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Folga orçamental

9 Novembro, 2011

Janeiro de 2011: “Portugal tem uma folga orçamental de 800 milhões”

Ao falar em conferência de imprensa, José Sócrates anunciou hoje que “o défice de 2010 vai ficar claramente abaixo dos 7,3%” estimados, sendo este um “apuramento preliminar dos números de execução orçamental de 2010”.

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Novembro de 2011:Seguro diz que há uma «folga orçamental» de €900 milhões

O secretário-geral do PS, António José Seguro, defendeu, esta terça-feira, que há uma «folga orçamental» de 900 milhões de euros que pode permitir ao Governo manter um dos subsídios que será cortado aos funcionários da função pública e pensionistas.

75 comentários leave one →
  1. essagora permalink
    9 Novembro, 2011 10:06

    Aliás, não é coisa nova
    Se há coisa que os nossos governantes têm conseguido provar à saciedade, repetidamente, é que não sabem fazer contas. E quando às contas se juntam as previsões, o resultado é anedótico.

    É que nem os custos de um estádio se consegue prever, quanto mais uma folga orçamental do estado!

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  2. A. R permalink
    9 Novembro, 2011 10:07

    O seguro é o homem que anda a dormir: só fala em folgas e almofadas. A cigarra ainda canta para os lados do zangado.

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  3. 9 Novembro, 2011 10:40

    Folgo muito em saber.

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  4. lucklucky permalink
    9 Novembro, 2011 10:48

    Seguro: “Défice claramente abaixo dos 7,3% estimados”
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    “Eurostat confirma défice de Portugal de 9,8% em 2010 (act)”
    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=513963
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    Não se deixem enganar por estes números para políticos poderem impostar ainda mais. Isto é o défice em relação ao PIB não em relação ao Orçamento. Como o Estado é ~50% do PIB é duplicar os valores.
    .
    Ou seja o Estado em 2010 pediu emprestado 9,8%x2 = Uns maravilhosos ~19,6% do que gastou.
    Fora o que ficou de fora pedido emprestado pelas EP’s…
    Ou seja 1/5 do que gastou o Estado foi pedido emprestado.
    Note-se que os 14% com que os Funcionários Publicos foram cortados não chega. São só 14%. Não 20%.

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  5. honni soit qui mal y pense permalink
    9 Novembro, 2011 11:16

    esta malta do PS , mas o piscácoli de serviço … são uns comediantes do camandro

    o pior é que há gente a acreditar nessa gentalha … o que nos custou 13 anos de governação chalupa a gastar o que não tinham , a empenhar as gerações futuras , a “comprar” votos com obras a PPPs e rendimentos mininos …

    e agora temos ainda que gramar o néscio do Seguro e o mafioso do Silva Pereira a falar um em folgas , e o outro em desvios “não existentes”

    haja paciência … mais barato que pagar o emprestimo da troika era pagar bilhetes de ida a esta malta

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  6. 9 Novembro, 2011 11:26

    Janeiro 1996-2011: Seguro ajuda o PS a dar cabo de Portugal, colaborando ou calando-se, conforme a maré.
    Novembro de 2011: a bancada parlamentar vota conforme o congresso da restauração de Pedras Rubras.

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  7. Ferro permalink
    9 Novembro, 2011 11:44

    Por folga eles entendem falcatrua, lembrem-se disso. É genético

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  8. tina permalink
    9 Novembro, 2011 12:19

    Foi exactamente o que eu senti ao ouvir Seguro falar sobre a “folga orçamental”. Como se pode mais alguma vez confiar na aritmética de um socialista, depois das previsões sempre falhadas de Sócrates e Teixeira dos Santos? Ainda por cima com aquela cara de burro, aposto que Seguro nem sequer sabe qual é a raíz cúbica de 27.

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  9. afédoshomens permalink
    9 Novembro, 2011 12:39

    pode-se é confiar na aritmética de cavaco e ferreira do amaral que a fizeram boa no caso lusoponte:
    a lusoponte que materializa a primeira experiencia de modelo de parceria publico Privada com financiamento estruturado em Project Finance foi um fartar vilanagem-veja-se o quanto gordo está o ferreira do amaral nos dias que correm;
    esta PPP foi montada com erros técnicos e graves deficiencias da função planeamento;
    vulgo gratia, a expectativa de preços posteriormente frustrada ou seja o principio da igualdade tarifária das portagens a cobrar nas duas travessias-ponte salazar e ponte vasco da gama…
    Pasme-se que o contrato inicial, continha uma clausula(posterirmente eliminada) que indexava o termo da concessão à passagem de 2.250 milhões de veículos(sim,2.250.000.000!!! para aí cem vezes o nº de veículos à face terrestre!)

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  10. honni soit qui mal y pense permalink
    9 Novembro, 2011 12:59

    ó fédossocialistas ?
    vai ver é as contas das 70 ou 80 e tal PPP s ruinosas feitas pelos teus capos Guterres e Socrates

    é como a tina diz sobre contas de socialista

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  11. honni soit qui mal y pense permalink
    9 Novembro, 2011 13:03

    os técnicos das PPPs do PS devem ter sido 2 orangotangos da KPMG fajuta do Paulo Campos
    deviam era ter vergonha … andam aí a falar em folgas e desvios e que deviam era impôr uma agenda do “desenvolvimento” COM O DINHEIRO DE QUEM ???
    Ontem na FLAD até correram com os jornalistas , qdo se iniciaram as perguntam ao Tozé InSeguro … deve ter sido uma Stand Up Comedy do camandro … ainda contratam o senhor para o Saturday Night Life lá em Nova York

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  12. ze da lota permalink
    9 Novembro, 2011 13:07

    nem seguro, nem coelho…estes gajos são uns incompetentes…….vão trabalhar chulos! Militares ao poder

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  13. honni soit qui mal y pense permalink
    9 Novembro, 2011 13:07

    uns gungas que só vivem para ” comprar votos “, com o Orçamento de Estado , ajudar os ” amigos na banca e construtoras”,e dar RSI a todo o calão que possa votar …
    uma vergonha

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  14. 9 Novembro, 2011 13:08

    A ironia da coisa é que se o José Seguro fosse a votos ganhava com maioria absoluta.

    Alguém tem dúvidas?

    R.

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  15. afédoshomens permalink
    9 Novembro, 2011 13:22

    Lusoponte não abdica da exclusividade de travessia do Tejo mas admite negociar

    30.01.2008 – 08:52 Por Luísa Pinto

    A lei determina quarentena de três anos. Aqui [entrada na Lusoponte] passaram doze, sublinha Ferreira do Amaral

    A lei determina quarentena de três anos. Aqui [entrada na Lusoponte] passaram doze, sublinha Ferreira do Amaral
    (Rui Gaudêncio (arquivo))

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    “Quem decide é o Governo”, e a concessionária que detém a exploração exclusiva dos atravessamentos rodoviários do Tejo está disponível a apresentar alternativas e a colaborar para encontrar a solução.

    Quem o garante é o presidente do conselho de administração da empresa, Joaquim Ferreira do Amaral, para quem a cláusula de exclusividade que está contratualmente estabelecida com a Lusoponte “não irá com certeza atrapalhar as soluções que todos queremos encontrar” para a terceira travessia do Tejo.

    Em declarações ao PÚBLICO, Ferreira do Amaral afirma existirem muitas possibilidades para resolver a questão dos atravessamentos do Tejo, afirmando nada estar ainda decidido sobre o tabuleiro rodoviário numa futura ponte Chelas-Barreiro. Sem querer enumerá-las, “até para não aumentar a confusão”, Ferreira do Amaral limita-se a dizer que está disponível para entregar ao Governo “todo o conhecimento que a empresa detém sobre o assunto, bem como, posteriormente, adequar a concessão que existe com a solução que o Governo venha a escolher. “A Lusoponte ja alterou o seu contrato inicial bastantes vezes, e sempre que foi do interesse do Estado proceder a alterações. A empresa tem tido a melhor atitude como concessionária, que é a de colaborar o melhor que puder com o concessionante. Desta vez não será diferente”, afiançou.

    Ferreira do Amaral admite que “será difícil” aparecerem interessados no concurso para a construção de uma ponte cuja gestão da exploração rodoviária não lhes seja entregue, como também seria difícil lançar a construção da Vasco da Gama sem a garantia de exclusividade na gestão do tráfego. “Se não existisse essa cláusula, não aparecia ninguém a concurso. E ela continua a ser fundamental para a viabilidade da empresa. Porque a Lusoponte ainda está a pagar muitos milhões de euros todos os anos por causa do empréstimo que fez”, sublinhou o actual presidente do empresa, acrescentando que, até agora, a Lusoponte terá amortizado cerca de um terço da dívida que contraiu.

    Ferreira do Amaral escusou-se também a comentar a questão colocada em cima da mesa por Mário Lino, referente ao facto de a decisão de construir um aeroporto na Margem Sul trazer tráfego não previsto para os atravessamentos do Tejo. O presidente da Lusoponte limitou-se a dizer que, “do ponto de vista jurídico, quem assume o risco de tráfego, assume para quando está a mais e para quando está a menos do que o previsto”. Mas, sublinha de novo, “neste momento, a intensidade de tráfego é menor do que a prevista no Caso Base”, e nem por isso “a empresa foi pedir contas ao Governo”. Pelo contrário, “já aconteceu haver mais tráfego do que o previsto e a Lusoponte aceitou partilhar os benefícios com o Estado”. Sem se atrever a antecipar até quando vão decorrer as negociações com o Governo, Ferreira do Amaral limita-se a garantir que “elas serão rápidas, assim que o Governo decida o que fazer sobre os novos atravessamentos”.

    Questionado sobre o facto de ter negociado o contrato com a Lusoponte enquanto ministro e estar agora à frente da empresa, Ferreira do Amaral disse-se “completamente confortável” com a situação. “Esta polémica não tem nenhuma razão de ser. Se a regra é nunca entrar numa empresa com quem assinou um contrato, devo dizer que assinei milhares de contratos, e com todas as empresas. E a lei determina, e bem, uma quarentena de três anos. Aqui passaram doze”, alega. Ferreira do Amaral acrescenta ainda mais três argumentos para “esvaziar uma polémica que desafia o bom senso”. “Nunca esperei estar aqui. Só aconteceu porque o principal responsável por esta obra, Morais Leitão, teve uma morte trágica. Segundo, os sócios da Lusoponte não são os mesmos [com quem negociou o contrato], e até o contrato não é o mesmo, porque já foi alterado sete vezes.”

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  16. A. C. da Silveira permalink
    9 Novembro, 2011 13:24

    O Silva Pereira, nº 2 do governo do Socrates, diz no JN que a consolidação orçamental não tem que ser feita 2/3 do lado da despesa e 1/3 do lado da receita, porque não está escrito no memorando da troika. Para quem ainda tivesse duvidas da falta de seriedade e de sentido de estado desta gente do PS, estas declarações são esclarecedoras. Assinam os acordos, e depois não os querem cumprir.
    Não vi, por uma questão de higiene mental, a entrevista do TOZÉ à TVI ontem à noite. Mas ouvindo-o há minutos a explicar onde é que está a folga de 900 milhões no orçamento para 2012, ficamos a perceber que ele não faz a minima ideia de que é que está a falar. O Seguro é uma irrelevancia, até para os camaradas dele!

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  17. anti-comuna permalink
    9 Novembro, 2011 13:36

    Como sair da crise. Exportara cada vez mais. E exportar cada vez mais para novos mercados.
    .
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    “No que respeita às variações homólogas, em setembro de 2011 as expedições intracomunitárias aumentaram 9,3%,
    para o que contribuíram principalmente os acréscimos registados nos Veículos e outro material de transporte e nas
    Máquinas e aparelhos. As chegadas de bens registaram um decréscimo de 4,3%, devido essencialmente às quebras
    registadas nos Veículos e outro material de transporte e nos Combustíveis minerais.”
    .
    in http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=106158626&DESTAQUESmodo=2
    .
    .
    “Em termos homólogos, em setembro de 2011 as exportações para os Países Terceiros aumentaram 25,9%, em
    resultado principalmente das exportações de Combustíveis minerais, Metais comuns e de Minerais e minérios.”
    .
    Mesmo link acima.
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    De notar no seguinte e é uma mudança estrutural. As exportações para fora da EU tiveram o melhor aumento do ano em Agosto. (Que é muito ajudado pelas exportações da Galp, agora que estão a entrar em velocidade cruzeiro os novos investimentos efectuados.) De Janeiro para a Agosto, nota-se uma evolução notável do peso das exportações para fora da UE. (E temos o euro como moeda, que se diz não nos ajudar.) Em Janeiro deste ano, as exportações para fora da UE pesavam cerca de 22,5% no total das exportações. Em Agosto já pesam 27,2%. Um aumento de quase 5 pontos percentuais em apenas 9 meses. Notável.
    .
    .
    E não se pense que esta forte subida no peso das exportações para fora da UE se deu a uma quebra nas exportações para dentro da UE. Não. As exportações para dentro da Europa continuam a subir, embora a um ritmo mais lento. Subiram 9% em Setembro, em termos homólogos. Mas as exportações para fora da UE subiram quase 26%, atingindo o maior valor de sempre e ao ritmo mais alto deste ano. Setembro foi o melhor mês do ano, no ritmo das exportações para fora da UE, apesar do euro continuar alto contra o dólar e bastantes moedas terem-se desvalorizado contra o euro.
    .
    .
    É a única saída da crise. Exportar melhor e mais, para novos mercados e diversificar para baixar o risco das nossas exportações.

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  18. anti-comuna permalink
    9 Novembro, 2011 13:48

    Peço desculpa, mas o mês é o de Setembro e não de Agosto, embora o raciocínio (e as contas) estejam correctas. Em Setembro, as exportações tiveram o melhor resultado ao ano a nível de crescimento e Portugal exportou o valor mais alto de sempre.
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    Mil desculpas pelos erros cometidos.

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  19. tric permalink
    9 Novembro, 2011 14:11

    folga orçamental europeia…

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  20. tric permalink
    9 Novembro, 2011 14:21

    A troika ( FMI ) só pode estar em Portugal para negociar a saida “harmoniosa” de Portugal do Euro !!!!

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  21. anti-comuna permalink
    9 Novembro, 2011 14:29

    Através do blogue do CCZ ( http://balancedscorecard.blogspot.com/ ), cheguei a interessante artigo:
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    “How Germany Became the China of Europe”
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    in http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,2055176-1,00.html
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    Destaco isto no artigo:
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    “Stihl defines how Germany resurrected its economy — and how the U.S. might too. The small, often family-owned enterprises that make up the backbone of German manufacturing have historically specialized in the unsexy side of the industrial spectrum: not smart phones or iPads but machinery and other heavy equipment, metal bashing infused with sound technology and disciplined engineering. But in recent years, German firms, aided by farsighted government reforms, have turned that into an art form, forging the most competitive industrial sector of any advanced economy. The proof is a boom in exports, which jumped 18.5% in 2010, that is the envy of the developed world.”
    .
    “. German exports to China surged 45% in the first 10 months of 2010. In fact, Germany is the only major industrialized country other than Japan in which exports are playing a significantly larger role in the economy — 41% of GDP in 2009, from 33% in 2000. German industry may provide an answer to one of the thorniest economic issues facing the developed world: how to maintain manufacturing competitiveness against low-cost emerging economies. Germany “is a road map for the U.S. and other countries,” says Bernd Venohr, a Munich-based business consultant.”
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    Mas leiam o artigo que vale a pena. Mesmo as criticas ao modelo alemão. Sobretudo no que toca às questões salariais, que no artigo dá a entender que a Alemanha conseguiu melhorar a sua economia através dos cortes salariais. Isso não é de doto correcto, embora os salários fossem comprimidos em algumas áreas, a começar na função pública. E os salários reais na Alemanha estão a subir bem:
    .
    http://www.destatis.de/jetspeed/portal/cms/Sites/destatis/Internet/EN/Navigation/Statistics/VerdiensteArbeitskosten/VerdiensteArbeitskosten.psml;jsessionid=4B392C72EAC8CC4FF71F85A40106FF61.internet2
    .
    .
    Um dos segredos da Alemanha não surjem no artigo. (E os alemães falam o menos possível disso, pois quem tem um olho em terra de cegos…) Um dos segredos dos alemães é a forte automação industrial operada nos últimos anos e hoje a Alemanha é o país do mundo com mais linhas de produção robotizadas no seu tecido produtivo. Este é um dos segredos mais bem guardados pelos alemães. A chamada queda nos custos unitários de trabalho não se deu sobretudo a salários mais baixos (que também aconteceu, mas só a dada altura e agora surgem fortes pressões para a subida dos salários, pois a taxa de desemprego é baixa (e na antiga RFA, já é de 3,8%)) mas a uma completa automatização das linhas de produção. Desta forma, a produtividade subiu imenso.
    .
    .
    A Alemanha tem um modelo, mais ou menos assim. Todos os produtos podem ser fabricados na Alemanha, desde que haja tecnologias de automação e robotização industrial para criar unidades produtivas na própria Alemanha. Porquê esta mentalidade? Pelo seguinte. Ter fábricas automatizadas não depende muito do número de operadores das máquinas disponíveis no mercado (repare-se que até a tradicional imigração polaca caiu e hoje quase não existe na Alemanha, que trouxe muitos problemas aos agricultores alemães, a braços com uma crise estrutural), mas de know-how e engenharia capaz de desenhar processos produtivos e os manter. Ou seja, a Alemanha aposta sobretudo na sua capacidade de criar fábricas robotizadas (e veja-se como a Skoda vai automatizar o seu novo aramzém, que será feito pela Efacec) e ter capacidade de manutenção industrial para as manter a operar, sem grandes perdas e custos. Este é um dos segredos da Alemanha, mas que poucos falam disto e eles não gostam muito que seja falado fora dos seus circuitos internos.
    .
    .
    É por isso que eu defendo algo semelhante em Portugal mas dando um peso maior ao aspecto comercial e outras valências necessárias para criar produtos topos de gama. (Ao estilo suiço.) Não apenas defendo uma política industrial semelhante à Alemanha (robotização e capacidade de engenharia capaz de automatizar e cortar custos na fabricação de qualquer produto) como melhorar os produtos em si, criar novos produtos, com as empresas a apostarem em marcas prórpprias, competirem nos segmentos mais altos dos mercados, com bom branding, boa embalagem, boa publicidade, melhores circuitos de distribuição. Ou seja, casar o hardware (que os alemães são excelentes) com o software (marcas, circuitos de distribuição, inovações na gestão, melhor posicionamento dos produtos, mais margens, etc). E os suiços já fazem isso bem nalguns segmentos de mercado, como relógios, medicamentos, etc. Mas Portugal tem muitos mais sectores e tem uma diversidade que poucos países do mundo o têm. E Portugal pode aproveitar esta diversidade e esta capacidade de casar boa gestão de hardware com software. saber produzir bem e com custos mais baixos com vender bem e mais caro, em vários sectores e em vários mercados. Tentar ser líder nalguns mercados mundiais.
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    E há indicios em Portugal de algo semelhante à Alemanha. Basta ver algumas empresas à volta de Aveiro e Coimbra. Há empresas altamente automatizadas na zona de Águeda, o que mostra que esta capacidade de automatizar unidades produtivas existe na área, com fornecedores de know-how bastante bons em automação industrial. Além de que a capacidade de manutenção industrial também é evoluída, como na Alemanha e na Suiça. O ideal é estender a todos os nossos sectores económicos esta capacidade da nossa engenharia, não apenas em fábricas de electrodomésticos, parafusos ou até mesmo mobiliário, mas a todos os sectores económicos e em todo o país.
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    Mas leiam o artigo sobre a Alemanha que vale a pena. E é um bom exemplo para Portugal. De notar que o peso das exportações no PIB alemão, subiu de 33% para 41%, nos últimos anos. Portugal terá que fazer o mesmo.

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  22. anti-comuna permalink
    9 Novembro, 2011 14:50

    Como serão as fábricas industriais do futuro? Dentro de 10 a 20 anos, serão como uma espécie de computador.
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    Um fábrica no futuro terá vários componentes num mainframe, quase tudo robotizado e quase sem operadores fabris. Terá um sistema operativo, que fará a gestão da própria unidade produtiva, que terá uma grande dose de software de gestão operacional. E terá os periféricos. Os custos de operar este tipo de fábricas serão sobretudo engenharia, concepção e programação da fábrica. E custos de manutenção da fábrica e sua capacidade de flexibilizar a produção, com baixos custos em erros, defeitos e mudança nas linhas de produção do produto a fabricar. E, claro está, no custo das tecnologias que tornam estes “computadores” possíveis. E o custo das tecnologias estão a cair, ao passo que os salariais terão tendência a subir. Por fim, o seu financiamento é crucial, e quanto mais baixas as taxas, mais barato fica a produzir o que quer que seja.
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    É claro que todas as actividades empresariais ligadas aos produtos, seja no desenvolvimento, seja na sua venda, continuarão a crescer à volta destas unidades produtivas. Ou seja, em vez de se mandar a fábrica para um país de mão-de-obra barata, ela será localizada onde haja boa engenharia na criação e manutenção destas novas fábricas do futuro, com elevado capital intensivo e menores custos salariais para as operarem. De resto, departamentos de marketing, financeiros, design, blá, blá, blá terão mais tendência a ser mandados para determinados países e as fábricas é que se mantèm em países com custos salariais bem mais altos. Mas até este outsourcing tem elevados riscos e é desejável estarem juntos com as unidades produtivas, com uma elevada gestão da confidencialidade e segurança, á prova de roubos de ideias, sistemas de gestão operacionais, patentes, etc.
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    Portugal terá que casar a excelência no hardware (fabricar bem e em alta escala ou menores séries mas custos controlados e alta qualidade) com o software (melhor gestão, melhor marketing, melhor Inv. & Des., melhor design, melhor gestão financeira, etc). Portugal precisa de criar as condições para manter em solo nacional as novas fábricas do futuro como a gestão dessas fábricas, produtos, mercados, etc.

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  23. 9 Novembro, 2011 15:19

    honni soit qui mal y pense
    Posted 9 Novembro, 2011 at 11:16
    Estou a marimbar-me para o que vc pensa de piscácolis
    e estou-me nas tintas para a filiação partidária dos comentadores.
    As suas presunções diluem-se em água benta.

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  24. afédoshomens permalink
    9 Novembro, 2011 15:21

    Com as sanções internacionais ao Irão, a China tornou-se no principal parceiro comercial do país, com trocas a chegar actualmente aos 30 mil milhões de dólares

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  25. Pi-Erre permalink
    9 Novembro, 2011 15:27

    É pá, o Anti-Comuna bem se farta de exportar, exportar, mas as commodities nunca mais chegam ao destino.
    Esforço inglório, ó Anti-Comuna. É melhor ires pescar taínhas junto aos caneiros da Ribeira.

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  26. tric permalink
    9 Novembro, 2011 15:29

    “Portugal precisa de criar as condições para manter em solo nacional as novas fábricas do futuro como a gestão dessas fábricas, produtos, mercados, etc.”

    o que Portugal necessita é de potencializar ao máximo a dinamica economica interna de produção nacional, nem que para isso se reponham as fronteiras…

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  27. Miguel Lx permalink
    9 Novembro, 2011 15:32

    Sobre folgas estamos conversados, quando o essencial é termos superavites. Mas superavit é palavra que os nossos políticos não conhecem (e incluo PS e PSD).

    Acho que as perspectivas são difíceis, a pressão que aí vem para quebrar a Alemanha será terrível e nesse caso os governos europeus vão voltar à vida do costume, com o nosso Passos C. alegremente a acompanhar.
    O essencial é ajudar a Merkel a resistir 2 anitos.

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  28. Nuno permalink
    9 Novembro, 2011 15:46

    Caro lucklucky,
    Concordo plenamente consigo. Só não persebo no seu cálculo de 9,8%x2 como encontrou os “x2”. Não que me pareça errado por excesso mas sim por defeito. Sem grande base de sustentação, parece-me que será mais do dobro.
    Importa-se de me explicar o apenas “x2”?

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  29. PMP permalink
    9 Novembro, 2011 15:49

    Estratégia Neotonta continua com grande eficácia na Zona Euro com juros Italianos acima dos 7.2% .
    .
    O capitalismo vai ser purificado a bem ou a mal . Os capitalistas pecadores que paguem a crise .
    .
    Neotontismo é o novo comunismo !!!

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  30. Nuno permalink
    9 Novembro, 2011 15:54

    Ah! E o aumento do corte nos funcionários públicos de 14% para 20% também será curto. Não nos esqueçamos das classes do topo e dos que estão “temporários” (que, como sabe, são muitos e, se calhar, num número didícil de determinar).

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  31. anti-comuna permalink
    9 Novembro, 2011 16:02

    Ó PR, vc. deve ter inveja de mim, homem. Não gosta do que eu escrevo, critique, pá. Não critique o homem mas as ideias. Quem tem inveja, faxavor de escrever melhor. Eu não sou invejo e gosto de ler quem faz melhor que eu. Nesse aspecto, meu amigo. Gosto de ver coisas bem feitas, sobretudo por outros.
    .
    .
    Vá lá, PR, critique as ideias, não o homem. A menos que se sinta atraído por mim. Mas olhe que eu sou feio para caramba e só gosto de donzelas. ehehhehe

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  32. anti-comuna permalink
    9 Novembro, 2011 16:04

    Uma empresa tuga a cortar custos nas nossas produções agro-pecuárias? Parece que sim.
    .
    .
    “Dejectos de animais ajudam a poupar na factura de energia
    .
    ISEP transforma lixo orgânico em biogás e electricidade.
    .
    in http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=51699&op=all
    .
    .
    A parte suculenta da noticia:
    .
    “Viabilidade técnico-económica provada
    .
    Para quantificar a poupança de uma exploração agro-pecuária com 80 cabeças de gado bovino, por exemplo, “o investimento tecnológico é amortizado em menos de quatro anos e a factura energética poderá ter um decréscimo de 7819 euros por ano”, acrescentou ainda a investigadora do ISEP.
    .
    O projecto de Bruno Nogueira foi testado numa quinta na área do Grande Porto, em colaboração com a empresa Magnetic Fields e “a sua viabilidade técnico-económica provada”, segundo garantiu Teresa Nogueira. As quintas que recorrerem a esta medida “poderão até armazenar o seu próprio biogás, para usá-lo posteriormente, em períodos de maior necessidade”. No caso da energia eólica, já não seria possível, recordou a docente.”

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  33. anti-comuna permalink
    9 Novembro, 2011 16:09

    Exportação de vinhos verdes a bater recordes:
    .
    http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/vinho-verde-exportacoes-a-caminho-de-novo-recorde
    .
    .
    Esta é dedicada ao PR, o meu admirador secreto. ehehhehe

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  34. tina permalink
    9 Novembro, 2011 16:10

    “Mas ouvindo-o há minutos a explicar onde é que está a folga de 900 milhões no orçamento para 2012, ficamos a perceber que ele não faz a minima ideia de que é que está a falar” – AC Silveira
    .
    ahahaha, era o que se esperava. Não deve perceber patavina de finanças e tudo o que diz dever ser colado com cuspo. Aposto que estudou um curso de humanidades.

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  35. tina permalink
    9 Novembro, 2011 16:16

    Adivinhei!
    “António José Martins Seguro (Penamacor, 11 de Março de 1962) é um assistente universitário e político português. Estudou Organização e Gestão de Empresas, no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, mas acabou por se licenciar em Relações Internacionais, na Universidade Autónoma de Lisboa Luís de Camões.”
    .
    Notável como o seu caminho é semelhante ao de Sócrates. Começou com um curso a sério mas depois mudou para um curso a brincar porque não conseguiu acabar o primeiro. Os socialistas são mesmo burros!…

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  36. anti-comuna permalink
    9 Novembro, 2011 16:18

    Para o PMP:
    .
    http://www.markiteconomics.com/MarkitFiles/Pages/ViewPressRelease.aspx?ID=8738
    .
    .
    Parece que nem com o QE e uma moeda autónoma se safam. Quer explicar isto com as suas teorias? Obrigado antecipadamente pelas suas doutas explicações.
    .
    .
    PM E repare na data da publicação.

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  37. 9 Novembro, 2011 16:25

    Quando é que acertam a hora do relógio dos comentários?

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  38. lucklucky permalink
    9 Novembro, 2011 16:26

    “Caro lucklucky,
    Concordo plenamente consigo. Só não persebo no seu cálculo de 9,8%x2 como encontrou os “x2″. Não que me pareça errado por excesso mas sim por defeito. Sem grande base de sustentação, parece-me que será mais do dobro.
    Importa-se de me explicar o apenas “x2″?”
    .
    A escala que se usa habitualmente para o défice é sobre o PIB. Ou seja o Défice de 2010 é 9,8% do PIB.
    Esta versão beneficia os Políticos porque não demonstra o verdadeiro buraco a cada ano.
    É a alavanca que metem na porta para aumentar gastos.
    A razão de ser duas vezes é porque o Estado Português é sensivelmente 50% ou seja metade do PIB.
    Logo se em vez da escala do PIB usarmos a escala dos gastos do Estado que é cerca de metade do PIB o valor de % do défice duplica em proporção porque a escala passa a ter metade da dimensão.
    E assim descobre-se que o Estado pede emprestado 19,6% do que gasta.
    .
    obviamente isto não incluí o desorçamentado por ex.défice escondido nas empresas publicas etc..Só os números oficiais bonitinhos.

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  39. anti-comuna permalink
    9 Novembro, 2011 16:34

    “E assim descobre-se que o Estado pede emprestado 19,6% do que gasta.”
    .
    .
    Sem falar que a diferença entre os gastos e as receitas, se medidas sobre as receitas, então o susto é maior.
    .
    .
    Está quase a chegar o dia que a malta vai começar a falar em superávites orçamentais. O debate na Alemanha era, se o Estado devia baixar os impostos ou ter antes um superavite e baixar a dívida pública absoluta, que apesar dos bons resultados, continua a subir.

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  40. PMP permalink
    9 Novembro, 2011 16:36

    AC,
    O governo do R.U. é quase tão Neotonto como a Merkel e companhia.
    .
    Aumenta impostos, despede centenas de milhares de funcionários públicos, e depois admira-se que a economia entra em quase recessão. E com a Europa em quase recessão as exportações caem, qual é a dúvida ?
    .
    O Neotontismo é uma crença sem lógica porque não pode existir crescimento económico quando a austeridade é generalizada.

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  41. anti-comuna permalink
    9 Novembro, 2011 16:46

    “E com a Europa em quase recessão as exportações caem, qual é a dúvida ?”
    .
    .
    Mas eles dependem menos da Europa do que Vc. pensa. E a libra é autonóma. E têm o QE a segurar a procura interna. E as despesas do Estado estão a subir no RU. Olhe verifique os dados.
    .
    .
    Ou o Estado vai ter que puxar pela economia ad aeternum sem estoirar ou levar os pobres à ruína? Vc. diz que os demais são anti-capitalistas, mas Vc. está a defender o comunismo. Não é assim? Vá lá, concentre-se nos factos.
    .
    .
    Não era suposto a economia britânica estar mais forte que as europeias, já que têm os tais instrumentos que não existe na zona euro?

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  42. lucklucky permalink
    9 Novembro, 2011 16:54

    “Sem falar que a diferença entre os gastos e as receitas, se medidas sobre as receitas, então o susto é maior.”
    .
    Sim se a escala for sobre as receitas então a % ainda é pior. Mas aí já não se pode dizer pede emprestado 19,6% do que gasta. Passa a ser do que cobra.
    .
    PMP está tão fixo no crescimento que ainda não percebeu que o crescimento não mede tudo.
    PMP se você corre não tem de descansar?
    Quando corre só deve medir a velocidade a que vai ou também deve medir a energia que está a gastar se a corrida é suposto ser interminável?
    .
    É que claro que temos de ter recessão, não produzimos para a quantidade de dinheiro que existe. Em 5 anos de gastos do Estado 1 ano dos 5 é pago pelos mercados que nos emprestaram dinheiro. Ou se quiser anualmente: 2 meses e 12 dias do ano o Estado funciona – só pode pagar ordenados a FP’s, pensões, gastos etc… devido aos empréstimos.

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  43. anti-comuna permalink
    9 Novembro, 2011 16:56

    “Mas aí já não se pode dizer pede emprestado 19,6% do que gasta. Passa a ser do que cobra.”
    .
    .
    Claro. Mas o problema é que o que podemos controlar é a despesa, não as receitas e a tónica deveria ser dada sobre as tais receitas, a variável mais perigosa e não controlável.

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  44. anti-comuna permalink
    9 Novembro, 2011 17:03

    Para o PMP meditar:
    .
    .
    Em Portugal, dentro do euro, as exportações para fora da UE em Setembro subiram 26%. As exportações inglesas apenas 3,6%. O RU exporta bastante para os USA (um dos seus principais parceiros comerciais) e estes estão a tentar segurar a procura interna. E no entanto, o RU está a dar o berro, contrariando todas as suas teorias. A inflação está a arruinar a economia inglesa e não a salvar, como Vc. pensa e anda a pregar aos quatro ventos.
    .
    .
    Quer explicar porquê que estes factos desmentem as suas teorias? Obrigado e antecipadamente.

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  45. 9 Novembro, 2011 17:04

    Há opinadores muito paranóicos A verdade está sempre na frente dos seus olhos miopodes. Portugal é dos pobres e dos ricos. Tornar os pobres mais pobres é crime de lesa-pátria.

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  46. PMP permalink
    9 Novembro, 2011 17:07

    AC,
    O RU tem em curso um programa de austeridade , com despedimentos de centenas de milhares de funcionários e aumento de impostos, ao mesmo tempo que o resto da europa está a fazer o mesmo !!!!.
    Logo diminuição da procura interna, até porque as expectactivas são muito baixas e o desemprego está ao nivel mais alto dos ultimos anos.
    .
    Em simultâneo com as exportações a baixar só pode dar asneira, mas como tem moeda própria os juros mantêm-se estáveis e baixos, logo a recessão deve ser pequena.
    .
    Além disso o Neotontismo do governo do RU é menos fanático que o Germânico, pelo que não vai tardar muito para que o programa de austeridade vá parar ao caixote do lixo.
    .
    LL, com a tecnologia actual a economia pode estar sempre a crescer , desde que existam fontes de energia , nisso tem razão, mas para já ainda há.

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  47. anti-comuna permalink
    9 Novembro, 2011 17:16

    “O RU tem em curso um programa de austeridade , com despedimentos de centenas de milhares de funcionários e aumento de impostos, ao mesmo tempo que o resto da europa está a fazer o mesmo !!!!.
    Logo diminuição da procura interna, até porque as expectactivas são muito baixas e o desemprego está ao nivel mais alto dos ultimos anos.”
    .
    .
    A propaganda governamental deles não me interessa. Os gastos do Estado em Inglaterra estão a subir, não a cair, logo os efeitos recessivos só o são através das expectativas.
    .
    .
    “Em simultâneo com as exportações a baixar só pode dar asneira, mas como tem moeda própria os juros mantêm-se estáveis e baixos, logo a recessão deve ser pequena.”
    .
    .
    Deve? Então espero pelo estoiro deles.
    .
    .
    “Além disso o Neotontismo do governo do RU é menos fanático que o Germânico, pelo que não vai tardar muito para que o programa de austeridade vá parar ao caixote do lixo.”
    .
    .
    Já foi para o lixo, com o anúncio de novos programas governamentais para combater a recessão. Vc. está completamente desactualizado.
    .
    .
    Deixe-me lhe fazer esta pergunta. Se os salários estão estagnados e a inflação a subir bastante, como pode o tecido produtivo vender mais em termos de volume no mercado interno? Já meditou neste problema do caraças?
    .
    .
    Agora medite nestes números portugueses:
    .
    “Em setembro de 2011, o índice de novas encomendas recebidas pelas empresas industriais apresentou uma variação homóloga1 de 10,9% (16,0% no mês anterior). Este comportamento foi determinado por desacelerações ocorridas em ambos os mercados, nacional e externo, com maior intensidade no mercado nacional, que passaram de uma taxa de variação de 13,2% em agosto para 6,5% em setembro. As novas encomendas da indústria com origem no mercado externo registaram um aumento homólogo de 15,0% em setembro (18,3% no mês precedente).”
    .
    in http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=106161364&DESTAQUESmodo=2
    .
    .
    E tome nota deste indicador:
    .
    “As novas encomendas da indústria com origem no mercado externo registaram um aumento homólogo de 15,0% em setembro (18,3% no mês precedente).””
    .
    .
    E estamos a falar de encomendas sob um ambiente recessivo, em especial na Europa.
    .
    .
    Medite nos factos e veja como as suas teorias não se encaixam nos factos.

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  48. PMP permalink
    9 Novembro, 2011 17:17

    AC,
    Se a sua pergunta é porque não exporta mais o RU, eu diria porque não precisa , pois o mercado continua a comprar libras a valor relativamente elevado.
    .
    Se a pergunta é o que eu faria se fosse governo do RU : baixava os impostos sobre as empresas de bens transacionaveis (IRC e TSU ) para 1/3 do que são agora e ameaçava que nacionalizava as produtoras/distribuidoras de electricidade e de gas, caso estas não reduzissem os preços, já que estã a esmifrar o consumidor porque são monopólios privados.

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  49. Pi-Erre permalink
    9 Novembro, 2011 17:21

    “Gosto de ver coisas bem feitas, sobretudo por outros.”
    .
    Ah!… eu logo vi! O trabalho é bom p’rós outros…
    Vai mas é trabalhar, malandro!.. Faz como eu faço. Por isso não tenho tempo para vir aqui estender lençóis. Eheheheh

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  50. anti-comuna permalink
    9 Novembro, 2011 17:28

    “Se a sua pergunta é porque não exporta mais o RU, eu diria porque não precisa , pois o mercado continua a comprar libras a valor relativamente elevado.”
    .
    .
    O RU não precisa de exportar? Então porque desvalorizam a libra? E se o mercado compra libras, porquê que o BoE está a imprimir libras para comprar dívida?
    .
    .
    “Se a pergunta é o que eu faria se fosse governo do RU : baixava os impostos sobre as empresas de bens transacionaveis (IRC e TSU ) para 1/3 do que são agora e ameaçava que nacionalizava as produtoras/distribuidoras de electricidade e de gas, caso estas não reduzissem os preços, já que estã a esmifrar o consumidor porque são monopólios privados.”
    .
    .
    Pois. E os comunistas são os outros.
    .
    .
    PR, eu não preciso do seu dinheiro ou do Estado para viver. O que eu faço ou deixo de fazer, só a mim diz respeito. Se tem inveja, arranje modo de vida semelhante. eheheheheh

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  51. anti-comuna permalink
    9 Novembro, 2011 17:30

    PMP, é capaz de responder a isto?
    .
    “Deixe-me lhe fazer esta pergunta. Se os salários estão estagnados e a inflação a subir bastante, como pode o tecido produtivo vender mais em termos de volume no mercado interno? Já meditou neste problema do caraças?”
    .
    .
    Se o quiser, agradeço antecipadamente.

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  52. honni soit qui mal y pense permalink
    9 Novembro, 2011 17:32

    caro piscácoli
    não fique assim que lhe cai o capacete da cabeça …
    folgue bem … mas faça isso seguro … nos tempos que correm o seguro morreu de velho

    agua benta para si também …

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  53. PMP permalink
    9 Novembro, 2011 17:40

    AC,
    O Neotontismo (Neoliberalismo tonto) é semelhante ao Comunismo, porque é uma crença ilógica que empobrece a sociedade e que dá espaço aos Estatistas para que sejam maioritários, como o são.
    .
    A nacionalização de monopólios privados é simplesmente um acto de boa gestão, quando esses monopólios espremem os cidadãos á custa de leis e regulamentos que os protegem, os tais rentistas parasitas da capital.
    .
    O valor da libra é fixado livremente (LIBERALMENTE) pelo mercado de cãmbios todos os minutos. A libra desvalorisou em 2007/2008 porque o mercado assim o determinou, talvez por reconhecer que a subida de 2001 a 2007 era extravagante e irracional.
    .
    Tal como já discutimos há uns meses o QE não tem efeitos práticos , é um placebo, mas o mercado fica assim a saber sem margem para duvidas que os juros vão se manter baixos durante muito tempo e isso dá tranquilidade.
    .
    Repare que nos EUA o QE acabou e os juros ainda baixaram mais, especialemente nos dias seguintes aos Neotontos do S&P terem feito o downgrade dos EUA (achavam que os EUA iam ficar sem dólares !!!!! tontos !!!!
    .
    Esse momento é histórico para o descredito no mercado das crenças NEOTONTAS. Foi de rir á gargalhadas durante uns dias quando o dolar subiu e os juros desceram, exactamente o opostos às crenças NEOTONTAS.

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  54. PMP permalink
    9 Novembro, 2011 17:44

    “Deixe-me lhe fazer esta pergunta. Se os salários estão estagnados e a inflação a subir bastante, como pode o tecido produtivo vender mais em termos de volume no mercado interno? Já meditou neste problema do caraças?”
    .
    Aumentando a concorrência e a produção nos produtos onde a inflação é mais alta, e baixando os impostos nesses produtos.
    Existe sempre uma gama de produtos que dá inicio ao processo inflacionista.

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  55. Portela Menos 1 permalink
    9 Novembro, 2011 17:50

    tina, Posted 9 Novembro, 2011 at 12:19
    .
    fico sempre esmagado com a sua narrativa de veludo.

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  56. anti-comuna permalink
    9 Novembro, 2011 17:54

    Caro PMP, Vc. caiu numa esparrela daquelas de bradar aos céus. E caiu por dois motivos. O primeiro é que não estuda o passado histórico de vários países a começar por Portugal, no tocante aos problemas derivados da inflação e do possível gatilho da hiperinflação. O segundo, é que além de não estudar o passado, acreditam em modelos que o próprio autor original mandava desconsiderar. Modelos são modelos e pouco mais que isso.
    .
    .
    Vc. caiu na esparrela vendida pelos keynesianos que a hiperinflação é um fenómeno pouco comum e aconteceu em alguns sitios porque a produção caiu ao passo que a massa monetária subiu bastante. E apontam o caso alemão, da República de Weimar como exemplo. Quando alguém lhes manda pensar no caso do Zimbabwe inventam que foi apenas a mudança de proprietários de grande parte das grandes fazendas agrícolas. Mas fecham os olhos a casos como o do Brasil, no Báltico, etc.
    .
    .
    Esta pergunta é importante para perceber a coisa da hiperinflação
    .
    .
    “Se os salários estão estagnados e a inflação a subir bastante, como pode o tecido produtivo vender mais em termos de volume no mercado interno?”
    .
    .
    Quem não tem em conta a vida real das empresas e familias fecha os olhos a este problema. É que em teoria, se houver procura devido ao aumento da massa monetária, haverá oferta. Mas haverá mesmo? Por outro lado, as empresas podem perder dinheiro mesmo vendendo mais caro, o que as leva à falência e desaparecimento do tecido produtivo. Um empresário só vende e produz se o que vende e produz dá dinheiro. Ou seja, se os preços de venda têm margem suficiente para acompanhar a subia dos custos. Mas em processos inflacionários, grande parte das empresas não consegue acompanhar o aumento dos custos e fecham as portas, mesmo que pudessem vender mais caro. Não é o preço de venda que conta mas as margens e a rentabilidade. Ninguém continuará a produzir quando os custos sobem muito mais que os preços de venda. Quando as empresas não conseguem acompanhar nos preços de venda os choques de preços nos custos, simplesmente deixam de produzir e fecham as portas. E quanto mais fecham as portas, mais alimenta o processo inflacionista, pela queda da oferta.
    .
    .
    A Inglaterra está neste ponto desagradável. Apesar de ser uma economia aberta, muitas empresas estão a sentir a pressão dos custos (nos ganhos inflacionistas, há uma assimetria entre vencedores e perdedores enorme) e não conseguem manter margens que lhes compense manterem-se no mercado. O que leva a que não invistam e até vão baixando os custos salariais, com despedimentos, para tentarem sobreviver. Mas como a própria pressão salarial é enorme, além de haver uma queda no volume vendido (logo menos produção), os custos das matérias-primas, por exemplo, não param de subir. A libra em quebra (ou a subida dos preços das mercadorias devido à exportação de inflação que acaba por retornar indirectamente) pressiona ainda mais a quebra da procura interna através da importação com custos bastante mais altos.
    .
    .
    A Inglaterra está a sofrer os efeitos de uma inflação que sobe bastante sem corresponde aumento de produção. E à medida que o processo vai decorrendo, a pressão da produção é de queda, e os custos de subida, desemprego em alta e a massa monetária cada vez mais necessária para tentar segurar as pressões sobre as receitas estatais. Ou seja, está no processo inflacionário de difícil controlo: queda no volume produzido, queda das receitas fiscais, aumento das despesas estatais, mais défices e mais massa monetária no sistema. O ponto de não retorno pode estar para breve. No dia em que os mercados descobrirem que a inflação está sem controlo, o produto em queda e o governo com défices cada vez maiores, e começarem a vender a dívida e a libra… Pode dar inicio a um processo de hiperinflação.
    .
    .
    Os neotontos na Alemanha não foram formados nas escolas anglo-saxónicas, está a ver a coisa?

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  57. anti-comuna permalink
    9 Novembro, 2011 18:03

    “Aumentando a concorrência e a produção nos produtos onde a inflação é mais alta, e baixando os impostos nesses produtos.”
    .
    .
    Mas se não der lucro e as vendas em volume em queda, acha que o investimento vai aumentar nesses sectores ou subir? Se os custos sobem mais que os preços de venda e os volumes caem, como podem sobreviver a este choque inflacionista?
    .
    .
    Quanto à libra, tem razão até determinado ponto. Ela é negociada nos mercados, mas fortemente manipulada pelo BoE, que sabendo a pressão sobre a dívida inglesa, compra-a para baixar as taxas de juro. Mas como o excesso de libras é grande, ela anda a vadiar pelo mercado interno e a ser vendida cada vez mais barata em relação ao exterior. Como lhe disse. No dia em que o mercado descobrir que a economia inglesa está sob o precipicio e sobre um eventual processo hiperinflacionista, pode fugir da libra e dos activos em libras como o diabo da cruz, aumentando ainda mais o processo inflacionista. Basta o mercado ter medo. (Algo semelhante aconteceu na Europa no dia em que a Alemanha se recusou a assumir a dívidas alheias no euro e desatou tudo a vender o que poderia causar prejuízos graves e hoje continua.) Note que estas coisas tanto pode acontecer lentamente e acelerando, como pode um evento qualquer servir de detonador de todo o processo.
    .
    .
    A Inglaterra está sob o precipício e, como diz o outro, basta um empurrãozinho.

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  58. 9sfora permalink
    9 Novembro, 2011 18:06

    Não sabem onde estão as folgas ? Estão nestas autoestradas paralelas construídas pelos rataria do PS. A folga entre carros é uma coisa fantástica nestas vias das Mota Engil e companhia. O contribuinte que pague o regabofe que enche os bolsos a meia duzia:
    http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=852908&page=17

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  59. 9sfora permalink
    9 Novembro, 2011 18:08

    Comentário anterior não aparece, que saudades dos velhos tempos do Blasfémias. Nova tentativa.
    ————-
    Não sabem onde estão as folgas ? Estão nestas autoestradas paralelas construídas pelos rataria do PS. A folga entre carros é uma coisa fantástica nestas vias das Mota Engil e companhia. O contribuinte que pague o regabofe que enche os bolsos a meia duzia:
    http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=852908&page=17

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  60. PMP permalink
    9 Novembro, 2011 18:22

    AC,
    Que grande confusão de texto. Eu só tenho jeito para frases curtas e lógicas. Sobre a inflação :
    .
    1 – Baixar impostos nas empresas de bens transacionáveis é fundamental para aumentar a sua competitividade (IRC e TSU) e diminuir a inflação . No limite deviam ser abolidos esses impostos , pelo que existe ainda muito espaço para a sua redução no RU.
    Mesmo no RU , a malta não leu o livrinho com atenção e em 1945 começaram logo a estragar a teoria com o aumento de impostos. A mania estupida anti-capitalista mantêm-se (impostos sobre as empresas !)
    .
    2 – Se ainda assim a inflação continuar a subir a cima dos 5% por ex. (os 2% do BCE / Neotontos é uma invenção sem qualquer base cientifica) , o que só acontece a médio prazo se os salários acompanharem a subida, baixar o IVA sobre os produtos que mais pesam na inflação.
    .
    3 – Manter os salários do sector público congelados ou a subir abaixo da inflação, incentivando a malta a ir trabalhar para o privado e a criar empresas.
    .
    4 – Manter o defict publico nos 3 a 4% que é mais ou menos o valor do aumento da produtividade, mais o aumento da popupança (regra da U.E. menos neotonta que o normal).
    .
    5 – Acabar com xulices de monopólios privados. Se é monopólio então deve ser estatal.

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  61. anti-comuna permalink
    9 Novembro, 2011 18:31

    “Que grande confusão de texto. ”
    .
    .
    Peço desculpa, porque escrevo à pressão.
    .
    .
    Em frases simples: não são os preços per si que geram a oferta mas a rentabilidade e margens dos produtos e serviços.
    .
    Não são apenas os custos fiscais que contam, mas todos juntos, muitos deles sem controlo. Como matérias-primas e matar as empresas. Matando as empresas, oferta mais baixa, apesar de preços mais altos.
    .
    Num processo inflacionista, os salários nunca acompanham os aumentos de preços, logo menos volume vendido. (Tenha em atenção o que eu pretendo dizer com volume vendido.)
    .
    .
    Mais desemprego e mais falências, menores receitas fiscais e mais despesa pública. Logo maiores os défices.
    .
    .
    Quanto maiores os défices estatais, mais o banco central tem que comprar libras através de crédito, libertando libras aos vendedores. Quanto mais libras no mercado, maior pressões sobre os preços, que se auto-alimentam com queda na libra e queda no volume produzido, derivado das falências.
    .
    .
    Ou seja, o processo hiperinflacionista chega a dada altura e torna-se imparável.
    .
    .
    Se tiver dúvidas, pergunte. Os textos podem ser confusos mas a mecànica é relativamente simples de entender.
    .
    .
    ATENÇÃO! Agora o mais importante: ponha os olhos à libra nas últimas horas. Está a ver a coisa em andamento ou quer que lhe explique tudo com frases simples?

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  62. Nuno permalink
    9 Novembro, 2011 18:37

    “Caro lucklucky,
    Li agora a sua resposta.
    Como deve calcular, eu conheço essas manobras, especiaçmente as socialistas. É exactamente por isso que creio que o seu cálculo de 9,8%x2 peca por defeito – a coisa deve rondar o triplo – e também que «os 14% com que os Funcionários Publicos foram cortados não chega. São só 14%. Não 20%.», como antevê, são curtos pois não nos devemos esquecer das classes do topo e dos que estão “temporários” (que, como sabe, são muitos e, se calhar, num número didícil de determinar). Uns 3o% por puro palpite?

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  63. Zebedeu Flautista permalink
    9 Novembro, 2011 18:54

    Eu quero ver é que como é que se vai descalçar a bota da divida italiana sem o BCE comprar divida.
    .
    Atingiu-se o ponto de não retorno. É pena ter de ser assim mas não vejo outra saída. Não há austeridade per si ou ajudas dos países excedentários que consigam por o dedo no dique já.Altere-se o Tratado de Lisboa e rápido! Estavam a espera de que com um Tratado assinado nesse farol de “rigor e transparência” que é a nossa Capital. Só podia vir a dar merda.
    .
    http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GBTPGR10:IND

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  64. PMP permalink
    9 Novembro, 2011 18:59

    AC,
    1 – A libra está a descer metade do que desce o euro contra o dolar, não entendi a sua duvida.
    Ou seja o mercado está a perceber que a libra não tem os riscos que o euro tem por ser uma pseudo-moeda unica sem divida unica (nunca existiu tal coisa só mesmo os NEOTONTOS poderiam inventar uma coisa destas )
    2 – Se as materias primas importadas aumentem de preço por a libra desvalorizar, o preço em moeda externa baixa por efeito da mesma desvalorização. Como o custo das materias primas é inferior (muito) ao preço de venda o efeito é beneficio para os exportadores.
    No mercado interno há uma redução de consumo de produtos importados , o que é normal.
    3 – Numa moeda-fiat quem fornece os fundos para a compra da divida ao estado é o estado, e o banco central compra titulos para manter uma taxa de juro de curto prazo predeterminada.
    Logo nunca existe a possibilidade de incumprimento, nem de impostos altos.
    Os impostos altos são uma reliquia do padrão ouro (e dos Estatistas) , assim como o é o mecanismo de emissão de divida de medio e longo prazo, que só serve para alimentar especuladores.
    4 – Como se mantêm uma economia perto do seu potencial máximo :
    a) balança corrente neutra
    b) salários do sector publico abaixo do privado
    c) deficit publico ajustado ao aumento da produtividade e do aumento da poupança, para que a procura interna seja sempre crescente
    d) Impostos baixos ou nulos sobre as empresas
    e) restrições ao credito á especulação e juros baixos ao credito á produção
    f) elevada escolarização, saude e pensões publicas razoáveis, nem altas nem baixas

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  65. PMP permalink
    9 Novembro, 2011 19:21

    NEOTONTISMO ao contrário, no reino dos neotontos :

    Governo alemão vai comprar uma participação da EADS
    09 Novembro 2011 | 18:09
    Hugo Paula – hugopaula@negocios.pt
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    O Ministério alemão da Economia vai comprar uma participação de 7,5% no grupo que é dono da Airbus e líder na indústria europeia de defesa.

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  66. Arlindo da Costa permalink
    9 Novembro, 2011 19:24

    Folga sim senhor, para a mesma canalha que nos tosquia e rouba, como acabou de dizer o Dr. Alberto João Jardim!

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  67. anti-comuna permalink
    9 Novembro, 2011 19:45

    “1 – A libra está a descer metade do que desce o euro contra o dolar, não entendi a sua duvida.
    Ou seja o mercado está a perceber que a libra não tem os riscos que o euro tem por ser uma pseudo-moeda unica sem divida unica (nunca existiu tal coisa só mesmo os NEOTONTOS poderiam inventar uma coisa destas )”
    .
    .
    Porquê que a libra está a cair bastante contra o dólar? Já pensou nisso? E nas consequências que vai ter sobre o défice comercial, orçamental e sobre os preços internos?
    .
    .
    Se o euro cair contra o dólar, desde que o BCE continue a esterilizar a compra da dívida no mercado secundário, os efeitos inflacionistas são controláveis.
    .
    .
    ” Como o custo das materias primas é inferior (muito) ao preço de venda o efeito é beneficio para os exportadores.”
    .
    .
    Então porquê que as exportações deles só subiram 3,6%? E os efeitos colaterais das pressões inflacionistas que impedem os exportadores de manterem a produção?
    .
    .
    “Logo nunca existe a possibilidade de incumprimento, nem de impostos altos.”
    .
    .
    Mas vem a hiperinflação, as falências e o alto desemprego. Só Vc. é que anda a dormir. Claro que o incumprimento é mais difícil mas e se os países deixam de aceitar libras? Sabe o que aconteceu no passado, quando uma moeda de um país não era aceite para pagar dívidas?
    .
    .
    O resto do texto é paleio. deixe-se lá de viver num mundo virtual.
    .
    .
    Olhe a mecânica do processo actual inglês. Mais inflação, mais desemprego, quebras de poder de compra, menos volume vendido (acho que Vc. ainda não percebeu bem este ponto, porque vive num mundo do faz-de-conta dos modelos keynesianos, mas enfim), mais despesa pública, menos receitas fiscais (pelo menos que acompanhem o aumento dos custos), mais défice, mais dívida, mais QE, mais libras, mais massa monetária, mais inflação…
    .
    .
    Está a ver a coisa? Já lhe disse a si isto: não são os preços de venda que aumentam a oferta mas a rentabilidade e as margens. Mas num processo inflacionista, devido à assimetria dos ganhos (isto é, há sectores e empresas que ganham bastante e muitas outras que vão à falência) e à assimetria na capacidade de passar os custos aos consumidores, até as exportações são afectadas. Essa sua mania (e de mais uns toinos que se esquecem das chamadas especializações internacionais) que uma moeda fraca é sinónimo de mais e melhores exportações falha redondamente. Mas enfim, é o que faz viver de modelos e não da atenção prestada à realidade económica, aos factos e à capacidade de entender o que realmente está a acontecer ao tecido produtivo.
    .
    .
    Medite nisto: Exportações do RU em Setembro para fora da UE: 3,6% de aumento. Exportações portuguesas, 26%. Medite nos factos e não nas teorias que lhe ensinaram. Volto a repetir isto: num processo inflacionista e com quedas de moeda, os custos são de tal ordem que os ganhos nas exportações podem ser bastante afectados e/ou até nulos. Vai depender de cada país e da sua especialização internacional.

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  68. PMP permalink
    9 Novembro, 2011 20:16

    AC,
    A libra desceu menos que o euro contra o dolar nos ultimos dias , logo há mais confiança na libra. o que demonstra que o QE é um placebo, apenas é um troca de titulos que pagam juros por outros (moeda) que não pagam. Na verdade até terá efeitos opostos ao pretendido porque retira rendimento (juros) ao sector privado, diminuindo o consumo futuro.
    .
    Você mistura questões empresariais com questões macro-económicas à boa maneira Neotonta, o que é ilógico, porque ao nivel macroeconomico o gasto de uns é o rendimento dos outros e numa economia monetária todas as transações registadas são feitas em moeda e não por troca directa. Estas duas condições implicam que a macroeconomia tem mecanismos diferentes das empresas, também porque os cidadãos nunca gastam todo o dinheiro que recebem, o que vai retirando dinheiro á economia se não existir deficit publico que compense.
    .
    O RU tem uma moeda-fiat própria com cãmbios variáveis. Isto é um facto e por isso o Estado não tem limitações monetárias, por definição. A emissão de divida é apenas um mecanismo de manter os juros num determinado patamar, a é uma forma de premiar a poupança, só que poupança a mais provoca desemprego.
    .
    A escolha de impostos altos nas empresas é uma escolha politica, e é um factor de aumento dos preços. É um resquicio do padrão-ouro e dos estatistas/marxistas que são contra os empresários. Nunca entendi porque é que os governos que se dizem de direita não baixam os impostos sobre as empresas.
    .
    Todos os países são diferentes, por isso é normal que o RU tenha rendimentos maiores ou menores que outros países. Não vejo qual o problema disso. E o desemprego no RU está na média da UE.
    Mas não vejo nenhuma crise á vista pois a libra está estável desde 2008 e os juros estão muito baixos, mesmo os de longo prazo que são dependentes do mercado.
    Claro que um governo pode fazer tantas asneiras e provocar uma recessão tão forte quanto o quiser.
    .
    A inflação alta no RU tem a ver com o aumento do IVA em 2008 e 2011 e alguma desvalorização, e muito também do aumentos do preço do gas e da electricidade . É o preço a pagar por ser um povo menos “austero” que a Alemanha, mas cada povo é como é.

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  69. Portela Menos 1 permalink
    9 Novembro, 2011 20:18

    eu voto em helenafmatos para substituir os demissionários:
    http://www.publico.pt/Media/tres-demissoes-no-grupo-de-trabalho-do-servico-publico-da-rtp-1520225

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  70. anti-comuna permalink
    9 Novembro, 2011 20:36

    “Você mistura questões empresariais com questões macro-económicas à boa maneira Neotonta” ehehheh
    .
    .
    A sério. Vc. pensa que macroeconomia é o quê? Uma coisa construída à boa moda soviética? A sério, é dificil debater consigo assim. Vc. acha que os sistemas económicos podem ser moldados pelos políticos. À boa moda comunista, quando os sistemas económicos são relações entre milhões de agentes económicos. A sério, Vc. acredita mesmo num Grande Planeador? ehehheh
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    .
    Tome lá para aprender alguma coisa sobre o passado:
    .

    Click to access Jens%20Parsson%20-%20Dying%20Of%20Money.pdf

    .

    Click to access When%20Money%20Dies.pdf

    .
    .
    Eu às vezes penso que Vc. contradiz-se a toda a hora por não saber muito bem o que defende, o alcance do que defende e a completa incapacidade de compreender a realidade:
    .
    “Mas não vejo nenhuma crise á vista pois a libra está estável desde 2008 e os juros estão muito baixos, mesmo os de longo prazo que são dependentes do mercado.”
    .
    .
    Então o que é o QE? Bolas, meu amigo. Nos dias pares defende o QE para baixar as taxas de juro, nos impares diz que é o mercado que os define. Ó meu amigo, então o crédito no RU não está esfrangalhado para as PMEs? Vc. ainda não percebeu que durante um credit squeeze, os fluxos de capital são assimétricos? Em que uns podem obter empréstimos quase de borla (como a Alemanha por exemplo) e outros nem sequer com taxas de juro altas? (Como a Grécia por exemplo.) E que isso também acontece dentro dos países. Em que actualmente o Estado inglês consegue taxas de juro baixas devido ao QE e outros nem sequer têm credito e até o BoE anda a tentar emprestar dinheiro directamente ás empresas? Vc. não consegue olhar para os factos e só depois os contextualizar?
    .
    .
    Bolas, caro PMP. Vc. anda mesmo a ver um mundo virtual.
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    “A inflação alta no RU tem a ver com o aumento do IVA em 2008 e 2011 e alguma desvalorização, e muito também do aumentos do preço do gas e da electricidade . É o preço a pagar por ser um povo menos “austero” que a Alemanha, mas cada povo é como é.”
    .
    .
    Ah, é por isto, não é? Não tem nada a ver com o QE, pois não? O tal que ainda no outro dia defendeu ser necessário para baixar as taxas de juro e aumentar a inflação, que Vc. dizia (ou deixou de defender?) que era que a Europa precisava.
    .
    .
    Dá-me a impressão que Vc. está completamente perdido no seu labirinto teórico, não analisando a realidade dos factos. Pior, as suas teorias, afinal, dependem da cultura e não de leis científicas, que Vc. as apregoa como se os demais fossem burrinhos em não entender as tais leis económicas. Valha-me deus, caro PMP. Não pode ser. tenha lá paciência. Vc. não pode escolher os factos que se ajustam às suas teorias e esconder os demais que desmentem as suas teorias. Não pode ser. Seja honesto consigo mesmo. Porque, todos nós temos um conjunto de crenças e teorias, mas que devemos mudar quando os factos nos mostram que estamos errados. Eu, olhe, sou bastante fléxivel nesse aspecto. Prefiro mudar de opinião, que a opinião me mudar a mim. 😉
    .
    .
    Vá lá. Leia e medite nalgumas coisas que eu escrevi e pense, se afinal o que Vc. defende não está um bocado, digamos, pela sua ideologia.
    .
    .
    Olhe aqui a coisa:
    .
    “Olhe a mecânica do processo actual inglês. Mais inflação, mais desemprego, quebras de poder de compra, menos volume vendido (acho que Vc. ainda não percebeu bem este ponto, porque vive num mundo do faz-de-conta dos modelos keynesianos, mas enfim), mais despesa pública, menos receitas fiscais (pelo menos que acompanhem o aumento dos custos), mais défice, mais dívida, mais QE, mais libras, mais massa monetária, mais inflação…”
    .
    .
    Está a ver o resultado maravilhoso das suas teorias?

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  71. lucklucky permalink
    9 Novembro, 2011 23:01

    “LL, com a tecnologia actual a economia pode estar sempre a crescer , desde que existam fontes de energia , nisso tem razão, mas para já ainda há.”
    .
    Você não entendeu a comparação…
    A velocidade do atleta é o crescimento da economia.
    A a perda de energia pelo esforço do crescimento na minha comparação é o aumento da dívida e a inflação.
    Qualquer destas se for maior que o crescimento vai destruí-lo.
    A Inglaterra hoje tem 5% de inflação. Para qualquer família inglesa é como se tivessem cortado o ordenado nesse valor.
    Ou seja recessão para as famílias.
    Estão a ficar mais pobres.
    Apesar de nas estatísticas estar um 1 a 2 % de crescimento.
    Nem estou a contar com o crescimento do endividamento.
    .
    Não interessa crescer a qualquer custo .
    Foi o que aconteceu nos últimos 10 anos e nos trouxe ao estado em que estamos.
    A conta para pagar chega sempre.
    Os cortes são menos maus que a inflação porque deixam o essencial. E o essencial é o que tem sentido económico. A inflação por outro lado pune todos por igual.
    Ou seja atrasa o crescimento verdadeiro no futuro.
    .
    “O Ministério alemão da Economia vai comprar uma participação de 7,5% no grupo que é dono da Airbus e líder na indústria europeia de defesa.”

    O que quer dizer ao postar isso aqui?
    A Mercedes quer desinvestir da EADS. É simplesmente isso.

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  72. 9sfora permalink
    10 Novembro, 2011 02:06

    AC: «Um dos segredos da Alemanha não surjem no artigo.»
    ———
    Outro dos segredos da Alemanha também não vem nesse artigo caro AC.
    É que eles graças aos PIGS, a Alemanha está a financiar-se no mercado quase a juro zero, porque os investidores fugiram todos do mercado dos PIGS e foi tudo meter o dinheiro na Alemanha que vai capitalizando a crise dos porcos a seu bel prazer…
    A mesma coisa se passa com a fuga massiva de capitais da Grécia, e com as declarações de ontem sobre o novo euro, essa fuga vai começar já daqui a poucas horas também em Portugal. E para onde acha que vão os depósitos ? Para países como Suíça e Alemanha… Sabe quanto dinheiro já saiu da Grécia ? Mais de 200 mil milhões em depósitos nos últimos anos, só na última semana foram 5 mil milhões.

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  73. PMP permalink
    10 Novembro, 2011 12:14

    AC,
    O QE aumenta a inflação no curto prazo , porque funciona ao nivel das expectativas (placebo) e porque a malta não percebe os mecanismos monetários , a malta continua com a ideia tonta (Neotonta) de que estamos no Padrão Ouro.
    Caso o mercado percebesse que o QUE numa economia de moeda-fiat é apenas uma troca de titulos que pagam juros por titulos que não pagam (moeda) não existiria o tal efeito de curto prazo na inflação. Repare que com o QE juros são retirados do sector privado o que pode reduzir o consumo a médio prazo.
    .
    Sobre o credito no RU às PME’s ser caro e dificil é uma situação que já é falada é 150 anos , pois os bancos preferem credito especulativo e às grandes empresas.
    A situação na Alemanha foi resolvida desde 1850 com a criação de bancos regionais publicos, com uma actividade de crédito muito voltada para as PME’s.
    .
    Sobre a diferença real entre empresas e macro-economia não tem nada a ver com estatismo , tem a ver que o funcionamento de um sistemas muito complexo não pode ser reduzido aos seus componentes. Um sistema orgãncio complexo tem propriedades próprias , por isso a macro-economia tem propriedades especificas, como o paradoxo da poupança, a paradoxo da tecnologia, o paradoxo das taxas de juro, a tendencia pro-ciclica do investimento , a tendencia especulativa , etc.
    .
    No entanto, apesar de muito complexa, uma economia pode ser regulado gradualemente para estar sempre perto do seu potencial máximo através de politicas macroeconomicas que regulam taxas de juro, impostos, investimento publico, educação, saude e segurança social.

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  74. PMP permalink
    10 Novembro, 2011 12:18

    LL,
    Você continua a raciocinar como se estivessem-mos no padrão-ouro, mas não estamos há décadas.
    Num regime de moeda-fiat o crescimento real pode ser sempre positivo, a divida pode ser sempre paga e a taxa de juro é determinada pelo Banco Central.
    As limitações não são monetárias, mas sim reais, como a inflação e a balança comercial / corrente.
    Como uma adequada politica de impostos pode-se premiar a produção local em vez das importações de modo a ter uma balança externa equilibrada em média.

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  75. lucklucky permalink
    12 Novembro, 2011 03:30

    Não tem nada que ver com padrão de ouro.
    Mais moeda para a mesma produção não aumenta a riqueza das pessoas.
    Pagarão sempre esse valor extra. Seja por inflação ou recessão.
    É menos mau ser por recessão. Os ineficientes são punidos em vez de todos o serem.

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