Eurobonds
5 Junho, 2012
Eurobonds são títulos de dívida emitidos por 17 países. Destes 4 estão falidos (Grécia, Chipre, Portugal e Irlanda), 1 está a caminho (Espanha), 1 tem uma dívida de 120% do PIB (Itália), 1 está tentado a seguir o caminho do desastre (França). Todos violaram o pacto de estabilidade que estabeleceram entre si. Se este bando de falidos e enrascados se unir para emitir dívida os investidores vão querer saber duas coisas:
1. O que impede que ocorra uma tragédia dos comuns da dívida, tendo em conta que a dívida é garantida por todos mas os ganhos que se retiram do endividamento são individuais?
2. Se a Eurozona se desmembrar quem paga aos detentores de eurobonds?
43 comentários
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Por definição uma zona monetária é fechada, ou seja os Euros só são válidos na Zona Euro.
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Assim a divida garantida por todos não tem risco significativo
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A taxa de juro das eurobonds resultará da arbitragem com as Bonds Alemãs, mas terá tendencia a convergir com esses titulos.
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No limite o BCE comprará Eurobonds para reduzir os juros.
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PMP,
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Não resondeu às duas perguntas do post.
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Destes 4 estão falidos (Grécia, Chipre, Portugal e Irlanda). Joao Miranda
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Anticomuna, sff., olha para o futuro que adevinha este “profeta”…
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Por definição, se os eurobonds não forem garantidos pelos paises mais ricos, servem para papel de parede e pouco mais. Os eurobonds com que a esquerda sonha, com o lunatico que é presidente da França à cabeça, são um aval dos alemães aos desmandos orçamentais que eles querem continuar a praticar. É a herança que a esquerda europeia quer deixar aos filhos e aos netos: dividas.
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1- Só tem acesso a eurobonds os paises que respeitarem um deficit pré-estabelecido, que óviamente terá de ser da ordem dos 5 a 6% e não a bacoquice dos 3% da Terra do Nunca.
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2- As Eurobonds são titulos garantidos por todos , mesmo após o fim do euro.
No dia do fim do euro este terá um câmbio contra um cabaz de moedas novas e velhas que servirá de referencia.
O prazo de emissão não deve ser superior por isso a 5 anos para que o risco do fim do euro seja baixo
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apoiado!! essa são as razões para não emprestar dinheiro publico à banca…
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PMP,
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Se o défice máximo é de 6%, então devemos esperar que os eurobonds venham a longo prazo a ter o rating de um país com 6% de défice. Será um rating parecido com o que Portugal tem agora.
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Quanto a quem paga em caso da implosão da eurozona, falta identificar um responsável. Portugal ou a Grécia certamente que não terão condições para assumir o pagamento e ninguém garante que a Alemanha assumirá as dívidas comuns. Quanto a emitir dívida a menos de 5 anos, isso torna-a pouco fiável para o emissor.
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Os eurobonds são mais uma encrenca da esquerda que só sabe fazer dívidas, tendo em conta que nunca têem intenção de as pagar.
Já dizia o outro labrêgo que: as dívidas são para gerir, não para pagar…
Daí que, os donos da massa não vão na grupada de comprar títulos de dívida, sabendo que nunca mais receberão o “seu”.
Nem o BCE anda a dormir…
Quer se goste quer não, quem manda é a Merckel, e ela não quer, o resto é letra.
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JM,
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1 – as eurobonds por definição são imunes ao deficit de cada estado por quase não existir risco de incumprimento. Os euros não se gastam, circulam , por isso têm de estar aplicados em algum lado.
No limite o BCE compra titulos até que o mercado se aperceba do baixo risco.
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2- Em caso do fim do euro cada país ficará com parte da divida proporcional à sua utilização e pagará num cabaz das novas moedas.
Devido a este risco os juros de mercado serão sempre superiores a uma situação de moeda própria, como é o caso do R.U., Dinamarca e Suécia.
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3 – o prazo de emissão é irrelevante porque a divida é refinanciada continuadamente.
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3 – Se Portugal se “desmembrar” quem é que paga as PPP?
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É urgente que se penhore o ouro do Salazar, caucione o Museu dos Coches e cative a Torre do Tombo de forma a assegurar o cumprimento integral dessa divida. O ideal seria levar já para Frankfurt o colateral necessário de forma a apaziguar e acalmar os “investidores”.
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“Se este bando de falidos e enrascados se unir para emitir dívida”, os investidores, por aquilo que o João Miranda diz, não vão querer saber de nada. Simplesmente, não compram títulos e fucam com o seu problema resolvido.
De qualquer forma, os investidores pediram-me para agradecer ao João Miranda a sua preocupação.
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“Se este bando de falidos e enrascados se unir para emitir dívida”, os investidores, por aquilo que o João Miranda diz, não vão querer saber de nada. Simplesmente, não compram títulos e ficam com o seu problema resolvido.
De qualquer forma, os investidores pediram-me para agradecer ao João Miranda a sua preocupação.
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O comentário anterior foi enviado com erro no email e foi para a moderação. Por isso, não vale a pena ser colocado por João Miranda. O desabafo já lá está. 😉
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O João Miranda como anti-europeísta que é, sabe mas não quer dizer:
1º) o que é (ou devia ser) uma “zona monetária”;
2º ) como se faz a circulação da moeda;
3º) que não há (nem deve haver) investimentos sem riscos.
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««1 – as eurobonds por definição são imunes ao deficit de cada estado por quase não existir risco de incumprimento. Os euros não se gastam, circulam , por isso têm de estar aplicados em algum lado.
No limite o BCE compra titulos até que o mercado se aperceba do baixo risco.»»
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Ou seja, os eurobonds são seguros da mesma forma que os bonds da Turquia são seguros. No limite o banco central inflaciona e quem comprou os eurobonds recebe em moeda desvalorizada.
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««2- Em caso do fim do euro cada país ficará com parte da divida proporcional à sua utilização e pagará num cabaz das novas moedas.»»
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Isso implica que a segurança dos eurobonds depende da capacidade de pagar de cada país e, claro, é afectado pelos défices de cada país, tal como as dívidas nacionais.
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(…) Todos violaram o pacto de estabilidade (…)
Incluindo a amada Alemanha.
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1 – mandamos a Elionor Ostrom dar uma acções de formação em bruxelas
2- fazemos igual ao que fizemos na 1ª e 2ª guerra mundiais e pregamos tb um calote à alemanha como ela fez à grécia.
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3 MESES – Avisa o velho capitalista!
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I expect that the Greek public will be sufficiently frightened by the prospect of expulsion from the European Union that it will give a narrow majority of seats to a coalition that is ready to abide by the current agreement. But no government can meet the conditions so that the Greek crisis is liable to come to a climax in the fall. By that time the German economy will also be weakening so that Chancellor Merkel will find it even more difficult than today to persuade the German public to accept any additional European responsibilities. That is what creates a three months’ window.
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http://www.georgesoros.com/interviews-speeches/entry/remarks_at_the_festival_of_economics_trento_italy/
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A emissão conjunta de Eurobonds é uma questão de justiça, sobretudo ao poder exorbitante do euro beneficando claramente a Alemanha, veja-se o seu superavit, os juros que beneficiam, etc Trata-se de uma questão de repartição da riqueza criada na zona euro e, sobretudo, uma taxação à usura das dívidas soberanas, não é justificável os juros de dívida que pagamos, só este ano de 8 mil milhões(e lá se vai os efeitos das medidas de austeridade), e daqui a quatro anos o dobro…. É necessario moeda a circular para possibilitar criação de riqueza, obviamente controlada para a consecussão desse objetivo, mas, urge de parar esta “sangria”, e sobretudo que os juros exagerados de uns possam ser usados para o crescimento economico do países da zona euro. Concordo em grande parte com o PMP,e mais, a desvalorização decorrente da emissão dos eurobonds, servisse para taxar indiretamente os especuladores, e que esse dinheiro fosse direcionado para o crescimento..
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A discussão academica é muito agradavel de seguir, mas na mimha modesta opinião foge completamente à realidade. Um eurobond é para todos os efeitos uma promissoria, com uma data de vencimento, e um juro remuneratorio. Só tem valor se quem comprar a promissoria, tiver uma garantia de que recebe os juros contractados, e no vencimento o dinheiro que investiu. E aqui é que “a porca torce o rabo”: se a Alemanha não se atravessar, ninguem quer os eurobonds, nem dados. E a Alemanha só vai pensar se se atravessa ou não, depois de os problemas relativos aos defices e às dividas publicas estiverem resolvidos nos paises do sul. E o resto, com todo o respeito por aqueles que aqui escrevem e sabem mais do que eu, é conversa, porque não há ninguem que consiga convencer os alemães, sejam da CDU ou do SPD, do contrário.
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Resposta às suas questões:
1- A Alemanha
2- A Alemanha
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Como dizia o Guterres, é fazer as contas:
Dos 17, 7 estão falidos , em vias disso, ou assim.
Sobram 10. Serão essas a pagar.
É assim tão difícil de perceber?
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“Vielen Dank. Ich bin ein Schüler von Angela…”
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Na situação atual, a Alemanha não só beneficia com os juros da dívida, como beneficia da própria “fuga” de capitais que- pasme-se!- é feita dentro da própria Zona Euro. Ter uma moeda única neste contexto, é ter o telhado da casa sem primeiro construir os alicerces. Ignorar isto e limitar a análise a exercícios de aritmética.
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JM,
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1 – Por definição lógica numa Zona Monetária a divida única não tem risco de incumprimento significativo, especialmente se o prazo for curto ou médio (5 anos maximo).
Os investidores aplicam os Euros que recebem do BCE num portfólio de titulos de divida publica e naturalmente uma parte iria para Eurobonds.
Não têm como escapar a isso.
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2 – Se o deficit médio da Zona Euro for de 3% ou 6% a diferença de risco é baixa porque os Euros têm sempre de ser aplicados. Mais deficit implica mais moeda em circulação que depois é aplicada na compra de titulos.
É sempre um processo circular, isto da moeda e dos titulos de divida publica.
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3 – A taxa de juro é determinado por arbitragem entre os outros titulos em oferta e inclui as expectativas de inflação.
Mas se a inflação for alta o deficit terá tendência a baixar em valor real e a divida publica também, ou seja a inflação reduz o valor real da divida, compensado o aumento nominal dos juros.
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Nos EUA não há esse problema, unidos para o bem e o mal, numa unidade .
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Os sete falidos estiveram a comer de graça à sombra da bananeira e agora os outros 10 é que vão pagar o patau? Espera aí que já cospes…
Só quem fôr tolo é que compra eurobonds desta tropa.
Exemplo, se aminha vizinha não me pagar o que lhe emprestei, fácil, não há mais nada para ninguém…nem que ela me diga que me vai reebolsar em dobro.
Com fajardos ninguém se meta…
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Se não querem Eurobonds é porque não querem Euromoney, é só isso.
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Euromoney sem Eurobonds não é possivel , como se comprova.
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O Euromoney escoa-se para a Alemanha e depois os bancos vão ao charco e depois vai o resto.
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Acho que a maioria dos comentadores (excepto o A C Silveira, no comentário das 14h00, e talvez o Paulo, no comentário das 14h06) não perceberam o ponto essencial do post do João Miranda: a discussão sobre as eurobonds é meramente académica porque nunca virão a existir.
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Os países que as querem são os que não fazem tenções de as pagar. Até o PMP o admite, no comentário das 10h37, ao falar de um limite para o deficit público de 5 a 6% do PIB (o real será de 10 a 20%, fruto da “contabilidade criativa” e da “flexibilidade” da Comissão Europeia). Mesmo um deficit público real de 5 a 6% é absurdo para países já extremamente endividados.
E os países que teriam que as pagar rapidamente deixariam de eleger políticos que as defendam.
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Assim, a Alemanha só aceitará as eurobonds em condições que os “falidos” nunca aceitarão: uma disciplina orçamental férrea (5 a 6% do PIB sim, mas de superavit, não de deficit) e a Alemanha a substituir os Governos dos países “ajudados” em todas as decisões sobre economia e finanças públicas.
Quem julga que os alemães estão dispostos a continuar a pagar o “estilo de vida grego, cipriota e português” (a Irlanda é um caso completamente diferente) é melhor voltar a tomar os comprimidos.
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JAL,
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Você continua a não entender que num sistema monetário normal com crédito o deficit publico é inevitável, da ordem dos 3% para manter a economia estável, devido à taxa de poupança.
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Agora se lhe somar a queda do consumo e do investimento privado então para manter o PIB terá de ter um deficit adicional de 2 a 3%.
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Ou seja 3% mais 3% = 6% . Repare que o R.U. e os EUA e o Japão precisam de 8% para manter o PIB ou crescer um pouco.
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Se o PIB cair durante dois ou mais anos o sistema bancário começa a entrar em insolvencia e a recessão agrava-se.
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Quem não entende isto não entende nada da realidade.
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PMP,
A ideia é manter défices de 8% para sempre? Meta isso no Excel e depois diga o que deu.
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PMP,
Paulo M Pereira, certo?
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Pois já no tempo do Camel, do TresVintes, Paris, SG, do CT, dos Definitivos, Provisorios ou dos Kentukies era assim para ‘viciar’ a malta (branquimha era o bagaço, ora não):
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Subliminal Propaganda Exposed!
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Ora ora velha como a ‘se de braga’.
O tempo do tabaquito do Pessoa versus.
A julgar netes, parece que agora é o mega hiperativo duma rapaziada que anda por aí diariamente eufõrica:
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Sstaffs should be tested for cocaine, Met chief suggests
Surgeons, teachers, nurses and other professionals should be randomly tested for cocaine use to stem the booming trade in the drug, Britain’s most senior policeman has suggested
http://www.telegraph.co.uk/news/uknews/crime/9272093/Middle-class-staff-should-be-tested-for-cocaine-Met-chief-suggests.html
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E a culpa é do tinto e do tabaco. Parece que pois.
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Acho que se deveriam lançar as Hollande-bonds sem a Alemanha, a Holanda, a Finlândia e a Áustria. Seriam garantidas e pagas pelos restantes países. Não precisamos dos países nórdicos para nada para lançar estas bonds. Assim já poderiamos financiar os nossos défices à vontade.
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São uma espécie de “Bonos Patrióticos” da falida Catalunha. Os incautos nem lhe verão a cor. Como dizia Estaline sobre eventualmente devolver o Ouro que os comunas e PSOES republicanos de 36 roubaram e entregaram à sua guarda:
“Mais cedo verão as próprias orelhas”
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Espanta-me a grande convição de alguns comentadores da impossibilidade dos eurobonds, Berlusconi já percebeu, ou emite moeda ou adeus euro, a Espanha também, mas nós somos realmente almas resignadas. A própria Alemanha puderá pagar bastante caro essa impossibilidade.
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Pedro Pinheiro,
Não sei em que mundo julga que vive mas vá dizer aos alemães que é uma “questão de justiça” serem obrigados a continuar a sustentar a Grécia e Portugal e que isso é o melhor para eles. Vai ver o que lhe respondem.
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É melhor para a Alemanha estar inserida numa União Europeia pela influência diplomática e poder económico acrescidos que isso tráz e está até disposta a pagar por isso. Mas não está disposta a pagar cada vez mais para sustentar países que não querem fazer a sua parte do trabalho. Não apenas porque isso compensa cada vez menos mas porque não é sequer sustentável.
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Ou cada país faz a sua parte e vive de acordo com as suas possibilidades ou a União Europeia não é viável. A integração política e fiscal que está a ser promovida “à bruta” é precisamente para a Alemanha ter o poder de forçar países como Portugal a cumprirem as regras com que se comprometeram. Assim, ou Portugal deixa a União Europeia e desvaloriza a sua moeda (ou seja, deixa de se armar em rico com o dinheiro dos outros) ou “entra nos eixos”, por vontade própria ou cedendo a sua independência política e fiscal e deixando de ter vontade própria.
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“É melhor para a Alemanha estar inserida numa União Europeia pela influência diplomática e poder económico acrescidos que isso tráz e está até disposta a pagar por isso”.
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Falando alto y claro. Os (coitaditos) alemaes sempre sofreram daquele altisimo ego histórico que um tal o Bismarck levou para a práctica de començar a meter na vereda a Europa. Esto enlaça com que antes outros ilustres antecesores que nao dá a pena traer aqui na colaçao. E tavez deveriam (vendo e analiçando a composiçao do material de que estao feito o resto dos europeos) que tam´bem essa é outra historia para debater.
E mira lá por onde. Ilustres ideologías neoliberais vindo do outro-lado-do-charco vinheram a pelo para conseguilo de uma forma sutil , sutil tao sutil que até teremos plano Marshall e todo, digo, uma especie de eurobonos para os ilusos nao crer que ficam completamente desamparados nesta aventura histórica…
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JAL
O problema é a estreiteza do seu ponto de vista, a falta de uma perspetiva holistica.
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JM,
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Explique-nos o que acontece e como acontece se os países com moeda própria tiverem um deficit publico continuado de 8% se a inflação permanecer baixa , como acontece actualmente ?
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Pedro Pinheiro,
Para mim, o problema é a estreiteza do seu ponto de vista, o julgar que disfarçar os sintomas dos problemas em vez de os resolver tem alguma coisa a ver com holismo.
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“Pegava em todos os líderes europeus, fechava-os, e escondia a chave e só os deixava sair com uma solução abrangente”
“Christine Lagarde.
Si vous plait, madame Lagarde, encafue na mesma cela, madame Merkel et monsieur Dominique Strauss-Kan.
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Encafue – do verbo encafuar – conjugado no presente do conjuntivo.
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que eu encafue
que tu encafues
que ele encafue
que nós encafuemos
que vós encafueis
que eles encafuem
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