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Alternativas

25 Setembro, 2012

Se bem percebo esta alternativa do Luís Aguiar-Conraria, envolve um corte permanente do salário dos funcionários públicos através de um aumento da TSU apenas para estes trabalhadores e um aumento temporário de IRS para todos. Lembro que nas duas decisões que o Tribunal Constitucional tomou sobre cortes de salários na Função Pública está explícito que não podem ser feitos cortes de salários permanentes. Todos os cortes de salários têm que ser temporários. Se o corte for feito através da TSU esse problema é contornado mas surge de imediato outro. Se o aumento da TSU for apenas para o sector público passa a haver de novo desigualdade entre trabalhadores e o TC dificilmente aceitaria taxas tão diferenciadas por contrapartidas que são no essencial idênticas (claro que as decisões do TC são sempre imprevisíveis). Se isso fosse possível o governo não teria necessidade de engendrar o esquema da TSU que tanta polémica deu.

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Note-se que a alternativa do LA-C vai na prática ter o mesmo resultado que a nova proposta do governo. Reduz-se o corte na função pública e sobe-se os impostos a todos. Como o efeito no défice tem que ser sempre de 2000 milhões de euros, são medidas que vão penalizar o  sector privado. Ora, não será certamente o sector público que vai crescer para sairmos da crise. O país que passa a vida a falar em emprego e competitividade vai aumentar os impostos sobre o trabalho no sector privado para dar um pequeno aumento de salário ao sector público sobredimensionado.  Em vez de se reduzir os custos laborais no sector privado acaba-se por aumentá-los. Qual será o efeito disso sobre o emprego? E na emigração?

45 comentários leave one →
  1. Monti permalink
    25 Setembro, 2012 08:28

    «Se bem percebo»
    If…If…If… meu filho.
    Não vale a pena JoãoM.
    Sabemos agora, que o TC vai passar em breve
    a dispor de uma nova secção: “Secção de Economia & Finanças”
    Quem sabe, se não acabará tal TC, por ir vir a averbar um Nobel em Economia Poítica.
    Contra mim falo, pens da CGAp, pensão prateada,
    Do tempo em que todos os TGV’s eram fáceis e baratos, pagavam-se a si próprios.
    E garantiam férias eternas. Em Paris.
    A bem do Regime.

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  2. AliaZs permalink
    25 Setembro, 2012 08:29

    JM segue o discurso do mentor.
    «Em vez de se reduzir os custos laborais no sector privado acaba-se por “AUMENTÁ-LOS”. Que eu saiba algo que fica igual é MANTER. Já agora porque não diz que eles foram aumentados. Seja coerente porque sabia da classificação que iriam dar ao assunto.
    Mas não é de estranhar porque PPC refere-se e esta matéria como ter que arranjar alternativas a esta “POUPANÇA” chumbada pelo TC.
    Poupança?!

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  3. AliaZs permalink
    25 Setembro, 2012 08:31

    err, o meu pedidos de desculpas ao JM. Refere-se ao sector privado e não publico, conforme depreendi

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  4. anti-comuna permalink
    25 Setembro, 2012 08:48

    A solução governamental era a melhor. Não há nenhum LA-C deste país que prove o contrário.
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    Como diz o meu bom povo: depois de casa roubada, trancas à porta.
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    Ou como diria o gringo: já teve os seus 15 minutos de fama. lololol

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  5. Eleutério Viegas permalink
    25 Setembro, 2012 08:56

    Esta chusma de chorões ainda vai ter que chorar mais… Não adianta berrarem e indignar-se. Eu, entretanto, estou a fazer TUDO para pagar o menos possível para esta M***A!

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  6. Telmo A Fernandes permalink
    25 Setembro, 2012 09:10

    E esta alternativa out-of-the-box?: redução para zero do IRC e do IVA e mantendo as taxas do IRS. Alguém já fez as contas do impacto nas receitas fiscais, no emprego, nas exportacoes e na atraccao de investimento? Gostava de ver uma simulação feita por especialistas conceituados na matéria. Nem que fosse apenas para um exercício teórico…

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  7. anti-comuna permalink
    25 Setembro, 2012 09:28

    O governo vai fazer um arrastão fiscal, mais um, sobre todos mas vai descer os custos às empresas. No fim, diz aos portugueses. Cumprimos com a Troika, com o TC e até baixamos os custos de trabalho, que nos exigem. Mas o aumento de impostos ao sector privado é culpa do funcionalismo público, o na defesa intransigente dos seus interesses corporativos, que não aceitou fazer sacrificios por todos os trabalhadores.
    .
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    A partir de agora, os trabalhadores do sector sabem quem é o seu nimigo em Portugal: o funcionalismo público. Estes últimos vão ter uma vitória de Pirro, mas sofrerão o anátema por muitos e muitos anos.

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  8. PiErre permalink
    25 Setembro, 2012 09:47

    Já os socialistas de todas as estirpes tinham inventado o capitalismo de Estado que tão “boas” provas tem dado por esse mundo fora…
    Agora, esta nova estirpe mutante de passistas-gasparistas-alvaristas, etc., com apoio de João Miranda et alia, descobriram uma nova modalidade no campo político-económico: o liberalismo de Estado.
    Vai dar direito a prémio Nobel, aposto!…
    Os contribuintes serão as cobaias, ou, parafraseando o que se dizia noutro tempo: “Força, força, companheiro Passos, nós seremos a muralha de aço!…”

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  9. Grunho permalink
    25 Setembro, 2012 09:53

    Porra, Miranda.
    Ainda não te cortaram nada, a ver paras de dizer asneiras?

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  10. Guillaume Tell permalink
    25 Setembro, 2012 10:41

    Isto pelo andar da carruagem só vai mesmo com a privatização do serviço “público”. É a única maneira para o TC não andar a chatear e reduzirmos a despesa pública de maneira a que os orçamentários sejam obrigados a mostrar que serve mesmo a alguma coisa. Mas como eles vão argumentar que depois os pobrezinhos não terão acesso à Saúde, à Educação ou à Segurança social basta darmos a toda à gente um cheque-saúde, um ensino e montarmos um fundo de protecção social controlado pelas eleitorado das freguesias, equivalentes ao que se gasta em prestações sociais nesses sectores. Gastariamos o quê, 7, 8, 9% do PIB nisso? Dá uma poupança que andará entre o quê, os 11 e os 8 mil milhões?

    (Obviamente que isto é um esboço, é preciso determinarmos quê que o dinheiro pode ser utilizado, na saúde que tipo de tratamentos dão direito a rembolso total, parcial ou nulo, igual na Educação para determinarmos que tipo de ensino é pago, o que acontece às pessoas que usaram menos desses fundo que a média, aqueles que usarem mais, quais as condições de acesso, o minímo a dar, o máximo a dar etc.)

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  11. Não Interessa permalink
    25 Setembro, 2012 10:55

    anti sacrifica-te também tu, amigo. Olha que merda, sacrifica-se a função pública porque tu dizes, ainda por cima por retardados como vocês, vai já.

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  12. Tim permalink
    25 Setembro, 2012 11:03

    Quem não gostar pode sempre seguir o conselho de Passos e Nogueira Leite: pirar-se do país…

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  13. PMP permalink
    25 Setembro, 2012 11:28

    Da DGO : Despesa corrente primária em 2011 25.299,4 em 2012 25.383,9
    .
    Despesa correntes primária aumentou 0,3% !!!

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  14. anti-comuna permalink
    25 Setembro, 2012 11:32

    Pagar dívidas antigas não é despesa corrente, PMP. Ou será?

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  15. PMP permalink
    25 Setembro, 2012 11:36

    Da DGO : “A receita fiscal apresentou uma evolução negativa (-2,4%) …”

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  16. anti-comuna permalink
    25 Setembro, 2012 11:39

    O PMP é nestas coisas como outras. Um cabeça no ar. Não gosta do Excel e ler também não é lá muito o seu forte.
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    “A despesa efetiva da Administração Central e da Segurança Social registou, até agosto de 2012, uma variação homóloga de +0,4%. Por sua vez, a despesa primária decresceu 1,2%. Este resultado está influenciado pela transferência de 1.353,6 milhões de euros para instituições do Serviço Nacional de Saúde visando a regularização de dívidas de anos anteriores, com impacto de 3 p.p. no crescimento da despesa. Sem este efeito, as taxas de variação que se obteriam seriam de – 2,6% e -4,4%, respetivamente.”
    .
    in http://tinyurl.com/c89n43a
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    .
    Mais um economista português que tem horror ao Excel e à leitura.

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  17. anti-comuna permalink
    25 Setembro, 2012 11:43

    Destas coisas não ensinaram ao PMP. Tenho pena:
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    “Estabilizador fiscal automático
    .
    Los estabilizadores fiscales automáticos son determinadas partidas de gastos públicos e impuestos, que cuando la economía se contrae, tienen un efecto de política fiscal expansiva y que cuando la economía entra en una fase expansiva, tienen un comportamiento restrictivo, en definitiva por su propia naturaleza, reaccionan en un sentido anticíclíco, de forma automática, sin que sean necesarias medidas deliberadas por parte de los responsable de la política.
    .
    Cuando se produce una fase depresiva, caracterizada porque el nivel de la demanda agregada se coloca por debajo de la renta de pleno empleo, produciéndose un desempleo de los factores de producción existentes. Los estabilizadores automáticos reaccionan aumentando el consumo y la inversión, logrando de esta forma frena una caída de la demanda causante del inicio de la fase depresiva. En efecto en una situación depresiva en que disminuye la renta de los ciudadanos y crece el desempleo, la recaudación fiscal, por el impuesto sobre la renta, por ejemplo, sin que se tomen medidas específicas, disminuye, incrementando el déficit presupuestario, hechos que tienden a contrarrestar la bajada de la demanda agregada.”
    .
    in http://es.wikipedia.org/wiki/Estabilizador_fiscal_autom%C3%A1tico
    .
    .
    Português, o PMP não sabe. Excel é demasiado técnico para ele. E espanhol? Dará uma perninha?

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  18. PMP permalink
    25 Setembro, 2012 11:46

    O Passos andou a aprender com o Socrates como se tenta aldrabar a malta :
    .
    A partir de Julho de 2011 começou a atrasar ainda mais os pagamentos do SNS para o deficit de 2011 melhorar, depois regulariza em 2012 1.356 milhões , mas tenta disfarçar e diz que não conta .
    .
    Mas na verdade , se há sector que teve cortes foi na saude , o resto da despesa burocratica ficou intocavel.
    .
    São opções ideologicas , cortar na despesa social , manter a despesa não social.

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  19. anti-comuna permalink
    25 Setembro, 2012 11:47

    Agora, mais um bocadinho de Excel para o PMP.
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    Quando o Estado corta na despesa pública (Ver queda na despesa corrente primária no Subsector do Estado.) provoca efeitos recessivos. Que depois influenciam tanto a despesa como a receita fiscal. Se o Estado corta no Subsector Estado é natural que depois na Segurança Social e até nas Transferências, haja uma subida da despesa e uma queda na receita. E diminuiu o excedente orçamental na Segurança Social.
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    Mas estes efeitos recessivos são temporários ao passo que os cortes na despesa são estruturais. Daí que, a médio e longo prazo, o défice desça mas no curto prazo suba ou caia menos.
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    O PMP precisa de uma reciclagem rápida e ler menos enlatados anglo-saxónicos.

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  20. PMP permalink
    25 Setembro, 2012 11:48

    O AC descobriu agora os estabilizadores automáticos !
    .
    Olhe explique isso ao Passos e ao Gaspar, coitados, que ficaram surpreendidos com um aumento de 3% no desemprego quando o PIB cai 3% !

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  21. anti-comuna permalink
    25 Setembro, 2012 11:52

    “Mas na verdade , se há sector que teve cortes foi na saude , o resto da despesa burocratica ficou intocavel.
    .
    São opções ideologicas , cortar na despesa social , manter a despesa não social.”
    .
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    Economista português só escreve asneiras. Não é por eu pagar uma operação ao dobro do que me custava ontem que sou mais “amigo dos pobrezinhos”. Da mesma forma, não é por o Estado cortar nos custos que deixa de ser “amigo dos pobrezinhos”.
    .
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    Mas economista português é assim. Não gosta de pensar. Dá muito trabalho. E dá trabalho ler as auditorias do Tribunal de Contas, que descobriu que o Estado poderia cortar até quase 1/3 da sua despesa com o SNS e em simultaneo melhorar a qualidade dos serviços privados.
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    O PMP acha que é o valor que conta quando são os actos médicos. Mas como não gosta de ler, não gosta de Excel e vive no mundo da lua, ainda anda na caça aos gambuzinos. Dá-se!

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  22. anti-comuna permalink
    25 Setembro, 2012 11:55

    Só gostava de rectificar isto:
    .
    .
    ” E dá trabalho ler as auditorias do Tribunal de Contas, que descobriu que o Estado poderia cortar até quase 1/3 da sua despesa com o SNS e em simultaneo melhorar a qualidade dos serviços privados.”
    .
    .
    Para isto aqui:
    .
    E dá trabalho ler as auditorias do Tribunal de Contas, que descobriu que o Estado poderia cortar até quase 1/3 da sua despesa com o SNS e em simultaneo melhorar a qualidade dos serviços PRESTADOS.
    .
    .
    Mil desculpas ao PMP e demais leitores.

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  23. PMP permalink
    25 Setembro, 2012 11:58

    AC,
    dado o seu historial de asneiras sobre macroeconomia, as suas tiradas são para rir !
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    Em primeiro lugar ninguem confia nos numeros da saude por causa dos atrasos sistemáticos de pagamento.
    .
    Se o ministro fosse sério, tinha a apresentado as contas direitinho desta forma :
    – pagamentos do ano 2012
    – saldo da divida em dez 2011
    – saldo da divida em agosto de 2012
    .
    E assim a malta poderia perceber as contas, Da forma que está é propaganda.
    .
    Eu gostaria de ver o mesmo zelo dos cortes na saude (não se pode confiar nos 7% apresentados ) com cortes iguais ou maiores na despesa burocratica.

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  24. anti-comuna permalink
    25 Setembro, 2012 12:01

    PMP, beba um bagacinho que isso passa-lhe. heehhhehe

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  25. Tiro ao Alvo permalink
    25 Setembro, 2012 12:05

    Qual é a percentagem que os Estado paga, sobre os vencimentos dos funcionários públicos, para a Segurança Social?

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  26. Paulo permalink
    25 Setembro, 2012 12:39

    Miranda
    Acho interessante o paleio “reduz-se o corte na função publica e aumenta-se os impostos para todos”.
    Na pratica o Zé do publico recebe mais x e desconta x+y de IRS. Para qualquer pessoa, isto resulta em beneficio negativo, para o João e para o palerma das folhas de Excel os privados vão ser castigados para dar aos outros!
    Se calhar é para dar notas de divida e eu não percebi bem.

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  27. Fincapé permalink
    25 Setembro, 2012 12:40

    O título “alternativas” tem conotações tramadas. Não se se alterne não seria melhor. 😉

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  28. Paulo permalink
    25 Setembro, 2012 12:47

    Tiro ao alvo
    A taxa que as empresas pagam para a segurança social corresponde a um conjunto de prestações para garantir direitos aos trabalhadores (em tese).
    Nestes direitos está a assistência medica aos funcionários no ativo, o pagamento das baixas e o desemprego.
    Ora para os funcionários do Estado mais antigos (o recentes já têm um sistema diferente) nenhuma destas prestaçoes existe, se estiver doente paga o organismo (com as receitas próprias), se estiver de baixa paga o serviço e não há desemprego (com exceçao dos professores contratados).
    Posto isto vamos lá a comparar o que é comparável!

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  29. Tim permalink
    25 Setembro, 2012 12:56

    O governo anterior deixou instalado um governo de discípulos nesta curiosa coligação da mentira «RETAKE»…

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  30. Paulo permalink
    25 Setembro, 2012 12:56

    Guilaume tell
    Parece-me uma ideia magnifica.
    Principio do utilizador pagador para tudo, saúde, ensino, justiça, segurança. Os doentes que paguem o seu tratamento, cada um que pague a educação dos seus filhos, quem usa os tribunais que pague por isso, quem quer policiamento que pague (eu por exemplo não gosto nada de pagar o raio dos bóias que insistem em multar-me só por te o carro no passeio!), os agricultores que vivam do dinheiro dos produtos vendidos ( nao dos subsídios), quem tenha um fogo que o apague sozinho, e acima de tudo, quem quer usar transportes coletivos que pague o efectivo custo de exploração.
    Talvez assim desse para explicar que quando a segurança social aumenta a despesa em 22%, ao mesmo tempo que os vencimentos reduzem em 16%, os beneficiados (ou parasitas na linguagem de um palerma que anda por aqui) foram os privados.

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  31. Ricciardi permalink
    25 Setembro, 2012 13:11

    O que esta gente nao percebe – ou por (má)formação, (mau)berço, mesquinhes, ou outra coisa qualquer – é que cortar na despesa não pode significar atacar trabalhadores especificos, publicos neste caso.
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    Se existem trabalhadores no publico a mais que venha o governo dizer aonde e que os deixe de contratar. Em 3 anos reduz o numero de FP’s em 1/3. Não pode é responder a uma saida de 80 mil contratando 40 mil novos. Não pode é alegar falsidades no que diz respeito ao nivel de salarios. O nivel de salarios nao se mede por entidade patronal. Mede-se por categoria profissional, evidentemente.
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    Eu, que no passado sempre critiquei a Constituição Portuguesa, hoje devo admitir que estava enganado. A constiuição revela-se , afinal, mais importante do que pensava. Não é possivel a qualquer extremista, de esquerda ou de direita, que assalte o poder governativo fazer o que muito bem entender. Eu estava errado, é mesmo necessário ter um Constituição que limite a discricionaridade dos politicos extremistas.
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    Rb

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  32. anti-comuna permalink
    25 Setembro, 2012 13:47

    “Eu, que no passado sempre critiquei a Constituição Portuguesa, hoje devo admitir que estava enganado. ”
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    Já se tinha percebido isso desde há muito. Só mesmo Vc. pensava que nos enganava. Mas nunca enganou.

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  33. anti-comuna permalink
    25 Setembro, 2012 14:11

    “A TSU versão Passos Coelho era muito negativa para os interesses económicos dominantes pois atacava diretamente o consumo e transferia recursos para as empresas. Os ganhadores líquidos eram os exportadores e as empresas que conseguissem melhorar a sua competitividade.
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    O novo pacote orçamental sob a capa da coesão e concertação social será uma violenta machada na classe média e não fará o tão necessário e abrupto desvio de recursos para o sectores exportadores de bens transacionáveis – os únicos que poderão junto com a emigração criar emprego nos próximos anos.
    .
    A morte da TSU e da desvalorização interna foi a morte da única via que nos poderia levar – a prazo – a algum crescimento e criação de emprego. Neste quadro só nos resta a via do ajustamento deflacionista e pelo que se vê os limites da sua absorção social estão francamente a ser atingidos. Aproximamo-nos perigosamente do cenário Grego.
    .
    Em resumo, os interesses dominantes desta vez enroupados pelo Conselho Económico e Social e quejandos representantes na opinião publicada e com expoente máximo em Paulo Portas derrotaram a medida mais revolucionária e defensora dos trabalhadores desde Abril de 75.
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    Salazar se pudesse revirava-se na sua campa e morria outra vez, desta feita de riso.”
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    in http://tinyurl.com/cw5aalb
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    Todos os interesses corporativos portugueses estiveram juntos, não a pensar no país, mas nos seus ganhos pessoais. Uma democracia onde se procura maximizar os ganhos em detrimento de outros morre. A portuguesa está pela hora da morte.

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  34. Anti-praticos permalink
    25 Setembro, 2012 14:17

    engraçado, o anti-comuna quando o governo aumentou os impostos no ano passado nao se interessou pela classe media

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  35. Portela Menos 1 permalink
    25 Setembro, 2012 14:20

    há sempre alguém a por o dedo na ferida…
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    A dívida existe mesmo?
    Por José Vítor Malheiros
    in Público, hoje

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  36. PMP permalink
    25 Setembro, 2012 14:47

    Este governo vai ter de bater o pé à troika e renegociar os juros para 2,5% e o prazo para 30 anos, quer queira quer não.
    .
    Se o não fizer vai cair e abrir caminho a uma estrondosa vitoria da esquerda.
    .
    O melhor é a direita começar a preparar-se para correr com o nabo do Passos e do Gaspar a partir de Março de 2013 !

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  37. Tiro ao Alvo permalink
    25 Setembro, 2012 15:50

    Paulo, obrigado.
    Todavia, gostava de saber quanto paga, hoje, o Estado, para a Caixa Nacional de Pensões, em relação aos funcionários “recentes”, que já “têm um sistema diferente”.
    Por outro lado, fiquei sem saber quem paga as pensões de reforma dos antigos funcionários públicos, e de onde vêm os fundos.
    Se puder esclarecer, agradeço.

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  38. Guillaume Tell permalink
    25 Setembro, 2012 16:05

    “Talvez assim desse para explicar que quando a segurança social aumenta a despesa em 22%, ao mesmo tempo que os vencimentos reduzem em 16%, os beneficiados (ou parasitas na linguagem de um palerma que anda por aqui) foram os privados.”

    Foram, foram. Os que lá foram parar foi por causa do Estado que aumentou os impostos e continua a desviar a liquidez para sí em vez de ir parar às empresas. Mas como se diz, se não havia desemprego e pobreza também não haveria Estado “social”. Ou será que se não havia Estado “social” não haveria desemprego e pobreza?

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  39. Tiro ao Alvo permalink
    25 Setembro, 2012 16:06

    AC,
    Para mim, faz todo o sentido tentar junto da Troica, uma redução da Taxa de Juro, como sugere o PMP. E não me parece que isso seja impossível: se não estou em erro, foi isso mesmo que fizeram à Irlanda.
    Acho que o BCE já devia ter tomada essa decisão, para mostrar que nos quer ajudar mesmo. Andam a gabar-nos, dizendo que somos cumpridores exemplares, mas, incompreensivelmente para mim, não reduzem a taxa de juro. Talvez fosse melhor isso do que prorrogar o prazo.
    Que diz a isto?

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  40. anti-comuna permalink
    25 Setembro, 2012 17:07

    “Para mim, faz todo o sentido tentar junto da Troica, uma redução da Taxa de Juro, como sugere o PMP. E não me parece que isso seja impossível: se não estou em erro, foi isso mesmo que fizeram à Irlanda.”
    .
    .
    E eu digo o contrário? Não. A minha ideia é que será possível negociar se cumprirmos com a Troika. Mas o que se poupa em taxas de juro é bem mais baixo do que se pensa. E o PMP quer um empréstimo a 30 anos? Se a Irlanda o conseguisse ainda acreditava nessa hipótese. Mas não acredito.
    .
    .
    Mas o que a Troika quer é que voltemos ao mercado. Que taxas de juro pagará Portugal, se o conseguir? Cerca de 4,5% ao ano, ao longo da yield curve. Não muito diferente do que cobram actualmente a Portugal. A Troika não está a ser sanguessuga para o risco que corre.
    .
    .
    Por outro lado, Portugal já tem uma dívida pública (sem falar nas responsabilidades estatais sobre outro tipo de dívidas e garantias prestadas) na casa dos 200 mil milhões de euros. A uma taxa média de 4,5%, são 9 mil por ano. E se não for o mercado, não será a Troika a assumir o risco destes 200 mil milhões. Daí que sem excedentes orçamentais primários, nunca os mercados darão o beneficio da dúvida.
    .
    .
    A dívida existe e é pagável. Cabe a Portugal demonstrar que sim, para baixar ainda mais as taxas de juro. Se Portugal conseguir demonstrar que consegue gerar excedentes orçamentais privados e recomeçar a crescer, pode até consgeuir taxas na casa dos 3%, face às condições actuais nos mercados internacionais. O segredo é demonstrar que queremos pagar.
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    .
    Aqui há uns anos eu debatia este tema com um inglês. E o tipo só me disse assim. Sabe há quantos anos não damos um default? E há quantos anos Portugal não o dá? Ora, se os portugueses querem a mesma credibilidade que a nossa, nunca mais dêm default. Até hoje, já vão uns anos, compreendi que de nada vale querer ser mais esperto que os credores. (E de nada vale me queixar do que os ingleses fizeram aos portugueses em 1890.)

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  41. PMP permalink
    25 Setembro, 2012 17:40

    É óbvio que com a politica economica actual de redução do PIB e da receita fiscal, a divida é impagável.
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    Primeiro há que aumentar o PIB , através de um plano de substituição de importações e de aceleração das exportações, com redução do IRC para 12,5% para as PME’s e redução da TSU para as empresas de bens transacionaveis.
    .
    Depois há que manter o consumo interno , não aumentando impostos, financiando o deficit com divida interna garantida por creditos fiscais.
    .
    Terceiro, pagar juros mais baixos fazendo uma negociação á força com a Troika e restantes credores, trocando titulos velhos por novos a 2,5% a 30 anos.
    .
    Quarto , iniciar negociações com os EUA para adesão ao : A Compact of Free Association (COFA) defines the relationship that each of three sovereign states—the Federated States of Micronesia (FSM), the Republic of the Marshall Islands (RMI) and the Republic of Palau—have entered into as associated states with the United States.
    .
    Quinto , mandar o Passos para um cargo na UE ou no BCE !

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  42. anti-comuna permalink
    25 Setembro, 2012 17:52

    O PMP é outro lirico.
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    Até nisto se nota que está com problemas no Excel:
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    “Primeiro há que aumentar o PIB , através de um plano de substituição de importações e de aceleração das exportações, com redução do IRC para 12,5% para as PME’s e redução da TSU para as empresas de bens transacionaveis.
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    Depois há que manter o consumo interno , não aumentando impostos, financiando o deficit com divida interna garantida por creditos fiscais.”
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    Como é que alguém se consegue espetar contra uma parede logo em duas frases seguidas? Então quer aumentar o consumo interno e ao mesmo tempo dimibuir nas importações? Com baixas no IRC? Como se fosse o IRC o principal problema das exportadoras?
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    Por fim, isto é que doi. Mias um iletrado com a mania que é mais esperto que os outros:
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    “Terceiro, pagar juros mais baixos fazendo uma negociação á força com a Troika e restantes credores, trocando titulos velhos por novos a 2,5% a 30 anos.”
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    Memso que não pgasse o que deve, tem um problema orçamental enorme para resolver. Ou seja, até poderiam perdoar tudo a Portugal mas sem corrigir o buraco actual é continuar a pedir aos credores que lhe emprestem. E estes farão ao PMP c0mo já fizeram aos gregos: um manguito.
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    O PMP é um pobre iletrado que nunca estudou as taxas de juro dos que deram default no passado. É outro lírico, que anda a enganar os portugueses. eheheheheheh
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    PMP, sabe que 25% dos credores de Portugal são portugueses? E sabe que se der o calote aos tipos, eles estoiram? Sabe com certeza. Deve saber tanto como sabe de Excel.
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    Há mesmo gente com queda para se atirar por uma ribanceira abaixo. Colectivamente…. O populismo é lixado.

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  43. Anti-praticos permalink
    25 Setembro, 2012 17:55

    O excel é uma maquina.Há coisas da vida real que o excel não tem em conta

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  44. Paulo permalink
    25 Setembro, 2012 20:10

    Tiro ao alvo
    Lamento mas não sei, será questão de investigar um pouco. Mas sei que para esses atualmente se estiverem de baixa já é a SS que paga (alias parece que há casos em que se recebe mais que estando a trabalhar!). As despesas médicas creio que ainda é com o organismo onde trabalham. Seria justo que o valor fosse idêntico ao que pagam de TSU as empresas, uma vez que os trabalhadores pagam 11%, como a generalidade dos outros, e diferente de alguns casos recentes como os bancários que pagam 3% e recebem o mesmo.
    Pois as reformas lá terão de ser pagas com os descontos dos funcionários atuais. Ou seja, aquilo que devia ser uma taxa para a minha reforma é um imposto para pagar as reformas de outros. Ainda há uma dificuldade acrescida, é que cada vez que diminuem o número de funcionários pagantes é necessário ir buscar mais dinheiro a outro local para pagar pensões (agora é que o anti..-comuna se vai atirar da ponte!).

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