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Acabem-se com os altos salários e sairemos da crise…

29 Janeiro, 2012
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Desde há cerca de um ano que circulam pela net e pelas redes sociais listagens deste tipo. Trata-se de uma manipulação grosseira de números, bem ao jeito do BE e quejandos, que afirma serem mensais valores que de facto são ANUAIS. Uma simples consulta aos Relatórios e Contas das empresas, quase todos disponíveis na net, é quanto basta para desmontar esta retinta aldrabice.

Há uma lógica inerente a estas falsidades que se põem a circular: a crise foi causada pelos ricos e por estes assalariados de luxo, portanto eles que a paguem. Ou seja, acabem-se com estes altos salários de administradores, com todas as reformas acima de 5.000 euros, reduza-se o nº de deputados para 180, acabem-se com todas as mordomias do tipo carro, cartão de crédito e ajudas de custo na função pública e teríamos redução na despesa suficiente para cobrir os cerca de 10.000 milhões de défice público. Ninguém faz umas contas, por simples que sejam. É sempre consolador acreditar nisto, pretender que outrém pagará a factura e nós ficaremos isentos.

Umas pequenas continhas com o exemplo acima referido permitirá desmistificar muita coisa. Os 20 “tachistas” que lá constam auferem uma remuneração anual de € 3.706.630,00 (e não os quase 53 milhões, como desonestamente se afirma). Multipliquemos aquele valor por 10 para estimarmos (por excesso) os custos das respectivas empresas com todos os administradores, incluindo encargos sociais. Ora, isto representa apenas 0,37% dos 21,1 mil milhões que terá sido o montante de custos com pessoal em 2010 ao nível de todo o sector público administrativo (ver aqui, quadro “Receitas e despesas das administrações públicas”). Admitindo que existem 750.000 funcionários públicos (alguém sabe o nº exacto?), isto significa que cada um nos custa em média € 28.124,00 por ano, € 2.009,00 por mês, já incluindo encargos sociais e não os míseros € 900,00 referidos na listagem.

Seguindo a lógica do desonesto e anónimo autor daquela análise, os cerca de 37 milhões que se estima custem ANUALMENTE todos os administradores das 20 empresas públicas referidas, daria para pagar, considerando o encargo médio, a 1.318 funcionários públicos e não a 58.688, como grosseiramente se calcula. Está implícito neste juízo que todos os administradores são dispensáveis e as respectivas remunerações deveriam ser desviadas para a criação de mais emprego na função pública pois, como é sabido, os 750.000(?) não chegam para as encomendas. Mas admitamos que os administradores constituem de facto uma trupe de parasitas perfeitamente dispensáveis, que as respectivas empresas funcionariam muitíssimo melhor em auto-gestão e os seus lautos vencimentos deveriam reverter equitativamente a favor do “povo que trabalha”, os 749.850 funcionários públicos, quantidade já deduzida dos 150 administradores das 20 empresas públicas que iriam para a mendicidade (obviamente que sem direito a qualquer subsídio de desemprego). Façamos então mais uma simples continha: divididos irmamente os 37 milhões, caberia a cada funcionário público mais € 49,43 por ano, € 4,12 por mês. Se o objectivo era compensar o corte nos subsídios de férias e de Natal, isto representaria apenas 1,2% da punção média de € 4.018,00 que sofrerá cada funcionário.

Resolver-se-ia a crise? Obviamente que não. O défice ficaria exactamente na mesma, pois não haveria qualquer contracção de custos. Mas o que é confrangedor é a completa iliteracia numérica que pelo país grassa, levando qualquer um a “comprar” estas análises deliberadamente erróneas e que procuram raivosamente individualizar os culpados, tentando tornar grandes os pequenos números. O problema não está nos altos salários de algumas centenas de administradores, nem nas grandes reformas, embora algumas destas sejam de facto indevidas. Ponham-se todos os administradores e os “reformados de luxo” a pão e água e não resolveremos problema nenhum. Os grandes números estão no enorme contingente de funcionários públicos e de reformados, o “partido do Estado” de que fala Medina Carreira. Muitos deles têm salários e reformas de miséria? Sem dúvida, mas representarão mais de 90% do total de beneficiários.

Ou seja, o problema chama-se Estado Social, instituído por decreto e sem economia que o sustentasse. Ele está irreversivelmente condenado, mas todos insistimos pateticamente numa postura de avestruz.  

118 comentários leave one →
  1. esmeralda permalink
    29 Janeiro, 2012 17:58

    Os factos narrados por Daniel Bessa no jornal Negócios, Fim-de-Semana de há 8 dias comprovam bem aquilo que as pessoas, lúcidas, inteligentes e instruídas deveriam VER sem qualquer dificuldade!

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  2. Luis permalink
    29 Janeiro, 2012 18:01

    Muito bom este artigo. Este sim, devia ser enviado por mail a toda a gente, a contrário das falsidades que circulam diariamente na Net. Parabéns…

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  3. esmeralda permalink
    29 Janeiro, 2012 18:20

    Sabe outra coisa que eu estranho?! As multas de trânsito cobradas quase duplicaram em 2011. Os portugueses continuam irresponsáveis e mal-educados nas estradas. Refilam contra os impostos. Mas o dinheiro das multas que lhes sai das carteiras não os incomoda!

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  4. 29 Janeiro, 2012 18:28

    E o que mais há por aí é comunas a dar maus exemplos…
    http://lishbuna.blogspot.com/2012/01/isto-e-so-comunas.html

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  5. 29 Janeiro, 2012 18:30

    Então segundo o autor da posta, o problema daqueles altos salários é o estado social.
    Se o estado não fosse social ainda ganhavam mais?
    Só cousas que m’apoquentam, com um frio do caraças.

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  6. bulimunda permalink
    29 Janeiro, 2012 18:33

    POIS COITADOS AFINAL É SÓ 20 POR CENTO COISA E TAL…COMO O CHEFE DO BANCO DE PORTUGAL QUE GANHA MAIS DO QUE O DO STATES..TRETAS..AINDA VÃO DIZER COMO O CAVACO QUE NÃO GANHA PARA AS DESPESAS..E PIOR TÃO BEM +PAGOS E TANTA BOSTA…GESTORES E CAMANDRO…
    ISTO DEVE SER INVENÇÃO DOS TIPOS DO BURKINA FASO…
    Diferença entre mais ricos e mais pobres EM 2011 E 2012…
    Portugal continua a ser país com mais desigualdades

    Portugal continua a ser um dos países com maiores desigualdades do mundo desenvolvido, com um fosso acentuado na distribuição dos rendimentos, e o mais desigual entre as economias europeias, revelou esta segunda-feira a OCDE.

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  7. maria ferreira permalink
    29 Janeiro, 2012 18:33

    Há mais de 10 anos que esperava esta hecatombe e o fim vai ser mais tristonho.
    Quanto a esta opinião está carregada de politiquês.
    1º Cada português só devia ter uma reforma e após esta, só poderia fazer qq trabalho pago desde que a reforma fosse até 1800€
    2ºNão deveriam haver Reformas superiores a 2500€ .
    3º Quem tivesse reforma superior a 25oo€ ficaria impedido de ocupar qq lugar dos milhares que existem.
    4ºHá muita gente nova inteligente que bem poderia prencher tais lugares.
    5º A que propósito um individuo ocupa 3,4,5,6,…10 lugares em Conselhos e Administrações?
    6º Se isto fosse implementado as suas contas chegariam para diminuir uma boa parte da despesa pública.
    Não se esqueça que os salários e pensões são pagos desde o 25 de Abril com dinheiro emprestado e nos últimos anos foi um regabofe de saque a tudo o que tivesse á mão!Veja-se BdP, CGD,EDP,TAP,JUSTIÇA, EXÉRCITO,SAÚDE,EDUCAÇÃO Etc. Etc. São tão portugueses que nem dão exemplo comprando bons carros que exportamos.
    Se assim não é explique-me porque chegamos a este estádio?
    maria ferreira

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  8. bulimunda permalink
    29 Janeiro, 2012 18:34

    E mesmo estes ditos tigres começam a mostrar de que material são feitos esferovite ou plástico barato…

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  9. bulimunda permalink
    29 Janeiro, 2012 18:35

    E quanto a buracos….o deste deve se tipo marianas…está é bem escondidinho…mas vai aparecer à tona de água é só esperar daqui a dois ou três anos…

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  10. bulimunda permalink
    29 Janeiro, 2012 18:37

    E a moral meu caro a ética não conta? pois…apenas os números…
    ……..Sistemas de pensões e seguros de saúde estão indirectamente subordinados aos ditames da valorização abstracta. Sob condições de financiamento difíceis eles são “economificados”. Isso significa que eles mesmos devem agir de acordo com critérios económicos, a fim de poderem participar nos fluxos financeiros. Até o diagnóstico médico se torna uma mercadoria, que está sob pressão da concorrência. O objectivo não é a saúde e o bem-estar das pessoas, mas o doping para a “produtividade”, por um lado, e a gestão das doenças, por outro. A pessoa ideal para as instituições vigentes seria um lutador olímpico no local de trabalho (para aumentar o produto nacional), que simultaneamente pudesse ser definido como doente crónico (para encher os cofres do sistema de saúde) e que batesse voluntariamente a bota ao entrar na idade da reforma (a fim de não ser um fardo para o capitalismo).Foi a própria ciência médica que estragou os planos deste esplêndido cálculo. Ela foi de facto tão bem sucedida que cada vez mais pessoas estão vivendo muito para além da idade profissionalmente activa. Este é um exemplo particularmente claro de que a concorrência forçou um desenvolvimento das forças produtivas que já não é compatível com a lógica capitalista. A “força muda das circunstâncias” (Marx) provoca assim uma tendência para de algum modo anular as conquistas médicas factuais. A produção da pobreza artificial tem efeito preventivo. Assim, na Alemanha, a esperança de vida dos mais mal pagos baixou de 77,5 para 75,5 anos desde 2001. Quem nem sequer ganha dinheiro suficiente para a subsistência, apesar de trabalhar a tempo inteiro com desempenho esforçado, chega a velho tão exausto que já não consegue explorar as possibilidades da medicina. Mas também a assistência médica em si é cada vez mais reduzida de acordo com a capacidade de pagamento. Como os hospitais gregos estão praticamente falidos, as grandes empresas farmacêuticas suspenderam o fornecimento de medicamentos para o cancro, para a SIDA e para a hepatite; e o abastecimento de insulina também foi interrompido. Este não é um caso especial, mas a imagem do futuro. Pelo menos aos doentes pobres e “supérfluos”, não mais utilizáveis do ponto de vista capitalista, será assinalado por todos os peritos o que já o rei Frederico da Prússia berrou aos seus soldados em fuga do campo de batalha: “Cães, vocês querem viver para sempre?”

    Original ÖKONOMISCHE STERBEHILFE in http://www.exit-online.org. Publicado em Neues Deutschland, 09.01.2012.

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  11. trill permalink
    29 Janeiro, 2012 18:38

    não é só o salário dos administradores -> é toda a hierarquia de chefias desnecessárias que são puros jobs 4 boys – a começar nos IP’s que deveriam ser sub-departamentos dos ministérios ou das universidades, com um chefe de serviço, não c um presidente mais um côrte de directores e “especialistas”. É tb as despesas de representação ajudas de custo etc que os tais funcionários “normais” não têm. Se resto a média de 2000 euros é irreal e distorce totalmente o número do que ganham 90% desses tais 750k funcionários. Por exemplo: um prof para ganhar 2000 euros tem de ter alguns 25 anos de serviço efectivo classificado com bom.

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  12. aremandus permalink
    29 Janeiro, 2012 18:41

    Ou seja, o problema chama-se Estado Social: grande sumidade!
    quando aos pobres nada restar para comer,sempre poderão deglutar os ricos!

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  13. trill permalink
    29 Janeiro, 2012 18:43

    depois há que pensar que os “corpos especiais” como os magistrados, que ganham tipo 4000 e tal euros mensais, mais 1000 à-parte para despesas de alojamento, sem sequer terem de ter muitos anos de serviço para ganharem isto.

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  14. bulimunda permalink
    29 Janeiro, 2012 18:46

    TRIIL com 25 anos e mesmo antes dos cortes um professor ganhava cerca de 1850 euros….em 2009 e par ganhares cerca de 2280 euros no índice 340 o topo tinhas de ter 4 filhos…ver aqui…

    Click to access vencimentos_nao_superior_2009.pdf

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  15. trill permalink
    29 Janeiro, 2012 18:49

    aqui está:

    “com 25 anos e mesmo antes dos cortes um professor ganhava cerca de 1850 euros”

    portanto é o blasfemo quem está a distorcer a realidade porque a média do salário dos FPs deve andar provavelmente abaixo dos tais 900 euros mensais.

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  16. bulimunda permalink
    29 Janeiro, 2012 18:51

    AGORA O VERDADEIRO BURACO É ISSO QUE TU FALASTE ..ISSO É QUE É O FARTAR VILANAGEM..ISSO SIM..OS APÊNDICES AOS DITOS CARGOS DE GESTÃO…A PARAFERNÁLIA DELES É UMA AUTÊNTICO CANCRO SOCIAL E ECONÓMICO…

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  17. trill permalink
    29 Janeiro, 2012 18:51

    o blasfemo devia analisar os IP’s e os salários MAIS SUBSÍDIOS TIPO ALOJAMENTO dos tais “corpos especiais” da FP, como por exemplo os magistrados, isto sem irmos às contas das horas extraordinárias – que seria “interessante” serem auditadas, aliás num estado de direito deveriam ser auditadas – em vez de se mandar aos FP’s em geral.

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  18. 29 Janeiro, 2012 18:52

    trill,
    .
    “Se resto a média de 2000 euros é irreal e distorce totalmente o número do que ganham 90% desses tais 750k funcionários. ”
    .
    Leu bem o que eu escrevi?

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  19. trill permalink
    29 Janeiro, 2012 18:55

    depois há essas zonas de ninguém como o BANCO DE PORTUGAL , pago com os nossos impostos mas dizendo ter estatuto Europeu , dado ser um “banco central” -> um pouco perverso não?

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  20. trill permalink
    29 Janeiro, 2012 19:01

    “Muitos deles têm salários e reformas de miséria? Sem dúvida, mas representarão mais de 90% do total de beneficiários.”

    A questão só pode ser analisada quando escalonar por gamas salariais e aí é que se verá porque estou em querer que 20% dos funcionários – incluindo chefias e “especialistas” de todo o tipo – levam 70% da massa salarial. Os das “reformas de miséria” devem representar algo como 15% do total da massa salarial gasta com a função pública. Só uma auditoria externa, repito externa, que não seja feita por nenhum IP português, poderá revelar o que de facto se passa em termos de distribuição da massa salarial pela “massa” dos FP’s.

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  21. 29 Janeiro, 2012 19:04

    O grave problema dos Portugas é com a igualdade e não com a liberdade.
    Enquanto não resolverem este problema não há solução para este moribundo país.

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  22. 29 Janeiro, 2012 19:08

    Desculpe lá a emenda mas não é correcto escrever Acabem-se com os altos salários.
    Escrito correctamente o título deveria ser “acabem-se os altos salários” ou “acabe-se com os altos salários”.

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  23. Arlindo da Costa permalink
    29 Janeiro, 2012 19:16

    Que se baixe os impostos; que se dê liberdade às empresas e às pessoas para criar riqueza; que se corte na despesa pública, nomeadamente aquela que este governo é especialista, ou seja nomear assessores, boys, girls e militantes seus para lugares públicos ou equivalentes.
    BAIXAR OS IMPOSTOS é fundamental.
    Prefiro o dinheiro no bolso dos cidadãos e das empresas do que no bolso dos «governantes», que como sabem gerem esses recursos conforme os seus interesses pessoais ou eleitorais, deles e dos amigos.

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  24. 29 Janeiro, 2012 19:24

    trill,
    .
    “depois há essas zonas de ninguém como o BANCO DE PORTUGAL , pago com os nossos impostos…”
    .
    Nem você nem ninguém gastou alguma vez um chavo a sustentar o Banco de Portugal, uma instituição com autonomia financeira. Já agora, em 2010, o BP pagou 120,4 milhões em salários e respectivos encargos, dos quais 1,381 milhões aos órgãos de gestão e fiscalização (9 pessoas). O total de gastos salariais com a função pública ascendeu, em 2010, a 21,1 mil milhões – fiz um link para a minha fonte.
    .
    “porque estou em querer que 20% dos funcionários – incluindo chefias e “especialistas” de todo o tipo – levam 70% da massa salarial.”
    .
    Você tem dados para fundamentar isso ou é simples faro?
    .
    “Os das “reformas de miséria” devem representar algo como 15% do total da massa salarial gasta com a função pública.”
    .
    Mais uma vez, você está a falar de cor, tipicamente “à tuga”. Há umas semanas, o Medina Carreira avançou uns nºs relativamente aos reformados da Segurança Social: há 865 pessoas a auferir reformas acima de 5.000 euros mensais (se considerarmos 900 pessoas e uma reforma média de 6.000 euros, teremos um custo anual de 64,8 milhões) e 2 milhões com reformas que rondam os 500 euros (o que significa que temos aqui 1.000 milhões por mês, 12.000 milhões por ano). Onde estão os grandes números???

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  25. castanheira antigo permalink
    29 Janeiro, 2012 19:28

    A desvalorização do assunto com o argumento de ser uma pequena percentagem da despesa é demagógico pois tem três efeitos perniciosos :
    1º Conduz á acomodação e ao stato quo, impedindo a rigorosa gestão de pessoal e dos dinheiros do estado.
    2º Conduz ao imobilismo e à manutenção de todos os organismos de estado inúteis que executam as mesmas funções(?) em duplicado , triplicado etc .Autenticas organizações parasitas .
    3º Mantem muitos organismos do estado ou na sua esfera com funcionarios de topo que auferem muito mais que os seus congeneres de paises onde o rendimento per capita é muito mais elevado que em Portugal .

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  26. licas permalink
    29 Janeiro, 2012 19:38

    LR
    Posted 29 Janeiro, 2012 at 19:24 | Permalink
    Onde estão os grandes números???
    ___________________________

    Pergunta onde estão os grandes números?
    Olhe o Bulimunda , por exemplo . . . .

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  27. 29 Janeiro, 2012 19:39

    Caro jcd,
    extrato do que escreveu e com que estamos de acordo:
    “… a crise foi causada pelos ricos e por estes assalariados de luxo …”!
    Claro que o que fez no artiguinho, foi pegar numa falsidade e tentar passar por cima distraidamente das envolventes remuneratórias dos visados.
    Claro que eles não ganham mensalmente isso que está chapado no exemplo que apresenta, mas também não ganham apenas o que lá está dividido por 14 meses, pois não, caro jcd?
    Ter-se-á se calhar esquecido de juntar a essas verbas os subsídios diversos que se atracam ao vencimento base como lapas, os custos do carrinho de serviço, mais os respetivos combustíveis e manutenções, seguro e até em alguns casos motoristas devidamente uniformizados/padronizados; talvez se tenha esquecido também das remunerações que auferem por estar presentes em Conselhos Gerais, de Supervisão, de Fiscalização e quejandos, que acumulam funções como a de professores, consultores, administradores não-executivos em mais uma meia- dúzia de empresas a que prestimosamente vendem a sua colaboração a peso de ouro ou de euro.
    Como os tachistas também não são apenas aqueles vinte, mas muitos mais, basta ver os que para lá foram saídos diretamente da blogosfera para o assessoramente de ministros ou especialistas de não se sabe muito bem o quê, com vencimentos bastante interessantes e isto para não falar no célebre motorista, talvez o problema não resida tanto no Estado Social mas na súcia que se governa à pala do estado, essa sim, a precisar de forte intervenção do carro vassoura, mas que pelos vistos ninguém estará interessado em usar, pois não?

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  28. Arlindo da Costa permalink
    29 Janeiro, 2012 19:41

    Há aqui uma contradição nesta malta que se diz «liberal»:
    Não se deve baixar os grandes ordenados, mas por outro lado os salários baixos devem ser cortados e baixar?
    Se no primeiro caso não é solução para sair da crise (e eu concordo!), já a segunda hipótese (ou seja eliminar a classe média e pôr os portugueses a pão e água) é boa, pois vai fazer com que Portugal saia da crise!…
    E se vocês fossem levar na anilha?!!!!

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  29. the lost horizon permalink
    29 Janeiro, 2012 19:43

    É uma questão de bom-senso. Nenhum funcionário público deveria ter um ORDENADO superior ao do PR. É evidente que a competência e o bom desempenho devem ser recompensados e qualquer um aceita este princípio, porque é justo.
    A moralização salarial na FP devia ser o pretexto para impor mais igualdade de rendimentos entre a classe trabalhora, portuguesa. Sou técnico de telecomunicações, mas amigos meus do tempo da minha infância, uns são pedreiros outro escriturários, tudo gente competente e cumpridora, porque razão há-de haver centenas de euros de diferença entre os nossos ordenados?
    Ao Salazar dizia-se que interessava para criar divisão, acredito que é exctamente o que interessa a esta gente de agora e sempre. Pior, é que o Zé vai atrás da conversa, cai no engodo, aceita a diferenciação mesmo que não justificada, o resultado está à vista, pensam que se benzem e partem o nariz, e no fim é o país que perde, somos todos nós.

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  30. 29 Janeiro, 2012 19:43

    Caro Teófilo M.,
    .
    Importa-se de quantificar todas essas conjecturas? Quanto vale isso tudo? O dobro do números que eu enunciei? O triplo?

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  31. trill permalink
    29 Janeiro, 2012 19:46

    LR

    isso é agora, porque no futuro teremos uma percentagem mto maior de reformados acima dos 4000 euros. O Medina deveria ter feito as contas aos reformados a partir dos 3500 euros, não cinco mil, porque aí entra um número restrito de pessoas tipo profs catedráticos , por exemplo, que representam uma pequena percentagem dos profs universitários que se reformam normalmente como agregados com uma boa aposentação que no entanto não chega aos tais 5000 euros. Tb a maioria das chefias da FP e dos IP’s não chegam aos 5000 euros, e ficaram portanto fora das contas do Medina.

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  32. 29 Janeiro, 2012 19:59

    trill,
    .
    “O Medina deveria ter feito as contas aos reformados a partir dos 3500 euros…”
    .
    Não se ponha a inventar números. Em 2011, a Segurança Social pagou 14.449 milhões em pensões (site da DGO). Ora, os tais 2 milhões com pensões rondando os 500 euros, representaram por si só 14 mil milhões (em 2011 ainda se pagaram 14 meses). Portanto, você tem menos de 450 milhões/ano para todos os restantes estratos. Volto-lhe a perguntar, onde estão os grandes números?

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  33. trill permalink
    29 Janeiro, 2012 20:13

    LR

    Propôe o quê? Despedir esses fp’s dos 500 euros de reforma e manter as chefias, que só por si seguramente transformarão o país num lugar próspero e produtivo? Aliás, se tem havido erros crassos de gestão, de estratégia e de funcionalidade dos serviços – veja-se o caso da justiça – seguramente que a culpa é dos tipos dos 500 euros, não é?

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  34. 29 Janeiro, 2012 20:17

    trill,
    .
    Meu Caro, eu não propus nada. Apenas contestei uma ilação muito frequente, que sugere que a crise se resolve acabando com os altos salários ou as altas reformas, chamando a atenção para os grandes números. E concluí que este Estado social é inviável.

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  35. 29 Janeiro, 2012 20:22

    Já alguém meditou no facto de que os reformados qur têm reformas “altas” levaram uma vida e descontar sobre salários “altos” que lhe deram direito a essas reformas? Isto se não foram deputados, funcionãrios do BP administradores da CGD outos tachos afins…ou mesmo chefias da FP generosamente aumentados no ANO ANTERIOR À REFORMA e com direito a pensão igual ao ultimo salário, O que não acontece na SS

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  36. trill permalink
    29 Janeiro, 2012 20:26

    Ok.

    N se esqueça é que Portugal depois de UK – com o qual n há comparação possível pq aí a desigualdade advém da existência de riquezas muito elevadas, tal como nos EUA e não da situação de miséria da “base social” – é o país mais desigualitário da UE a 27, e isso tem consequências tanto na coesão social, no sentimento de cidadania, como na “produtividade, ” embora esta não dependa principalmente dos trabalhadores, dos dos 500 (…), mas dos administradores, gestores e chefes de secção.

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  37. trill permalink
    29 Janeiro, 2012 20:28

    já agora, o que é este “Trackback” que não desaparece daqui?

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  38. Fincapé permalink
    29 Janeiro, 2012 21:24

    Em vez de “Acabem-se com os altos salários e sairemos da crise…” poderia ser:
    Acabe-se com os altos salários e:
    1. será reposta alguma justiça e moralidade;
    2. aqueles que os ganham (os altos salários) ficarão mais perto daquilo que valem;
    3. teremos mais possibilidades de sair da crise porque todos os que trabalham se sentirão menos injustiçados.

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  39. Portela Menos 1 permalink
    29 Janeiro, 2012 21:37

    diz o bloguer de serviço: o problema chama-se Estado Social.
    .
    digo eu, que a palavra SOCIAL foi metida na frase a contragosto. Assumam que não querem Estado e fica tudo mais claro.

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  40. António Joaquim permalink
    29 Janeiro, 2012 21:56

    Este está mais à frente que o JR do Dallas (lembram-se?). Já está na L. De qualquer modo estou de acordo com o que expôem. A culpa é do Estado Social. Não há empresa que se preze que teime em estabelecer um acordo social com os “colaboradores”.

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  41. zazie permalink
    29 Janeiro, 2012 22:23

    Portanto, a questão é numérica e a moral não vem ao caso.
    .
    Já sabíamos. Escusavam era de dar tanto nas vistas.

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  42. zazie permalink
    29 Janeiro, 2012 22:24

    E, desta vez, até o Portela falou certo.
    .
    Eu nem sei se eles querem estado sem sociedade, ou sociedade sem estado. Sem que defendem as máfias. Até aí, sei.

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  43. zazie permalink
    29 Janeiro, 2012 22:25

    Neotontice é doença infantil do liberalismo.

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  44. zazie permalink
    29 Janeiro, 2012 22:26

    Sei que defendem… blá, blá.
    .
    Parece coisa da idade das borbulhas e de riquinho caprichoso. Nem sequer é utilitarismo. É treta do mesmo tipo da falta de vergonha na cara dos comunistas.

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  45. Zebedeu Flautista permalink
    29 Janeiro, 2012 22:37

    Acho que sim. Deve-se cortar imediatamente as reformas de 200 e 300 euros muitas delas de gente que nem descontou para receber um pacote de leite por dia logo claramente a viverem acima das possibilidades. Isto tem de haver moral e respeito pelo direito natural ao que cada um produz senão o pais não anda para a frente.

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  46. Zebedeu Flautista permalink
    29 Janeiro, 2012 22:45

    A culpa disto tudo é do comuna envergonhado do Marcello Caetano.

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  47. zazie permalink
    29 Janeiro, 2012 22:49

    Deve ser. foi esse sacana desse comuna que teve a triste ideia de criar as Casas do Povo…

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  48. zazie permalink
    29 Janeiro, 2012 22:49

    Isto devia era ser como na Sicília e na América dos bons velhos tempos- quem precisava de protecção pagava ao gang mafioso e mainada!

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  49. zazie permalink
    29 Janeiro, 2012 22:51

    Se não pagasse que rebentasse no chão, era menos um. E se pagasse rebentava também, caso o pagamento não fosse ao grupo mais forte.
    .
    É assim que se cria prosperidade e se dá um exemplo civilizacional a esses bandalhos do terceiro mundo que só não têm social no Estado para nos meter inveja.

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  50. Portela Menos 1 permalink
    29 Janeiro, 2012 22:58

    por falar em grandes números, o que tem LR a dizer a vencimentos pornográficos de 45.000€/mês para um part-time de 7 reuniões anuais?

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  51. 29 Janeiro, 2012 23:31

    Post indigente! 🙂

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  52. 30 Janeiro, 2012 00:11

    Zebedeu Flautista,
    .
    “A culpa disto tudo é do comuna envergonhado do Marcello Caetano.”
    .
    Exactamente! Não sei se o tipo era comuna com ou sem vergonha, mas foi ele que deu início a este Estado Social insustentável, quando hipotecou a segurança social no pagamento de pensões a quem nunca tinha descontado. Não está em causa instituir um “safety net” a quem nada tinha, mas ir buscar os fundos aos descontos que outros tinham feito para a respectiva reforma. Se queria tomar essa medida, deveria ter subido os impostos, que é através deles que o Estado deve fazer a redistribuição, não através dos descontos de outrém para a segurança social. À boa maneira socialista, MC preferiu chutar o problema para a frente, lançando as sementes para os défices e dívidas futuros.

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  53. Fredo permalink
    30 Janeiro, 2012 00:29

    Nem você nem ninguém gastou alguma vez um chavo a sustentar o Banco de Portugal
    LR

    .
    Claro que não. Nem ninguém.
    A Casa da Moeda agora fabrica euros!

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  54. Castanheira permalink
    30 Janeiro, 2012 00:49

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  55. Nuno permalink
    30 Janeiro, 2012 03:22

    Com os números e valores do género referidos por:
    maria ferreira
    Posted 29 Janeiro, 2012 at 18:33 | Permalink
    .
    As continhas já chegam a valores mais realistas, n’é?

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  56. 30 Janeiro, 2012 03:34

    A invenção do rendimento mínimo pelo guterres..
    símbolo de propaganda esta sim nojenta de “Estado Social”
    foi uma catástrofe para o país.
    http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/mota-soares-ha-pessoas-com-100-mil-euros-a-receber-rsi
    além de ter criado hábitos de nada fazer…não trabalhar…
    e desprezo pelos idosos, em especial, agrícolas
    que viam o guterres dar-lhes uns tostões por trabalharem toda a vida
    enquanto os do RM gozavam á farta…sem precisar de trabalhar…

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  57. JCA permalink
    30 Janeiro, 2012 07:26

    .
    Pontos de vista praticamente opostos sobre o tema, exemplo da Grecia:
    .
    -The great EU conjuring trick
    http://www.telegraph.co.uk/finance/financialcrisis/9046875/The-great-EU-conjuring-trick.html
    .
    -Germany Warns Greece on Aid Funds
    Finance Minister Says Euro Zone May Refuse Athens a Fresh Bailout If Nation Can’t Enact Reforms
    http://online.wsj.com/article/SB10001424052970203920204577191002602753994.html?mod=WSJEurope_hpp_LEFTTopStories
    .
    “India and China take about one million barrels per day, or 40 percent of Iran’s total exports of 2.5 million bpd. Both are superpowers in terms of gold assets.
    By trading in gold, New Delhi and Beijing enable Tehran to bypass the upcoming freeze on its central bank’s assets and the oil embargo which the European Union’s foreign ministers agreed to impose Monday, Jan. 23. The EU currently buys around 20 percent of Iran’s oil exports.”.
    .
    Return of the Gold Standard Imminent ?!
    The gold standard would precipitate a massive deflation. The CAOS.
    .

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  58. 30 Janeiro, 2012 08:16

    Sem dúvida que o problema é o Estado Social (qual é o Estado que pelas suas funções inerentes não seja “social”?!), onde uma parte da sociedade já sabe que será sustentada pela outra. Mas o grande problema são que ficam no meio, a chamada classe média, que neste país à beira mar plantado por muito que se esforce não sai da cêpa torta e sustenta quer uns, quer outros. No fundo é o socialismo a funcionar no seu melhor.

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  59. bulimunda permalink
    30 Janeiro, 2012 10:17

    para que conste….salários baixinhos..pois..
    Dirigentes da Águas de Portugal custam 8 milhões/ano
    Nomeações
    Dirigentes da Águas de Portugal custam 8 milhões/ano
    Cabe à nova administração, liderada por Manuel Frexes, escolher os próximos gestores do grupo AdP.

    Inicia-se esta semana a corrida aos mais de 400 lugares em aberto nos órgãos sociais do gigante que é o grupo Águas de Portugal, com a realização da assembleia geral da holding. A administração já é conhecida, com a inclusão dos autarcas Manuel Frexes e Álvaro Castello-Branco, e será a esta que caberá nomear os novos administra- dores das empresas gestoras dos sistemas multimunicipais. Das 32 empresas cujos relatórios e contas estão disponíveis, são 374 os lugares dirigentes e, entre remunerações e outras prestações acessórias, como carro, combustível, etc., em causa estão 8,3 milhões de euros por ano. Mas se tivermos em conta que as assembleias gerais têm, em regra, três elementos e se calcularmos uma média de cinco administradores por cada uma das outras oito empresas, o total é de 438 lugares.

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  60. bulimunda permalink
    30 Janeiro, 2012 10:23

    xactamente! Não sei se o tipo era comuna com ou sem vergonha, mas foi ele que deu início a este Estado Social insustentável, quando hipotecou a segurança social no pagamento de pensões a quem nunca tinha descontado. Não está em causa instituir um “safety net” a quem nada tinha, mas ir buscar os fundos aos descontos que outros tinham feito para a respectiva reforma. Se queria tomar essa medida, deveria ter subido os impostos, que é através deles que o Estado deve fazer a redistribuição, não através dos descontos de outrém para a segurança social. À boa maneira socialista, MC preferiu chutar o problema para a frente, lançando as sementes para os défices e dívidas futuros.

    Claro era mais barato pirotecnizá-los…pessoas que trabalharam toda a vida não receberiam nada..graças ao benfazejo fp do salazar….vê-se que muitos por aqui lamberam o cu aos pais no seu berço de ouro..e claro vão já dizer comuna..é mais fácil chamar isso do que rebater os factos …

    A pluridade humana, condição básica da acção e do discurso, tem o duplo aspecto da igualdade e diferença. Se não fossem iguais, os homens seriam incapazes de compreender-se entre si e aos seus antepassados, ou de fazer planos para o futuro e prever as necessidades das gerações vindouras. Se não fossem diferentes, se cada ser humano não diferisse de todos os que existiram, existem ou virão a existir, os homens não precisariam do discurso ou da acção para se fazerem entender. Com simples sinais e sons poderiam comunicar as suas necessidades imediatas e idênticas.

    Ser diferente não equivale a ser outro – ou seja, não equivale a possuir essa curiosa qualidade de «alteridade», comum a tudo o que existe e que, para a filosofia medieval, é uma das quatro características básicas e universais que transcendem todas as qualidades particulares. A alteridade é, sem dúvida, um aspecto importante da pluralidade; é a razão pela qual todas as nossas definições são distinções e o motivo pelo qual não podemos dizer o que uma coisa é sem a distinguir de outra.
    Hannah Arendt, in ‘A Condição Humana’

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  61. 30 Janeiro, 2012 10:58

    bulimunda,
    .
    “Claro era mais barato pirotecnizá-los…”
    .
    Você até “copy-pastou” tudo o que eu escrevi, mas por acaso leu?

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  62. aremandus permalink
    30 Janeiro, 2012 11:06

    isto está tão mau, tão mau que nem o inveterado optimista anti-comuna ousa aqui aparecer…

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  63. bulimunda permalink
    30 Janeiro, 2012 11:21

    sim li…
    Não está em causa instituir um “safety net” a quem nada tinha, mas ir buscar os fundos aos descontos que outros tinham feito para a respectiva reforma. Se queria tomar essa medida, deveria ter subido os impostos, que é através deles que o Estado deve fazer a redistribuição, não através dos descontos de outrém para a segurança social
    Mas alguém no seu juízo perfeito acha que nesses tempos algo como o que diz seria feito? E quantos faziam descontos e quantos que faziam descontos não aldrabavam..o meu pai que o diga..daí a miséria que recebe cerca de 300 euros…enfabulações disfarçadas de e se ..se cá chovesse merda os pobres não cagavam…
    http://www.iscsp.utl.pt/~cepp/eleicoes_portuguesas/1969.htm

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  64. 30 Janeiro, 2012 11:44

    “Mas alguém no seu juízo perfeito acha que nesses tempos algo como o que diz seria feito?”
    .
    Não foi feito nesses tempos nem nunca em lugar nenhum. Em todos os países, as Seguranças Sociais públicas configuram autênticos roubos. A partir dos excedentes gerados nas décadas de 60 e 70 por via dos descontos da geração do baby boom, foi um autêntico fartar vilanagem com a compra de votos com o dinheiro que deveria estar a capitalizar com vista ao pagamento de reformas. Agora queixam-se da bomba-relógio que ameaça estoirar por todo o lado. Claro que subir impostos na altura era antipático, mas agora, por muito que os subam, não chegam. Repito, não há economia, em Portugal e em lado nenhum do mundo, para sustentar o estado social que os políticos estão permanentemente a “aprofundar” – e a afundar.

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  65. aremandus permalink
    30 Janeiro, 2012 11:49

    Bulimunda,
    como consegue contraditar com uma cavalgadura como este LR. o que ele acaba de escrever é de vómitos,ou de diarreia mental!

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  66. anti-comuna permalink
    30 Janeiro, 2012 12:15

    Quer-se dizer. Depois de espremido, a malta recusa-se a acreditar que o sistema está falido. Não por culpa das tais reformas milionárias mas por culpa do excesso de pensionistas face aos que descontam para a Segurança Social. Se ainda por cima, dissermos que os descontos para a Seg. Social em Portugal, devem ser os mais altos do mundo… É que, por muito que me esforce, não encontro país nenhum onde se pague tanto para os cofres da Seg. Social e se tenham tão baixos beneficios.
    .
    .
    Se há sistema que se pode chamar de Esquema de Ponzi, é o português.
    .
    .
    E face à realidade dos números, racionaliza-se a realidade que nos afecta. É tão típico, isto…

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  67. tric permalink
    30 Janeiro, 2012 12:52

    New York…
    .

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  68. anti-comuna permalink
    30 Janeiro, 2012 13:05

    Uma boa noticia. O Ecotretas ganhou um bom prémio merecido.
    .
    .
    http://ecotretas.blogspot.com/2012/01/blog-do-ano-natureza.html

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  69. zazie permalink
    30 Janeiro, 2012 13:52

    Ganhou um prémio, então não ganhou. Acho mesmo que depois deste prémio da “comunidade científica” só lhe falta o Nobel das tretas.
    .
    Não foi esse imbecil que se andou a vir com os pepinos gregos por causa da mentira de serem ecológicos?.
    .
    Gente dessa devia era ganhar o prémio pocilga que é onde se sentem bem.

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  70. zazie permalink
    30 Janeiro, 2012 13:54

    Não eram gregos, eram espanhois. E a Bismerka veio-se com aquilo e espalhou boato. Os boches são assim.

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  71. anti-comuna permalink
    30 Janeiro, 2012 14:02

    “Não foi esse imbecil que se andou a vir com os pepinos gregos por causa da mentira de serem ecológicos?.”
    .
    .
    Não sei. Acho que não. Acho que ele foi o primeiro a dizer em Portugal, que a causa era a produção “orgânica” do norte da Alemanha. Mas é uma questão de fazeres uma busca pelo blog dele.
    .
    .
    Mas na questão do aquecimento global, ele está certíssimo. Tão certo que o mundo está a arrefecer, mesmo com as marteladas dadas pelos profetas do aquecimento global.

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  72. 30 Janeiro, 2012 14:03

    O facto de, nas contas do LR, o salário médio da função pública ser de cerca de 2 mil euros, diz bem do peso dos (poucos) salários mais altos na massa salarial global. Porque a esmagadora maioria dos funcionários não chega a esses valores (isto, mesmo sabendo que o número de trabalhadores com formação académica de nível superior é maior na função pública. Como diz o LR, “é só fazer contas”…

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  73. 30 Janeiro, 2012 14:05

    Ó anti-comuna:

    Onde é que foi buscar essa do “mundo estar a arrefecer”? Pelos vistos tem feito muito frio lá para os seus lados…

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  74. anti-comuna permalink
    30 Janeiro, 2012 14:09

    Como participar no milagre económico português. Criar produtos que sustentem a actividade agrícola das explorações tugas.
    .
    .
    “Mundo digital chega ao campo!
    .
    Nova tecnologia ajuda agricultores a optimizar produções
    .
    .
    Numa época que se define ‘de crise’, Portugal ainda tem empresas que geram ideias inovadoras. Exemplo disso é a Dengun que recentemente desenvolveu uma aplicação mobile e web “bastante útil” para o auxilio de qualquer exploração agrícola.”
    .
    in http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=52773&op=all
    .
    .
    Alguns destaques:
    .
    .
    “O controlo de produtividade, por exemplo, é feito através da recolha de dados, através de um telemóvel ou um tablet que têm a aplicação instalada (android ou iphone), por parte dos supervisores. Estes vão registando o que cada colaborador produz, os dados são enviados para uma aplicação web que gera relatórios da produção de cada funcionário em tempo real, o que “possibilita identificar os colaboradores mais produtivos que recebem prémios de produção e os menos produtivos para lhes ser prestado auxílio”.”
    .
    “Todos estes módulos da aplicação são apresentados num mapa real por satélite do terreno em questão, dando uma perspectiva precisa do estado da exploração agrícola, em tempo real, segundo os factores mais importantes, em qualquer local, desde que tenha um sinal wireless de internet.
    .
    A aplicação mobile e web é considerada inovadora porque, “que tenhamos conhecimento, não existe nenhuma aplicação deste género a nível mundial”, refere o responsável.”
    .
    .
    Aqui há tempos também li duas noticias interessantes. Uma, era que havia uma startup que fornecia aplicações para gerar electricidade através do metano produzido pelos animais. O sistema tornava-se rentável para explorações acima das 80 cabeças, o que já é um número pequeno, permitindo a muitos empresas agrícolas tornarem-se mais eficientes.
    .
    .
    Outra noticia que eu vi, foi um sistema inventado por uma universidade que permitia controlar melhor os animais através de uma gestão moderna dos animais, que chegava ao ponto de cortar bastante os custos do tratamento dos aniamis quando doentes e os conseguia manter saudáveis, com menores custos profiláticos. Penso que até existe uma empresa que comercializa o produto.
    .
    .
    São este tipo de pequenos projectos empresariais que por vezes elevam a competitividade de todo um sector. E em Portugal surgem coisas interessantes. Desde produzir energia através dos restos orgânicos dos matadouros até aos resíduos das prensas de azeitona. Em Portugal começam a surgir coisas mesmo interessantes.

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  75. anti-comuna permalink
    30 Janeiro, 2012 14:13

    “Onde é que foi buscar essa do “mundo estar a arrefecer”? Pelos vistos tem feito muito frio lá para os seus lados…”
    .
    .
    Nos dados obtidos por satélite, isentos de manipulações estatísticas. Quer mesmo saber ou não está disposto a estudar o assunto? Se quiser estudar o assunto a sério, terá que ter mente aberta e disposto a aprender. Está disposto a aprender?
    .
    .
    Sim, por aqui está frio. Mas ainda vai piorar muito mais. Gulp!

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  76. 30 Janeiro, 2012 14:16

    O anti-comuna tem as suas crenças.
    Acredita no milagre… económico português, mas não acredita nas alterações climáticas, provocadas pelo que toda a gente sabe.
    Pessoalmente não acredito em milagres. Acredito mais na nossa capacidade de dar a volta por cima.
    Sobre as alterações climáticas, as avestruzes também acham que não.

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  77. anti-comuna permalink
    30 Janeiro, 2012 14:24

    Caro Piscoiso, olhe isto aqui:
    .
    .
    http://www.woodfortrees.org/plot/hadcrut3vgl/from:2001/plot/hadcrut3vgl/from:2001/trend
    .
    .
    O problema da generalidade da malta é ter um pensamento linear. Tão linear e crente no “eterno equilibrio”. E isto é tão patente nas ciências sociais como até nas ditas exactas.
    .
    .
    Mas enfim, cada maluco a sua panca. Uma coisa eu sei. A fraude cientifica do aquecimento global está a ser desmentida pela natureza, não por cientistas:
    .
    .
    “Snowy owls soar south from Arctic in rare mass migration”
    .
    in http://news.yahoo.com/snowy-owls-soar-south-arctic-rare-mass-migration-175336821.html
    .
    .
    São os animais que mostram o arreecfimento global, não pseudo-estudos, de gente que manipula os dados, para se ajustarem às suas teorias malucas. Enfim. Sempre foi assim e sempre será. O comportamento humano é a unica constante. ehheheeheh

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  78. 30 Janeiro, 2012 14:33

    “O problema da generalidade da malta é ter um pensamento linear.”-AC
    Não sei a que malta se refere, nem de que malta faz parte.
    Não vou abrir o link que referiu, nem lhe vou linkar nada, porque dados “científicos” manipulados politicamente há às resmas e para todos os gostos.
    Deixa andar, não é?

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  79. anti-comuna permalink
    30 Janeiro, 2012 14:42

    “Não vou abrir o link que referiu, nem lhe vou linkar nada, porque dados “científicos” manipulados politicamente há às resmas e para todos os gostos.”
    .
    .
    Sim, sim. Isso e rosquilhos. ehehheheheh

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  80. 30 Janeiro, 2012 15:03

    Anti-comuna:
    Aprender sempre. Como dizia o outro, até morrer. Mande lá esses números retirados de informação- como foi que disse?- “isenta de manipulação estatística”. Mas que sejam um pouco mais rigorosos do que os das contas do LR…

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  81. lica permalink
    30 Janeiro, 2012 15:09

    Isto é obsceno !!! Excrementação Cidade de Guimarães.
    Embora já seja do conhecimento de muita gente, entendemos que se justifica voltarmos a focar este assunto.
    Consideramos mesmo que esta é uma das situações que fere mais profundamente a nossa sensibilidade enquanto membros de uma sociedade que acabou por gerar gente sem vergonha e sem sentimentos em relação ao povo que explora.
    E fazem isto usando sistematicamente as palavras socialismo, justiça social e estabilidade.
    E apelam à compreensão das pessoas para a necessidade de medidas restritivas que estão a levar ao desespero largas camadas da população que já não conseguem fazer face aos custos de sobrevivência. Muitos deles ganham num mês, aquilo que estes figurões ganham numa reunião de 30 minutos!!
    Nesta altura estamos cada vez mais compreensiveis para com todos aqueles que apelam ao uso da violência. De facto começa a não se vislumbrar outra saída.
    Isto não pode continuar a evoluir desta forma. Esta escumalha politica assim como os comentadores que fazem o jogo sujo da duplicidade, estão mesmo a pedi-las.
    Uma coisa garantimos. Estaremos sempre na primeira linha de combate sejam quais forem as armas a utilizar. Venderemos caro o nosso sentido de honra e justiça. Uma coisa garantimos, é que não morreremos de joelhos.
    É imperioso e urgente que o nº máximo possível de Portugueses tomem conhecimento destas vergonhas!

    Um verdadeiro crime social! (entre muitos outros).

    Folha salarial da “Fundação” Cidade de Guimarães
    – Jorge Sampaio – Presidente do Conselho de Administração:
    14.300 € (2 860 contos) mensais + Carro + Telemóvel + 500 € por reunião
    – Carla Morais – Administradora Executiva
    12.500 € (2 500 contos) mensais + Carro + Telemóvel + 300 € por reunião
    – João B. Serra – Administrador Executivo
    12.500 € mensais + Carro + Telemóvel + 300 € por reunião
    – Manuel Alves Monteiro – Vogal Executivo
    2.000 € mensais + 300 € por reunião

    Todos os 15 componentes do Conselho Geral, de entre os quais se destacam Jorge Sampaio, Adriano Moreira, Diogo Freitas do Amaral e Eduardo Lourenço, recebem 300 € por reunião, à excepção de(Jorge Sampaio) que recebe 500 €.
    Em resumo: 1,3 milhões de Euros por ano (dinheiro injetado pelo Estado Português) em salários.
    Como a Fundação vai manter-se em funções até finais de 2015, as despesas com pessoal deverão ser de quase 8 milhões de Euros!!!
    Reparem bem: Administradores ganhando mais do que o PR e o PM!
    Esta obscenidade acontece numa região, como a do Vale do Ave, onde o desemprego ronda os 15 % !!!Alguém acredita em leis anti-corrupção feitas por corruptos?
    Que merda de País é este em que poucos se dispõem a combater esta indecência social ?
    Andamos há 3 anos a expor-nos publicamente para denunciar a situação para que estávamos a caminhar, poucos nos deram atenção e muito menos se mostraram dispostos a enfrentar cara a cara esta classe de gente sem vergonha. O resultado está vista e o futuro está cada vez mais comprometido.
    Entretanto continuamos todos sentados e a escrever. Eles nem se preocupam já em ler aquilo que vamos expondo. Assumiram que somos um povo pacifico e sempre virados de costas. À custa dos enormes sacrifícios que vão impondo à maioria da população, vão garantido a estabilidade dos empregos que a função politica lhes assegura. E fazem leis para ultrapassar as decisões restritivas que vão impondo à generalidade dos contribuintes. E gerem a coisa publica de forma a que a ESTABILIDADE a que apelam, lhes vá garantindo seguirem o caminho de completa irresponsabilidade pelas decisões que vão tomando.
    Se há 3 anos já era clara a situação de desvario a que se vinha assistindo, hoje sabemos que cada dia que passa sem nada se fazer para parar esta evolução politica, o resultado será dramático dentro de um ano.
    A sobrevivência desta escumalha politica será a nossa morte anunciada.

    Adenda – Repare-se ao ponto a que descem os homens e as ideologias.
    Jorge Sampaio que sempre se apresentou como “socialista”, ou seja defensor de um sistema de valores e justiça social, são lhe dadas condições obscenas por algumas horas de “trabalho” mensal. Como se isso fosse pouco, ainda lhe acrescentam mais 500 Euros por reunião. Isto significa mais uns milhares de Euros por mês para esta personagem que perdeu a vergonha e enxovalha a ideologia que lhe serviu de trampolim para enganar a populaça.
    in FORÇA EMERGENTE
    http://forcemergente.blogspot.com/

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  82. aremandus permalink
    30 Janeiro, 2012 15:23

    por falar em rendas obscenas:
    http://www.bloomberg.com/quote/GSPT5YR:IND

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  83. anti-comuna permalink
    30 Janeiro, 2012 17:10

    Caro Trinta e três,
    .
    .
    Acho que este gráfico, com os dados em bruto medidos por satélite, devem ajudar, não?
    .
    http://www.woodfortrees.org/plot/hadcrut3vgl/from:2001/plot/hadcrut3vgl/from:2001/trend

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  84. 30 Janeiro, 2012 17:45

    Trinta e três,
    .
    “O facto de, nas contas do LR, o salário médio da função pública ser de cerca de 2 mil euros, diz bem do peso dos (poucos) salários mais altos na massa salarial global. Porque a esmagadora maioria dos funcionários não chega a esses valores (isto, mesmo sabendo que o número de trabalhadores com formação académica de nível superior é maior na função pública. Como diz o LR, “é só fazer contas”…”
    .
    Meu Caro, indiquei a minha fonte, que são os dados do INE. A variável que você pode contestar é o nº de funcionários públicos que ninguém, governo incluído, sabe quantos são. Isto naturalmente que pode fazer oscilar o custo médio / capita que apresentei. Mas admitindo o meu pressuposto de 750.000, cada fp custa de facto 2.009 euros. Agora, o meu amigo tem de aprender a ler. Releia a posta e veja se em algum sítio eu falo em salários médios. Falo sim, em custos médios por funcionário e estes incluem não só os salários, mas também outras remunerações adicionais, como diuturnidades, horas extraordinárias, subsídios diversos e, inevitavelmente, os encargos sociais – segurança social, ADSE – pagos pela entidade patronal. Quanto aos salários na função pública, eles são em média mais elevados do que no sector privado. Isto acontece não só porque a função pública tem uma percentagem claramente mais elevada de pessoas qualificadas – e aqui pesam fundamentalmente médicos e profesores – mas tb porque o nível salarial é mais elevado quando se comparam funções semelhantes. O Banco de Portugal tem um estudo que comprova isto – vd. link abaixo, pág 56 e seguintes:

    Click to access bol_verao09_p.pdf

    .
    Mas seja o custo por fp maior ou menor que 2.000 euros, isso em nada invalida a minha tese, que tem a ver com o reduzido peso dos salários dos administradores de EPs e das grandes reformas.

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  85. licas permalink
    30 Janeiro, 2012 18:24

    – Jorge Sampaio – Presidente do Conselho de Administração:
    14.300 € (2 860 contos) mensais + Carro + Telemóvel + 500 € por reunião
    _______________________

    Mais um desgraçado que por não ter uma aposentação suficiente
    que lhe permita dar satisfação às sua despesas (como o Aníbal)
    tem que trabalhar após os 70 anos . . .

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  86. licas permalink
    30 Janeiro, 2012 18:38

    Perdoar a DÍVIDA? NUNCA!
    Para o povo ver, de uma vez para sempre,
    como foi suicidário ter escolhido o José , DUAS VEZES ,
    para 1º Ministro . . .
    (Ele não regressará com medo de alguém resolver
    dar-lhe um *tratamento* igual ao que foi ministrado
    ao Francisco Assis . . . ).

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  87. aremandus permalink
    30 Janeiro, 2012 18:44

    nunca lhe perdoará Licas,
    o Ele não gostar de cricas!

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  88. Nuno Lopes permalink
    30 Janeiro, 2012 20:47

    O autor do artigo descobriu a pólvora. Qualquer pessoa relativamente atenta, em 5 minutos consegue perceber o que este senhor aparentemente descobriu só agora. É obvio que existe manipulação.

    Dito isto o que é para mim grave neste artigo, é que vestido a pele de cordeiro, verdadeiramente concluí com pele de lobo. E de lobo incoerente.

    O autor aparentemente argumenta como solução, os altos salários para uma elite por um lado (se não é problema só pode ser solução), mas para os restantes a solução passa por salário mais baixos. Então como é que ficamos, o problema é uma questão salarial ou não?

    De facto não é. O impacto no salário é um efeito colateral daquilo que é verdadeiramente o problema, que este artigo passa ao lado.

    O que para mim é incompreensível é perceber como é que gestores de empreendimentos cada vez mais falidos têm salários cada vês mais altos em termos relativos. Só por caridade social se consegue perceber.

    PS: Não sou de esquerda nem de direita. O que quero ver é Portugal na frente de tudo o que deita a mão. Quero os ricos mais ricos e os pobres menos pobres. Mas infelizmente não tem sido esse o caso, antes pelo contrário. E artigos medíocres como este que desmistificando acaba por mistificar são apenas um reflexo disso mesmo.

    Muita desta gente teria muito que aprender com o Steve Jobs. Salário $1, rendimentos totalmente indexados ao valor produzido e um grande projecto pela frente. Isso sim é liderança inspirada, sem almofadas.

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  89. 30 Janeiro, 2012 21:44

    A-C:
    Esses dados apenas mostram o dado (mais do que conhecido) referente ao extremar dos picos de temperatura num período relativamente curto. Salvo melhor opinião, demasiado curto para tirar conclusões tão absolutas.

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  90. 30 Janeiro, 2012 22:02

    LR:
    Felizmente ainda vou lendo qualquer coisita e também vou pensando antes de opinar. O LR admite não saber o número total de fp o que, obviamente, devia moderar-lhe as conclusões. Mas dou-lhe um exemplo concreto, recorrendo ao pessoal cá de casa: uma professora do secundário com 30 anos de serviço, no índice de vencimento 299 (penso que é o atual 8º escalão), leva para casa, após descontos (perto de 900 euros, onde está a ADSE que o LR diz ser pago pela entidade patronal…), cerca de 1700 euros. Ora, a menos que desencante carreiras fantásticas na fp e mesmo admitindo que o monstro administrativo (em que ninguém toca) dos diversos ministérios é muito maior do que se suspeita, não se percebe onde vai desencantar esses “custos médios”.

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  91. Guillaume Tell permalink
    30 Janeiro, 2012 22:40

    Os únicos que insistem em manter o “Estado social” são os que mais tiram proveito deles (ou dito de outra forma, que prejudicam a esmagadora maioria). Mas sempre assim foi: antes eram os defensores do corporatismo, antes deles os republicanos laicos, ainda antes os fontistas… Toda à vida existiram, e conseguiram por inumeras vezes legitimarem o seu poder ao denegrirem os reformadores. Também por culpa desses últimos por terem sido muitas vezes incapazes de criar mecanismos que preservassem um minímo o país daqueles parasitas, como se sabotaram eles próprios por não saberem comunicar e organizar-se.

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  92. PMP permalink
    31 Janeiro, 2012 06:15

    O problema português não é o Estado Social (saude, educação e s.social) , cujos custos estão abaixo da média da U.E. em relação ao PIB.
    .
    Um problema é o Estado Não Social que tem inumeras entidades públicas inuteis, e demasiadas chefias que pouco fazem, muitas delas pelo contrário desfazem e complicam a vida aos cidadãos
    Esse Estado Não Social tem um peso demasiado grande e deve ser reduzido em pelo menos 30%, começando pelo topo, pelas chefias inuteis e incompetentes que desbaratam dinheiro ao longo de décadas.
    .
    O outro problema são os elevados impostos sobre as empresas especialmente as PME’s.
    É indispensável reduzir rapidamente a TSU e o IRC para as empresas que aumentem o numero de trabalhadores.
    Continuar com a politica de austeridade Neotonta sem incentivar o aumento das exportações e a substituição de importações só pode dar asneira.
    .
    P.S. : O LR parece não querer entender que uma sociedade sem saude , educação e segurança social universais não pode ser produtiva nem criativa.

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  93. 31 Janeiro, 2012 09:19

    espetacular! Afinal o problema do país não está em quem ganha muito e não produz nada de relevante. O problema do país é quem trabalha muito e ganha pouco. Esta na hora dessa maioria de mortos de fome deixarem de ganhar qualquer tostão. Apoiado!

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  94. anti-comuna permalink
    31 Janeiro, 2012 09:51

    “Esses dados apenas mostram o dado (mais do que conhecido) referente ao extremar dos picos de temperatura num período relativamente curto. Salvo melhor opinião, demasiado curto para tirar conclusões tão absolutas.”
    .
    .
    Excelente. Destaco isto aqui:
    .
    .
    ” Salvo melhor opinião, demasiado curto para tirar conclusões tão absolutas”
    .
    .
    Ou seja, face aos modelos dos maluquinhos do aquecimento global, era impossível ter-se iniciado um arrefecimento global, pois os dados factuais contradizem as suas projecções. Logo não temos certezas e os dados são inconclusivos. Excelente.
    .
    .
    Mas agora eu faço-lhe esta questão. Se o aquecimento anterior se deveu à emissão de CO2, o que explica estas quedas nas temperaturas? Faço-lhe notar que as emissões de CO2 continuam a subir. O que está a provocar este arrefecimento global? Deixo-lhe aqui outra questão importante. (E está a ver como já está a aprender, como eu o estou? 😉 )
    .
    .
    Aqui fica a questão. O que está a provocar estas quedas nas temperaturas?

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  95. LR2 permalink
    31 Janeiro, 2012 10:10

    O post deste sr.(a) LR é o exemplo acabado do porquê do Estado Social ter chegado ao estado a que chegou. Senhores(as) destes(as9 é que deviam ser convidados a emigrar.

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  96. simil permalink
    31 Janeiro, 2012 11:26

    Essa da média de vencimentos da FP rondar os 2000 euros diz bem da gula refletida no leque de gamanço mais acima, visto como a média real não ultrapassa os 850 euros, mãezinha.

    By other side, quem disse que o clima anda a subir, subiu algum tempo, e a partir de sexta que vem, dia 3, já vai descer pa caramba.

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  97. simil permalink
    31 Janeiro, 2012 11:33

    Acabe-se com os altos salários e saímos da crise.
    Mas é óbvio, acabe-se com a roubalheira de salários a mandar para os ofshores, quando os mesmos indivíduos vivem da ajuda de custos na alimentação, representação, carro e chaufer, mais a mulher, autêntica vergonha, uma afronta, e as amantes também de graça.

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  98. anti-comuna permalink
    31 Janeiro, 2012 16:32

    Caro Trinta e Três, vamos lá meditar mais um bocado nesta questão:
    .
    .
    “Aqui fica a questão. O que está a provocar estas quedas nas temperaturas?”
    .
    .
    Se não é o CO2 que provoca esta queda nas temperaturas, quer dizer que é a própria natureza. Isto é, as temperaturas começaram a cair sem qualquer intervenção humana, certo? Ora, então, se o que provocou a queda das temperaturas foi a natureza (os tais famosos ciclos climáticos), não foi essa mesma natureza que provocou a subida anterior das temperaturas? Não o sabemos, mas tudo indica que sim. Os ciclos são assim mesmo. Umas vezes estão em fase de ascensão, outras vezes de retracção. Sem qualquer intervenção humana. Tem sido assim há largos milhões de anos.
    .
    .
    Infelizmente a crendice aliada á credulidade leva a que as pessoas acreditem em qualquer coisa que lhes fala sentir importantes, não é assim? É por isso que as fraudes financeiras, ano após ano, século após século, costumam ter sempre patos, prontos a acreditar em patranhas. E quem diz fraudes financeiras, diz fraudes científicas. Tudo muda, o que não muda é o comportamento humano. 😉

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  99. 31 Janeiro, 2012 20:58

    Trinta e três,
    .
    “Felizmente ainda vou lendo qualquer coisita e também vou pensando antes de opinar. O LR admite não saber o número total de fp o que, obviamente, devia moderar-lhe as conclusões. Mas dou-lhe um exemplo concreto, recorrendo ao pessoal cá de casa: uma professora do secundário com 30 anos de serviço, no índice de vencimento 299 (penso que é o atual 8º escalão), leva para casa, após descontos (perto de 900 euros, onde está a ADSE que o LR diz ser pago pela entidade patronal…), cerca de 1700 euros. Ora, a menos que desencante carreiras fantásticas na fp e mesmo admitindo que o monstro administrativo (em que ninguém toca) dos diversos ministérios é muito maior do que se suspeita, não se percebe onde vai desencantar esses “custos médios”.”
    .
    Se você vai lendo, interpreta mal e pensa pior! Eu afirmei desde logo que o nº de fps indicado era uma simples estimativa, dado que ninguém, nem a própria entidade empregadora, os consegue quantificar. Baseei-me nas notícias recorrentes que apontam para mais de 700.000, pelo que decidi ficar a “meio caminho”. Se você por acaso souber o valor exacto, desde já agradeço que me informe. Mas podemos assumir que são 700.000 (você acredita que serão menos?) ou 800.000 (você acredita que serão mais?) e refazer as contas para aqueles 2 valores limite. Assim, se dividirmos o total de Encargos com Pessoal do Sector Público Administrativo em 2010 (21.093 milhões, link referido na posta) pelo limite inferior, teremos um custo médio / fp de € 2.152 por mês (arredondo para euros, penitenciando-me desde já pela falta de rigor…); se considerarmos o limite superior, teremos um custo médio mensal de € 1.883. Se quisermos pôr a “pão e água” os “tachistas” dos administradores das empresas referidas na listagem e dividir o seu rendimento anual acima estimado de 37 milhões pelos fps, caberia a cada um € 4,41 / mês no limite inferior e € 3,86 no limite superior, que comparam com o valor intermédio de € 4,12 que refiro na posta. Em conclusão, a minha “margem de erro” é inferior a € 0,30 / fp / mês. Acha mesmo que eu devo “moderar as conclusões”?
    Replicará você de forma tipicamente “pavloviana”: “Ah, mas os “tachistas” na função pública não se limitam àqueles, são muitos mais!”. Ok, multiplique o valor por 10 e já poderemos abranger a generalidade dos gestores de empresas públicas, municipais e institutos públicos, mas você terá de me comprovar que existem em Portugal entre 1.500 a 2.000 gestores públicos com um salário médio mensal de € 13.238, o valor implícito no panfleto que eu contesto na posta. Multiplique tb por 10 as repartições acima calculadas por fp e diga-me se isso é suficiente para compensar a retirada dos subsídios de férias e de Natal, como se insinua desonestamente no dito panfleto.
    .
    Vejamos agora o seu exemplo concreto. Começo por reafirmar algo que me parece que você desconhece: as contribuições para a Seg Social / ADSE TAMBÉM são pagas – como sempre foram – pela entidade patronal, seja ela pública ou privada. A famigerada TSU (Taxa Social Única) cuja hipotética baixa deu tanta celeuma, é paga pelo trabalhador e pela entidade patronal por incidência sobre a remuneração mensal bruta das taxas de 11% e 23,75% , respectivamente. Para além destas taxas, as empresas suportam obrigatoriamente o seguro de acidentes de trabalho e, facultativamente, contribuições para fundos complementares de reforma e para outros encargos sociais (subsídios a creches, a centros desportivos e culturais, etc.) . Tudo somado, rara será a empresa que suporte encargos sociais abaixo de 30% das remunerações brutas que paga aos respectivos trabalhadores. Você poderá confirmar os valores por consulta aos relatórios e contas das empresas, pequenas, médias ou grandes, disponíveis na net aos milhares. Relativamente ao Estado, a sua contribuição para a Seg Social / ADSE foi em 2010 de 26,8%. Pode confirmar este valor a partir dos dados deste mapa, constante da síntese de execução orçamental de Janeiro, a última publicada:
    http://www.dgo.pt/execucaoorcamental/SintesedaExecucaoOrcamentalMensal/2012/Janeiro/'D_Est ECO’!A1
    O seu erro (reincidente, pois já me havia explicado em comentário acima) e de outros comentadores, é considerarem a média que eu referi como sendo o salário médio, mas eu tive sempre o cuidado de falar em encargos médios / fp que representam o custo incorrido pela entidade patronal com os seus trabalhadores incluindo, naturalmente, os encargos sociais de sua conta.
    Pegando agora no exemplo que você indicou, essa Senhora aufere uma remuneração bruta de € 2.600, o que a situa claramente acima da média do país. Mas o encargo para a entidade patronal, deve ser acrescido dos 26,8% acima referidos, o que o atira para € 3.297!!!…
    Fazendo as contas ao contrário para a “minha” média de € 2.009 que tanto o chocou temos que, descontados os mesmos 26,8%, a remuneração bruta equivalente auferida por cada fp é de apenas € 1.584. Mais 100 euros para cima ou para baixo, você não acredita que nesse intervalo se situem umas centenas de milhares de fps, quiçá a maioria deles?
    Claro que o fp não recebe aquele valor, pois é-lhe logo retida na fonte uma % “simpática”. Considerando o escalão de IRS em que aquele rendimento bruto se situava em 2010 (http://info.portaldasfinancas.gov.pt/NR/rdonlyres/11B8FE96-10C8-40E0-9240-80527A8E5B91/0/Tabelas_continente_2010.xls), as contribuições para a Seg Social e ADSE e, eventualmente, para a CGTP ou UGT (forte probabilidade de ocorrerem, pois estamos a falar da função pública), a retenção total rondará os 27%, entrando-lhe no bolso apenas € 1.157. Admitindo que ele gasta tudo em consumo corrente (e tem de ser bem “esticadinho” para dar para o mês inteiro), ainda terá de suportar vários impostos indirectos – IVA, IMI, imposto sobre os combustíveis, sobre bebidas alcoólicas, eventualmente sobre o tabaco, sendo que estes 3 últimos representam mais de 50% do preço final dos bens sobre que incidem e sobre eles ainda incide IVA (imposto sobre imposto). Tudo somado, o total da tributação indirecta que ele suporta nos bens e serviços consumidos não deverá andar longe dos 30%. Descontando esta taxa ao seu vencimento “líquido” de € 1.157, ficam-lhe “limpinhos” apenas € 890.
    Agora repare nesta situação: o fp “médio” custa ao empregador € 2.009, mas ele só recebe verdadeiramente € 890. Estamos a falar de uma carga fiscal e para-fiscal que representa quase 71% da remuneração bruta de € 1.584. Claro que é por uma boa causa, é para financiar o Estado Social. Mas não chega, pois ele é de uma voracidade insaciável.
    Percebeu??? Como vê, é só fazer as contas…

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  100. zazie permalink
    31 Janeiro, 2012 21:00

    Tanto paleio e ainda não corrigiram o título do post?

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  101. 31 Janeiro, 2012 21:34

    PMP,
    .
    “O problema português não é o Estado Social (saude, educação e s.social) , cujos custos estão abaixo da média da U.E. em relação ao PIB.”
    Tem a certeza? Mostre-me p.f. os números.
    .
    “Um problema é o Estado Não Social que tem inumeras entidades públicas inuteis, e demasiadas chefias que pouco fazem, muitas delas pelo contrário desfazem e complicam a vida aos cidadãos. Esse Estado Não Social tem um peso demasiado grande e deve ser reduzido em pelo menos 30%, começando pelo topo, pelas chefias inuteis e incompetentes que desbaratam dinheiro ao longo de décadas.”
    Pronto, já vi que você é como os tipos do panfleto que eu critico na posta, quer à viva força fazer grandes os nºs pequenos. Dos cerca de 750.000 funcionários públicos, você sabe quantas chefias existem a ganhar mais de € 3.000 / mês? E no conjunto, quanto pesam nos encargos globais de 21,1 mil milhões que acima refiro? Se forem 20.000, o que duvido, estamos a falar de 1.000 milhões / ano, 5% dos encargos globais. Se você despedir metade, poupa 500 milhões, coisa pouca, quando temos de anular um défice de 10.000 milhões. Ou seja, se você dispensar apenas as chefias das entidades públicas inúteis, continua com os subalternos cujo trabalho também é, naturalmente, inútil. Você está a esquecer-se que, na função pública, chefia que se preze, mesmo que nada faça, tem de se “dar ao respeito” e ter pelo menos 30 ou 40 “índios”, que tb nada farão. Se você mantém estes, a sua economia será residual. O problema é que existe a convicção generalizada que as gorduras estão localizadas, na cintura ou na papada. Não é verdade, é todo o corpo que está obeso.
    .
    “O outro problema são os elevados impostos sobre as empresas especialmente as PME’s. É indispensável reduzir rapidamente a TSU e o IRC para as empresas que aumentem o numero de trabalhadores.”
    Garantidamente que você não defende mais do que eu a redução de impostos. Mas com o défice público astronómico que temos, é inviável descê-los sem primeiro reduzir a despesa. Já por aqui defendi um “nº mágico”: 30.000 milhões de redução da despesa. Para anular o défice, baixar impostos e sobrar ainda um excedente para reduzir a dívida.
    .
    “Continuar com a politica de austeridade Neotonta sem incentivar o aumento das exportações e a substituição de importações só pode dar asneira.”
    Não sei se a política de austeridade é “neotonta” (o que é isso?), mas Portugal é o país onde as exportações mais crescem. Os privados estão a fazer o seu trabalho, o sector público é que continua gastador.
    .
    “O LR parece não querer entender que uma sociedade sem saude, educação e segurança social universais não pode ser produtiva nem criativa.”
    Tem a certeza? Quando ocorreu a revolução industrial, a partir da qual a produtividade e a criatividade dispararam, já existiam esses “direitos universais”. A China e outros países do sudoeste asiático já os implementaram?

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  102. 31 Janeiro, 2012 23:53

    Lr:
    Sim senhor, reconheço que uma leitura apressada do seu texto me levou à conclusão errada do salário médio. Mas, reconhecendo também a demagogia dos mails que deram origem ao seu comentário, que tem tudo o que diz com o Estado Social? Não é Estado Social, aumentar abusivamente os aparelhos administrativos para montar o conhecido sistema clientelar. Quanto custa a brincadeira? Neste caso, em vez de falarmos de Estado social, seria preferível falar dos perigos do bipartidarismo que, na prática, é o que temos.
    Já agora: aquando da revolução industrial, não existiam os “direitos” que acima afirmou já existirem. Foi precisamente por não existirem que surgiu, por exemplo, a famosa encíclica “Rerum Novarum” sobre as péssimas condições de vida e de trabalho dos operários. E dizer que a China é uma economia “criativa”…

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  103. 1 Fevereiro, 2012 01:15

    Trinta e três,
    .
    O Estado Social é uma invenção dos políticos para a compra de votos, sempre com o dinheiro de quem os vende. Não foram os cidadãos que o pediram, foi a criatividade dos políticos que o tornou apelativo. Basta atentar nas promessas eleitorais: nenhuma delas visa a poupança de recursos públicos, mas um contínuo aumento de gastos. O Estado clientelar é uma consequência lógica de todas as estruturas que é “necessário” criar. Quando se entranha e cria interesses, a sua manutenção passa a ser de facto o objectivo.
    No meu comentário acima em resposta ao PMP, falta um ponto de interrogação no último parágrafo. As minhas desculpas pelo lapso. As condições de vida e de trabalho dos operários não melhoraram por causa de nenhuma encíclica, mas porque houve crescimento económico que permitiu uma distribuição mais equitativa. De resto, nos países do norte e centro da Europa, o Estado Social só apareceu depois de mais de um século a acumular capital e riqueza que o tornaram possível. Em Portugal, ele foi criado por decreto e até se consagrou constitucionalmente. Obviamente que era insustentável. Como começa a ser insustentável nos países desenvolvidos, pois cresceu mais que a economia e esta também já não o sustenta.
    Uma economia que cria riqueza como a China terá de ter sempre alguma criatividade. E é essa criatividade que lhes vai permitir atingir em 50 anos o que no Ocidente demorou 200. Talvez aprendam com este e não cometam os exageros do Estado Social. Mas entretanto tb sofrerão as consequências do dirigismo e voluntarismo político na economia. O que poderá acontecer em breve com o estouro da bolha imobiliária.

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  104. Fincapé permalink
    1 Fevereiro, 2012 12:02

    LR
    A maior parte do seu texto anterior é, digamos, “ideologia”. Mas a fraseseguite … por amor da santíssima!
    “E é essa criatividade que lhes vai permitir atingir em 50 anos o que no Ocidente demorou 200.”

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  105. Nuno Lopes permalink
    1 Fevereiro, 2012 15:53

    “Excelente” ataque ao Estado Social 🙂
    E para quem não sabe o que é e para que serve fica aqui um ponto de partida: http://en.wikipedia.org/wiki/Welfare_state
    De facto o Estado Social é um problema.
    Para reforçar esta visão fica aqui o peso do Estado Social em percentagem do GDP ao longo dos anos (OCDE): http://stats.oecd.org/Index.aspx?DataSetCode=SOCX_AGG

    PS: O tom desta participação é claramente sarcástico. Uma lição de com o se pode mentir ao mesmo tempo que se desmonta outra mentira. Não é tanto o acto que me deixa incomodado, mas o que move as pessoas para este tipo de prática me deixa mais inquietado sobre o nosso futuro.

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  106. 2 Fevereiro, 2012 10:44

    Mas como é que querem discutir o “Estado Social” (algo que em Portugal mal existe, diga-se…), sem discutir as opções económicas da maior parte dois países da UE (nomeadamente do nosso)? Como é que se afirma que não há riqueza para o suportar, se nos últimos anos a opção tem sido em desinvestir da produção de riqueza? Tretas!

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  107. 2 Fevereiro, 2012 13:16

    Nuno Lopes,
    .
    Quer por favor apontar a(s) minha(s) mentira(s)?

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  108. 2 Fevereiro, 2012 13:24

    Trinta e três,
    .
    “Mas como é que querem discutir o “Estado Social” (algo que em Portugal mal existe, diga-se…), sem discutir as opções económicas da maior parte dois países da UE (nomeadamente do nosso)? Como é que se afirma que não há riqueza para o suportar, se nos últimos anos a opção tem sido em desinvestir da produção de riqueza? Tretas!”
    .
    Como é que explica os contínuos e crescentes défices públicos? Mas porventura inadvertidamente, você disse uma coisa acertada. Quando as despesas no Estado social são enormes, isso de facto significa um desinvestimento na criação de riqueza, pois o efeito multiplicador nela que tem este tipo de despesas é nulo ou quase.

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  109. 2 Fevereiro, 2012 16:14

    Para si é causa, para mim é consequência. O seu objetivo (não assumido) é que é a salvação do atual paradigma económico, custe o que custar. Ignora o desinvestimento(produtivo) que tem caracterizado a economia europeia, possivelmente ignora as dificuldades por que têm passado todas as empresas que não estejam ligadas à distribuição e ao financeiro, ignora os abusos cometidos (PPP, fundos europeus, e demais casos de polícia) e limita-se ao simplismo dos custos dum suposto “Estado social” (que, repito, entre nós mal existe). Isso, meu caro LR, é propaganda. Nada mais do que isso.

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  110. 2 Fevereiro, 2012 18:00

    Trinta e três,
    .
    Os recursos são escassos e não têm o dom da ubiquidade. Se a despesa pública já ultrapassa os 50% do PIB e ela destina-se maioritariamente ao consumo, menos lhe sobra para investir. E nem todo o investimento é necessariamente reprodutivo, muito dele pode ser ruinoso, a começar pelas PPPs que você refere. Mais deixe-me dizer-lhe que estas ainda não afectaram a despesa pública por aí além, vão começar a pesar a partir de agora e durante os próximos 20 a 30 anos. Olhe com atenção para o quadro do INE que eu linkei na posta, uma síntese muito interessante com evolução desde 1995. Nele pode ver que as Despesas de Capital (onde se contabilizam os custos públicos com as PPPs) raramente ultrapassam os 5% do PIB. E esta percentagem não subirá muito no futuro, pois o Estado irá ter de cortar noutros investimentos – eventualmente mais necessários – para acomodar os valores crescentes das PPPs.
    Agora olhe para a rubrica “Prestações Sociais” e compare-a com a rubrica do lado da receita que a deveria financiar, as “Contribuições Sociais”. E se você quiser estimar os custos do Estado Social, some as rubricas “Prestações Sociais”, “Despesas com Pessoal”, “Consumo Intermédio” e “Subsídios”. Será abusivo considerar que todo o funcionalismo público (a grande maioria constituída por professores, médicos, enfermeiros e outros funcionários ao nível da saúde e da educação) e os consumos intermédios devam ser imputados a 100% ao Estado Social. Mas em contrapartida, uma grande parte das Despesas de Capital também o são (vg., investimento em escolas, hospitais, lares de 3ª idade, etc), pelo que a divergência não deve ser significativa. Compare o somatório com as receitas recorrentes que o deveriam financiar (Impostos + Contribuições sociais) e veja quanto tem sobrado.
    Continua a achar que o que escrevo é pura propaganda???

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  111. 2 Fevereiro, 2012 18:37

    Claro que sim, porque não tem em conta (deixando de lado os motivos que levaram a que se abandonasse o investimento na produção de riqueza, sem o qual nada feito) as perversidades conhecidas e que se hão de conhecer ainda mais. Repare que, de repente, criou-se um consenso em todos os “fazedores de opinião” da área da saúde sobre o desperdício no setor. Na educação, temos um ministro que, antes de o ser, várias vezes denunciou o monstro do aparelho educativo. Até agora, o que fez? Podemos ir por aí fora, ministério a ministério, onde muito provavelmente encontramos situações destas (ou piores, como a criação de cargos sem qualquer utilidade). Tudo isto pesa nos números do que chama “Estado Social” (em todas as rubricas), mas, na realidade, não passam de perversidades.
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    PS: Tenho muito prazer em trocar ideias consigo, mas esta caixa de comentários já vai longa. Será abuso propor-lhe que abra um post sobre o tema?

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  112. 2 Fevereiro, 2012 18:53

    Uma adenda: Quando falo do “monstro do parelho da educação”, claro que me refiro ao aparelho de administração central e regional.

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  113. PMP permalink
    2 Fevereiro, 2012 19:27

    LR,
    As asneiras de politica económica são variadas e não têm nada a ver com a despesa com o Estado Social, que é relativamente baixa em Portugal.
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    A primeira grande asneira foi a decisão em 1991/1992 de aderir a uma moeda forte, seguindo a tal ideologia Neotonta em voga na época.
    Essa decisão foi arrasando a nossa industria e agricultura e é responsável por uma crescimento do PIB demasiado baixo nos ultimos 15 anos.
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    A segunda asneira em 1990 foi a ratificação e teorização do “monstro” burocrático que cresce continuamente e a institucionalização da nomeação dos boys para o sector público.
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    A terceira asneira, quase mortal, foi a ratificação da politica de moeda forte com a adesão ao Euro, uma pseudo-moeda única, cujo câmbio completamente exagerado que acabou por destruir o resto da nossa industria e agricultura e que sendo uma pseudo-moeda externa nos coloca à mercê dos mercados financeiros, provocando ciclos viciosos de aumentos juros e ratings decrescentes.
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    A quarta asneira foi a politica de impostos altos sobre as empresas que nunca foi alterada por nenhum governo , apesar da concorrência esmagadora asiática.
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    A quinta asneira foram as inumeras obras publicas e PPP’s a partir de 2005.
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    Com tanta asneira, culpar o Estado Social da situação portuguesa é uma análise completamente errada.

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  114. 2 Fevereiro, 2012 20:29

    PMP,
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    Você consegue quantificar minimamente todas essas conclusões, ou é simples “wishfull thinking”?

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  115. Nuno Lopes permalink
    4 Fevereiro, 2012 21:28

    LR,
    Quando equaciona Estado Social = Funcionalismo Público ignorando ao mesmo tempo a excessiva concentração de riqueza.

    Sendo um pragmático o Estado Social é uma componente fundamental para Paz. E a Paz é uma componente fundamental do desenvolvimento sócio económico. Ou você acha que teria iPad’s e Continentes em tempo de Guerra?. Talvez o LR não tenha conhecimento, mas nas grandes guerras, tanto morreram os filhos dos ricos como os filhos dos pobres. Talvez seja necessária uma terceira para que pessoas como o LR efectivamente percebam a importância do Estado Social (não falo do funcionalismo público).
    A não ser claro que o LR já não acredite no sistema democrático e acredite numa oligarquia burguesa / nobre que vive em condomínios fechados rodeada por segurança privada como já começa a ser prática em algumas regiões.

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  116. Nuno Lopes permalink
    4 Fevereiro, 2012 21:38

    Para tornar claro, repare LR. Estado Social não é o mesmo que Funcionalismo Público. Nunca foi.
    Não existe uma relação proporcional entre o número de funcionários públicos e o conceito de Estado Social. Não sei de onde foi tirar essa ideia que é expressa na forma como rapidamente concluí o seu pensamento.

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  117. 5 Fevereiro, 2012 17:35

    Caro Nuno Lopes,
    .
    Você não me ouviu afirmar em lado nenhum que Estado Social = Funcionalismo Público, nem tal se pode inferir da posta. Mas é óbvio que o FP é sua parte integrante, embora não exclusiva. Se o Estado decide prestar serviços de saúde e de educação, acha que é possível fazê-lo sem admitir médicos, enfermeiros e professores? Você pode dizer que o Estado poderia fazer o mesmo ou melhor com menos gente e é verdade. Mas isso, meu Caro, desculpe que lhe diga, é não conhecer a lógica de poder, que é aquilo que move os políticos. Como já disse várias vezes e reafirmo, o Estado Social foi uma invenção dos políticos. Sobretudo visando a compra de votos, mas também a justificação de maior despesa. Quanto maior a despesa, de mais dinheiro necessita o Estado e maior é o seu poder. E a despesa vai servir múltiplos interesses que não serão propriamente sociais. Repare que só a Ordem dos Médicos, Sindicato dos Médicos, dos Enfermeiros e dos Professores por si só, quase justificam os ministérios da Saúde e da Educação. Notícias destas 2 áreas versam, na quase totalidade dos casos, os interesses daquelas corporações, nunca os dos doentes ou dos alunos.
    O Estado Social é de facto um “filho” da democracia e constitui um problema deste sistema, que continua a ser o pior, com excepção de todos os outros. Mas não comungo do seu catastrofismo em que ele é o sustentáculo da paz. Esse papel é mais representado pelas Democracias. Repare que, desde a I Guerra, não há história de nenhum conflito bélico entre Democracias. Embora estas continuem a participar em guerras.

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