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Estamos muito indignados

2 Novembro, 2012

Há 15 dias estavam todos indignados com o aumento de impostos.

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Há uma semana estavam indignados com os cortes na Segurança Social.

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Esta semana a indignação é com o apoio do FMI a um programa de reforma do Estado.

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Portanto, nem mais impostos, nem menos despesa, nem reforma do Estado.

39 comentários leave one →
  1. Monti permalink
    2 Novembro, 2012 09:11

    Shame on You, Mr Prime Minister.
    Vergonha.
    Se tem ministros que não sabem o que e como fazer, substitua-os.
    Caso Defesa & Segurança:
    ECONOMIA & DEFESA: FMI
    «É tempo de pôr termo ás fantasias de políticos, almirantes e generais, que teimam em viver num tempo passado e num País irreal» – major-general Monteiro Valente em “FA: Fogo de Vista e Corporativismo”, no “Referencial” da A25A, Junho 2005.
    Quando muito ainda era possível.
    …………………………………………
    Post scriptum: corrigindo reformas como a referida atrás (GNR)*, uma solução em contra-ponto – delegados do FMI no MDN e MAI; de parabéns, os felizes políticos, almirantes e generais do Regime.
    Somos assim (enviado Público)
    *António Costa, MAI, paga duas consultadorias externas, para duplicar nºgenerais, quintuplo oficiais superiores na GNR.

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  2. João Santos permalink
    2 Novembro, 2012 09:15

    É exactamente isso. Mas… foi assim tão complicado perceber?

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  3. Carlos permalink
    2 Novembro, 2012 09:29

    Eu acho bem que o FMI e o Banco Mundial venham governar Portugal.

    São, pelo menos, técnicos com competência bem mais reconhecida que os nossos estimados Governantes.

    E não, ao contrário do que parece, não estou a ser irónico.

    Proponho até uma medida adicional do lado da poupança para compensar a despesa com estes técnicos: coloque-se toda esta corja de assessores e ministros corruptos e incompetentes a receber o fundo de desemprego!

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  4. 2 Novembro, 2012 09:34

    Porque não haverá outra solução, refundar é preciso.
    http://notaslivres.blogspot.pt/2012/11/refundar-e-preciso.html

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  5. balde-de-cal permalink
    2 Novembro, 2012 10:15

    pagamos com língua de palmo para ter a merda de oposição que se ouve a ‘vomitar baboseiras’

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  6. JDGF permalink
    2 Novembro, 2012 10:33

    Este escalonamento no tempo (há 15 dias, a semana passada, agora) é uma subtil manobra com vista a atropelarem-se os desastres visando o seu esquecimento.
    As más notícias atropelam-se umas às outras e pensam alguns que acabarão por anular-se. A realidade pode ser bem diferente. Poderá estar a ser induzido um devatador efeito cumulativo.
    Por exemplo: Os (‘enormes’) aumentos de impostos podem entrar em banho-de-maria com o anúncio de uma brutal ‘refundação’ do Estado Social. O povo – quer seja através de organizações políticas, sindicais ou expontâneamente) também acaba por elaborar uma agenda de vigilância e monitorização.
    Mas, em 2013, quando começarem as colectas (confiscos) fiscais, a revolta, a indignação, a humilhação, o desespero (o que quisermos) reaparecerá. A não ser que outra ‘manobra de diversão apareça’. P. exº: a demissão deste Governo. Atitude que podendo não sendo ‘redentora’, não deixará de funcionar como uma vávula de escape para a ‘enorme’ tensão política e crispação social que tem vindo a acumular-se. Tudo pode precipitar-se neste mês de Novembro. Temos mais uma ‘visita’ da troika e os cidadãos receam que, a exemplo da última realizada em Setembro, surja um novo período de trubulência governativa plena de desvairados anúncios e intenções com consequências imprevisíveis.
    Assim, mais premente do que tentar contabilizar ‘esquecimentos induzidos’ sobre o OE, a ´refundação’, etc. os exercícios adivinhatórios para o futuro deveriam debruçar-se sobre os cenários possíveis (prováveis) para daqui a 15 dias, 3 semanas, 1 mês…

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  7. 2 Novembro, 2012 10:49

    O indignado João Miranda para com outros indignados finge que desconhece que existe indignação contra cortes na “despesa” e contra uma reforma do estado de cortar a régua e esquadro que vai deitar mais para baixo 2/3 da população. entre cortar 4,5 mil milhões mil milhões na saúde, educação e segurança social ou em juros agiotas e em dívidas ilegais ou odiosas, João Miranda prefere cortar no social mas há quem prefira cortar na agiotagem.

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  8. Paulo permalink
    2 Novembro, 2012 11:06

    João
    Não é bem assim.
    .
    Eu não me importo com o aumento de impostos, desde que seja os que afectam os outros.
    Também não me chateiam os cortes na SS, desde que sejam aos outros.
    E por ultimo até gosto dos técnicos do FMI, desde que exterminem os empregos dos outros.
    .
    Se me devolvessem os 25% que já levaram, até era capaz de apoiar tudo.

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  9. 2 Novembro, 2012 11:16

    SM,
    .
    A taxa média de juro da dívida pública andará pelos 3,8% (dados do INE), algo acima do financiamento da Troika, que pouco ultrapassará os 3,5%. A título de comparação, posso dizer-lhe que a Espanha e a Itália têm-se financiado ultimamente, nos prazos longos (5 a 10 anos) a taxas a rondar os 5%. Este ano, a nossa factura dos juros ficará algo acima dos 7 bi. Estes juros são o custo actual da dívida, resultante da acumulação de todos os défices passados, de termos gasto em excesso, principalmente no “social”. Quanto acha que pode baixar na taxa de juro? Ou acha que devíamos pagar zero de juros? E a a ser assim, como convencer os “agiotas” dos credores a emprestarem-nos dinheiro de borla? Ou também acha que não lhes devemos sequer reembolsar o capital?

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  10. Zé Paulo permalink
    2 Novembro, 2012 11:24

    Paulo,
    Fica antes preocupado é com o plano B.
    Tens dúvidas para quem vai sobrar?

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  11. javitudo permalink
    2 Novembro, 2012 11:47

    Paulo, boa malha.
    A ironia ilustra bem o país de sacanas a que todos nós fazemos parte, uns mais do que outros.

    No País dos Sacanas (Jorge de Sena)
    Que adianta dizer-se que é um país de sacanas?
    Todos os são, mesmo os melhores, às suas horas,
    e todos estão contentes de se saberem sacanas.
    Não há mesmo melhor do que uma sacanice
    para poder funcionar fraternalmente
    a humidade de próstata ou das glândulas lacrimais,
    para além das rivalidades, invejas e mesquinharias
    em que tanto se dividem e afinal se irmanam.

    Agora relativamente aos indignados:
    Podem partir tudo, incendiar os pneus, arranjar máscaras anónimas, cantar para o céu, pôr os desmiolados senis a bradar hecatombe, os militares frustrados a encomendar catástrofe, os maricas e as fufas raivosas a lançar anátemas sobre os polícias que durante as manifs não lhes apalpam os cus, os pedófilos em bicos de pés prontos a governar com o estado social a pagar a cirurgia plástica quando necessário.
    Vai valer de pouco, talvez dê algum emprego aos varredores de rua, aos vidreiros em crise à mistura das amantes dos empreiteiros. Dinheiro não virá por esses meios, isso é certo. Voltamos ao mesmo com António Nobre presente.

    Que lindos cravos para pôr na botoeira!
    Tísicos! Doidos! Nus! Velhos a ler a sina!
    Etnas de carne! Jobes! Flores! Lázaros! Cristos!
    Mártires! Cães! Dálias de pus! Olhos-fechados!
    Reumáticos! Anões! Delíriums-trémens! Quistos!
    Monstros, fenómenos, aflitos, aleijados,
    Talvez lá dentro com perfeitos corações:
    Todos, à uma, mugem roucas ladainhas,
    Trágicos, à uma, mugem roucas ladainhas,
    Trágicos, uivam «uma esmolinha plas alminhas
    Das suas obrigações!»
    Pelo nariz corre-lhes pus, gangrena, ranho!
    E, coitadinhos! fedem tanto – é de arrasar…

    Qu’é dos Pintores do meu país estranho,
    Onde estão eles que não me vêm pintar?

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  12. Wall Streeter permalink
    2 Novembro, 2012 11:53

    Este governo morreu, mas as suas carpideiras tentam um risível «efeito Lázaro».
    2º resgate em que mês de 2013?

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  13. Portela Menos 1 permalink
    2 Novembro, 2012 11:59

    Mais uma posta de pescada de quem nao tem que se preocupar as futilidades do fim do mes.

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  14. PMP permalink
    2 Novembro, 2012 12:01

    Eu estou indignado com os 16 meses de governo incompetente que não consegue reduzir a despesa superfula.

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  15. 2 Novembro, 2012 12:03

    PMP,
    .
    Este governo já reduziu cerca de 13 bi na despesa. Não chega, mas até agora ninguém fez melhor.

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  16. Portela Menos 1 permalink
    2 Novembro, 2012 12:07

    Quando é que o “primeiro ministro” GandaNoia volta a dar noticias na TVI24 ?

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  17. PMP permalink
    2 Novembro, 2012 12:09

    está engando LR , olhe para a despesa corrente primára em 2011 = 70,7 e em 2013 = 67,4

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  18. JFP permalink
    2 Novembro, 2012 12:19

    Quando, na generalidade, se fala de “cortes na despesa” tem-se em mente o corte permanente de despesas mais ou menos supérfluas (as tais gorduras). Neste sentido, onde é que o Governo cortou 13 bi? É tãoa fácil brincar com as palavras …

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  19. 2 Novembro, 2012 12:43

    PMP,
    .
    A despesa total em 2010 foi de 88,5 bi. Já tinha baixado algo quando o governo tomou posse. Nos cortes de 13 bi, a fatia de leão foi em despesas de investimento (5 a 6 bi), em salários (pouco mais de 2 bi) e na área da saúde (julgo que à volta de 1 bi). Repito, não chega, que ainda temos défice, mas até agora ninguém fez melhor.

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  20. PMP permalink
    2 Novembro, 2012 13:01

    LR,
    .
    O que conta é a despesa corrente primária que só desce entre 2011 e 2013 por causa dos cortes nos subsidios da FP.
    .
    Cortar no investimento é o mais fácil até porque já temos investimento a mais.
    .
    Este governo manteve a estrutura burocratica praticamente na mesma, até contratou FP.

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  21. Paulo permalink
    2 Novembro, 2012 13:07

    PMP
    O governo contratou mais um secretario de Estado para o ministro Gaspar.
    O resto é conversa da treta, pois de 700000 há uns anos já vai em 600000.

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  22. André permalink
    2 Novembro, 2012 13:23

    Eu não estou revoltado com a diminuição da despesa. Até proponho que se corte todas as PPPs. Depois, podemos pedir apoio para combater a corrupção a larga escala. Se ainda precisarmos de mais dinheiro, então cortamos no Estado Social.

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  23. 2 Novembro, 2012 14:49

    PMP,
    .
    Para o défice conta toda a despesa, incluindo a de investimento.

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  24. Esmeralda permalink
    2 Novembro, 2012 15:30

    Se não levamos isto com sentido de humor (ainda que ele doa), não se aguenta mesmo!

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  25. PMP permalink
    2 Novembro, 2012 15:46

    LR,
    .
    O corte no investimento não é uma redução da despesa corrente.
    .
    Cortar no investimento público quando já está tudo mais que investido não demonstra nenhuma competência especial deste governo.
    .
    é absurdo sequer pensar que qualquer governo mantivesse o investimento nos niveis de 2010 !

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  26. 2 Novembro, 2012 16:01

    PMP,
    .
    Oh homem, não interessa em que tipo de despesa se insere o investimento, ele conta para a despesa total e, ao ser cortado, contribui para a respectiva redução. E quanto a estar tudo investido, imagine que ainda era o Sócrates o 1º ministro…

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  27. Ricciardi.b permalink
    2 Novembro, 2012 16:16

    LR, o que o PMP está a tentar dizer é uma coisa muito simples: que o corte na despesa NÃO foi ESTRUTURAL.
    .
    Rb

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  28. PMP permalink
    2 Novembro, 2012 16:16

    Pois, mas parece que o Socrates perdeu as eleições e que o Passos ganhou para governar e não ser piegas com a lengalenga da constituição.
    .
    O PPC até podia ler de novo o que o PSD propos na redução da despesa superfula entre 2009 e 2011.

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  29. Paulo permalink
    2 Novembro, 2012 16:18

    PMP
    Está tudo investido???
    .
    Nem tanto ao mar nem tanto à terra.
    .
    Autoestradas provavelmente já chega por uns tempos, mas se nao investirmos nada, não melhoramos de certeza.
    O nosso drama foi andarmos anos a chamar investimento a despesas nao reprodutivas. E já nem estou a pensar naquelas interpretações que chamam investimento aos subsídios para fazer filmes que ninguem vê, é mesmo em obras como o aeroporto de Beja, onde não aterram aviões!
    .
    Mas daí a nao investir nada e esperar crescimento só mesmo nos livros do ministro Gaspar, ou nos inúmeros artigos que escreveu ao longo da vida sobre uma realidade paralela que só ele e o primo conhecem!

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  30. PMP permalink
    2 Novembro, 2012 16:23

    O que é necessário é “investir” numa redução de IRC e de TSU de 50% para os sectores transacionáveis.
    .
    Um choque fiscal anual de 1 a 2% do PIB ou seja 1,7 a 3,4 mil milhões de euros por ano.
    .
    e investir em melhorar o ensino básico e secundário e investir no direcionamente do credito da CGD para os sectores transacionaveis.
    .

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  31. 2 Novembro, 2012 16:35

    “LR, o que o PMP está a tentar dizer é uma coisa muito simples: que o corte na despesa NÃO foi ESTRUTURAL.”
    .
    É evidente que não foi estrutural e eu dou a entender isso na posta. Daí a necessidade deste debate da reforma do Estado e que terá de passar pela própria Constituição.

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  32. JCA permalink
    2 Novembro, 2012 17:41

    .
    Confrade Miranda aqui para nós neste café, tem toda a razão, sem tirar nem pôr.
    .
    Mas resolver isso não se faz como fantasiam fazer. É doutra maneira completamente diferente, sem PREC’s de Direita de putos irresponsaveis ‘de copo de leite’ e meninos ‘de bem’ a pensarem-se a vingarem-se HOJE de PREC’s que disseram ser de Esquerda que já estão na cagadeira há tantos anos.
    .
    Rola bem.
    .
    Para não falar dalguns de aviário que do mundo só percebem o ‘poder’ na grande superficie das então ‘cubatas’, tresmalhados éntre outros torna viagens que retornaram mas mantiveram, ou aprenderam depois, o que são olhos do mundo, da globalização, além do ‘sucesso cantineiro’
    .
    Todos os de cá que foram lá defender bens e vidas que não eram as suas de cá, depois os receberam e aceitaram e disseram somos todos nós.
    .
    Rola bem.
    .

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  33. António Almeida permalink
    2 Novembro, 2012 18:22

    Acrecente lá a lista dos “indignados”
    Eu estou indignado com uma oposiçaõ trauliteira e que só sabe dizer mal !
    Alternativas ? ZERO !
    Ainda ontem a CS deu voz ao “PÁ”, com declarações incendiárias e irresponsáveis !
    Iguais às do Torgal, Soares, Otelo, Louçã e Jerónimo !
    Mas quem é este BOÇAL, par ter tanto tempo de antena ?
    Será por ser Presidente de uma Associação que em parte é suportado por todos nós e que não passa de um agrupamento partidário!
    Ponham-lhe ao lado auma boa garrafa de vinho e verão como ela desaaprece num instante!
    Um general de aviário igual a VL !

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  34. Fernando S permalink
    2 Novembro, 2012 19:21

    SM : “… mas há quem prefira cortar na agiotagem.”
    .
    Isto é conversa de quem não quer cortar em nada que valha e quer antes manter o Estado hipertrofiado que agora temos !
    .
    .
    “….o corte na despesa NÃO foi ESTRUTURAL.”
    .
    Se deixar de ser temporario e passar a definitivo até passa a “estrutural” …
    “Estrutural” é cortar em tudo ou quase, sem esquecer a educação publica e o SNS, para sempre !
    O problema nem é tanto a falta de vontade ou de coragem deste governo. O problema são os bloqueios, desde os institucionais até aos interesses instalados na sociedade portuguesa à sombra de um Estado despesista.
    .
    Muitos dos que agora protestam “indignados” contra os aumentos de impostos e se dizem a favor de cortes nas despesas, mas apenas nas “superfluas”…., fazem parte e participam amplamente na campanha e nos bloqueios tendentes a impedir este governo de ir ainda mais longe nos verdadeiros cortes nas despesas estruturais do Estado. Pura defesa do “status quo” !

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  35. PMP permalink
    2 Novembro, 2012 19:36

    Lá vem o Fernando S mostrar o seu neoliberalismo radical.
    .
    A despesa não social representa 40% do total, por isso há muito onde cortar no estado não social antes de chegar ao estado social.

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  36. 2 Novembro, 2012 20:01

    PMP,
    .
    Explique lá onde foi buscar esses 40%. Os números oficiais que aqui refiro andam muito longe disso.

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  37. Fernando S permalink
    2 Novembro, 2012 23:10

    Como o LR bem explica no post linkado os gastos e investimentos no dito “Estado Social” representam muito mais do que os 60% do total que o PMP sugere. Só as prestações sociais e os vencimentos chegam a cerca de 65%. Sendo que a maior parte dos funcionarios estão na educação, na saude e noutros serviços sociais. Acrecentando os consumos intermédios e os investimentos destes sectores e, ja agora, a parcela dos juros proporcional ao peso que teem na estrutura da despesa total, não sobra muito para as restantes funções do Estado. Nomeadamente as ditas “regalianas”, a justiça, a segurança interna e externa, e outras funções administrativas. Não é facil fazer exactamente a distinção, que depende dos critérios adoptados, mas a parte “não social” dos gastos publicos não deve ultrapassar os 15% do total.
    .
    Claro que também ha desperdicios e “gorduras” nestes sectores “não sociais”. Mas se ha areas do aparelho do Estado que não podem ser muito reduzidas, terciarizadas, privatizadas, são precisamente estas.
    Claro que a maior parte dos desperdicios e “gorduras” estão na parcela mais significativa, a “social”. Mas estas “gorduras” pouco se reduzem apenas “racionalizando” e “fiscalizando” mais e melhor. Ja foi feito e tentado muitas vezes. Com alguns resultados, mas nunca o suficiente. O desperdicio é inerente à organização burocratica, ao aparelho do Estado. O verdadeiro problema é a propria existencia e a dimensão da estrutura que esta na origem das despesas e dos desperdicios. Não ha volta a dar : apenas uma redução importante da dimensão destes sectores pode permitir economias significativas nos gastos do Estado.
    .
    É engraçado que o PMP me acuse de “neoliberalismo radical”. Vindo de um neo-keynesiano despesista é um motivo de satisfação. O PMP gosta de se apresentar como um liberal “cientifico” avançando com algumas propostas de choque fiscal que podem efectivamente dar essa ilusão aos menos avisados. Mas, no final, tudo passa pela manutenção de um Estado omnipresente, sem tocar na dimensão e estrutura actuais do Estado Social, e, consequentemente, com déficits orçamentais e niveis de endividamento ainda maiores do que os actuais. Não esquecer que para o PMP no gastar é que esta o ganho !…
    .
    Por sinal, por mais “neo” e radical” que o PMP me veja, até considero que o Estado contemporaneo deve continuar a ter uma função “social”. Mas acho que ela deve beneficiar apenas a parte mais fragil e desmunida da população, apesar de tudo uma minoria (o Estado Social não deve ser para as “classes médias”), e que a estrutura publica e as despesas associadas devem ter uma dimensão muito menor do que a actual. O que implica uma redefinição desta função e uma reforma de todo o sistema actual. Tudo isto deve ser feito progressivamente, sem mudanças bruscas, sem traumas colectivos. Trata-se de um processo de médio/longo prazo, com ajustamentos e transições. Mas deve ser começado desde ja e deve ir sendo feito de modo determinado e continuado. Certamente “liberal” mas nada de “radical” !

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  38. Fenris permalink
    3 Novembro, 2012 10:24

    Parece-me espantosa esta constante tentativa de spin daquilo que realmente se passa.
    Não que seja mentira que se protesta com tudo que mexe hoje em dia mas se é verdade que pode ser excessivo não é menos verdade que o pessoal quando se sente atacado (mesmo quando é inevitável e mesmo quando, factualmente, não é um ataque) se tente defender.
    .
    O que é verdadeiramente espantoso é que se finja não perceber que um dos maiores problemas e causa de desagrado é que primeiro apanhamos com um pornográfico aumento de impostos e, mesmo que tacitamente, a mensagem é que tal aconteceu para defender o Estado Social tal como o conhecemos para, depois, descobrirmos que, afinal, este assalto anal não foi para isso mas para uma outra coisa.
    .
    Bestas.

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  39. margarida soares fra permalink
    3 Novembro, 2012 13:32

    Num país em que a justiça não funciona, espero que comece com a entrada na AR do novo Código do Processo Penal, e os Sres Juízes vêm dizer que não podem exercer as suas funções com isenção, por não receberem um subsídio e terem um aumento no IRS, está tudo dito.
    Será que a maioria dos portugueses ainda não percebeu que tem de mudar de vida ?? Que a vida que levámos, al longo de 2 décadas, não voltará mais ??

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