Uma má notícia
Ao contrário do que a muitos possa parecer, a nomeação do actual Bispo do Porto como Bispo de Lisboa é má para a Igreja portuguesa.
É que num país cultural e estruturalmente tão centralizado, Igreja incluída, quem quer que seja o pastor de Lisboa, tem voz e é ouvido. Já nas restantes dioceses, com especial destaque para o Porto, o seu bispo apenas será escutado, não pela posição que ocupa, mas se este tiver um perfil pessoal em que se destaque. Como é o caso do actual titular. As suas reconhecidas capacidades, perfil e percurso tornaram-no uma voz com peso na Igreja e no país. Mais vozes assim existissem.
Tornando-se titular da diocese de Lisboa, Manuel Clemente não terá mais força e peso do que já tem. Mas pela posição centralizadora que a sua nova diocese toma no panorama mediático e eclesial em Portugal, abafará definitivamente toda e qualquer outra voz. O seu sucessor, seja quem for, nunca terá a influencia que o actual tem. A Igreja no seu todo será menos forte, menos plural, menos influente e todos perderemos.
Os cemitérios estão cheios de insubstituíveis. Porque carga de água é que não pode haver ninguém com a capacidade e brilhantismo de Manuel Clemente?
Pois! (diria a minha tia que gosta sempre de dizer coisas)
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Nada temais! http://lishbuna.blogspot.pt/2013/05/maria-teixeira-alves-nao-estas-so-moca.html
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O Porto está-se a tornar uma cidade monótona, talvez resultado da crise, só se conseguindo firmar através duma birrite constante contra todos no geral e Lisboa no particular.
Sinal que o excelente gestor de futebol do FCP, e péssimo portista e português, ainda tem sobre o Porto.
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Então, caro Gabriel Silva, afinal estamos a virar à esquerda? 🙂
http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=53763
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e todos perderemos.
Todos?
Tem a certeza ?
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Lá vai o jantar semanal de Pinto da Costa com o seu amigo de longa data Manuel Clemente, ter de sair da cozinha regional do Porto…
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Ele sempre foi da diocese de Lisboa, por isso volta às suas origens.
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O actual patriarca na sua homília da ‘benção das pastas’ demonstrou à saciedade que está a carecer de reforma, jubilação, resignação ou o que seja.
Aquele aviso do ‘não vos revolteis!’ foi deslocado e extemporâneo. Ninguém estaria à espera de um manifesto revolucionário. Mas perante uma plateia de jovens qualificados muitos deles sem perspectivas de trabalho, com futuro incerto e o espectro da emigração diante dos olhos, melhor seria não estender-se em conselhos. Há sempre a possibilidade de recitar um ‘Padre Nosso’…
Chegado aqui é altura de dizer: venha outro e logo se verá.
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