Saltar para o conteúdo

Cultura

21 Janeiro, 2013

A cultura socializante e de infantilização do cidadão está, como é bem sabido, demasiada entranhada na sociedade. Da ministra do cheque-na-hora aos «empresários-sempre-de-mão-estendida-na-pedincha».  Porque ambas as partes dependem uma da outra. E da distribuição do que não é deles. À custa do contribuinte passivo, obviamente.

Veja-se qualquer notícia sobre os recentes estragos em culturas agrícolas provocados pelo mau tempo deste fim-de-semana. Ele é «Proder», ele é «bonificado», ele é «ajudas».

Mas nem uma única vez surge a palavra que seria mais natural face a actividades que implicam  risco: SEGURO

44 comentários leave one →
  1. Duarte permalink
    21 Janeiro, 2013 18:01

    Esta alminha vive noutro País
    Nao sabe porque nunca pegou numa enxada que o prémio de risco que as seguradoras cobram é usurário e incomportável para os pequenos e médios agricultOres. Fazem de propósito o prémio de risco elevado para nao fazerem seguros e assim nao pagarem sinistros.
    Santa ignorância de quem nao faz ideia do que é o mundo do trabalho.

    Gostar

  2. Portela Menos 1 permalink
    21 Janeiro, 2013 18:01

    há companhias Sinistras que escolhem o que seguram; é só ouvir o que disse hoje um empresário acerca da destruição dos morangos nas Caldas da Rainha…

    Gostar

  3. JDGF permalink
    21 Janeiro, 2013 18:06

    Na verdade qualquer Governo necessita de promover a sua ‘kultura’ (oficial). Está nos livros.

    Gostar

  4. murphy permalink
    21 Janeiro, 2013 18:21

    Penso que este governo já tomou medidas que permitem aos agricultores um aceso mais fácil a seguros para estas situações, nomeadamente, comparticipação.

    No entanto, a questão do QREN, mantém-se: os fundos europeus não podem estar ao serviço da burocracia e dos gabinetes de “especialistas” na capital! Devem chegar ao terreno: à agricultura, indústria, pescas, etc..
    http://jornalismoassim.blogspot.pt/2012/11/o-tabu-das-assimetrias-regionais-em.html

    Gostar

  5. TRILL permalink
    21 Janeiro, 2013 18:28

    olhe: eu não vejo tv mas os poucos minutos que vi ontem deu para perceber que as seguradoras não lhes fazem seguros que cubram calamidades naturais.

    Gostar

  6. piscoiso permalink
    21 Janeiro, 2013 18:43

    Deu-me para ler o link do Gabriel:
    “COMO ACEDER ÀS BONIFICAÇÕES

    Para beneficiar das bonificações o agricultor deve cumprir obrigatoriamente um conjunto de condições técnicas mínimas de cultivo, nomeadamente no que respeita a:

    densidade de plantação;
    exposição;
    drenagem atmosférica;
    capacidade de uso do solo;
    disponibilidade de água para rega;
    intervalo entre podas;
    grau de infestação;
    estado fitossanitário.”

    SÓ COM CUNHAS

    Gostar

  7. André permalink
    21 Janeiro, 2013 18:47

    O senhor tem problemas práticos no seu texto. Vamos explicá-los.
    1.º Os seguros contra intempéries são demasiado caros para os agricultores portugueses. Sendo a agricultura uma atividade que produz produtos com um baixo valor os agricultores não podem encarecer demasiado produtos que vão estar em concorrência direta com produtos vindos de países com mão de obra muito mais barata (três ou quatro euros por mês) ou que recebem incondicionalmente subsídios dos Estados. Sendo que muitos agricultores produzem para o mercado interno, seria impensável encarecer mais os produtos num mercado onde os possíveis compradores não têm dinheiro para comer.
    2.º O risco está sempre associado à atividade agricola, mas os mercados (afinal, se o governo se pode valer dos mercados, ainda que doutros produtos, os cidadãos também podem) não querem um aumento dos preços. Prova disso, os contratos de fornecimento para as grandes superficies (lembro-me de repente, pingo doce, continente, intermarché,…) estipulam valores muito baixos, o que impossibilita de novo a subscrição por parte dos produtores de seguros.
    3.º (e talvez o mais importante) Sendo que Portugal se encontra neste momento num processo de reorganização da própria economia, seria de esperar que percebesse a fragilidade a que a economia portuguesa (especificamente a balança comercial) está sujeita, o governo considerasse prioritária a não importação de produtos agricolas e alimentares e mesmo a sua exportação. Afinal, Portugal é um país de clima temperado capaz de produzir alimentos, se conseguirmos produzir esses produtos, será um setor que não contribuirá para a crise. No entanto, continuamos agarrados à má gestão dos recursos e do dinheiro público.
    Só para terminar, o período em que Portugal atribuiu subsídios para estufas e aviários que não existiam foi maioritariamente durante o governo de Cavaco (PSD), seria de esperar que algum do dinheiro que fosse agora atribuido aos agricultores fosse pedido a quem se limitou a comprar jipes com o dinheiro tão bem atribuido pelo partido do atual governo.

    Gostar

  8. 21 Janeiro, 2013 18:49

    O link do Gabriel Silva é para seguros de colheitas. Nas notícias percebe-se que os danos avultados são sobretudo nas estufas, nas estruturas. São os empréstimos para essas estruturas que os agricultores ainda estão a pagar. E realmente várias notícias fazem referência à indisponibilidade das seguradoras e aos preços elevados.

    Mas claro, nunca devemos deixar que a realidade perturbe uma boa teoria.

    Gostar

  9. Duarte permalink
    21 Janeiro, 2013 18:52

    Ou seja o que aconteceu neste fim de semana nao esta coberto e por exemplo as estufas nao estão cobertas, resta que depois disso as seguradoras para fazerem o seguro exigem como já foi evidenciado um conjunto de garantias que nao estão ao alcançe dos pequenos e médios agricultores. Confirma se esta gente nao apanha o ar da rua nao sai de cãs ou dos gabinetes, nao faz a mínima ideia do que é o trabalho e ainda julga que as couves nascem no pingo doce.

    COBERTURA BASE
    Incêndio, ação de queda de raio, explosão e granizo
    Riscos de contratação obrigatória

    COBERTURAS COMPLEMENTARES
    Tornado, tromba-d’água, geada e queda de neve
    Riscos de contratação facultativa e contratados isolada ou conjuntamente

    FENDILHAMENTO DO FRUTO NA CULTURA DA CEREJEIRA
    Só pode ser contratado conjuntamente com a totalidade dos riscos

    CHUVAS PERSISTENTES NA CULTURA DO TOMATE PARA INDÚSTRIA
    Só pode ser contratado conjuntamente com a totalidade dos restantes riscos.

    O contrato de seguro deve obrigatoriamente cobrir todas as culturas da mesma espécie que o segurado possua ou explore no mesmo concelho.

    EXCLUSÕES AO SEGURO DE COLHEITAS

    O seguro de colheitas não abrange:

    Árvores, estufas ou outro capital fundiário;

    Sementeiras ou plantações feitas fora das épocas normais para a região ou mantidas em condições tecnicamente desaconselháveis;

    Prejuízos resultantes de radioatividade, de eventos de natureza nuclear ou atómica ou alterações do meio provocadas por poluição no solo, água ou atmosfera;

    Riscos de inundação, enxurradas, deslizamento de terras, transbordamento de leitos da rede hidrográfica, transbordamento ou rebentamento de coletores, valas e canais de irrigação ou drenagem, diques e barragens.

    Gostar

  10. Portela Menos 1 permalink
    21 Janeiro, 2013 19:12

    não tenho memória de no Blasfémias algum editor ter retirado um post por ter assumido algumas , digamos, “imparidades” do texto 🙂

    Gostar

  11. piscoiso permalink
    21 Janeiro, 2013 19:16

    Só para ler esses regulamentos todos,
    o agricultor vai ter de passar a vida no escritório e não no campo.

    Gostar

  12. ARP permalink
    21 Janeiro, 2013 19:35

    Ora esta conversa sobre seguros é mais um exemplo de que quem fala pura e simplesmente não sabe o que diz.
    1. Os prémios de seguro são elevados
    Pois são. Porque está em jogo um investimento elevado numa colheita. É como o seguro de um automóvel alto de gama ou um baixo de gama. E se eu faço seguro todos os anos (e é caro e sai-me do bolso) faço-o para se acontecer uma desgraça como esta eu não passar fome durante uma campanha.
    Os meus queridos vizinhos jogam na roleta. Como nos meus lados não tem havido problemas severos safam-se melhor do que eu. Poupam umas massas por campanha. Mas no dia em que houver chatice eu vou ser o primeiro a berrar contra as “ajudas” do governo porque indirectamente vou estar a pagar-lhes o prejuízo porque eles preferiram não ter seguro.

    2. Os seguros não cobrem casos como estes.
    Só deve estar a gozar quem diz isto. Então cobre o quê? O valor que paga depende das coberturas que fizer. Existe uma cobertura chamada “actos da natureza”. O que e que acha que isto cobre? Pés frios? Procriação de ovelhas?
    Quanto ao amigo que dizia logo no princípio que o autor nunca deve ter pegado numa enxada, acredito que seja esse o seu caso. Mas a verdade é que a enxada é cada vez mais rara. Cedeu o lugar ao motocultivador ou ao tractor. A não ser que esteja a falar de fazer um seguro para uma leira de batatas. Aí sim acredito que não valha a pena fazer seguro…
    É óbvio que esta gente que tem 50 mil euros de estufas montadas, não fez seguro nenhum porque assim pode ter um ganho maior no fim de cada ano. Mas isso é uma escolha de cada um. Não me venham com a treta de que as companhias não fazem, ou que não cobrem este tipo de danos. Isso é pura e simplesmente aldrabice.
    Se os seguros fossem usados pela generalidade destes “empresários” de mão estendida, os prémios seriam mais baixos para aqueles que fazem o sacrifício de fazer o seguro.
    O que eu não quero é pagar duplamente. O seguro e a esmolinha que esta malta tem a lata de pedir cada vez que há vento ou cai granizo.
    Quem vive da agricultura ou bem que aprende a viver com os caprichos da natureza e acautela-se ou então sujeita-se a passar a vida na miséria ao sabor da esmolinha que lhe possam dar.
    PS. Um dos meus vizinhos que não faz seguro, porque é caro, anda de Range Rover com 2 ou 3 anos. Eu que sou o “parvo” ando numa Strakar com 9…

    Gostar

  13. Joaquim Amado Lopes permalink
    21 Janeiro, 2013 20:09

    Da leitura de alguns dos comentários depreende-se que:
    1. Não tendo sido feito seguro, é o Estado que deve assumir o risco da actividade;
    2. Para o produtor fazer o seguro é a seguradora que deve assumir o risco da actividade, não o reflectindo no prémio.
    .
    Realmente, há quem não deixe a realidade perturbar a sua “boa” ideologia.

    Gostar

  14. JDGF permalink
    21 Janeiro, 2013 20:26

    O que fica explícito desta questão dos seguros para as actividades agrícolas é que um facto que tem sido empolado, i. e., o ingresso (ou o regresso) de alguns (quantos?) portugueses ao sector primário deve ser encarado como uma economia de subsistência (não dirigida ao mercado interno ou ao externo). Falta, portanto, dar o passo em frente que coloque esses pequenos empresários agrícolas no mercado interno e a partir daí terá cabimento os apoios públicos (seguros, p. exº.) já que começarão a contribuir para o equilíbrio da balança comercial. Só que empresas de seguros capazes de apoiar esse esforço, não existem. Poderia ser, por exemplo, o ramo de seguros da CGD mas como está escrito nas estrelas (Memorando) são para privatizar…
    Bem, trata-se de uma pescadinha com o rabo na boca ou, então, chorar sobre o leite derramado.

    Gostar

  15. Trinta e três permalink
    21 Janeiro, 2013 20:44

    Os seguros destinados à agricultura, são a prova de que o mercado não funciona em Portugal. Devido aos elevados custos, os pequenos e médios agricultores (a maioria) evitam-nos. Isso devei chegar para que as seguradoreas baixassem o preço. Ora, nada disso acontece.

    Gostar

  16. Duarte permalink
    21 Janeiro, 2013 21:31

    A realidade é que nao sao feitos seguros, apesar do “mercado”. Quando a realidade entra em contradição com o mercado é sempre a realidade que esta mal porque o mercado é Deus.

    Gostar

  17. Fincapé permalink
    21 Janeiro, 2013 21:49

    Deve ter sido a pensar desta maneira que o Bush, aquele que deu origem a vários livros de gafes, não se prontificou a ajudar os cidadãos de Nova Orleães.
    As ajudas aos banqueiros que construíram as dívidas, essas, tudo bem.
    O socorro a quem trabalha, dispensa-se.

    Gostar

  18. Lucas Galuxo permalink
    21 Janeiro, 2013 22:59

    Imagine-se o que este país não lucraria se o Gabriel Silva e o Joaquim Amado Lopes se dedicassem à agricultura e se beneficiassem de tão fraca concorrência.

    Gostar

  19. Duarte permalink
    22 Janeiro, 2013 00:04

    Um livro a ler do historiador italiano Domenico Losurdo em edição francesa ” conter-histoire du Liberalisme

    Aqui fica um pequeno excerto relativo a alguns ideólogos desta corrente politica

    Dans cette enquête historique magistrale qui couvre trois siècles, du XVIIe au XXe siècle, Losurdo analyse de manière incisive l’oeuvre des principaux penseurs libéraux, tels que Locke, Burke, Tocqueville, Constant, Bentham ou Sieyès, et en révèle les contradictions internes. L’un était possesseur d’esclaves, l’autre défendait l’extermination des Indiens, un autre prônait l’enfermement et l’exploitation des pauvres, un quatrième s’enthousiasmait de l’écrasement des peuples colonisés… Assumer l’héritage du libéralisme et dépasser ses clauses d’exclusion est une tâche incontournable

    Gostar

  20. Duarte permalink
    22 Janeiro, 2013 00:05

    Correção ” contre-histoire du liberalisme

    Gostar

  21. Duarte permalink
    22 Janeiro, 2013 00:14

    Olha! mais tempo para pagar. Este Gaspar tambem me saiu um valente comunista.
    EM ACTUALIZAÇÃO: Vítor Gaspar pediu mais tempo para pagar os empréstimos de Portugal e diz que recebeu “afirmações de apoio e suporte” dos parceiros.

    Gostar

  22. JDGF permalink
    22 Janeiro, 2013 00:24

    Ou quando uma encapotada negociação da dívida é travestida por ‘afirmações de apoio e suporte’…

    Gostar

  23. Fincapé permalink
    22 Janeiro, 2013 01:09

    Cá para mim, a troika quer dar mais tempo ao esquerdista Gaspar, mas ele vai recusar.
    Um homem de palavra mantém-na até ao fim.
    Um dos problemas do ultraliberalismo é que, como muitos dos outros “ismos”, alimentam-se da mentira.
    Ainda ontem no Prós e Contras, da interruptora Fátima Campos Ferreira, o cirurgião Manuel Antunes teve de inventar que o orçamento do Ministério da Saúde era 10% do PIB, 16 mil milhões. Tudo o que disse foi à volta deste absurdo engendrado ou por ignorância.
    A direita adora as mentiras e as manhas da direita. Eu detesto mentiras e abordagens com base nelas, sejam de direita ou de esquerda. Mas hoje é assim que se vive.

    Gostar

  24. 22 Janeiro, 2013 01:19

    Hoje, houve um choque de comboios perto de Coimbra, causando danificações em carruagens (irrecuperáveis) e infelizmente cerca de 20 feridos.
    Circulavam nos dois comboios, 77 pessoas. Num deles, o regional, só 4 pessoas.
    Ora, porque o acidente ocorreu à noite, não será difícil presumir que para certos assessores, economistas e quiçá ministros deste governo, atentem nisto :
    — Cancelar todas as viagens nocturnas que envolvam intercidades e regionais, dada a escassez de passageiros e desnecessários custos para a Refer;
    — O Estado e a Refer não se responsabilizarão por qualquer acidente diurno ou nocturno que cause feridos ou mortos;
    — Todos os passageiros deverão possuir um Seguro, pago pelos próprios(óbvio) para viajarem na Refer;
    — Em caso de acidente, compete aos passageiros (feridos ou não), solicitarem a presença de bombeiros, médicos, enfermeiros, ambulâncias, polícia.
    — Etc.
    Desastres naturais ? — regulamente-se algo que não obrigue o Estado, o governo, sequer a sair dos seus gabinetes e quiçá, culpabilize os proprietários de bens atingidos e irrecuperáveis !
    Isto sim ! Isto é que seria um Estado a recuperar economica e financeiramente, com cultura social e incentivador para uma solidariedade inovadora…

    Gostar

  25. 22 Janeiro, 2013 01:34

    Caro Gabriel Silva,
    “Uma coisa” é o que as seguradoras oferecem, exigem e NÃO CUMPREM ! Ou, se cumprem, só tardiamente e em muitos casos, sempre com renitência e “vírgulas”…
    Outra, a realidade laboral, comercial, económica e financeira dos agricultores, agravada por este (e o anterior) governo, que não possuem verbas para segurarem tudo e conforme desejariam, e necessitariam. Acresce que a maioria dos agricultores não podem contratar um advogado (despesas e tempo provavelmente contraproducentes…) e nem em sonhos chegariam à porta de grandes escritórios e advogados caros…muitos destes “feitos” com seguradoras…
    Por que não sugere o governo, este governo, aos agricultores, que perante o aviso de intempéries “tapem” as colheitas ou reforcem as estufas agarrando-se com as suas famílias e vizinhos a elas ?

    Gostar

  26. 22 Janeiro, 2013 01:46

    Acresce o seguinte :
    — Há verbas comunitárias e tugas, exclusivamente para serem usadas no caso de catástrofes naturais ;
    — Se um Estado, um governo, não é solidário para com os seus cidadãos em casos semelhantes, então os cidadãos (sobretudo os trabalhadores, impolutos e cumpridores) não se sentem obrigados a respeitar o Estado e se puderem nem nele viverem e trabalharem.
    parafraseando : Há mais vida para além do Estado !

    Gostar

  27. 22 Janeiro, 2013 01:49

    Ou seja (para concluir), se perante um Estado desumano :
    QUE SE PHODA O ESTADO !

    Gostar

  28. Tiradentes permalink
    22 Janeiro, 2013 09:45

    Já aqui temos gente suficiente para formar um fundo que faça seguros aos agricultores pequenos e médios sem prémios usurários de forma a os compensar em casa catastrofe ou sequer ventania. Quando da primeira que acontecer lá vai duarte cia meter mais carcanhol no dito fundo não usurário, indefinidamente. Mas ele como muitos outros tem a boca cheia é sobre o dinheiro dos outros.
    Não percebo como esta gente tão esclarecida e conhecedora não monta este tipo de negócio já que sabe tanto dele e da forma como os outros o fazem.Querem é que os outros o façam e de preferência que eles sejam os beneficiários.

    Gostar

  29. Eleutério Viegas permalink
    22 Janeiro, 2013 10:04

    Este SEGURO não é o Tozé, claro… Mas a Cristas tem a cassete bem estudada, a dos apoios do costume. E a lamúria está mais que entranhada nesta gentinha.

    Gostar

  30. JDGF permalink
    22 Janeiro, 2013 10:54

    A questão dos seguros das pequenas empresas agrícolas não deveria ser um ‘quebra cabeças’ tão grande.
    Bastaria que o Estado tenha em relação ao aparelho produtivo (rigorosamente auditado) a mesma atitude que adopta quanto à ‘resiliência’ do bancos…
    Todavia, está cada vez mais entrenhada no País a filosofia (pseudoliberal) do “chacun vit, se gouverne à sa guise…” .
    Por último – e parecendo despropositado – em muitas cabeças pensantes, ‘reformar o Estado’, não passa disso.

    Gostar

  31. pedro permalink
    22 Janeiro, 2013 10:57

    Os agricultores devem ser ajudados quer tenham ou não feito seguros.Não vejo as pessoas a rasgarem as vestes e pedirem a prisão dos vigaristas do B.B.N. e vamos agora pagar os activos tóxicos de duarte lima e companheiros e a maior parte dos investimentos foi no imobiliário especulativo..As actividades como a pesca e agricultura tem de ser apoiadas e vão ver a pipa de massa que a europa dá em subsídios aos grandes agricultores no âmbito da pac. As companhias de seguros agrícolas são como os seguros de saúde ,se tiveres um cancro vais para o S.N.S..

    Gostar

  32. Duarte permalink
    22 Janeiro, 2013 11:14

    O fundo criado naomtinhamvisto para beneficiar os agricultores mas antes para indemnizar as seguradoras . Coitadinhas……. A realidade é que as seguradoras nao querem este produto nos seus balanços.

    SEGURO DE COLHEITAS EM PORTUGAL

    Breve resenha Histórica

    O seguro de colheitas foi criado em 1980, assegurando o Estado, já nessa altura, a bonificação dos prémios, por forma a que o valor a pagar pelos agricultores fosse compatível com a rentabilidade das culturas e a economia das empresas do sector agrícola.

    O seguro então criado, era voluntário, temporário, abrangia todo o território continental e incluía um conjunto de limitado culturas

    A lista de culturas objecto de seguro tem vindo no entanto a ser alargada ao longo destes últimos vinte anos, podendo hoje dizer-se, que o seguro cobre já todas as culturas praticadas nas diferentes regiões do país.

    No que respeita aos riscos abrangidos, embora inicialmente fossem apenas o incêndio, raio, explosão, tornado, tromba de água, granizo e geada, posteriormente foram também incluídos os riscos de geada negra e queda de neve.

    A adesão inicial dos agricultores foi elevada tendo-se registado entre 1980 e 1990 um claro crescimento de carteira.

    Acontece porém, que durante este período se registaram também elevados níveis de sinistralidade, os quais tiveram como consequência o avolumar de resultados negativos por parte das seguradoras, como a consequente acumulação de défices elevados.

    Assim, face a esses elevados índices de sinistralidade, foi decidido criar um Fundo de Compensação do Seguro de Colheitas, ao qual competia, para além de bonificar os prémios, compensar ainda parte dos prejuízos sofridos pelas Seguradoras.

    Neste cenário o mercado Segurador reagiu com o aumento das tarifas, o que teve como consequência directa uma quebra acentuada de carteira, com o abandono dos agricultores menos expostos ao risco.

    Estavam assim criadas condições negativas de selectividade, ficando no sistema apenas os agricultores de maior risco, que por sua vez fizeram com que o nível de sinistralidade fosse aumentando ainda mais

    Gerou-se assim uma “espiral negativa” que levou à prática de taxas comerciais incomportáveis para os agricultores e ao seu abandono progressivo.

    -Em 1995 o número de agricultores aderentes ao seguro não era superior a 3.000, o que equivalia à falência do sistema.

    Avolumou-se portanto, entre 1990 e1995 o divórcio entre Seguradoras e produtores agrícolas, tendo como consequência a quebra acentuada de prémios cobrados e de agricultores abrangidos.

    Gostar

  33. 22 Janeiro, 2013 12:16

    Por falar em seguro.
    onde estão os heróis mentecaptos q assinaram a petição em favor do cão assassino….
    perante esta pena de morte…..?
    http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=3007259

    Gostar

  34. Fincapé permalink
    22 Janeiro, 2013 12:30

    Por favor, não tirem o dinheiro ao Tiradentes para ajudar os agricultores. Formem antes seguradoras.
    Mais uma eleutério-vieguice.

    Gostar

  35. Vitor permalink
    22 Janeiro, 2013 13:08

    Então o Gaspar pediu mais tempo? Não era menos tempo e menos dinheiro que a gente queria? Renegociar? O que é isso? Então renegociar não era uma estupidez?

    Gostar

  36. von permalink
    22 Janeiro, 2013 13:27

    O Gabriel Silva tem o mesmo discurso acerca dos “subsídios” dados aos bancos?

    Gostar

  37. Anonimo permalink
    22 Janeiro, 2013 13:33

    COMO SÃO AVALIADOS OS PREJUÍZOS
    .
    A avaliação dos danos é efetuada entre o segurado e a seguradora. Caso estes não cheguem a acordo, cada uma das partes nomeará um perito-árbitro. Mantendo-se ainda divergências, é chamado um terceiro perito cuja designação, se não for de mútuo acordo, é determinada pelo MAMAOT.
    QUAL O VALOR A CONSIDERAR PARA EFEITOS DE INDEMNIZAÇÃO
    .
    O cálculo da indemnização tem por base a produção real, a qual pode ser inferior à produção segura. Caso não seja possível determinar a primeira, considerar-se-á:
    .
    – a média das produtividades obtidas durante os últimos seis anos (excluindo o ano de menor produtividade) acrescida de 20%;

    – ou, na impossibilidade do seu cálculo, a produtividade atestada pelos serviços regionais do MAMAOT,

    aceitando-se como limite máximo a declaração do segurado.
    .
    Em caso de sinistro, a indemnização atribuída ao agricultor é equivalente a 80% dos prejuízos realmente sofridos. De notar que não são indemnizáveis danos cujo montante, por verba segura, seja inferior a 5% do valor seguro, com um mínimo de 75€.
    .
    As perdas sofridas pelo agricultor nas quarenta e oito horas seguintes aos primeiros danos verificados são consideradas como constituindo um único sinistro.
    .
    No caso específico das culturas de vários cortes, apanhas ou colheitas, a indemnização atenderá ao valor das colheitas já realizadas, devendo previamente fixar-se em termos percentuais a distribuição mensal das receitas esperadas.

    Gostar

  38. Anonimo permalink
    22 Janeiro, 2013 13:35

    Segurar a produção por um valor acima do esperado, só traz desvantagens para o agricultor:
    .
    – paga um prémio maior;

    – em caso de indemnização, recebe apenas de acordo com a produção real;

    – pode perder o direito à bonificação do prémio.

    Uma vez em vigor o contrato, o agricultor não pode alterar os valores declarados, a não ser que a alteração seja devida a:
    .
    – acidentes meteorológicos não possíveis de abranger no âmbito do seguro de colheitas;

    – pragas de âmbito regional, para cuja ocorrência o segurado seja inteiramente alheio;

    – variação de preço ou subsídios oficiais;

    – legítima expectativa de vir a verificar-se um significativo aumento da produção esperada, devidamente comprovado pelos serviços regionais do MAMAOT;

    – correção de erros de cálculo cometidos pelo segurado nas declarações iniciais.
    .
    Note-se que alterações ao contrato entram somente em vigor a partir das zero horas do oitavo dia seguinte ao da receção do pedido na seguradora, sendo apenas aceites antes da ocorrência de um sinistro ou da verificação de qualquer risco coberto capaz de causar prejuízos.

    Gostar

  39. Expatriado permalink
    22 Janeiro, 2013 14:17

    O credo marciano
    .
    “……E da distribuição do que não é deles. À custa do contribuinte passivo, obviamente……”
    .
    Cantam bem, mas nao me convencem. Pois……

    Gostar

  40. JCA permalink
    22 Janeiro, 2013 14:42

    .
    As ‘million dollars questions’ à escala chico-esperto-tuga:
    .
    PORQUÊ tanta aflição para regressaraos mercados ?
    .
    O QUE É que querem para depois de regressarem aos mercados ?
    .
    Porque querem prolongar os prazos e a redução dos juros etc ?
    .
    Afinal querem o quê ?
    .
    Para quê ?
    .
    Como ?
    .
    Quando ?
    .
    Porquê ?
    .
    Onde ?
    .
    Para quem ?
    .
    Pois é.
    Não sabem bem.
    Têm uma vaga ideia….. umas fichazitas fracotas para pôr no pano verde da roleta. Depois se vê. Mas a teta do ‘depois se vê já tem mais de 30 anos, foi chão que já deu uvas. Nem com vides de menos idade embrulhadas em ‘armanis’ lá vai’. Reconfirmadissimo. Só bolas fora. Teimam, fazem que não acreditam, alzeimeranizados. Pois é.
    .
    A Irlanda tem respostas para isto tudo, não se penduram no side car…… O pendura nunca se safa, embora quando se pendurou estivesse convencido que era ‘o maior’ …. Escreveu, leu, estudou, discursou, provou, justificou, sabia tudo. Mas nunca saiu do lugar do pendura. Admirou-se que de auto admirado pendura acabou outra vez pendurado …..
    .
    E francamente os que as elites arrivistas com tambores e fanfarras não conseguem sair disto ? É assim que querem sacar o deles deles para azeitar os egos com garantia de impunidade por respeito popular para sustentabilidade pessoal ???
    .
    Importem-se para se dar a volta ao vosso cavalo, para o cavalo não ir para o matadouro. Até ontem não acreditavam tão embasbacados com eles próprios, parece que hoje …….
    .
    Mas ainda não chega. É muito curto. Enxerguem-se, já não é sem tempo.
    .

    .

    Gostar

  41. Arya permalink
    22 Janeiro, 2013 16:27

    Realmente alguns escritos deste blog, tal como este, são blasfémias sinistras e demonstram maldade latente, doentia nas cabeças de algumas figurinhas e a completa falta de conhecimento e realismo daquilo que é uma actividade agrícola. Ao menos antes de escrever leia na internet, nos sites das Seguradoras, as condições dos Seguros para produções agrícolas. Ao menos isso. Poupavam-se asneiradas em catadupa. Mais cuidado, respeito, educação e consideração tenho de ter eu para não lhe responder como merece.

    Gostar

  42. André Pereira permalink
    23 Janeiro, 2013 01:34

    Tanta gente a criticar as seguradoras e os mercados, e ao mesmo tempo revela tanta ignorância. Essa gente diz que os seguros são demasiado caros, e os pobres industriais da agricultura no meio das largas dezenas, e até centenas de milhar de euros investidos em estufas, não tem uns 1000 euros por ano para segurá-las. Como esses industriais muito espertos não pagam seguro então a conclusão que estes pensadores chegam é muito simples – o mercado não funciona.

    Mas estes pensadores esquecem-se de pensar no problema sobre o qual estão a comentar.

    Mais precisamente, esquecem-se que basta a qualquer industrial da agricultura aparecer em frente a uma câmara da TV para na mesma hora aparecer o ministro da agricultura a dizer que passa o cheque em branco. Ou seja, o motivo que leva esses industriais da agricultura não comprar seguro é o facto de já terem todo o seu investimento bem seguro, através da comunicação social, do ministério da agricultura e do dinheiro dos impostos. É uma decisão que faz todo o sentido para eles, economicamente falando. Pagam zero de prémio a uma seguradora, tem uma compensação choruda por parte do estado se acontecer qualquer desvio dos lucros garantidos do investimento, dependem de zero perícias técnicas para receber a compensação, e a compensação cobre sempre 100% daquilo que alegam ter sido o prejuízo – que é sempre acima daquilo que realmente gastaram. O único detalhe que precisam de cumprir é o drama, o choradinho em frente às câmaras para pressionar o ministro da agricultura, e isso está sempre garantido. Onde já se viu isso antes? Já com esta ministra já é o salvo erro o 3º caso de extorsão.

    Portanto, o mercado funciona perfeitamente – ao abrirmos os olhos e constatarmos que o estado é a seguradora destes parasitas. E são parasitas mesmo, porque anda o estado a tirar-nos ordenados para depois entregar a esses industriais da agricultura e da esperteza saloia.

    Gostar

Indigne-se aqui.