Grandes reportagens de valor documental para serem lidas em 2056
Ex-colega do avô de Vítor Gaspar também aposta no crescimento após reforma reduzir 400€.
João Biscaia conheceu bem o avô de Vítor Gaspar. Cruzaram-se na década de 1950 numa fábrica de lanifícios em Manteigas. Elísio Gaspar era o chefe do escritório – “uma função muito importante” – e João um miúdo de 12 anos, recém-contratado e a aprender a medo as manhas e os caprichos dos teares. Nos primeiros três meses na fábrica não recebeu um tostão, para conseguir agarrar a vaga. Lá acabou por aprender o ofício, foi contratado e os anos foram passando.
A fábrica faliu, nasceu o pai do ministro das Finanças – que se formou em Economia – e outros sete irmãos. Mais tarde nasceu o próprio Vítor Gaspar, que acabaria a mandar nas Finanças dos portugueses. E o resto da história é conhecida. Já sobre a família de João Biscaia, agora com 81 anos e de bandeira da UGT em punho em plena Avenida da Liberdade, em Lisboa, não há muito para contar. Depois de se fazer tecelão chamaram-no para a tropa. Foi telefonista dos serviços militares e só depois arranjou o emprego que viria a ser para a vida, como contínuo no Ministério da Justiça. Casou, teve um filho, amealhou dinheiro para comprar uma “casinha” em Manteigas e pagar a renda em Benfica, formou o filho, licenciado em Economia, e reformou-se. “A vida passa por nós e tem muitos altos e baixos, estava era longe de imaginar que o pior estava para vir e já nesta idade”, conta. O pior, no caso de João Biscaia, é mesmo a reforma, que encolheu 400 euros.

Alto jornalismo. Eu ate estou a pensar informar o i que acho que o cao do vizinho de VG ladrou para a prima da mulher do motorista de PPC.
Pqp este jornalismo
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Ao menos o senhor João Biscaia ainda teve a felicidade de conhecer o avô do senhor Vítor Gaspar.
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“Grandes reportagens de valor documental para serem lidas em 2056”
Está a ver Vítor, os documentos interessantes que poderá vir a estudar em 2056?
Uma vantagem de estar apenas a meio da expectativa de vida. 🙂
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A chave do post está na última frase: o contínuo teve um *corte* de pensão de 400€. Boa sorte na sua pensão, Fincapé.
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Desculpe, Vítor. Fui ver o Benfica a “malhar” nos turcos. Espero que brevemente “malhe” no Porto. Até porque o seu homónimo Vitor (Pereira) acha que o Benfica não joga nada. 🙂
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Sobre o corte de 400 euros, acho impossível ser mensal. Nestas notícias nunca se percebe bem por falta de rigor jornalístico. Até pode ser 40 e terem posto um zero a mais.
Seja como for, tive um período, há uns bons anos, em que trabalhava a cerca de 100 Km de casa. Apanhava comboios e conheci um indivíduo que era escrivão num tribunal. Quando vinha o comboio ele ia para primeira classe porque tinha passe à borla pago pelo Estado, para ser transportado para o emprego.
Acha que concordo com esta pouca vergonha? Não dele, claro, como às vezes se diz por aqui, mas do Estado.
O problema é que se generalizam as críticas misturando o que é justo com o que é injusto. Além de um discurso anti-Estado que não aprecio. Até porque os serviços que são pagos ao Estado através de impostos, se deixarem de ser feitos, cada um tem de os pagar com língua de palmo aos privados. Ex: saúde e educação.
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Isso é inveja social VC!
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Portugal é um país rico, e os contínuos devem ter reformas de uns 2000 euros ou algo assim, para sofrerem cortes de 400.
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Existe uma alternativa, Fincapé, que é o Estado financiar saúde e educação mas o prestar destas ser feito por entidades públicas ou privadas, autónomas e em concorrência.
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Opiniões, Incognitus. Pelo vistos isso já é feito com ganhos significativos, mas para alguns privados. E não há maneira de se conhecerem os resultados dos inquéritos. 😉
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Esta reportagem ajuda a perceber porque é que o “i” vende 3712 jornais por dia. Interessantìssima. Bela reforma deve ter o sr Biscaia, depois de ser funcionário publico toda a vida!
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Aposto que a reforma do Sr. Biscaia deve ser mais alta do que foi a reforma do avô do Gaspar, graças aos regimes especiais da Caixa Geral de Aposentações, pela qual se reformam os funcionários públicos. É ainda de destacar que um simples contínuo de um Ministério consegue manter 2 casas – aquela onde vive e uma casa de férias. Este Sr. Biscaia poderá ser um excelente exemplo do tipo de gente que desce a Av. da Liberdade e a Alameda, de bandeira da CGTP e UGT em punho, a exigir que o sector privado os sustente. A esmagadora maioria dos manifestantes são funcionários públicos, que são dos poucos sectores onde os sindicatos envelhecido e fora do nosso tempo ainda têm representatividade.
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Vamos por os pontos nos “i”. A fábrica faliu, ponto final paragrafo.
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