a ter desses “direitos”.
    Pode crer que o problema não são “os direitos” dos miseráveis que já poupam na comida e na farmácia. Que tal começarem pelas SLN’s, administrações dos Metros, Correios, EDPs e por aí fora, passando pelas reformas milionárias, carros, combustíveis e motoristas, “escritórios” para ex-Presidentes?

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  15. 7 Novembro, 2011 21:04

    Por mim, só quero saber onde e como faço valer os meus direitos de contribuinte pois já não consigo pagar tanto direito dos outros.
    É muito simples como aliás expliquei no meu blog.
    Dirija-se ao Primeiro Ministro que é quem tem poder para terminar com todas as regalias que enumera no seu post.

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  16. 8 Novembro, 2011 10:50

    Veja-se, [AQUI], uma pequena sequência fotográfica que mostra como a EDP pode ajudar a Carris.

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  17. R Cardoso permalink
    8 Novembro, 2011 12:03

    Há de tudo aqui como na feira da ladra. Primeiro alguém que posta mas que passa ao lado dos transportes públicos, que é coisa de pobre e que de passe social só conhece porque ouviu falar. E ainda, no meio as “avantajadas surpresas face às oficialíssimas ficções que correm por aí…”, que podem levar Salazar a ocupar um pedestal no santuário de Fátima.
    .

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  18. Artista Português permalink
    8 Novembro, 2011 13:57

    Sobre o tema da relação gestores públicos/transportes públicos veio-me esta à cabeça: alguém se recorda da cerimónia de inauguração do novo ramal que liga Lisboa a Alcácer do Sal? Como na altura a imprensa noticiou, o combóio fez a viagem de ida e volta completamente vazio pois os magníficos gestores que se orgulham daquela obra foram a Alcácer e regressaram de carro com motorista. Sim com os carros que nós pagámos, com os motoristas que nós pagamos, com a gasolina que nós pagamos, pelas portagens que nós pagamos, etc. Isto, como não podia deixar de ser, em pleno socratismo. Grandes gestores que nós temos!

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  19. Nuno permalink
    8 Novembro, 2011 17:05

    Por que carga de água temos que andar a sustentar mordomias que, sendo legais, são ilegítimas: refiro-me às reformas de Ex-PR’s, Ex-PM’s, Ex-PGR’s, Ex-deputados, Ex-PCâmaras, enfim toda uma cambada que nos leva coiro e cabelo.
    Nõa nos podemos esquecer de tudo quanto é Ex-Governador disto, daquilo e daqueloutro e dos tão badalados funcionários públicos que, em geral, qualquer que seja o salário é um roubo porque não fazem nenhum.
    Ainda não está arrolada uma data de marmanjos que, no total, é capaz de dar para pagar todas as dívidas.

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  20. Daniel Nicola permalink
    8 Novembro, 2011 22:25

    Para a Helena Matos, nem o óbvio chega. Má gestão é sempre igual a despedimentos e cortes salariais. Não dos gestores pois está claro. Dos motoristas, esses labregos armados em mordomos ambrósios.
    Nem a ela, nem a todos os reciclados do 25A. A ânsia insaciável de expiar o pecado original esquerdalho deriva em radicalismo neo-liberal non-sense. Então a senhora quer que se trabalhe que nem um escravo até às tantas da noite num qq shopping ou hiper ou wathever, sem pagamento de horas nocturnas que isso é uma mordomia claro está, mas não quer providenciar transportes à noite a essa mesma gente que desconsidera e que se estafa para sobreviver e fazê-la viver enquanto a dita se passeia para ver as montras, e as modas. E a moda hoje é essa: Neo-Con-Lib-sei-lá. Talvez pretenda que durmam no “escritório”, ou na rua vá, até que nasça mais uma jorna, qual china.
    Maoísmo as usual mas é. Para quando o casório com o JMF?

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