a perplexidade do barómetro
16 Abril, 2013
Fernando Ulrich é um excelente barómetro da governação. Entusiasta com os governos e os primeiros-ministros quando eles estão cheios de fôlego e de energia, logo os passa a criticar quando começam a decair. Foi assim com Sócrates, parece que será assim com Passos. Esperemos pelo próximo.

Moral da estória: Só interessa ao banqueiro um Governo em estado favorável.
Mas isso também se passa comigo e não sou banqueiro nem Ulrico.
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Rui A: eu aguardo as medidas que vão sair. Gostaria que o governo começasse a governar ,mas se as medidas forem mais do mesmo ,corte no subsídio de doença , desemprego e despedimento de assistentes ,entendo que devemos passar todos à resistência activa . Sabendo que os cortes que proponho não chegam ,mas antes de “suicidar” as pessoas ,o governo devia cortar primeiro na estrutura e na nomenclatura . Esperamos pelo banco de fomento, pelos dinheiros do QREN e nada. O tempo começa a esgotar-se e porque não iremos para melhor ,era desejável que o governo fizesse aquilo que tem de ser feito.
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Centremos a análise nas declarações de Passos Coelho que irritaram Ulrich: ainda há por aí alguém que defenda a ideia da matriz liberal deste Governo?
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O outro obrigava os bancos a emprestar ao Estado. Este quer obriga-los a emprestar às empresas.
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Não se percebe se querem salvar os bancos se querem rebentar com eles. Fazem-me pena!
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Rui, penso que já lhe tinha dito uma vez que o governo tinha perdido o apoio na alta finança. Ulrich é só o pimeiro dos muitos que vão mostrar esta falta de apoio publicamente. (In)felizmente, este governo já não pode contar com muito mais do que uma pequena guarda avançada, no fundo, aquilo que o senhor e o seu texto representam. Só coloco o infelizmente porque qualquer governo, por muito mau que seja, é melhor do que não haver sequer um governo.
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Se Fernando Ulrich está a criticar o intervencionismo do Estado na Banca, nisso estou de acordo com ele.
Mais: é sempre desastroso o intervencionosmo do Estado em qualquer sector da Economia, como se tem visto!…
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intervencionismo
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O Fernando Ulrich é mais do tipo “olha lá o meu”, ou numa forma mais sofisticada (e claro em inglês, que tem sinete…) “where is my money?”, aliás como a nossa casta de gestores bancários. Isto só quer dizer que o fim se aproxima e esta rapaziada tem de começar a posicionar-se para o próximo…
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Fernando Ulrich e Mira Amaral há muito que dizem que o crédito bancário às pequenas e médias empresas não tem sido limitado pela escassez de recursos, mas, e é aqui que está o busilis, pelo elevado e crescente risco desse crédito. A gestão de expectativas – só se falando de austeridade e de mais austeridade – naturalmente que só agrava a situação que é de facto muito complexa.
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Caro PIErre, ainda bem para os noruegueses que eles não partilham a sua opinião sobre o intervencionismo estatal, com um bocado de liberalismo (ou inteligência, no que me parece ser a sua opinião) eles eram capazes de estar como nós.
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PS: Não me venha com a treta do dinheiro do petróleo, afinal, o negócio é público, se fosse cá, certamente teria sido privatizado e o Estado estaria a perder dinheiro a olhos vistos (mais a fuga fiscal para outros países).
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FUlrich precisa que alguém o leve à bruxa da Arruda ou ao Alexandrino. Ou a Roma, para ver o Papa Francisco.
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Ulrich ainda não se apercebeu que Passos Coelho diz… coisas.
Tal como ele próprio, que também diz… coisas.
Quer dizer, ambos são muito fofinhos, porque ambos dizem… coisas.
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Com os valores astronómicos do crédito mal-parado e o exemplo do Chipre não sei se Ulrich não tem razão…
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Caro André,
1. Quando falei em intervencionismo estava a lembrar-me da “Human Action” e não dos noruegueses.
2. Não falei em petróleo.
3. O André é muito imaginoso para me atribuir coisas que eu não escrevi.
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Não adianta nenhum investir em empresas que se sabe de ante-mão que vão dar o berro.
Estão a começar a construir o prédio pelo telhado.
O que primeiro têm de fazer é tornar as empresas viáveis.
Como?…
Baixando-lhe os impostos, os salários e os custos da energia, e depois o Estado tem de parar uma vez por todas, de meter o bedelho em tudo que não lhe diz respeito, a não ser unicamente vigiar.
Os bancos investem, ficam sem ele, vão á falência e o resultado sobra sempre para os mesmos!…
Não vèm isso?
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Será só assim?
http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/4126809.stm
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O P. Coelho percebeu, tarde, que a receita dele estava furada.
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E não elogiaram o rapaz qd ele disse as baboseiras que inclua sem-abrigo? Então, agora aguentem, aguentem 🙂
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GANDA MÁRIO ! GENIAL …
Em Agosto de 1983, o Governo do Bloco Central PS-PSD, assinou um memorando de entendimento com o Fundo Monetário Internacional. Os impostos subiram, os preços dispararam, a moeda desvalorizou, o crédito acabou, o desemprego e os salários em atraso tornaram-se numa chaga social e havia bolsas de fome por todo o país. O
primeiro-ministro era Mário Soares. Veja como o homem que hoje quer rasgar o acordo com a troika defendia os sacrifícios pedidos aosportugueses.
“Os problemas económicos em Portugal são fáceis de explicar e a única coisa a fazer é apertar o cinto”. DN, 27 de Maio de 1984
“Não se fazem omeletas sem ovos. Evidentemente teremos de partir alguns”. DN, 01 de Maio de 1984
“Quem vê, do estrangeiro, este esforço e a coragem com que estamos a aplicar as medidas impopulares aprecia e louva o esforço feito por este governo.” JN, 28 de Abril de 1984 “Quando nos reunimos com os macroeconomistas, todos reconhecem com gradações subtis ou simples nuances que a política que está a ser seguida é a necessária para
Portugal”. Idem “Fomos obrigados a fazer, sem contemplações, o diagnóstico dos nossos males colectivos e a indicar a terapêuticapossível” RTP, 1 de Junho de 1984. Idem, ibidem
“A terapêutica de choque não é diferente, aliás, da que estão a aplicar outros países da Europa bem mais ricos do que nós” RTP, 1 de Junho de 1984 “Portugal habituara-se a viver, demasiado tempo, acima dos seus meiose recursos”. Idem
“O importante é saber se invertemos ou não a corrida para o abismo em que nos instalámos irresponsavelmente”. Idem, ibidem
“[O desemprego e os salário em atraso], isso é uma questão das empresas e não do Estado. Isso é uma questão que faz parte do livre jogo das empresas e dos trabalhadores (…). O Estado só deve garantir o subsídio de desemprego”. JN, 28 de Abril de 1984
“O que sucede é que uma empresa quando entra em falência… deve pura e simplesmente falir. (…) Só uma concepção estatal e colectivista da sociedade é que atribui ao Estado essa responsabilidade. Idem
“Anunciámos medidas de rigor e dissemos em que consistia a política de austeridade, dura mas necessária, para readquirirmos o controlo da situação financeira, reduzirmos os défices e nos pormos ao abrigo de humilhantes dependências exteriores, sem que o pais caminharia, necessariamente para a bancarrota e o desastre”. RTP, 1 de Junho de1984
“Pedi que com imaginação e capacidade criadora o Ministério das Finanças criasse um novo tipo de receitas, daí surgiram estes novos impostos”. 1ª Página, 6 de Dezembro de 1983
“A CGTP concentra-se em reivindicações políticas com menosprezo dos interesses dos trabalhadores que pretende representar” RTP, 1 de Junhode1984
“A imprensa portuguesa ainda não se habituou suficientemente à democracia e é completamente irresponsável. Ela dá uma imagem completamente falsa.” Der Spiegel, 21 de Abril de 1984
“Basta circular pelo País e atentar nas inscrições nas paredes. Uma verdadeira agressão quotidiana que é intolerável que não seja punida na lei. Sê-lo-á”. RTP, 31 de Maio de 1984
“A Associação 25 de Abril é qualquer coisa que não devia ser permitida a militares em serviço” La Republica, 28 de Abril de 1984
“As finanças públicas são como uma manta que, puxada para a cabeça deixa os pés de fora e, puxada para os pés deixa a cabeça descoberta”. Correio da Manhã, 29 de Outubro de 1984
“Não foi, de facto, com alegria no coração que aceitei ser primeiro-ministro. Não é agradável para a imagem de um politico sê-lo nas condições actuais” JN, 28 de Abril de 1984
“Temos pronta a Lei das Rendas, já depois de submetida a discussão pública, devidamente corrigida”. RTP, 1 de Junho de 1984 e…….ESTA????
E quando for a enterrar ainda vamos ver o policarpo de sotaina a explicar como mereceu o paraíso.
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Para sobrevivência própria (infelizmente) o Estado quando vira Gestor Empresário
tem que utilizar nas chefias os militantes *colunáveis* não importando a capacidade,
formação ou carácter do empossado. Só neste aspecto, na concorrência acesa do privado,
a adequação à função fica aproximadamente provada pelo êxito da personagem.
O liberalismo como factor seleccionador é imbatível: se não prestas, morres.
Agora Empresas Públicas em que o insucesso vai sempre ser *amparado* por
meter dinheiro sem limites no empreendimento (à Sócrates) só deu bancarrota,
ou pior, a miséria geral do povo esmagado de impostos.
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é como diz o Basto_eu , as empresas precisam é de energia mais barata ( e acabo de ouvir um senhor na sic noticias , José Gomes Ferreira , a explicar pq a pagamos acima do preço devido e pq apesar da troika insistir insistir em “acabem com a rendas excessivas !” nada , neron , niente dado serem essas empresas e a banca a mandar no país .. ) e de impostos mais baixos . não precisam de todo de se endividar mais.
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javitudo
Posted 16 Abril, 2013 at 21:30 | Permalink
GANDA MÁRIO ! GENIAL …
Em Agosto de 1983, o Governo do Bloco Central PS-PSD, assinou um memorando de entendimento com o Fundo Monetário Internacional. Os impostos subiram, os preços dispararam, a moeda desvalorizou, o crédito acabou, o desemprego e os salários em atraso
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Fora de contexto : ele ainda não estava lelé da cuca . . .
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Também não percebo porque raio um PM fala de crédito da banca sem falar com eles.
Ainda não chegou à incompetência do Sócrates, mas já começa a treinar.
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O licas anda a apalpar para ver se acerta.
Está logo a dizer que Soares formou governo em junho e que provocou uma crise até ao mês de agosto, quando assinou o acordo. 😉
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F Ulrich é um ‘rato’ que está a abandonar o navio (a meter água). Nada [ainda] de irremediável. Isso, só sucederá – como devemos inferir da história recente – quando o senhor R. Salgado sair pela borda fora.
Este o verdadeiro barómetro – sem quaisquer perplexidades!
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O memorando da troika está a tratar de tirar a palha da manjedoura dos xuxas e dos rendeiros.
O golpe de Estado já se faz para tirar Portugal do euro e da UE e voltar o regabofe. A Esquerda já poderá pagar o Estado xuxial com as máquinas impressoras ligadas, e uma minoria poderá comprar o país a preço de saldo. Tudo desde que as dívidas sejam convertidas… em escudos.
Seria uma maravilha, a Alemanha perdoava parte da dívida externa, as dívidas dos privados eram convertidas na nova moeda, a Esquerda seguia o exemplo tão louvável da Argentina.
E há na Banca quem aposte nisto.
A UE já não interessa aos cleptocratas, xuxas, rendeiros, sindicalistas, funcionários públicos, dependentes diversos do Estado Xuxial.
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O entusiasmo em torno das exportações não é inocente.
Os xuxas querem que o país cresça para que a dívida estabilize ou diminua, em percentagem do PIB.
ERRO!
Portugal precisa de excedentes orçamentais durante mais de 10 anos. Acabaram as PPP’s, os grandes desígnios nacionais, as rotundas, os estádios, os eventos, o emprego para a vida na empresa municipal ou na fundação.
HIT THE ROAD JACK!
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Vá lá, o Rui Amorim parece já se ter apercebido da morte deste governo.
Talvez devesse ser mais explícito, pois ainda há por aí alguns escribas que falam de Lázaro como se não ouvissem o pranto das suas irmãs…
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A indecorosa postura das bancadas apoiantes do governo no assédio explícito ao PS (nem o PS de Sócrates, ainda que em minoria(!!!), caíu tão baixo aquando do PEC 4) passou os limites da decência nesta tarde de plenário.
Agora tenho a certeza: este governo vai uma autêntica casa de putas.
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