Escolhas
12 Setembro, 2012
Muita gente que trabalha no sector privado anda irritada com o reset ao mercado laboral. Espero que tenham consciência que a alternativa ao reset no mercado laboral não é ficarem com o dinheiro. A partir do momento em que o Tribunal Constitucional decidiu que os sacrifícios deviam ser repartidos passou a haver apenas estas duas alternativas. Portanto, ou é um reset ou uma perda de salário. Ou uma oportunidade renegociar 5,75% a 7% do salário ou a perda deste valor. Atendendo à inteligência política e económica dos portugueses revelada nos últimos dias, é mais que certo que mais tarde ou mais cedo será aplicada a segunda alternativa.
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26 comentários
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BLASFÉMIAS 
Desde que seja todos…o português nao se importa. Aqui dentro move a inveja. Lá fora com os outros … move-lhe o servilismo.
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No próximo dia 15, em Lisboa, Porto e noutras cidades, reiniciar-se-á um importante e significante RESET, este com mais vigor do que o de 12 de Março de 2011.
—————– Hoje, Manuela Ferreira Leite apelou aos deputados para que não votem favoravelmente o Orçamento de Estado. O deputado Frasquilho coloca em causa asw mais recentes “medidas” do governo. Outros militantes do PSD estão contra novos impostos.
O “independente” CAbreu Amorim está, afinal, encantado com o poder sediado em Lisboa. Votará favoravelmente o OEstado. Creio que a Regionalização já não o preocupa.
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em nenhuma linha do acordão do TC se refere a “gente que trabalha no sector privado”.
seria melhor procura em algo, escrito ou implícito, como “trabalho vs capital”
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Eu acho é que os cortes deviam ser todos nas pensões. Apertar até matarem a fome a ressabiada da Ferreira Leite. A Velha agora deu-lhe para a social-democracia radical. Até o maluco do etíope troikano anda a sabotar o Génio Gasparov.
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Portela seu retrogrado reaccionário. Não se pode hostilizar o capital senão vai todo para o Bangaladesh tótó e depois nem para a côdea e o copo de carrascão tens.
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flautista – meu liberal progressista – por que não vais bardamerda?
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mas parece que a subida para 18% é para ficar , enquanto que a perda de um salário seria 1 ou 2 anos.. eu prefiro a última , sobretudo pq não ganho nadinha em passar a descontar os tais 18 ( 36 com o do patrão ), a pensão que receberei (?) vai ontinuar a mingar e continuarei a pagar taxas moderadoras crescentes pot tudo.
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João, é interessante ver esta tua cruzada num blogue liberal como o Blasfémias.
Importas-te de explicar as tuas contas?
Eu explico-te as minhas. Supõe que actualmente o ordenado bruto de alguém é 100. A empresa gasta 123.75 e o trabalhador recebe 89. A diferença, 34.75, são receitas do Estado.
Dizes tu que com a nova lei o trabalhador pode renegociar o contrato, podendo recuperar entre 5.75 a 7% do salário.
Bem, imaginemos que o trabalhador é um negociante tão exímio que convence a empresa a manter os cutos laborais, ou seja, a gastar 123.75 na mesma. Isso implica que o novo ordenado bruto passe para 104.87 (123.75=104.87*1.18). Desse salário bruto, o trabalhador fica, depois dos descontos de 18%, com 85.99
Ou seja, nesta situação em que a empresa é extremamente generosa, o trabalhador fica com um salário líquido inferior em cerca de 3.4% e as receitas do estado aumentam de 34.75 para 37.75, ou seja aumentam 8.6%. E dizes tu que os impostos não aumentaram e que esta medida é muito liberal. E, note-se, este cenário é com a empresa a ser tão generosa que desperdiça na totalidade a poupança de custos que o Vítor Gaspar lhe oferece.
Por favor, continua com os teus exercícios que é sempre um prazer intelectual imenso lê-los.
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Ainda não explicaste como faz parte das funções de um Estado liberal obrigar as empresas a criar uma conta na sua contabilidade para que o ministro das finanças possa escrutinar como as empresas gerem a sua tesouraria. De todos os desafio intelectuais que tens pela frente, este é o obstáculo que mais tenho curiosidade em ver como o contornas.
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Não é preciso ser malcriado. Eu só estou a avisar. É que a Velha Europa deu em meretriz e abre a perna a toda a raça e bugiganga dos confins mais recondidos e com subsidio de frete pago pelos Americas, os cops do world.
Mas se a malta tiver calma, apertar o cinto e baixar a bolinha o Gasparov promete que daqui a 30 anos exportamos mais carros de luxo e maquinaria industrial que os boches lá para esses confins recondidos.
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Era muito bem feito que o João Miranda também corrigisse o LA-C e lhe explicasse que os 34,75 (vírgula e não ponto, que isso são americanices) são receitas que o Estado usa para oferecer os serviços de saúde, educação, justiça, vias de comunicação e muitos outros ao trabalhador, ficando ainda uma “reserva” razoável para lhe poder pagar a reforma, o potencial desemprego o potencial RSI, etc.
Outra coisa é pensar-se se as receitas (do Estado, claro) são altas ou bem utilizadas. Mas, redundando, isso é mesmo outra coisa.
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Ah, esqueci-me! João Miranda não o vai corrigir, pode estar descansado. 😉
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O escrutínio é só nas empresas monopolista dos bens no tradables. Só para ver se entregam o dizimo aos amigos. Quanto as outras o amigo Relvas faz lá a consultoria na Alert e adapta-se o software concessionado aos hospitais. Entretanto usa-se a técnica de epater le bourgeois votante.
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para este governo, com bolinha no canto…
http://domingosamaral.com/32021.html
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não percebi qual é que escolho, não devo ter inteligência económica nem política
é preciso ter inteligência para entrar para a política, ser atrasado mental e ter vistas estreitas não chega como requisito?
bolas disfarçam a inteligência política muito bem…
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Na Grecia o reset já vai mais refinado. Deixaram-se da tontice cientifica neoliberal e há que usar formulas empíricas comprovadas, o PALEO-LIBERALISMO!
Semanas de 6 dias com 78 horas e reforma aos 67! Os chinocas ainda se vão queixar a OMC por concorrencia desleal.
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http://www.ekathimerini.com/4dcgi/_w_articles_wsite1_1_12/09/2012_460867
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Reset do mercado laboral quando é a edp, PT, águas, etc. a lucrar com isto?
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=3nYq-fgYlPw
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LA-C,
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Os teus cálculos sugerem que os números que eu uso não estão inteiramente correctos, mas penso que no fim não andará longe do que eu digo. O problema desses cálculo é um problema já conhecido. O espírito da medida é o de um corte de 1 salário líquido. Se reparares um corte de 7% do bruto dá mais que 1/14 do líquido pelo que o IRS terá que ser usado para corrigir essa distorção. Repara ainda que para o trabalhador manter o rendimento, a empresa tem que repor o líquido após o IRS+taxa e não o líquido após a taxa, ou seja, tem que repor um valor mais baixo.
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Sobre a suposta conta a vigiar pelas finanças, não é uma conta bancária nem as finanças andarão a ver os movimento dela. Trata-se provavelmente de uma classificação contabilística que estará associada a um dedução ou penalização para efeitos de IRC ou outro imposto. Ainda assim não percebo como poderá funcionar.
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Se bem entendi o Vítor Gaspar, o diferencial de que as empresas passarão a beneficiar ficará registado numa conta de reservas. Não faltam agora meios de controlo à Administração Fiscal. Basta que introduzam mais um quadro na Declaração Mod 22 ou no IES (Informação Empresarial Simplificada).
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A intenção manifestada por Gaspar relativamente ao controlo das anunciadas reduções da TSU (para os empregadores) que seriam objecto de um tratamento contabilístico (‘dedicado’), a fim de serem ‘injectadas’ na economia (supõe-se que no estímulo à criação de emprego), é mais uma efabulação académica.
Terá o robotizado Gaspar noção que só cerca de 1/3 das empresas portuguesas pagam IRC?
Como pretende ‘controlar’ (dedicadamente, conforme anunciou) as grandes empresas (p. exº.: as do PSI-20) que, como sabemos, serão as grandes beneficiadas e atempadamente transferiram sua sede fiscal para Holanda?
Ou vamos anunciar – daqui a 1 ano – que o comportamento da economia não está de acordo com o ‘modelo’ (sempre obscuro) e que não haverá alternativas a novos aumento das taxas, impostos e outras alcavalas?
Este tipo de ‘experimentalismo’ à custa de dolorosos sacrifícios dos cidadãos tem alguma consistência política e/ou fundamentos éticos?
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Dr João: o problema está em que um governo que faz um corte destes nos venvimentos e no IRS têm de dar exemplo e ser radical nos seus cortes: corte de distribuição de viaturas (exixtiriam viaturas para representação de estado e serviço parqueadas e não atribuidas),os condutors enviados para outros niministérios;corte nos seus venvimentos (talvez 20%); corte de todos os subsídios de representação; privatização urgente da refer,metro(porto e lisboa),stcp,carris (existem nestas empresas obscenos vencimentos);fim imediato das excepções aos vencimentos superiores ao 1º ministro em todas as empresas públicas (inclusivé a rtp);maior corte nos consumos intermédios (528 milhões é pouco); fim de alguns ministérios (passando a direcções gerais); fim das missões militares no estrangeiro;Corte quase total nas fundações,e nas associações(tipo amigos disto e daquilo..).Propostas para redução da Asembleia da república,presidência da república ,etc.e de tudo o que não seja vital para a sobrevivência .Não cortar mais na saúde,educaçao e justiça . É nisto que devemos pressionar o governo,caso contrário ,é melhor o PR ,se ainda existir,demitir o governo e convocar novas eleições. Espero que o PR não faça desta vez o que fez com sócrates deixou levar até a pré-bancarrota!
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«…Ou uma oportunidade renegociar 5,75% a 7% do salário ou a perda deste valor. Atendendo à inteligência política e económica dos portugueses revelada nos últimos dias…»
Ficamos então a saber que o João Miranda está a preparar-se para pedir aos seus patrões um aumento de 5,75 a 7% no seu salário.
Depois conte-nos como é que correu.
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Anda tudo muito indignado porque, dizem, o Estado está a aumentar os imposto.
Após tantos anos, a maior parte dos portugueses, mesmo os da direita liberal, ainda não percebeu que o peso de impostos do Estado se mede pela fórmula:
“Gastos do Estado + défice x juros”
Se o impostos são pagos a pronto (peso fiscal imediato) ou a crédito (peso fiscal diferido, ie défice), trata-se apenas de uma opção política, entre perder votos e ser honesto ou ganhar votos e chutar o problema para os próximos.
Creio que este o governo tem feito tudo para baixar as 3 componentes desta equação. Talvez, pudesse ir ainda mais longe na componente de Gastos do Estado. Não tenho dúvida que se a Constituição e o Tribunal de “Sábios” que a vigia o permitissem, já teriam ido bem mais longe.
É bom manter a pressão do governo para aumentar ainda mais o corte de gastos no Estado. Mas os liberais que estão a fazer esta barragem ao governo estão a deitar fora o bebé com a água de banho.
Talvez estejam convencidos que ficarão melhor com uma governação socialista à grega que nos vai chutar para fora do euro e permitir aos governos que se seguirem nos enganem com desvalorizações de moeda e inflações de terceiro mundo.
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LA-C
“Ainda não explicaste como faz parte das funções de um Estado liberal obrigar as empresas a criar uma conta na sua contabilidade para que o ministro das finanças possa escrutinar como as empresas gerem a sua tesouraria.”
Tal como MFL afirmou, as empresas deixam de ser privadas, passam a semi privadas, o Estado reduz a TSU às empresas a troco de uma participação directa nas empresas, na sua gestão…
É o Estado Liberal a interferir na economia privada…
Seguindo a regra de aplicação do valor da redução da TSU na criação de emprego, as empresas nunca mais vão parar de contratar, por cada novo trabalhador haverá sempre redução de TSU, portanto nunca para, que maravilha….
Quem é empresário sabe que isto é uma trapalhada total, são medidas de navegação à vista.
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Impostos efectivos=
Gastos do Estado + défice + défice x tx juro
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Repartição dos sacrifícios ? Primeiro , é necessário ter um comportamento moral para os poder exigir .
E que não há !…Segundo , não ler no Ac. do TC. o que ele não diz . E está longe de estar provado que não há alternativa . O que evidente é , seguramente , desde já existir uma grande e danosa incompetência . E só não a vê quem não sabe ou não quer ver … A titulo de exemplo , …
Artigo 104.º Constituição da República Portuguesa
(Impostos)
1. O imposto sobre o rendimento pessoal visa a diminuição das desigualdades e será único e
progressivo, tendo em conta as necessidades e os rendimentos do agregado familiar.
O que pretende o Governo fazer ? p.e.
REFORMADOS
(antes)
Tributação do Rendimento Pessoal (global/único/progressivo)
Ro = outros rendimentos
R = Reforma (inclui dois subsídios)
Imposto Único e Progressivo sobre (Ro+R) taxa IRS(1 escalão em tabela única)
(agora ficam sem os dois subsídios taxados isoladamente com 100% !…)
FUNCIONÁRIO PÚBLICO
Agora a louca ideia dum louco PPC que depois do discurso foi cantar para o Tivoli e do feirante Portas que “mui feliz…” se “pavoneia” no Brasil…) , seria real se não fosse inconstitucional :
Uma situação obviamente discriminatória :
Ro + S2 (1 subsídio) com a taxa de IRS (1 escalão em tabela única)
S1 (1 subsídio) com a taxa de 100 %
S2 (1 subsídio pago em duodécimos com uma carga parafiscal de 7%/mês)
com taxa de 84%+taxa de IRS > 100 % (!…)
É evidente que estão violados os princípios constitucionais da UNICIDADE e PROGRESSIVIDADE (artigo 104º) ; IGUALDADE(versus equidade) (artigo 13º) ; e LEGALIDADE (e os seus corolários PROPORCIONALIDADE , CONFIANÇA LEGÍTIMA/SEGURANÇA JURÍDICA e INTANGIBILIDADE dos SUBSÍDIOS (artigo 3º) .
Lamenta-se a IGNORÂNCIA FISCAL do Tribunal Constitucional a par da generalidade dos comentadores , Juízes abusivamente televisivos e Marcelo incluidos (com excepção para MST) que apenas referem a igualdade (=equidade ) e desconhecem “ad minus” a progressividade .
É esta Santa Ignorância que governa Portugal: Retornados e Nativos luxuosamente reformados , que vendem o património nacional aos
ora ex-Colonizados(!) e outros estrangeiros , que lhes garantem
proveitosos lugares nas respectivas administrações .
Mas , “em Portugal , os Políticos não são corruptos” e a JUSTIÇA é cega ,
surda e muda e outras coisas mais …
P.S.
1.Na pós adesão à CEE , confrontado um autor da CRP sobre a necessidade de alterar a CRP (o que já havia acontecido em Espanha e viria a acontecer necessariamente em Portugal apenas alguns anos depois) , ficou como a cara do aluno mais estúpido que ele reprova !…
2. http://www.portugal.gov.pt/pt/o-governo/nomeacoes.aspx
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