Saltar para o conteúdo

Dos abusos

15 Março, 2012

A clausula contratual que garante aos concessionários o mesmo retorno mesmo que ocorram aumentos de impostos está a ser vista como abusiva por algumas pessoas. Vamos ver se eu percebo:

– o Estado manda construir uma auto-estrada por 1000 milhões, assinando o respectivo contrato

– no dia seguinte aumenta os impostos e saca 100 milhões ao concessionário. A empresa na prática só recebe 900 milhões.

Vocês estão a dizer que nesta história o que é abusivo é a clausula que garante à empresa o pagamento do que foi acordado? Num país em que o Estado muda a fiscalidade de forma arbitrária o abusador é o gajo que procura precaver-se contra essa incerteza?

37 comentários leave one →
  1. Me's avatar
    15 Março, 2012 14:16

    tudo bem , tem razão. pena que o resto dos contraentes com o estado , os chamados pé rapado contribuintes , não possam celebrar os obrigatórios contratos com o estado assim , em que mesmo que subam os impostos o nosso rendimento continua o mesmo !!!!
    do que diz o que se retira é que ppp nunca mais , têm uns privilégios na celebração de contratos que violam a cena de que somos todos iguais perante a lei patata patati.

    Gostar

  2. JPT's avatar
    JPT permalink
    15 Março, 2012 14:28

    Vá ler o art.º 437.º do Código Civil. Se não tem um Código Civil e é economista, gestor ou contabilista ou outro desses tipos que passam a vida a fornicar a vida dos advogados com o seu desconhecimento das regras mais básicas pelas quais se rege o nosso Estado, percebo que não ache bizarro o Estado limitar, para todos os efeitos, uma sua função de soberania – a de lançar e cobrar impostos – num contrato com um particular; ainda por cima, um contrato outorgado pelo Governo, quando a competência nessa matéria é exclusiva da Assembleia da República. E noto que nem discuto a premissa essencial da bondade do seu raciocínio que é de que ambos os contraentes (o governo e os particulares) agiram de boa-fé, e não estavam conluiados para garantir, a uns rendas eternas, e a outros tachos vitalícios e cursos em Paris, tudo à custa do contribuinte.

    Gostar

  3. Eleutério Viegas's avatar
    Eleutério Viegas permalink
    15 Março, 2012 14:45

    A posição de princípio é válida, JM. Mas num país onde o Estado muda a fiscalidade todos os dias não podem ser só alguns a estar ao abrigo desses arbítrios. Ou há moralidade ou comem todos!

    Gostar

  4. Joao Santos's avatar
    Joao Santos permalink
    15 Março, 2012 14:47

    Esses contratos das ppp´s incluem uma cláusula não escrita e que, por ser tão comum em Portugal, muito admira que não seja tida em conta nos doutos pareceres anteriores e, em especial, no texto que as motivou. Trata-se da CRM, ou seja, a cláusula recorrente da manigância, esse princípio infalível, indispensável e omnipresente na convivência das trocas e baldrocas lusitanas que enforma as relações privado-públicas, publico-públicas, público-privadas e privadas-privadas.

    Gostar

  5. A C da Silveira's avatar
    A C da Silveira permalink
    15 Março, 2012 14:57

    João Miranda, os empreiteiros já estão defendidos contra essa eventualidade, porque já não pagam impostos em Portugal. O Soares dos Santos era o Ultimo Moicano. Fraco argumento, meu caro!

    Gostar

  6. JHB's avatar
    JHB permalink
    15 Março, 2012 15:09

    Qual incerteza? Se já há uma cláusula contra a subida de impostos, a incerteza desaparece.

    Gostar

  7. von's avatar
    von permalink
    15 Março, 2012 15:18

    Insisto: onde está essa sua indignação, quando contratos de trabalho assinados, são alterados unilateralmente.

    Gostar

  8. AB's avatar
    15 Março, 2012 15:22

    Este João Miranda parece o Miguel Sousa Tavares com o tabaco.
    .
    E quando o Estado aumenta 2% nos vencimentos dos seus funcionários e a seguir aumenta o IRS, IVA, transportes, corta deduções e subsídios de Natal e Férias….?
    .
    O que está em causa é que a clausula contratual que prevê o retorno integral sejam quais forem as circunstâncias é abusiva.
    .
    Negócios assim não têm risco e empresas que funcionam assim são empresas mama na teta!

    Gostar

  9. von's avatar
    von permalink
    15 Março, 2012 15:23

    Volto a insistir: então, qualquer governo que assine contratos que lesam brutalmente o Estado, é apenas uma fatalidade democrática. Se um incompetente, ou talvez competente na sua zona de conforto, assina um contrato que prejudica o Estado, qual a defesa desse Estado, dado não existir responsabilidade criminal? Onde está a linha do adquirido? No contrato individual? Neste caso, qual a diferença entre investimento e subsídio? A terminologia legal? Algures o senhor fala de Sopranos e Co. Este tipo de negócio não se inscreve com clareza nessa esfera?

    Gostar

  10. von's avatar
    von permalink
    15 Março, 2012 15:24

    A sua concepção de mercado livre é caricata: negócios sim, mas sem risco.

    Gostar

  11. Fredo's avatar
    Fredo permalink
    15 Março, 2012 16:24

    Quando o Estado altera unilateralmente os contratos com os mais fracos que são os reformados verdadeiros , que descontaram durante 40 anos mais de um terço do seu salário, já na fase final da vida, sem nenhuma força para lutar,
    gostava de ter lido os posts que revelassem a indignação do João Miranda.

    Gostar

  12. Alfredo's avatar
    Alfredo permalink
    15 Março, 2012 16:30

    “….negócios sim, mas sem risco.”

    Ora nem mais! Eis o resumo do pensamento “””””””””liberal”””””””””” do Sr.Miranda.

    Uma das características nucleares do CAPITALISMO é o………RISCO!
    ….mas estes “””liberais””””portugueses (passe o oxímoro) não gostam de…….risco (era só o que faltava).
    O que eles gostam é de “welfare for the rich” e/ou, privatizem-se os lucros e socializem-se os prejuízos.

    De uma desonestidade intelectual imensa. Não iriam gostar nada de um sistema de mercado LIVRE.

    PPP’s?!??!?? O que é isso??!??

    Não entendo e não concordo: um empresa ou é pública ou é privada. Sem mais e tão só. Estas tretas só servem para …..”isto”.Que nojo.

    Gostar

  13. CA's avatar
    15 Março, 2012 16:33

    Apoiado, João Miranda!

    Exige-se o mesmo tratamento para todos os contratos com o Estado, a começar pelos contratos de trabalho!

    Gostar

  14. Buiça's avatar
    Buiça permalink
    15 Março, 2012 16:42

    Deixe-se de semânticas.
    Se quer um exemplo do abuso que existe em TODAS as PPP pode usar este:
    “O parecer do Tribunal de Contas é público e de consulta fácil, mas bastará dizer que o custo total da ponte foi de 897 milhões de euros, dos quais 319 foram suportados por fundos de coesão. Ou seja, o custo real foi inferior a 600 milhões. No entanto, o contrato de concessão é de 30 anos e, só em 2010, as receitas das portagens nas duas pontes chegaram aos 75 milhões.”

    Gostar

  15. Ricciardi's avatar
    Ricciardi permalink
    15 Março, 2012 16:42

    Oh Joao Miranda, v.exa. é demasiado estatista para o meu gosto.
    .
    Deixe-me lá REFORMULAR as suas dúvidas:
    «o Privado (Estado) manda construir uma obra (auto-estrada) por 1000 milhões, assinando o respectivo contrato

    – no dia seguinte o ESTADO aumenta os impostos e saca 100 milhões. A empresa na prática só recebe 900 milhões.»
    .
    Qual é a dúvida, afinal?
    .
    Rb

    Gostar

  16. Anti-Socas's avatar
    Anti-Socas permalink
    15 Março, 2012 17:12

    JM,

    1) O cenario que coloca nao existe. Os impostos so sao cobrados sobre lucros, e para haver lucros a empresa tem de receber mais do que os 1000 milhoes.
    Portanto o cenario que esta em causa e’ que o estado manda fazer uma estrada de 1000 milhoes, decide pagar 1800 milhoes, e depois aumenta os impostos de forma a que o valor passe para 1500 milhoes. O Estado pode ter impostos de 100%, que nunca conseguira pagar menos de 1000 milhoes.
    .
    2) De qualquer forma, tente aplicar esse raciocinio fora das PPP’s, e ve o ridiculo. Entao se eu tiver um contrato de fornecimento de papel ao Estado por 2 Eur a resma, por 5 anos, se o Estado subir o IRC entao o contrato deveria automaticamente ser ajustado para 2,2 Eur a resma? A variacao de impostos nao faz parte dos negocios?
    .
    3) Idem se eu for trabalhador do Estado. Entao tenho contrato permanente para receber 1000EUR/mes e o Estado aumenta-me o IVA, IRS, whatever, esta o Estado obrigado a aumentar-me o salario para 1200EUR para compensar. (Segundo o PCP, provavelmente sim…)
    .
    A unica coisa para a qual a empresa tem direito de defender-se, e’ contra impostos lancados especificamente contra essa empresa. Mas isso nao precisa de clausula contratual, isso nao e’ permitido na lei portuguesa.

    Gostar

  17. Costa Cabral's avatar
    Costa Cabral permalink
    15 Março, 2012 17:12

    Mas quem é que manda fazer contratos com o Estado Português?
    As concessionárias que vão chular para a Mauritânia!

    Gostar

  18. Carlos Duarte's avatar
    Carlos Duarte permalink
    15 Março, 2012 17:17

    JM,
    Fornique-se (que é para ser delicado)! Vc. às vezes parece que não quer ver.
    Quando o Estado faz uma obra ou assina um contrato, fá-lo como se fosse um qualquer privado. Tanto faz ser o Estado a mandar construir uma estraga e paga à Mota-Engil ou ser a D. Maria Francisca a mandar construir um galinheiro ao Joaquim Trolha, Unipessoal, Lda!
    Se no dia seguinte aumenta os impostos (que NÃO podem, por lei, ser descrecionários, logo afecta tanto a Mota-Engil como o Joaquim Trolha), isso não tem NADA, ZERO, RIEN DE RIEN a ver com o contrato. É (apenas) o Estado a exercer o direito de soberania mais básico (que muitos, aliás, dizem que define o Estado) de cobrar impostos. O Estado não a) se recusou a paga à Mota-Engil, ou b) pagou um preço mais baixo que o contratado (aliás, o costume é o contrário – claúsulas de fecho de preço ou de protecção contra incumprimentos são desconhecidas!).
    Se o Estado assina contratos lesivos para o Bem Comum (repare nas maiúsculas) tem o DEVER de corrigir o mal que daí advenha para os Cidadãos (novamente maiúsculas) como UM TODO! Se a maneira de o fazer for, LEGALMENTE e SEM QUEBRAR A PALAVRA DADA, subir os impostos, que o seja!
    Pela sua lógica, se um dia uma versão “pior” do Eng. Técnico José Sócrates Pinto de Sousa for parar ao Governo (Deus nos livre!) e resolver fazer contratos fantásticos que, passados 5 ou 10 anos, arruinam o País (imagine PPPs que resulte em encargos anuais superior ao PIB – pode acontecer), o País que se “fornique” porque o que conta são os pressupostos NÃO CONTRATUAIS aquando da assinatura dos tais PPP.
    Eu sei que Vc. é investigador e portanto nunca teve a sorte ou o azar de ter pessoas a dependerem de si para receberem ao fim do mês, nem tem que se preocupar em fazer vender o seu peixe – a bolsa ou o valor do contrato cai certinho ao fim do mês, pago pelo Estado (o mesmo das PPP) – mas eu tenho e custa MUITO ver os privados com que trabalhos, aflitos, por causa de negociatas entre o Estado e empresas parasitárias que por aí abundam (e no caso da Indústria com que trabalho, a EDP está muito, mas MUITO à cabeça).

    Gostar

  19. O SÁTIRO's avatar
    15 Março, 2012 17:35

    http://www.publico.pt/Sociedade/tribunal-constitucional-diz-que-escutas-a-socrates-podem-ser-ouvidas-por-tribunal-de-aveiro-1538035

    Grande vitória da Justiça……..e do Estado de Direito Democrático
    derrota em toda a linha da corrupção……do amiguismo……..da vigarice……da maçonaria….do tráfico de influências

    Gostar

  20. lingrinhas's avatar
    lingrinhas permalink
    15 Março, 2012 17:36

    No contrato que eu tenho com estado e nunca oviolei mesmo assim já me roubaram e já me disseram que durante “dois anos?” vão continuar a roubar.

    Gostar

  21. AB's avatar
    15 Março, 2012 18:12

    “Vocês estão a dizer que nesta história o que é abusivo é a clausula que garante à empresa o pagamento do que foi acordado? Num país em que o Estado muda a fiscalidade de forma arbitrária o abusador é o gajo que procura precaver-se contra essa incerteza?”

    Ou seja: roubo contratado e blindado!

    Gostar

  22. aremandus's avatar
    aremandus permalink
    15 Março, 2012 18:29

    o zé povinho,sim,pode ser liberalmente roubado. tutti spogliatti!
    agora , as pps??? nem podem perder um tostão!

    Gostar

  23. Portela Menos 1's avatar
    Portela Menos 1 permalink
    15 Março, 2012 18:54

    Um Biologo a tratar de Fiscalidade é um abuso … à inteligência das pessoas!

    Gostar

  24. Zé's avatar
    permalink
    15 Março, 2012 21:09

    Vão falar de justiça aos credores privados da Grécia que renegociaram “voluntariamente” a dívida.

    Gostar

  25. Gasel's avatar
    Gasel permalink
    15 Março, 2012 23:20

    o JM andou desaparecido em combate!
    Parece que voltou à grande forma que o notabilizou: posts completamente idiotas!!

    Gostar

  26. Portela Menos 1's avatar
  27. neototo's avatar
    neototo permalink
    16 Março, 2012 07:42

    Chegou 2008 e tal parecia que JM percebia que ai Estados e Estados Unidos e Estaditos. Mais nao. Tivo que chegar 2011 e a Troika para començar a cair do burro. Cair do cavalo e coisa mais seria e só para iluminados. Pois nessas andamos agora mais todo chegará para considerar que ai nestes modernos tempos:
    a) Estados pseudo-liberais
    b) Estados porkitos
    c) Estados que nem-siquer- chegam-a-porkitos
    d) Estados de chichi-nabo
    e) Estados que nao sao nem estados.
    f) Resto.
    Mais ja vamos na boa direçao. Houve necesidade de que sacaram o coitelo e nos puxeram contra a espada e contra a parede. Foi tarde e o tempo perdido?. Ainda o sol nao se apaga por tanto a terra ainda vai durar e durar e durar…

    Gostar

  28. neototo's avatar
    neototo permalink
    16 Março, 2012 10:20

    E para melhor comprender a situaçao actual e estados dos Estados-porkitos podemos diferençar e subcategorias:
    B.1) Estados porkitos alinhados com Cameron/UK.
    B.2) Estados porkitos que nao gostam dessse alineamento.

    Nota.Claro que estas foram observaçoes de circunstancias e portanto sao situaçoes coiunturales e do memento quem nos diz que em Avril nao ái movimentos téctonicos de placas ou outros alineamentos? ou quem nos assegura que em Maio nao temos que ampliar para B.3). Estados porkitos falidos.
    Vamos ver…

    Gostar

  29. vascosilveira's avatar
    vascosilveira permalink
    16 Março, 2012 10:40

    Caro João MirandaAprecio muito a clareza do seu raciocínio, e a ironia com que é apresentado. Desde a saudosa revista Atlãntico .
    But, a insistência acerca da renegociação das PPP já faz lembrar a do Sr. “Porras y Porras” – o nome não é famoso, e a insistência de muito mau gosto : _ No mínimo exigimos “desreclamação” em papel de 35 linhas, selado – eu sou muito antigo, a declarar total desinteresse pessoal no assunto e seus intervenientes.
    Claro que tal não deveria ser necessário num mundo em que a responsabilização fosse adequada, mas este é o mundo em que vivemos : os campos siberianos do Gulag também tinham contratualizados valores mínimos de abastecimento de factores de produção, mas já não os recebem: mudou o contexto, não foi o contrato. O problema com os eslavos, latinos,e inúmeros outros povos e raças, é que o contexto é muito instável. Os contratos são só uma das muitas áreas afectadas por essa instabilidade. Como a civilização, educação, etc, etc.
    Cumprimentos
    Vasco Silveira

    Gostar

  30. António's avatar
    António permalink
    16 Março, 2012 11:23

    Essa cláusula contratual, se não é abusiva concede pelo menos uma vantagem injustificada a uma das partes e viola os princípios da livre concorrência. A lei que aumenta os impostos é geral e abstracta; o contrato é por definição celebrado entre duas pessoas. Este contrato em particular equivale a um contrato de trabalho em que fosse obrigatório aumentar o trabalhador sempre que aumentasse o IRS ou em que, em geral, uma das partes estivesse protegida das contingências que afectam a generalidade das pessoas. É um dos problemas do nosso país: há os que arriscam e aqueles em que os outros, nós todos, arriscam por eles.

    Gostar

  31. trill's avatar
    trill permalink
    16 Março, 2012 11:49

    o JM não é pago pelo Estado – com o dinheiro destes palermas dos contribuintes – para fazer qq coisa que não é seguramenrte andar a propagandear a defesa do interesse daqueles que Roubam os contribuintes? Os Estado está falido devido a contratos e PPPs que enriqueceram os privados – tal como na Grécia os privados vão perder, ainda qued devessem perder muito mais. E vão perder, mais que não seja porque devido a eles – e especialmente aos governantes corruptos que os têm andado a proteger com os contratos ruinosos para o próprio Estado que assinaram – o Estado foi à falência. Não é claro? É preciso a Troika pôr cá um escritório permamente ou nomear um comissário para Portugal para que isto seja transparente? (pois… se calhar é.. a troika é que ainda não percebeu que vai ter de usar a artilharia pesada para quebrar as máfias portuguesas e seus spin docs)

    Gostar

  32. MayBeNot's avatar
    MayBeNot permalink
    16 Março, 2012 12:44

    Vamos ver se eu percebo:
    – o Estado manda construir uma auto-estrada por 1000 milhões, assinando o respectivo contrato.
    – no dia seguinte REDUZ os impostos e OFERECE 100 milhões ao concessionário. A empresa na prática recebe 1100 milhões.

    O concessionário deve devolver o dinheiro?

    Gostar

  33. 7anaz's avatar
    7anaz permalink
    16 Março, 2012 14:35

    O abusador é o gajo que procura precaver-se contra o risco do negócio (conceito estranho este, que o sr Mexia e outros tantos parecem desconhecer), garantindo à priori o seu retorno, independentemente do que o futuro lhe reserve. Aliás, errado mesmo, é chamarmos negócio a isto.

    Gostar

  34. JPT's avatar
    JPT permalink
    16 Março, 2012 15:47

    O bloguista aldrabão faz escola. Ontem tivemos direito a um ilustre causídico português que – ATENÇÃO – não é advogado da EDP (os sócios do escritório dele dele é que são), a defender a cristalina legalidade desta coisa de contratualizar uma proibição do estado cobrar impostos e a dizer que é evidente que o Secretário de Estado tinha de ser corrido (como foi) pois não tratava com a devida deferência os constituintes dos seus sócios. Passem os juízos deontológicos sobre a coisa (onde, pelos vistos, o ilustre causídico tem tanto arrojo como os seus sócios tiveram nos contratos que fizeram) fica o juízo político: se os amigos que este governo tem são como o Dr. António Lobo Xavier percebe-se que não esteja preocupado com os inimigos.

    Gostar

  35. aremandus's avatar
    aremandus permalink
    16 Março, 2012 16:02

    passou-me na oral a economia política o l xavier…como advogado sempre fiel aos seus constituintes…é a vida.

    Gostar

  36. e-ko's avatar
    e-ko permalink
    16 Março, 2012 17:11

    JM e sua crença no mercado a funcionar:
    .
    os riscos de todos os eventuais prejuízos com falcatruas bancárias (BPN), com as crises financeiras e económicas internacionais, impostos que venham a fazer face a crises e reduzir as rendas abusivas, não podem ser pedidos às grandes empresas, é um abuso… mas têm de ser os cidadãos e não só os contribuintes a asumir os riscos e os custos na factura, nos variados impostos e nas variadas restrições de acesso a serviços de base…

    Gostar

  37. crizzum's avatar
    crizzum permalink
    17 Março, 2012 23:17

    Claro JM, essa é a saída. tributam-se as empresas detentoras de PPP em 90% dos lucros.
    Elas podem sempre abrir falência…

    Gostar

Deixe uma resposta para neototo Cancelar resposta