C’orror
Portugal é um país de corrores e de coisas corrorosas. Uma coisa corrorosa é algo que sabemos verdadeiro mas não podemos dizer publicamente pq aí passamos à categoria de corrorosos o que implica que durante dias se diz que afirmámos uma coisa corrorosa. Quando a coisa corrorosa não pode mais ser iludida passa a verdade absoluta e então os mais prosélitos da nova verdade são aqueles que até esse dia gritavam corror com mais entusiasmo. O arrendamento é um exemplo típico desta forma de não fazer nada por medo do corror. Desde meados do século passado que se tornou evidente que a legislação sobre o arrendamento era uma catástrofe. Mas sempre que alguém abria a boca e propunha a liberalização do mercado de arrendamento começava o coro do corror. Não podia ser porque os inquilinos não podiam pagar as rendas, não podia ser porque se tinha de fazer primeiro habitação social, não podia ser porque se tinham de inventar cooperativas de habitação, não podia ser porque nunca tinha sido, não podia ser porque era uma mudança muito radical, não podia ser porque primeiro se tinha de promover uma rede de empresas municipas vocacionadas para o problema da habitação… Entretanto os portugueses amarravam-se a hipotecas para pagar casas. Num país minúsculo ficámos com a mobilidade de um acamado. Mas dizê-lo era corroroso e só uma pessoa deveras corrorosa podia dizer uma coisa dessas. Agora depois de décadas perdidas a lei vai mudar. Podia e devia ter mudado há mais de 50 anos. O Estado Novo não o fez – um desgraçado de um deputado que nos anos 70, na AN defendeu uma ligeira liberalização do mercado de arrendamento teve de explicar e justificar tal o escândalo que causou – e a democracia também não. Vamos mudar agora perante a evidência do desastre e por pressão estrangeira. O coro do corror mudou-se para outros assuntos que esses sim agora são corrorosos. Daqui a décadas outra troika imporá que se mude.
BLASFÉMIAS 
2011 In Review: Four Hard Truths..DAQUI…http://blog-imfdirect.imf.org/2011/12/21/2011-in-review-four-hard-truths/
Posted on December 21, 2011 by iMFdirect
By Olivier Blanchard
(Version in Español)
What a difference a year makes …
We started 2011 in recovery mode, admittedly weak and unbalanced, but nevertheless there was hope. The issues appeared more tractable: how to deal with excessive housing debt in the United States, how to deal with adjustment in countries at the periphery of the Euro area, how to handle volatile capital inflows to emerging economies, and how to improve financial sector regulation.
It was a long agenda, but one that appeared within reach.
Yet, as the year draws to a close, the recovery in many advanced economies is at a standstill, with some investors even exploring the implications of a potential breakup of the euro zone, and the real possibility that conditions may be worse than we saw in 2008.
I draw four main lessons from what has happened.
• First, post the 2008-09 crisis, the world economy is pregnant with multiple equilibria—self-fulfilling outcomes of pessimism or optimism, with major macroeconomic implications.
Multiple equilibria are not new. We have known for a long time about self-fulfilling bank runs; this is why deposit insurance was created. Self-fulfilling attacks against pegged exchange rates are the stuff of textbooks. And we learned early on in the crisis that wholesale funding could have the same effects, and that runs could affect banks and non-banks alike. This is what led central banks to provide liquidity to a much larger set of financial institutions.
What has become clearer this year is that liquidity problems, and associated runs, can also affect governments. Like banks, government liabilities are much more liquid than their assets—largely future tax receipts. If investors believe they are solvent, they can borrow at a riskless rate; if investors start having doubts, and require a higher rate, the high rate may well lead to default. The higher the level of debt, the smaller the distance between solvency and default, and the smaller the distance between the interest rate associated with solvency and the interest rate associated with default. Italy is the current poster child, but we should be under no illusion: in the post-crisis environment of high government debt and worried investors, many governments are exposed. Without adequate liquidity provision to ensure that interest rates remain reasonable, the danger is there.
• Second, incomplete or partial policy measures can make things worse.
We saw how perceptions often got worse after high-level meetings promised a solution, but delivered only half of one. Or when plans announced with fanfare turned out to be insufficient or hit practical obstacles.
The reason, I believe, is that these meetings and plans revealed the limits of policy, typically because of disagreements across countries. Before the fact, investors could not be certain, but put some probability on the ability of players to deliver. The high-profile attempts made it clear that delivery simply could not be fully achieved, at least not then. Clearly, the proverb, “Better to have tried and failed, than not to have tried at all,” does not always apply.
• Third, financial investors are schizophrenic about fiscal consolidation and growth.
They react positively to news of fiscal consolidation, but then react negatively later, when consolidation leads to lower growth—which it often does. Some preliminary estimates that the IMF is working on suggest that it does not take large multipliers for the joint effects of fiscal consolidation and the implied lower growth to lead in the end to an increase, not a decrease, in risk spreads on government bonds. To the extent that governments feel they have to respond to markets, they may be induced to consolidate too fast, even from the narrow point of view of debt sustainability.
I should be clear here. Substantial fiscal consolidation is needed, and debt levels must decrease. But it should be, in the words of Angela Merkel, a marathon rather than a sprint. It will take more than two decades to return to prudent levels of debt. There is a proverb that actually applies here too: “slow and steady wins the race.”
• Fourth, perception molds reality.
Right or wrong, conceptual frames change with events. And once they have changed, there is no going back. For example, nothing much happened in Italy over the summer. But, once Italy was perceived as at risk, this perception did not go away. And perceptions matter: once the “real money’’ investors have left a market, they do not come back overnight.
A further example: not much happened to change the economic situation in the Euro zone in the second half of the year. But once markets and commentators started to mention the possible breakup of Euro, the perception remained and it also will not easily go away. Many financial investors are busy constructing strategies in case it happens.
Put these four factors together, and you can explain why the year ends much worse than it started.
Is all hope lost? No, but putting the recovery back on track will be harder than it was a year ago. It will take credible but realistic fiscal consolidation plans. It will take liquidity provision to avoid multiple equilibria. It will take plans that are not only announced, but implemented. And it will take much more effective collaboration among all involved.
I am hopeful it will happen. The alternative is just too unattractive.
Published on iMFdirect blog.
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“Corroroso” é uma palavra horrível, corrosiva, barulhenta, antiecológica.
Por causa da renda da casa???
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GUIA APARA A EMIGRAÇÃO COM CHANCELA DO NOSSO 1º..
http://zebedeudor.blogspot.com/2011/12/passos-coelho-edita-um-guia-para-os.html
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hoje não deixo comentário …
vai uma música dedicada a todos , e votos de um Natal Feliz , e um Ano de 2012 o melhor possível…
aproveitem ainda o melhor que é ter familia … eu já tive
apreciem …
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É o que dizem, que a lei de arrendamento vai mudar, mas ainda não se viu nada.
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Honni, obrigada, um feliz Natal também para si e …cheer up!
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Bom natal a todos por aqui…
http://www.youtube.com/watch?v=6vnuOVzXvV0&feature=related
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ESTAMOS TODOS À ESPERA DE UM..
http://www.youtube.com/watch?v=JY_L1AzSmhU
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Não era preciso mudar a lei. Bastava que a actual funcionasse e os inquilinos que, nos termos da lei, não pagam rendas durante três meses, fossem efectivamente despejados após o decurso desse prazo. Mais uma vez, vai-se mudar uma lei, neste caso de 2006, para ficar tudo na mesma. Um despejo, em tribunal, nunca dura menos de dois anos. E no fim o inquilino relapso não paga as rendas que ficaram em dívida.
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heavenly
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Uma lei das rendas , feita por juristas portugueses , nunca mudará nada de substancial porque já a mudaram tantas vezes e sempre ficou tudo na mesma . Desta vez , pelo menos por certos rumores que se ouvem , continuarão os inquilinos maus pagadores a poder usufruir das casas durante meses e meses á custa do proprietário .
Se os portugueses quiserem uma lei que funcione têm de chamar juristas alemães ,americanos , ingleses ou até franceses para nos fazer essa lei , ou então , srs juristas portugueses copiem a lei alemã ou americana nesse dominio . Custa muito?!
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Tudo na mesma se vai meter tribunal .
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O assunto não merece, na minha opnião, a ligeireza com que é tratado!
Os dados “pseudo-económicos” e “pseudo-historicos” avançados não são correctos.
Ex.: meados do século passado?
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Bom post Dr. Helena. Nem parece que foi escrito por si! 😉
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http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/actualidade/conversa-gravada
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Escreva um sobre isto para a malta descomprimir.
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O Passos Coelho é um fulano sem moral nem honra. Esteve na nossa tentativa de golpe de Estado em 1989. Com os «velhos» da PIDE. E viu tentarem matar um gajo e não fez puto. E para o protegerem a ele e aos outros é que tiveram que meter «operações especiais». E ele também soube. Tá bem agarradinho pela extrema, pois é…
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«Um despejo, em tribunal, nunca dura menos de dois anos.»
Negativo, se.
Se a questão for resolvida por outro método:
a) Participação à Câmara Municipal, via Junta de Freguesia.
b) Processo da responsabilidade da Autarquia, ouvindo:
b.1) Proprietário e Arrendatário.
b.2) Testemunhas ou vizinhos de ambos.
c) Decisão do Presidente da Autarquia, com recurso à PSP ou GNR.
Solução: três meses.
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A reforma do mercado de arrendamento é mais importante do que a reforma laboral. É um dos grandes constrangimentos da nossa economia. Basta lembrar o que sucedeu com os trabalhadores do montepio do porto que foram transferidos para Lisboa: alegaram dificuldades com a habitação. A inexistência de um mercado de arrendamento activo impede a mobilidade geográfica e a deslocação dos trabalhadores para regiões onde há oferta. Claro que a reforma deve acautelar os casos de pessoas mais frágeis economicamente que podem ficar baixo do nível de subsistência se as rendas aumentarem para níveis incomportáveis para o seu rendimento. Nesses casos, deve ser o Estado a suportar os custos sociais e não os senhorios. Quanto ao resto, liberalize-se. Os senhorios não podem funcionar como instituições de solidariedade social. Devemos dar-lhes incentivos para arrendarem as suas propriedades e lucrarem com elas.
Feliz Natal e bom 2012 para Helena F. Matos. Tive pena de a deixar de ler no Público.
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A Helena esqueceu-se de escrever no post:
—E quem não conseguir pagar a renda que emigre!
Não consegue pagar a renda? Coisorrorosa! Quêmigre!!!
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Nesses casos, deve ser o Estado a suportar os custos sociais e não os senhorios.
O Estado sou eu, e eu não quero ter nada a ver com isso. Cada um que se desunhe, estou farto de dar para peditórios.
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Caro fado alexandrino
Portanto, na sua opinião, a população idosa que tem pensões na ordem dos 200/300 euros e vive em casas alugadas deve ir viver para a rua se não tiver possibilidade de suportar os aumentos das rendas quando forem liberalizadas? É isso?
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Junta-se uns 20 velhinhos na mesma casa e racham a renda 🙂
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Fora de brincadeira até pode haver situações em que pessoas sozinhas tinham a ganhar em dividirem a habitação do ponto de vista humano.
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António Parente Posted 23 Dezembro, 2011 at 00:58 | Permalink
Centenas para não dizer milhares desses velhinhos há dezenas de anos que pagam rendas de cincou ou seis euros e sub-alugam grande parte das casas. Já podiam ter feito um bom pé-de-meia.
Se não conhece nenhum caso destes é um felizardo
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Por acaso, conheci alguns desses casos há muitos anos quando era estudante. São abusos que não deviam ser permitidos e que deveriam ser punidos. Nisso estamos plenamente de acordo (acho eu). Bom Natal
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