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Tem côdea … II

4 Maio, 2013

Como tudo serve de desculpa para nada se fazer, temos tido algumas evoluções de opinião interessantes. Quem em Novembro era contra mais impostos e pedia “cortes na despesa” hoje é contra cortes ou disfarça e pede “outros cortes” ou “cortes  estruturais” (sugerindo que estes não são estruturais). Quem há uns dias dizia que precisamos de mais tempo e não devemos fazer já cortes, hoje agarra-se ao argumento de que estes cortes já deviam ter sido feitos e que agora é tarde. Quem dizia que cortar salários é inconstitucional, mas pode-se fazer outras coisas que não o são, hoje alega que as novas medidas propostas pelo governo são inconstitucionais. E estamos nisto …

18 comentários leave one →
  1. trill's avatar
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    4 Maio, 2013 12:53

    A França e a Holanda receberam mais facilidades do que aquilo que pediram. Sem renegociar… http://psicanalises.blogspot.pt/2013/05/basta.html

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  2. Fincapé's avatar
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    4 Maio, 2013 13:53

    O que quer, João Miranda? É a velha história de “O Velho, o Rapaz e o Burro”.
    Só que desta vez, lixa-se o “velho”. A “rapaziada” e a “burrice” estão bem cobertas. 😉

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  3. Me's avatar
    4 Maio, 2013 13:58

    nas facturas da edp pró estado tb vem lá o item ” custos económicos de interesse geral “, vulgo rendas excessivas de que o fmi fala e diz que é para cortar ? é que tendo em conta que numa factura de 2000 euros , 500 é para isso , imagine lá a poupança para o estado se cortasse nessa vaca sagrada. as contas da luz do estado e autarquias devem ser de milhões , gostava mesmo de saber se esse item vem lá e , caso venha , a quanta massa é que corresponde.

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  4. António Parente's avatar
    António Parente permalink
    4 Maio, 2013 14:29

    Como comentador, tenho uma qualidade rara: só faço previsões depois das coisas acontecerem. Por isso, dois anos após a posse deste governo, posso avançar com total confiança esta conclusão brilhante: Passos Coelho não estava preparado para governar. Como não há uma sem duas, aqui vai: afinal não estava nada estudado como se comprova com a política errática dos últimos anos. Como não há duas sem três, aqui vai: ser um académico brilhante não significa que se seja necessariamente um bom ministro.

    Declaração de interesses: nunca fui eleito para coisíssima nenhuma e dizer mal do governo não significa que esteja interessado num cargo público que naturalmente rejeitaria se para tal fosse convidado.

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    • Tiro ao Alvo's avatar
      Tiro ao Alvo permalink
      4 Maio, 2013 17:52

      Ó amigo Parente: e o Sócrates estava? E o Teixeira dos Santos estava?
      Eu também penso que um académico brilhante pode dar um ministro medíocre. Mas o Coelho não era propriamente um académico…

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      • António Parente's avatar
        4 Maio, 2013 19:20

        Amigo Tiro ao Alvo

        O tempo de Sócrates passou. Abraçou agora uma carreira de comentador político televisivo que não me desperta interesse. Por isso, não falo dele. Falei quando ele era primeiro-ministro e tornarei a falar se for candidato a um novo cargo político. Até lá, que seja feliz.

        Quanto ao “académico”, era uma generalidade, não me referia a alguém em especial….

        Abraço

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  5. António Parente's avatar
    4 Maio, 2013 14:38

    João Miranda

    Para se reduzir a despesa pública é necessário mexer nos salários, nas pensões e nas prestações sociais. Quanto a isso não há volta a dar. Há duas maneiras para o fazer: à bruta, como está a ser feito, ou através de uma profunda reforma do Estado. Ao contrário do que se possa pensar, se os argumentos forem válidos e se as políticas tiverem credibilidade as pessoas aderem e até aceitam sacrifícios.

    Reformar o Estado, definir o que se pretende que faça ou como se faça, demora tempo (anos) e deve ser um processo contínuo mesmo quando se considera que está concluída (nunca está).

    O que este Governo fez foi o que qualquer não especialista teria feito: corta-se 10% aqui, 5% ali, despede-se 10 mil acolá. O que era necessário ser feito, nunca o foi e duvido que haja condições para que o seja.

    Lamento muito porque o sucesso deste governo seria o sucesso deste pais. Infelizmente, o seu fracasso será o nosso fracasso colectivo.

    Sinceramente, espero que daqui a um ano venha aqui a esta caixa de comentários e seja obrigado a reconhecer que falhei nas minhas previsões e que afinal Passos Coelho, Vítor Gaspar e o Blasfémias tinham razão. Ficarei feliz por isso.

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    • Tiro ao Alvo's avatar
      Tiro ao Alvo permalink
      4 Maio, 2013 17:59

      Concordo inteiramente com o que diz aqui, com ressalva do seguinte: quando escreveu que “ao contrário do que se possa pensar, se os argumentos forem válidos e se as políticas tiverem credibilidade as pessoas aderem e até aceitam sacrifícios”, eu acho que devia acrescentar, “salvo uma parte grande do funcionalismo público, no activo ou na reforma, e os sindicalistas profissionais”.
      Quanto ao resto, tudo bem, ou tudo mal, como se queira.

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  6. PSC's avatar
    PSC permalink
    4 Maio, 2013 14:58

    As pessoas percebem muito bem. Só que……não querem que nada mude! É assim há milhares de anos! Basta ler a História do Mundo para perceber que alterar o “status quo” seja do que fôr só lá vai à força! Infelizmente! E Portugal não foge à regra! Por outro lado já alguém se lembrou de perguntar aos Críticos (políticos, comentadores, etc.etc. etc. ) se têm o cheque para emprestar ao Governo Português? Se têm, façam o favor de avançar e emprestar o dinheiro ao País. Se não têm…….calem-se por favor e deixem trabalhar quem está a TENTAR, repito, TENTAR resolver o probelma da FALÊNCIA de Portugal!”Falência: Situação declarada pelo tribunal em que se encontra um comerciante,uma empresa, etc…, por quebra ou cessação de pagamentos e por falta de condições para saldar as suas dívidas” – Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa – Verbo 2001″. Há alguma palavra que não entenderam?

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    • António Parente's avatar
      4 Maio, 2013 15:16

      Sim. Não percebi a palavra “tentar”. Quando se está perto da falência, não há lugar para “tentar”. Ou consegue-se ou não se consegue. Não há tempo para “tentar”. Há que ser inteligente para evitar inconstitucionalidades (uma “tentativa” falhada), há que ter inteligência para dialogar com a oposição e parceiros sociais e conseguir a sua adesão ao caminho que se pretende seguir, há que prosseguir políticas credíveis, não há tempo para cometer erros e falhar. Tempos difíceis exigem líderes excepcionais, não pessoas “normais” que apenas querem “tentar”.

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      • PSC's avatar
        PSC permalink
        4 Maio, 2013 16:04

        Como dizia o outro: “Prognósticos só depois do jogo!” Ninguém, mas ninguém tem a solução na mão. Nem aqui, nem em lugar nenhum! Por isso é preciso TENTAR soluções. Que poderão resultar ou não! Ninguém sabe. Mas haja alguém que tente! Já não é mau haver quem tenha a coragem, a paciência e a força necessárias para tentar. Não lhe invejo a sorte nem o lugar. Um autêntico pesadelo. Para não dizer pior.
        Quanto aos líderes excepcionais já foi tempo! Muitos já morreram e não se vê ninguém actualmente com capacidade para levar este e outros barcos a Bom Porto. Hoje só há interesses ou pessoais, ou dos partidos, ou dos aventais, ou ou ou, etc.etc.etc. E por esta via nunca mais lá chegaremos. Infelizmente vamos ter que nos preparar para o pior dos cenários (sair do Euro) e recuar mais de 50 ou 60 anos no nosso modo de viver. Não há outra saída. Não obstante haver quem ainda TENTE adiar o inevitável. Quanto ao resto (consensos, diálogos, políticas credíveis, etc.etc.), meu amigo, “CAIA NA REAL” como dizem os Brasileiros.

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  7. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    4 Maio, 2013 16:12

    “E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste?
    Mateus 14:31”
    Caros homens de pouca fé, não ouviram as sábias palavras de Passos Coelho ainda como candidato à liderança do PSD? E depois como oposicionista de Socas? E depois como candidato a primeiro-ministro? E depois como PM?
    E não ouviram as sábias palavras de Gasparzinho sobre o futuro próximo para Portugal, o crescimento que era ao virar da esquina (2012), os amanhãs que cantam, o leite e mel e os passarinhos com os papinhos cheios cantando felizes?
    Esqueceram tudo? Tenhamos fé! 😉

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  8. YHWH's avatar
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    4 Maio, 2013 16:44

    Um bando governa Portugal.

    E o suposto xerife deste lugarejo ofereceu-se a 25 de Abril para ajudar o bando em todo o serviço.

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  9. António Parente's avatar
    António Parente permalink
    4 Maio, 2013 16:50

    Caro PSC

    Parece-me que a sua confiança neste governo é menor do que a minha. Eu quero que Portugal continue no euro. Quero que este governo tenha sucesso. Não pelos meus interesses pessoais porque tenho sido tão massacrado como os outros trabalhadores do sector privado mas porque é a única forma de conseguirmos algum progresso económico.

    O caro PSC pede apoio ao governo, faça ele o que faça. Mal ou bem. Acha que dentro da austeridade não há outra forma de fazer as coisas. É aqui que divergimos: eu penso que tem de existir outra forma de fazer as coisas. Ou pelo menos existia e os fracassos acumulados tornam o caminho mais estreito.

    Termino, por mais alguns meses, a minha função de comentador do Blasfémias desejando-lhe os maiores êxitos na sua vida pessoal e faço votos para que no fim estejamos todos felizes por termos chegado a bom porto.

    Abraço do António Parente

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  10. YHWH's avatar
    YHWH permalink
    5 Maio, 2013 10:37

    João Ferreira do Amaral já muito claro: este governo não tem competência para solucionar construtivamente o problema de Portugal.

    E avisa: «a saída do euro será natural. Só falta verificar se vai ser feita a bem ou a mal.»

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  11. ignorante construtivo's avatar
    ignorante construtivo permalink
    5 Maio, 2013 14:41

    Acabo de ouvir o deputado Galamba na RTP-2, dizer que a DÍVIDA cresce, apenas pela redução do PIB, mesmo que o DÉFICE desça. Pensava que o PIB estava associado apenas às receitas fiscais (se aquele desce estas descem e vice-versa), e não ínfluia no montante de dívida pública, ou seja, descendo o défice, mantendo-se os juros, a Dívida tem de necessariamente descer, ou não ? Isso é, os juros pagos estão incluídos nas contas do Estado, contam para o défice ? Como não tenho capacidade cognitiva nem conhecimentos económicos para atingir a tese de Galamba agradecia que alguma alma caridosa elucidasse a mim e a outros eventuais ignorantes !

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    • Zé Caché's avatar
      Zé Caché permalink
      6 Maio, 2013 13:02

      A dívida, em valor absoluto, só deixa de aumentar quando deixar de haver défice.
      Em termos de % do PIB, que é o que normalmente se fala, mesmo sem aumentar um cêntimo de dívida, se o PIB descer, a dívida em comparação com o mesmo será maior.

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  12. David Soeiro's avatar
    5 Maio, 2013 17:29

    Quem disse que não cortaria os subsídios , não subiria impostos , não despediria funcionários e que tudo isso não passava de disparates? Quem foi?

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