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robert e carina

29 Abril, 2013
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https://i0.wp.com/multimedia.ekstrabladet.dk/archive/00833/robert_nielsen_833499m.jpgO vagabundo da fotografia chama-se Robert Nielsen. É dinamarquês e vive, desde 2001, exclusivamente à conta de subsídios públicos. Vive bem, em apartamento próprio e sem que nada lhe falte. Numa entrevista que concedeu recentemente à televisão, Robert “Preguiça” Nielsen, como é conhecido, confessou que não tem qualquer problema de saúde, mas que nunca aceitará empregos “degradantes”, como, segundo exemplificou, trabalhar num restaurante fast food. “Felizmente, nasci e vivo na Dinamarca, onde o governo se dispõe a financiar a minha vida”, esclareceu-nos.

Um artigo desta semana do The New York Times dá conta das preocupações sobre o futuro da Dinamarca, um país cujo modelo social e económico é frequentemente apontado como um exemplo a seguir. O jornal noticia que um deputado liberal desafiou um colega seu, defensor do estado social, a visitar uma mãe solteira de 36 anos, a quem foi dado o pseudónimo de Carina, com dois filhos e também ela a viver de apoios estatais, para poder retirar as suas conclusões sobre o modelo de apoio social em vigor. E elas foram muito simples: Carina, graças aos subsídios que recebe do estado, dispõe de uma renda maior do que uma normal mulher da sua idade consegue obter a trabalhar: o equivalente a US$ 2.700/mês. Resta acrescentar que Carina vive assim desde os 16 anos de idade. Há vinte anos, portanto.

A história de Carina provocou um debate no país sobre o seu modelo social. Graças a ela, observou-se que, neste momento, há regiões e cidades inteiras onde são mais as pessoas que não trabalham e que vivem de subsídios, do que aquelas que têm emprego. Segundo dados de 2012, nesse ano somente 2,6 milhões de pessoas trabalhavam, uma reduzida percentagem de 47% da população total e de apenas 73% da população entre 15 a 64 anos de idade. A análise ressalta, também, que muitos dos dinamarqueses com emprego trabalham poucas horas por dia, em vez de terem um horário de trabalho completo.

A evolução do estado social dinamarquês levou, assim, ao disparate, como sempre acontece, mais cedo ou mais tarde, onde ele vigora. Os benefícios sociais foram-se progressivamente transformando em verdadeiros incentivos à estagnação, em vez de serem apoios momentaneamente concedidos a quem, de facto, deles necessita. Karen Haekkerup, ministra das Questões Sociais e Integração, declarou a esse propósito: “No passado, as pessoas só pediam ajuda quando precisavam. Mas hoje a mentalidade é outra. As pessoas olham para os benefícios como direitos delas”.

Consciente dos malefícios do seu estado social, a Dinamarca está já a promover reformas que, provavelmente, impedirão a implosão do país. Em Portugal, mesmo depois de termos estoirado, continuamos sem conseguir compreender as razões que nos levaram à situação em que nos encontramos, nem tão pouco somos capazes de enfrentar as reformas necessárias para voltarmos a ser um país decente.

43 comentários leave one →
  1. trill's avatar
    trill permalink
    29 Abril, 2013 22:43

    tudo isso é pouco ou nada relevante para este lugar de cá, onde se vive num semi-feudalismo.
    .
    http://psicanalises.blogspot.pt/2013/04/do-rico-estado-que-quer-despedir.html

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  2. trill's avatar
    trill permalink
    29 Abril, 2013 22:47

    aliás essa comparação com o lugar de cá, onde só uns poucos se puderam dar a esse tipo de preguiças, um dos lugares mais desigualitário do mundo, é aberrante. Sabe bem que o estado a que o lugar chegou se deve ás mordomias de uns poucos. O resto vive no limiar da pobreza. Comparar com a Dinamarca é um exercício de perversidade extrema.

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  3. trill's avatar
    trill permalink
    29 Abril, 2013 22:50

    a não ser que esteja a pensar nos gestores das EP’s, nos boys e girls dos cargos públicos, no pessoal de topo das “entidades” e “institutos”, nos magistrados, em particular nos do TC, enfim, nos profs catedráticos que “trabalham” duas horas por semana, quando não estão em “trabalho de campo” ou a “investigar”…

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  4. tric's avatar
    tric permalink
    29 Abril, 2013 22:54

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  5. tric's avatar
  6. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    29 Abril, 2013 23:07

    A luta pelas oito horas diárias de trabalho tem bastante mais de 100 anos. Desde essa altura e ao longo do séc. XX esse horário de trabalho foi adotado pela maioria dos países do mundo. Hoje, em tempos chamados pós-industriais, ainda é esse o tempo de trabalho que perdura. Entretanto, vai aumentando a idade da reforma apenas por razões de sustentabilidade da segurança social. Colocando em jogo o brutal desemprego (em Espanha vai em 27%, suponho, em Portugal quase 20% – não contabilizando mais alguns 5%), pergunta-se: é previsível o desemprego descer seja onde for e manter-se de forma justa e sustentada no futuro? Não. É completamente impossível. Soluções há várias. Acredito que nenhuma delas será um desempregado ter uma vida como aqueles dois mânfios de que trata o texto. Mas que não podem ser atirados aos bichos, isso não. A economia tornou-se uma treta sem relação nenhuma com a sociedade. Muita gente analisa este gravíssimo problema fora do alcance dos economistas engravatadinhos e incapazes. É preciso ter em atenção Anselm Jappe. Ou outros que ainda vão tentando perceber a sociedade onde coexistem.

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    • comunista corno's avatar
      comunista corno permalink
      30 Abril, 2013 02:36

      defina melhor “Mas que não podem ser atirados aos bichos, isso não.”

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      • Fincapé's avatar
        Fincapé permalink
        30 Abril, 2013 11:51

        Eu exemplifico:
        – Não podem ser atirados para a mendicidade;
        – Não podem ser atirados para arrumadores ilegais de automóveis;
        – Não podem ser colocados numa situação que tenham de me assaltar (ou a si) numa esquina para sobreviver;

        – Enfim, não podem ficar sem qualquer rendimento que lhes retire a possibilidade de ter uma vida digna.
        ——
        Mas concordo que a sociedade lhes coloque algumas exigências. Aliás, penso que era o espírito da primeira legislação que criou o rendimento mínimo no tempo de Guterres. Só que apenas os direitos foram aplicados.

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      • Binarypsilocybin's avatar
        30 Abril, 2013 15:33

        Fincapé, já por várias vezes demonstraste a tua falta de senso comum. Tratas os problemas ao nível do Daniel Oliveira. Atirados para arrumadores de automóveis? Quantas pessoas conheces tu que atualmente (ou no passado) arrumaram automóveis porque caíram na pobreza?! Fica-te bem dizer essas baboseiras.
        Se um dia conhecesses a realidade das coisas mudavas de opinião. Como conheces a realidade através do postal lá da aldeia continuas a pataquear que a pobreza está associada à mendicidade e a mendicidade por conseguinte é arrumar carros.
        Nunca te ocorreu que 95% dos arrumadores de carros são pura e simplesmente AGARRADOS? Que em Portugal a margem de mendigos chega a 10%? Se não contarmos com a pobreza dos reformados com 200€ que é outro assunto. A pobreza em Portugal é uma pura mentira. Tenho convivido com pobreza em vários bairros de Lisboa e da margem sul. E garanto-te que nunca se comeu tão bem e nunca se viveu tão bem. Não tanto como na década de 80. O resto é conversa da treta.
        Não confundas pobreza com “aquilo” que o povo quer e o que o País pode dar.
        R.

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      • Fincapé's avatar
        Fincapé permalink
        1 Maio, 2013 00:49

        Obrigado, grande educador Rogério pela doutrinação. Interpretas é um bocadito mal o que eu escrevo e depois estendes-te um bocadinho.
        Fora isso tudo bem. 😉

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  7. carneiro's avatar
    carneiro permalink
    29 Abril, 2013 23:09

    Num dos bairros de Lisboa, o que se dizia é que ” se o cigano tem direito, eu tenho ainda mais”. (não interessa agora a xenofobia implícita)

    Ou seja, o fenómeno dinamarquês em Portugal chama-se aciganamento. O desejo do cidadão socialmente-assistido é ser integrado no grau concedido aos ciganos.

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  8. Eleutério Viegas's avatar
    Eleutério Viegas permalink
    29 Abril, 2013 23:22

    Até custa a acreditar que isto existe… É o mesmo que vemos por cá, mas “em bom”. Aqui a situação é mais rasca. Xuxalices… Chulices!!!

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  9. trill's avatar
  10. Me's avatar
    30 Abril, 2013 01:10

    sim , por exemplo , eu gostaria bastante de saber durante quantos mais anos vamos financiar a “integração ” dos ciganos e das outras minorias étnicas 🙂 20 , 30 , 40 anos , 100 anos ? vai ter fim ?

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  11. Incognitus's avatar
    30 Abril, 2013 01:10

    O mesmo se passa no Reino Unido, nos EUA, no Japão e em mais países … e surpresa das surpresas, provavelmente é também possível obter apoios em Portugal que, agregados, excedem o valor obtido por alguém que trabalhe (e seja mal pago). Essa pelo menos é a ideia de uma das últimas propostas do FMI, que fala em agregar os apoios sociais e colocar-lhes um “cap” (tecto), para que tal situação não possa ocorrer.

    Eu já estimei que nos EUA existem Estados onde é possível obter até uns $70000/ano em apoios sociais (agregados): O apoio que, singular, mais permite obter é o apoio ao arrendamento, section 8, onde os apoios podem ir até uns $3000/mês (apenas desse programa).

    Basicamente se isto continuar estar-se-á a gerar um incentivo a não produzir.

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    • Perplexo's avatar
      Perplexo permalink
      30 Abril, 2013 09:48

      Deve ser por isso que há cinquenta milhões de americanos a viver abaixo do limiar da pobreza, sem qualquer assistência médica… Tenha juízo, senhor incognitus.

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      • Incognitus's avatar
        Incognitus permalink
        30 Abril, 2013 20:33

        Perplexo, esses americanos a viver abaixo do limiar da pobreza são contabilizados ANTES dos apoios sociais …

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  12. JCA's avatar
    JCA permalink
    30 Abril, 2013 01:55

    .
    E se a Dinamarca se estivesse a cagar para essas tretas ? Vão lá e vejam como funciona. Depois há o que não veem. Mas isso já são segundas, terceiras, quartas camadas etc que só uns poucos que conhecem aquilo há uns 40 ou 50 anos têm os ‘binoculos de infra-vermelhos’ para verem na ‘noite’.
    .
    Não sejam otarios com tretas destas só validas para embasbacados atrá de foguetes de lagrimas ou de artificio.
    .
    Subam o novel da discussão que esta não interssa nem ao menino Jesus. É bronca e ignorante até dizer chaga.
    .
    É a minha opinião, deitem para o lixo que não está à venda.
    .

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    • Incognitus's avatar
      30 Abril, 2013 01:58

      Portanto, JCA, não vês problema em que o agregado dos apoios permita exceder um rendimento do trabalho? No entanto nota que a economia dos países comunistas colapsou devido a um fenómeno similar, e as sociais-democracias não têm nenhum passe especial que as isente de igual destino, se criam incentivos destes.

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      • JCA's avatar
        JCA permalink
        30 Abril, 2013 03:34

        .
        Ao que sei, os exemplos e casos que retrata existem em todos os Paises da UE, mesmo nos próprioa EUA. Manda o bom senso, excepçoes minoritárias não fazem a regra seja em que regime ou sistema for. Existem todas iguais e em todos os casos e Países ou Protetorados. Sempre exisitiram e existirão. Em lingua portuguesa chama-se rufiagem ou malandragem ou chico espertice.
        .
        Mas se fosse só ao nivel cultural rudimentar e à dimensão financeira oportunista do micro cosmos dos Roberts@Carinas andaria o mundo muito melhor ….
        .
        portanto ‘tiro na àgua’ no recreativo dessas jogatanas ‘batalha naval’ reveladas como exemplo de tais micro cosmos sociais que naturalmente podem ser empolados para aparentar que a regra afinal seria a minuscula exceção.

        .
        No meu entender e suficiente conhecimento visto e vivido bem por dentro, tomara Portugal estar como a Dinamarca. Tem muito mais que se lhe diga que o que se diz em cima do joelho.Aliás a Dinamarca é um País bem simpático com àrea e população semelhante a Portugal embora geograficamente com a vantagem natural de não ser periférico com uma história conflituosa na àrea que se chama ‘paises nordicos’, imperialismos regionais, suecos etc, e por aí fora
        .
        Conhece muito mal a Dinamarca por dentro nos tmpos mais hodiernos. E por aqui me fico sem qualquer desprimor para o seu benvindo comentário,
        .
        ou melhor ‘indignação’ como agora se alcunharam comentários, opiniões e contributos de portugueses conforme os mandantes tão ‘encarecidamente’ pedem a ‘bandeiras despregadas’.
        .
        Pois é.
        .
        .

        .

        .

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  13. neotonto's avatar
    neotonto permalink
    30 Abril, 2013 04:24

    Apartada momentaneamente a vena exploradoa deuhe o Rui pela criatividade poetica.
    Havera algum personagem principe msis adequado para o caso que um tal Roberto que milagro da especie dinsmarquesa rehusara,
    segundo exemplificou, trabalhar num restaurante fast food. “Felizmente, nasci e vivo na Dinamarca, onde o governo se dispõe a financiar a minha vida”, esclareceu-nos.
    Genio e figura.E por si faltasse alguma Ofelia para completar o quadro achou por l’a umaconveniente prole e prolifica Ofelia que..tanto melhor.
    Com a vetdadera Ofelia da saga o Robertico e principe dinamarques houvesse sido condenado eternamente a ficar sem descendencia.
    As ventagens de recrear o mito e aderezarlhe convenientemente as propias fortalezas e debilidades modernas.
    Eperamos mais deste deciddo Robertico que va salvar o principado da sua ma fada historica.
    Rs

    condenado a vivir sem descendencia.

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  14. André's avatar
    André permalink
    30 Abril, 2013 07:20

    Porquê? Ficou sem argumentos?

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  15. André's avatar
    André permalink
    30 Abril, 2013 07:22

    Curioso, mesmo com estes apoios todos, a dívida pública dinamarquesa diminuiu de 2010 para 2011, apesar de ter vindo a aumentar durante o período da crise (2007-2010). Há qualquer coisa que está mal, mas se calhar o problema é mesmo do que se está a fazer em Portugal.

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    • André's avatar
      André permalink
      30 Abril, 2013 07:24

      Aqui estão os dados em gráfico:
      http://www.indexmundi.com/g/g.aspx?c=da&v=143&l=pt

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    • neotonto's avatar
      neotonto permalink
      30 Abril, 2013 07:32

      Oi, André.
      Vai lá s.f.f. averiguar com celeridade se topas com algum Robertico e Carina portugueses. Para nao deixar em mala situaçao e lugar a um tal Rui.
      Isso sim. Ainda que nao seja com os mesmos nomes, daría igual. que tal Um Zeca e uma Alfonsinha?. Sería de todo modos válidavel e suficiente para a anédota…

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      • André's avatar
        André permalink
        30 Abril, 2013 08:04

        Oiça, claro que existem ladrões e aproveitadores em Portugal (aliás, qualquer pessoa inteligente que veja os governos desde, pelo menos, os de Cavaco observa isso facilmente). No entanto, não podemos tirar os apoios sociais a quem precisa deles. Podemos, isso sim, tirar qualquer apoio e/ou serviço social a todos os que roubem o Estado (para isso precisamos de uma fiscalização coerente e célere).
        Mesmo assim, acho que os apoios sociais devem ser dados apenas de uma forma: calcula-se o rendimento do agregado, não sem uma visita de dois inspetores das finanças (e não da segurança social), cuja função seria encontrar todas as falhas no que as pessoas declararam (não falta em Portugal empresários de pequenas e médias empresas que ganham o salário mínimo e andam de mercedes classe A). Depois, dá-se um subsídio até 700€ (valor mais elevado que o salário mínimo, que, como muitos devem já ter percebido, não chega para sustentar um agregado de quatro pessoas). Quando as pessoas melhorarem as suas condições, deixam de receber os apoios. É claro que também deve existir uma grande troca de dados entre a segurança social e as finanças, de modo a vigiar mais facilmente as contas dos cidadãos.

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  16. fado alexandrino's avatar
    30 Abril, 2013 08:22

    Portugal não é a Dinamarca.
    Aqui quem recebe RSI também está nas feiras a trabalhar no duro e a vender a “verdadeira Lacoste ò freguês”.

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    • Dinada's avatar
      30 Abril, 2013 11:30

      Na mouche!
      Mas há alguém que se atreva a falar “disto” com a seriedade e honestidade que são precisas?
      Ninguém: o estigma da “perseguição/xenofobismo” não permite opiniões, quanto mais acções!

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      • Renato's avatar
        Renato permalink
        30 Abril, 2013 16:57

        Sim, seria bom que se investigasse isso, Talvez o Fado Alexandrino e o/a Dinada percebessem o que se faz com cem ou duzentos euros por mês de RSI, sem ter rendimentos extra, mesmo que seja a ir vender lacostes á portuguesa.
        Comparar a Dinamarca com Portugal, ao nível dos subsídios é humor negro. mas há tótós que levam isto a sério. Ou acham que esse tipo da fotografia anda a transportar sacos de roupa numa carrinha e a montar tendas de feira? Tenham juizo.

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      • Dinada's avatar
        1 Maio, 2013 11:46

        E eu, Renato, também apreciava sobremaneira que tivesse juíz(inh)o quando fala em 100/200€ de RSI e se esquece? dos subsidiozinhos por cada filho que inscrevam no Ensino Público Obrigatório Supostamente Gratuito(?).
        Eu, desempregada e com Subsídio Social de Desemprego (sabe o que é?) recebo 419€ e tenho três rapazes na escola grátis e sai-me tão caro quanto aos outros, sejam eles de que etnia forem.
        Lá está, sobrevivo de pedinchisse familiar, é um facto, porque não tenho acesso a contrafacção suficiente para poder vender em feiras e aumentar assim o parco rendimento.
        Haja paciência!

        Post Subscritum: eu sou uma pessoa muito ajuizada, garanto.

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  17. asa's avatar
    asa permalink
    30 Abril, 2013 08:39

    Portugal sempre na vanguarda – A actualidade na Dinamarca – Portugal sempre foi assim:

    A. Estamos na vanguarda Portugal sempre pessoas olha para os benefícios como direitos delas, e sempre olharam
    B. Como Manuela Ferreira leite uma vez disse as obras públicas são para subsidiar Africa, pois a maior parte dos trabalhadores portugueses nunca aceitará empregos “degradantes”,

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    • neotonto's avatar
      neotonto permalink
      30 Abril, 2013 09:19

      Estes do New York Times nao tem dó de naide. Nim dos zé -ninguém. E o Rui a sumarse na onda e na estela dos Niúyorkinos…
      Ja foram perguntar ao Robertico o porqué dos seus feitos? como é que é possivel e agradavel viver assim, no dia de hoje, sem twiter , nem facebook nem coisa-parecida? Quais as suas motivaçoes?. Talvez este Diógenes-moderno está fazendo escolinha e estes tais de neotontos em 50 anos a partir do pressente curso como os dinossauros achemse em pleno periodo de extinçao. Feitos umas verdadeiras múmias…

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      • neotonto's avatar
        neotonto permalink
        30 Abril, 2013 09:35

        Pido Perdao e anulo o meu comentario anterior. Mais foi o culpavel o Rui A. (consciente ou incoscientemente ) e nunca mais lhe lo vou perdoar na vida por esta induçao ao erro alheio.
        Porque, expliquenme, para eu melhor poder entender, como se pode dizer o vagabundo da fotografía e a continuaçao deixar cair que “Vive bem, em apartamento próprio e sem que nada lhe falte”.
        Aqui deve haber algúm coisa anhadida de algum jornalista de pacotilha qualquer…

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  18. Castrol's avatar
    Castrol permalink
    30 Abril, 2013 09:36

    Parabéns rui a.
    Excelente apontamento. O exemplo perfeito daquilo que não deve ser um estado social!
    O (mau) exemplo vem da Dinamarca, mas poderiamos encontrar n exemplos em Portugal.
    A diferença é que em países como a Dinamarca, o problema é identificado e corrigido. Em Portugal serve de arma de arremesso, para que certos partidos ganhem eleições e se mantenham no poder.
    Usam e Estado Social como forma de comprar votos…

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  19. Dinada's avatar
    30 Abril, 2013 11:47

    Eu vivi em Estocolmo 2 anos.
    Casada com um sueco vi-me na contingência de partir em 1987 para lá tendo regressado em 1989 para começar cá o meu percurso de “trabalho”.
    Eunquanto lá estive fui mãe de um rapaz num Hospital Público que faria inveja a muitos (todos?) os Particulares existentes em Portugal à altura.
    Recebi 3 meses de aulas de sueco, que aprendi ligeira, e um apoio à integração que se resumia ao pagaento duma parte da renda de casa (70%, por aí) e, depois do filho nascido, ao abono de família (de luxo, sim, comparado com o nacional).

    Ao voltar ao meu país por opção (o sol e a luz do dia fazem-me mesmo falta) e com o dinheiro do meu trabalho arrisquei e até tive mais dois filhos.
    Hoje tenho o desemprego como “vida” mas durmo mais descansada só porque os meus três filhos são também suecos e podem optar por lá viver.
    Um irá ainda este ano, o outro no próximo e o mais pequeno a ver.

    Sei que a Suécia de hoje se ressente destes “apoios” dados aos imigrantes e à população em geral e que terão “mexido” aqui e ali na sua atribuição/valores, que há mais desemprego pelo que nenhum terá a vida facilitada mas podem sempre contar com hospitais de primeira, que até podem ter mais de dois filhos assim o queiram e que o Estado estará lá para lhes responder na proporção da sua contribuição para a sociedade que vão integrar.

    Trabalharão a sério, há a meritocracia bem viva e, como os conheço, vingarão.

    A Suécia continua a ser para mim um paradigma do que É de facto a social-democracia.
    Mainada!

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  20. von's avatar
    von permalink
    30 Abril, 2013 11:47

    O problema não é a reforma, mas sim o método. O tudo ou nada. O problema é que a varridela atingirá também os que necessitam da ajuda. É sempre mais fácil apagar a folha toda do que apenas os riscos tortos. E é tão fácil encontrar as fraudes. Basta andar no terreno, fazer um levantamento sério e fechar a torneira aos que prevaricam. Todos, desde o feirante ao deputado.

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  21. Binarypsilocybin's avatar
    30 Abril, 2013 15:37

    Espanta-me em Portugal tanta hipocrisia…
    Soubessem os senhores o que era pobreza… 7 num barraco, sem canalização, piolhos e frieiras, restos do almoço (cortesia da Casa Pia), luz de velas, chapa que aquecia no Verão, 3 deles foram para França servir café.
    Hoje, excluindo os velhos afastados dos centros (e não só) e algumas bolsas mais afastadas dos centros das cidades onde é que há pobreza? Pobreza mesmo?!
    R.

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    • André's avatar
      André permalink
      30 Abril, 2013 19:20

      Naquele miúdo que desmaiou hoje de manhã em plena aula, parece que não comia há bastante tempo. Quem nos contou foi uma funcionária, o pai do miúdo trabalhava a recibos verdes (boa medida para flexibilizar o mercado de trabalho), perdeu o emprego e não tem direito a subsídio (boa forma de o Estado poupar), o miúdo não comia há uns tempinhos, só hoje é que os professores repararam, quando ele caiu no chão. Se calhar estou a confundir fome com pobreza, mas neste mundo, uma leva à outra.

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  22. Binarypsilocybin's avatar
    30 Abril, 2013 15:40

    Por mim era o Estado avançar para o modelo que se praticou em Brick City (Newark). Senhas. De alimentação.
    E seguir a política do giuliani em relação ao tráfico de cocaína.
    Incentivar a industrialização nos arredores da capital e dar cabo da CP.
    O resto é conversa. Com alguns parolos a chorar as vítimas do mega-capitalismo…
    R.

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  23. Binarypsilocybin's avatar
    30 Abril, 2013 15:53

    Portugal falhou como Estado. O que fizeram na urbanização do Casal Ventoso foi pura e simplesmente um crime. O que os socialistas fizeram com o programa da metadona foi pura e simplesmente um crime! O que os socialistas fizeram com a “legalização” da heroína para consumo e o negócio do Casal Ventoso ainda PESA nos nossos bolsos!
    E ainda vêm estes carrapachos falar em pobreza…!
    Pobreza o meu cú!
    Torraram 100milhões. Retorno? 0%!!!!
    Foi só uma medida para ter € da UE e alimentar construtoras. Pura e simplesmente. Educação 0%.
    E como não há emprego para sustentar essa “riqueza” toca de empaturrar o povo com subsídios.
    R.

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  24. Juromenha's avatar
    Juromenha permalink
    30 Abril, 2013 16:15

    O Prof. tem o descaramento de pôr em causa o sonho dourado (literalmemnte, já que se trata de escandinavos…) de qualquer “portuga” que se preze?!
    O viver ( e bem) à conta ( não por conta…) de outro?…
    Caro Doutor, decididamente o “patriotismo” passou-lhe ao lado ( basta ler alguns dos comentários supra…)

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    • Renato's avatar
      Renato permalink
      30 Abril, 2013 17:39

      Agora é que tocaste no ponto certo: não passa de um “sonho dourado” de qualquer portuga (e de qualquer um, incluindo o teu, ó hipócrita). Talvez o rui a. com o teu comentário perceba que é um disparate comparar a Dinamarca com Portugal.

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