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Corta ali, não cortes aqui

9 Junho, 2013
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Está bem: não se corta na educação, na saúde, na justiça, na segurança, na defesa, na administração interna, nas reformas, nos salários, nos correios, nos transportes, nos apoios à agricultura, nos subsídios, na cultura, nas fundações, nos observatórios, nas subvenções dos partidos, nas obras públicas, na RTP, na Lusa, na TAP, na CP, nos tribunais, nos sindicatos, nas energias alternativas, no teatro, no ballet, nas festas populares e nos feriados.

Corta-se o quê?

60 comentários leave one →
  1. 9 Junho, 2013 19:38

    Sou professor e votei num dos partidos deste governo. Os professores já perderam tudo o que conseguiam aguentar e as Escolas idem. Tudo o que vá para lá dos que foi feito nos últimos nove anos será inaceitável para os professores, que reagirão como as pessoas irão ver no próximo mês. Onde cortar? No Ministério da Educação (nos burocratas), nos assessores, nos boys, nas PPP’s, no raio que os parta.

    PS – passei o ano a pagar comida a alunos com fome – posso aguentar muito mas, depois de nove anos a engolir sapos, estou (estamos…) dispostos a não engolir mais nada.

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    • vitorcunha permalink*
      9 Junho, 2013 20:10

      Fernando,
      Sem ironia, importa-se de especificar o que perderam os professores no período que diz de 9 anos? Se o fizer está a contribuir com uma perspectiva útil para a discussão.

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      • 9 Junho, 2013 21:40

        Salário?

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      • 9 Junho, 2013 22:09

        cunha,

        Voçês os Maduros do sistema na ância de serem engraçados acabam por cair no ridiculo.
        Fosse eu o Fernando Oliveira Martins, nem lje respondia.
        Já se deu conta que está a falar com um professor e não um labrego qualquer???
        Eu sem ser professor digo-lhe o que todos os professores perderam. Perderam a alegria de ensinar. Chega????

        Atine porra

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      • Maria permalink
        9 Junho, 2013 22:48

        Sem ironia vou tentar responder em nome do Fernando.A perseguição aos docentes começou com Sócrates; congelamento de salários durante dois anos e meio, aumento de horários, com inúmeros cargos de coordenação e outros de acompanhamento a alunos a passarem para a componente não letiva de estabelecimento, criada nesta altura, fazendo aumentar as turmas a lecionar e, consequentemente, o trabalho com a correção de testes e com a preparação de aulas. Aumento brutal do número de reuniões semanais a realizar para resolver as inúmeras responsabilidades educativas e sociais que entretanto foram chegando às escolas, na sequência da chamada escola a tempo inteiro. Entretanto, a maioria dos professores passou a trabalhar mais de 35 horas na escola e quase outro tanto em casa, se considerarmos os picos de trabalho nos períodos de avaliação e os dividirmos pelas várias semanas do período. A burocracia tem aumentado sempre desde então. O aumento da idade da reforma, que passou dos 36 anos de serviço, média dos 58 anos para os 65 frustrou as expectativas de muitos professores que, legitimamente, viam reconhecido o enorme desgaste da profissão. A campanha então encetada de desvalorização dos docentes aumentou brutalmente a indisciplina e o desrespeito pelos docentes dificultando muito o seu trabalho. Uma avaliação injusta foi implementada, destruindo o trabalho cooperativo, colocando docentes contra docentes.
        Com este governo continuou o congelamento, o descongelamento entretanto operado não foi suficiente para a progressão dos docentes avaliados com excelente e muitos estão no mesmo escalão há mais de 10 anos. Vieram os cortes de salários até 10%, depois os cortes nos subsídios, entretanto os professores ganham hoje muito menos do que em 2005. A criação de agrupamentos eliminou muitos postos de trabalho e fez aumentar muito o trabalho burocrático dos docentes, que são cada vez menos nas escolas e vêm o seu trabalho aumentar atá ao impossível. A saída para a reforma de muitos docentes no limite, com forte penalização, retirou milhares de docentes das escolas nos últimos 2 anos. Para diminuírem o número de contratados, aumentaram o número de alunos por turma, mesmo nas turmas com alunos que necessitam de intervenção em educação especial. Eliminaram disciplinas do currículo e existência de par pedagógico em disciplinas de trabalho prático, onde é necessário acompanhar individualmente o trabalho dos alunos durante toda a aula. A despesa com educação em percentagem do PIB foi reduzida em dois pontos percentuais. Ainda tiveram a lata de dizer que os docentes deveriam aguentar isto tudo, porque manteriam o “privilégio” de não serem despedidos. Os do quadro evidentemente, porque há contratados com mais de 20 anos de serviço, que foram sumariamente dispensados no último ano, na ordem dos milhares. Porque ainda acham que não chega, e a conversa é sempre como se não tivesse havido corte nenhum até ao momento, vêm com a cereja; vamos aumentar ainda mais o horário de trabalho e os que ficarem sem horário letivo vão ter que se deslocar para uma qualquer escola do território, sem qualquer compensação, em alternativa terão o despedimento, perdão “a requalificação”. Acham que os professores são piegas? Os professores estão muito preocupados com os seus alunos, ao contrário dos governantes, são eles que nas escolas lhes matam a fome e que fora das aulas tentam arranjar roupa para distribuir por alunos de famílias que se viram desprovidas até da dignidade, nos últimos 2 anos. Os professores estão exaustos de tanta mentira, de tanta falsidade, de campanhas hediondas de despromoção de uma classe, que um país não pode desperdiçar. São o bode expiatório de um governo que, não conseguindo cortar onde devia, reduzirá a educação ao mínimo, não através de um amplo debate junto dos cidadãos sobre o tipo de educação que se pretende, mas humilhando os docentes todos os dias.

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      • vitorcunha permalink*
        9 Junho, 2013 22:52

        Obrigado pelo seu texto, Maria.

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      • Portela Menos 1 permalink
        9 Junho, 2013 23:04

        vitorcunha deveria querer escrever: “Sem ironia, obrigado pelo seu texto, Maria.”

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      • vitorcunha permalink*
        9 Junho, 2013 23:05

        Se era o que queria escrever, porque não o terei feito?

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      • 9 Junho, 2013 23:13

        Os do quadro evidentemente, porque há contratados com mais de 20 anos de serviço, que foram sumariamente dispensados no último ano, na ordem dos milhares.

        Maduro,

        Já que falamos em cheques, grande cheque lhe deu a Maria.
        Grande texto Maria

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      • Portela Menos 1 permalink
        10 Junho, 2013 01:25

        vitorcunha – 9 Junho, 2013 23:05
        .
        a leitura que eu faço é que a sua resposta (Obrigado pelo seu texto, Maria) é irónica…

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      • vitorcunha permalink*
        10 Junho, 2013 01:32

        Faz a leitura que quiser fazer. As letras são as que lá estão.

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      • Kafka permalink
        10 Junho, 2013 11:57

        Esta é p’ró BOLOTA.
        Vê-se bem que não é Prof. e muito menos de Português, tais os erros ortg. (ânsia não se escreve com ‘c’), tá?
        O problema do ensino está nuns gajos autoproclamados progressistas que passam a vida contra tudo o que possa dar aos alunos a capacidade de raciocínio de forma a poderem fazer escolhas sem o ‘contributo’ ideológico desses tais progressistas tipo boaventura ou raquel qualquer coisa.

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      • skeptijus permalink
        14 Junho, 2013 00:18

        Embora reconheça que há uma enorme diferença salarial entre os professores do ensino público e os do privado e corporativo, além de outros benefícios.
        Contudo, não devemos esquecer que qualquer professor, tal como um médico, um advogado, um engenheiro, ou outro diplomado que lecciona no superior, são pessoas cujas habilitações académicas requereram praticamente o mesmo nível de estudos superiores (embora hajam largas excepções que o próprio MEC permitiu em determinado período).

        1) Se na sua maioria são diplomados e muitos deles especializados com pós-graduações, mestrados e até doutoramentos, porque têm de ver os seus honorários serem diminuídos drasticamente quando as demais carreiras o não são, antes pelo contrário, nomeadamente os professores do superior, para evitar comparações com outras carreiras profissionais. Subscrevo todavia a opção de terem todos os professores (do básico ao superior) salário idêntico quer no público, quer no privado e de preferência serem premiados, materialmente, todos aqueles em que se evidencia o mérito.

        2) A irracionalidade reside no próprio MEC e por vezes nos Directores de Escolas que burocratizam em demasia o quotidiano dos professores.

        3) A realidade da sociedade espelha-se nas escolas e é com ela que os professores têm de conviver, com a realidade social, com a realidade de crianças abandonadas e cada vez mais colocadas no fundo da pirâmide. Os professores são humanos, para além de profissionais. Não podem ser equiparados a meros funcionários públicos cujas exigências profissionais são ridiculamente menores.

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    • Trinta e três permalink
      9 Junho, 2013 21:54

      Pelo que me dizem, perderam salário mas ganharam uma data de papelada que parece ser a sua actual principal função.

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      • licas permalink
        9 Junho, 2013 23:47

        Bolota HIPERLIGAÇÃO PERMANENTE
        9 Junho, 2013 22:09

        ância, LABREGO!

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  2. 9 Junho, 2013 19:48

    O Manuel Machado, treinador de futebol, quis cortar na gordura e quase morreu. Quando este governo fala em cortes é de temer, não vá mais tarde dizer que fazia muito calor.

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  3. Portela Menos 1 permalink
    9 Junho, 2013 19:51

    Está bem: não se corta na educação, na saúde, na justiça, na segurança (com aulas de educação cívica ás policias) nas reformas (90% delas) nos salários (dos gestores públicos pode ser à vontade) e nos correios (que até dão lucro ao Estado)… 🙂

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  4. JEM permalink
    9 Junho, 2013 19:59

    Nas gorduras e nas mordomias

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  5. Grunho permalink
    9 Junho, 2013 20:13

    O que te deviam cortar sei eu.

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  6. José Chouriço permalink
    9 Junho, 2013 20:17

    A cabeça a uns quantos iluminados e mamões do sistema, da direita à esquerda passando pelo centrão, sem esquecer resmas de CEO’s.

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  7. 9 Junho, 2013 20:25

    nos políticos e nomeados , homessa 🙂 dá para cortar bués .e era cá uma poupança . só em idiotices poupavam se toneladas.

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  8. 9 Junho, 2013 21:44

    Não é preciso cortar em nada, isto aqui (Portugal) não é um talho. É preciso diminuir. Onde? Para começar diminuir para 1/3 o número de deputados, reduzir em 9/10 o de assessores dos mesmo, e eliminar todos os carros que lá estão distribuido. Fechar a cantina, que comam nos restaurantes da zona. Está a ver? Só eu com uma boa ideia já meti centenas de milhares de euros no bolso do Governo, continuem.

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    • vitorcunha permalink*
      9 Junho, 2013 21:46

      Isso, continuem. Quando chegarmos a 10 mil milhões fazemos uma jantarada. Eu pago.

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      • 9 Junho, 2013 22:08

        Segundo as notícias da semana, temos para mais de 4600 nomeados pelo atual governo.
        Vamos imaginar que se tinham contentado com os 600, uma vez que, havendo funcionários públicos a mais e um sistema de mobilidade, as necessidades podiam ser supridas recorrendo a estes.
        Ora, 4 000 nomeados com um vencimento médio de, digamos, 2 500 euros (aqui estou a ser humilde, eu sei…), 12 meses por ano totaliza:
        4000 x 2500 x 12 = 120 000 000
        Não, não me enganei nos zeros.
        São mesmo 120 milhões de euros.
        Já é qualquer coisa, não acha VC?

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  9. Malaquias permalink
    9 Junho, 2013 21:49

    Pelas propostas/sugestões/opiniões, constantes nos comentários, dá bem para ver a alhada onde estamos metidos.

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  10. 9 Junho, 2013 22:00

    Corta-se para pagar a dívida. Porque se se cortarem os juros, as contas começam a equilibrar-se. Mas se os cortes destruírem a capacidade de pagar a dívida, a dívida não será paga. E resta obviamente assumir o que agora o FMI assume com a Grécia: é preciso reestruturar. E se vamos reestruturar já vamos tarde e quanto mais cedo melhor.

    Tudo o resto é cortar hoje para cortar mais amanhã e mais depois de amanhã, até ao desaparecimento do país.

    Antes disso corta-se no governo.

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  11. Trinta e três permalink
    9 Junho, 2013 22:00

    Nunca ouvi alguém a defender que não se cortasse nas fundações, observatórios, PPP, BPN, Banif, subvenções, aparelho central do Estado. Isso só deve ser contestado pelos directamente beneficiados, mas têm vergonha de o defender em público.

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    • vitorcunha permalink*
      9 Junho, 2013 22:05

      Paula Rêgo.

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      • António J. Costa permalink
        9 Junho, 2013 22:25

        Caro Vitor,
        Pelos comentários que aqui vejo, mais uma vez se vê como mais de 6 milhões dependem do OE.
        Infelizmente esta é uma realidade deste País, que enquanto continuar neste modelo, não sairá da pobreza.
        O clube é cada vez maior, infelizmente. Só vejo uma solução: o Estado, via Banco de Portugal, imprimir dinheiro e “despejar” em cima desta gente.
        Já agora, imprimir umas resmas da Constituição para servir ao pequeno almoço. Pode ser que seja bom para o PIB. A industria do papel agradece.

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      • Trinta e três permalink
        9 Junho, 2013 22:29

        Ah, sim. Mas essa, de acordo com a rapaziada de Cascais, nem precisava de ajudas. O problema são as outras. Mais de uma centena.

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      • 9 Junho, 2013 22:31

        Vc. é intelectualmente desonesto.
        Sabe muito bem onde se deve cortar despesas, subsídios e onde o Estado/governo deve recuperar dinheiro indevidamente colocado e outro, roubado ! Se não sabe, informe-se. Mas creio que sabe, prefere ocultar aqui no Blas e provavelmente noutros locais e perante outras pessoas.
        Um país (este, assim governado) que rejubila com a extinção da Fundação PRêgo, de facto merece o que têm : alarves, tonis carreiras, big brothers, futebol em doses cavalares, galas, “famosos”, fadunchos, religiões, etc., etc., etc., grunhos e ignorantes acicatados e catequizados por gentalha sem “punho” de vida que empinam cartilhas neoliberais.
        ———————————-
        Escusa responder, apesar da minha boa disposição não lhe respondo e já encerrou o período de “discos pedidos”.

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  12. jose permalink
    9 Junho, 2013 22:16

    Cortam-nos os credores, o crédito e, a estupida arrogância de uns, satisfazendo a AGENDA POLÍTICA DE OUTROS, para quem, só chegarão ao poder, pelo “quanto pior melhor” !. Depois sim, os ignorantes intelectualóides de esquerda, saberão, como era boa, a nossa DEMO CRACIA, pá…..

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  13. Carlos III permalink
    9 Junho, 2013 22:17

    E se cortássemos unilateralmente nos juros da dívida? Dizer aos credores: isto é o que podemos pagar e ponto final.

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  14. 9 Junho, 2013 22:32

    O meu comentário surgido às 22:31
    é para o autor do post.

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  15. JDGF permalink
    9 Junho, 2013 22:36

    Os cortes já efectuados – ou acredita que a propalada diminuição da despesa pública foi um donativo de Passos e Gaspar – foram demasiado pesados e suficientes para destruir a economia. Daqui para a frente tanto faz porque cortando muito ou pouco não há volta a dar-lhe. Existem erros sem remédio, não acha?

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    • Carlos permalink
      9 Junho, 2013 23:33

      A despesa pública vai ter de ser reduzida. Seja por diminuição nominal, seja através da inflação. Eu nem sei que alternativa é que os iluminados têm que não seja a diminuição da despesa pública. Devem mesmo ser iluminados.

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  16. Dédé permalink
    9 Junho, 2013 23:22

    E ao Vitor o que é que se lhe há-de cortar? Ou já cortaram e daí este seu ininterrupto falsete?

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  17. 9 Junho, 2013 23:24

    Caro Vitor Cunha: nos últimos 10 anos perdi 20% do meu salário e dasapareceram cerca de 30.000 professores das Escolas. Os orçamentos das Escolas levaram um corte de cerca de 10 a 20%. Alguns professores passaram a trabalhar o dobro das horas dentro da Escola (e ainda, como sempre, levam trabalho – muito trabalho… – para casa). Ainda quer saber onde pode cortar na Educação? Eu digo-lhe – no Parque Escolar, no salário do Ministro, dos secretários de Estado, dos Assessores, das Direções do Ministério…
    Nem era preciso responder-lhe (alguns fizeram-no, simpaticamente, por mim) mas mesmo assim acho que merecia esta atenção.
    E não faça perguntas estúpidas se não quer receber respostas que custam a engolir como o raio – vai ver como vai doer a muitos a greve às notas dos alunos, pois em Setembro cá estaremos, para dar as notas…

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    • vitorcunha permalink*
      9 Junho, 2013 23:33

      Está enganado em dois pontos: que me aquece ou arrefece o tom da resposta e que a pergunta seja estúpida. Como diziam os outros, não há perguntas estúpidas, só respostas [inserir adjectivo a gosto].

      Dito isto, agradeço ter respondido à minha pergunta que caracteriza como estúpida. Aliás, como decerto um aluno seu lhe agradecerá resposta a uma pergunta sem risco desta lhe merecer epítetos.

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      • Eduardo Correia permalink
        10 Junho, 2013 00:22

        óhh vitor cunha, a ignorância não garante o futuro, mas dá prémios..continue assim que vai longe

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      • Estou a ver... permalink
        10 Junho, 2013 01:15

        Eduardo,

        Dá prémios, disso não tenho dúvida. Basta olhar para grande parte dos membros deste (des)governo. Por isso, o autor do post está no bom caminho. Pode ser que ainda dê!

        Estou a ver… de “óclos”.

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      • 10 Junho, 2013 13:10

        Caro Vitor Cunha: eu, como professor, quando um aluno me faz uma pergunta estúpida, nunca qualifico o aluno de estúpido e tento aproveitar o que posso da sua ignorância, estupidez, alavarvidade ou boçalidade para tentar fazer qualquer coisa de bom sem o insultar (ou deixar que os colegas o gozem…). No caso de adultos inteligentes, não penso que tal seja necessário. Os meus alunos, mesmos os menos inteligentes e os mais calões, gostam de mim, porque percebem que não lhes minto nem tento aproveitar-me dos seus deslizes para infernizar-lhes a vida. Ora é isso que a sua pergunta implica no que diz respeito ao Ministério que mais coisas poupou ao estado, à custa dos professores, funcionários, alunos, escolas e comunidades,isto tirando a Festa da Maria de Lurdes Rodrigues e Sócrates (com a Parque Escolar, os computadores/vioprojetores nas Escolas e os computadores E-Escolas/Magalhães, da qual não temos nenhuma culpa e que deixaram as Escolas ainda piores, do ponto de vista pedagógico).
        Portanto, se quer ainda fazer a pergunta relativamente à Educação, faça novamente a conta ao nº de professores há 9 anos e hoje, o rácio professores/alunos nesses dois momentos e ainda os salários dos professores (e, já agora, dos funcionários da Escola, pois alguns ganham abaixo do salário mínimo oficial) nas mesmas datas. Depois falamos…

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      • vitorcunha permalink*
        10 Junho, 2013 13:23

        Já considerou ir trabalhar para uma escola privada?

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      • RCAS permalink
        10 Junho, 2013 17:53

        “”a festa da Maria de Lurdes Rodrigues e Sócrates (com a Parque Escolar, os computadores/vioprojetores nas Escolas e os computadores E-Escolas/Magalhães, da qual não temos nenhuma culpa e que deixaram as Escolas ainda piores, do ponto de vista pedagógico).” ORA AQUI ESTÁ… os computadores atrapalhavam… e não só!

        Verdade seja dita: A Maria de Loudes Rodrigues, cometeu quanto a mim um erro grave: foi o ter colocado manhosos a avaliar manhosos ( sem generalizar claro). Não dá! e como vimos não deu! Mas fêz bem ao acabar com o reinado dos profs e da Frenprof nas escolas!
        Já não era sem tempo! Aqueles conselhos pedagógicos… Santo Deus…
        Durante quase 40 anos, condicionaram a politica de ensino deste País!
        Pois é meu caro, a festa acabou!
        Respondendo ao Vitor Cunha creio que à dois dias, dizia eu, que à profs a quem porventura pagaria o dobro do que ganham, e à outros ( demasiados porventura) a quem pagaria apenas metade, e olhe que sei daquilo que falo…
        Quanto à Parque Escolar voçê demonstra a sua desonestidade intelectual ao criticá-la , porque globalmente foi positiva!
        Oportunistas e chico-espertos que se aproveitam de determinadas situações, sempre houve, e a Parque Escolar não fugiu à regra.
        Na generalidade foi efectivamente uma festa, principalmente para quem lá andava a estudar, e tambem para todos aqueles que gostam do ensino publico, mas…. a funcionar com competência e eficácia!

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      • 11 Junho, 2013 16:46

        Vitor Cunha:
        “Já considerou ir trabalhar para uma escola privada?” E que lhe diz que não o fiz já? Já fui professor convidado de uma Escola de Ensino Superior e até fui convidado para ficar por lá, mas prefiro trabalhar com uma faixa etária inferior e com alunos de todos os grupos sociais.

        RCAS:
        “ORA AQUI ESTÁ… os computadores atrapalhavam… e não só!” Não atrapalham, mas não fazem o papel de um professor – e custam dinheiro, que faz/fez falta para outras coisas.

        “A Maria de Loudes Rodrigues, cometeu quanto a mim um erro grave: foi o ter colocado manhosos a avaliar manhosos ( sem generalizar claro). Não dá! e como vimos não deu! Mas fêz bem ao acabar com o reinado dos profs e da Frenprof nas escolas!” Pode escrever isto em português, sem erros, para perceber o que quer dizer?

        “Respondendo ao Vitor Cunha creio que (SIC) à dois dias, dizia eu, que (SIC) à profs a quem porventura pagaria o dobro do que ganham, e (SIC) à outros ( demasiados porventura) a quem pagaria apenas metade, e olhe que sei daquilo que falo…
        Quanto à Parque Escolar (SIC) voçê demonstra a sua desonestidade intelectual ao criticá-la , porque globalmente foi positiva!” Positiva para quem meteuo dinheiro ao bolso: dou-lhe, de barato, um exemplo. A Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, de Leiria (vulgo o Liceu) tinha feito obras há dois anos e estava ótima – só lhe faltava um Pavilhão Desportivo. Depois das obras da Parque Escolar perdeu metade do estacionamento dos professores e funcionários, desapareceram as árvores mais antigas, é perigosa em caso de uma forte chuvada (um destes dias haverá afogamentos na Escola), passou a gastar 3 vezes mais energia, ficou com ar condicionado que não pode usar porque não tem dinheiro e não tem Pavilhão Desportivo (se chover, estiver vento ou houver muito frio ou calor não pode ser usado, porque não tem paredes). E custou só 15 milhões de euros, usando mobiliário de refugo que já está meio podre.

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      • vitorcunha permalink*
        11 Junho, 2013 17:56

        Correndo o risco do Fernando levar a mal, pergunto: onde estavam as greves quando as obras da Parque Escolar rebentavam com qualquer margem que pudesse existir para não terem que fazer greve agora?

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    • Joaquim Amado Lopes permalink
      10 Junho, 2013 18:34

      “Alguns professores passaram a trabalhar o dobro das horas dentro da Escola…”
      Quantas horas trabalhavam antes dentro da Escola?
      E “passaram” refere-se a no geral ou a períodos específicos que obrigam agora a muito mais horas de trabalho?

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      • 11 Junho, 2013 16:48

        Alguns professores tinham reduções, por idade e por cargos, que os levavam a ter 14 horas na Escola – hoje, se passarem 28 horas por semana na Escola, é uma Festa.

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      • Joaquim Amado Lopes permalink
        11 Junho, 2013 16:53

        Fernando,
        Não me parece que esse exemplo seja a favor do seu argumento.

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    • Adriano Carvalho permalink
      13 Junho, 2013 19:41

      Está tudo mal desde o início. Não há sistema que resista a falta de educação e formação. E não há formação sem critérios apertados de exigência. E os professores mais exigentes que conheço, por norma são muito apreciados pelos alunos, pois costumem ter paixão pelo que ensinam e conseguem transmitir esse entusiasmo aos seus alunos. Todo o sistema está “defeituoso” e devia ser repensado desde o pré-escolar. É impressionante que num sistema que se quer sistema, o pré-escolar não seja gratuito ou uqase, pois é onde se definem os potenciais de sucesso dos alunos. Todas as reformas a que assisto desde 1974 foram feitas “a meio” da estrutura do sistema ou “no topo” do sistema. E começar a construir sem ser pelos alicerces, não me parece nada seguro (está bem… sou engenheiro e sempre aprendi que se começa pelas bases para se construir algo…). Para o Fernando e percebendo o seu desespero, digo-lhe que desde há 10 anos perdi 80 % do meu salário, fora o não ter ADSE e ainda ter que contribuir para o desvio que a ADSE cria nas contas públicas. Quanto à Parque Escolar, posse dizer que foi algo de muito nocivo (houve obra feita, claro) e que os níveis de desperdício e de falta de planeamento bradaram aos céus e fariam corar de vergonha qualquer gestor medianamente competente. Tive que lidar com o CA da Parque Escolar e nomeadamente com o seu Presidente e posso dizer que era uma estrutura mal gerida, com interesses pouco claros e claramente despreocupada com o nível de serviço público que deveria prestar. A juntar a isso gozava de uma falta de controlo sobre escolhas financeiras TOTAL. Eu pertenci a uma das comissões de pais de um liceu do Porto que “obrigou” a Parque Escolar a trabalhar melhor, mas não sem ter que ter criado uma equipa de projecto paralela onde se sentavam e trabalhavam pelo menos um engenheiro civil da Câmara do Porto, um arquitecto e um engenheiro de sistemas.
      Este foi um aparte. Quanto ao sistema de educação portugues, temos que retornar ao básico: português, matemática, ciencias, fisico-quimica, geografia, historia e línguas estrangeiras, com especializações no secundário. 60% do tempo deveria ser consagrado ao ensino do português e da matemática até ao 9º ano. E no 1º ciclo, Leitura, arimética, história e princípios de ciências e geografia alem de línguas estrangeiras.
      A classe dos professores está agora a sofrer, não tenho dúvida disso, mas a dos outros portugueses está a sofrer há muito mais tempo.

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      • jose permalink
        13 Junho, 2013 23:39

        Meu caro Adriano Carvalho, as pessoas intelectualmente honestas, só poderão concordar consigo! Pena, que tenhamos demasiados dos da outra categoria, que mesmo com acesso ao conhecimento e informação, por serem desonestos e egoístas, pondo os seus interesses pessoais e corporativos, à frente de tudo o mais, argumentarão com o habitual chorrilho de disparates, Estão desculpados, os que por falta de conhecimento e informação, tendem por facilitismo e não menos interesse, a pensar, que o que lhes é prometido como mais fácil, vai ser exequível. Como vai ser doloroso, quando finalmente acordarem…..

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  18. 10 Junho, 2013 02:47

    Eu começava a cortar pelos bancos. 12 mil milhões, salvo erro, estavam garantidos. Além do mais, se é para acabar com a subsídio-dependência que se acabe para todos, sem excepções.

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  19. jartelhos permalink
    10 Junho, 2013 09:38

    Vitor.
    E porque faz referência à TAP?
    Explique lá essa sua lógica?

    Isto de escrever textos tem que se ter alguma acuidade.

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  20. João Pedro Lopes permalink
    10 Junho, 2013 11:48

    Fácil: ver programa eleitoral do PSD. Tudo explicadinho e sem cortes de subsídios, tal como os portugueses votaram.

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    • Kafka permalink
      10 Junho, 2013 12:14

      Os Portugueses rejubilaram com o 25 de Abril, Liberdade, Riqueza, etc. Afinal o que é que conseguiu o Avenidas Cunhal e o prazenteiro Soares? Deram cabo da agricultura (nomeadamente Alentejana), da Indústria e finalmente com a colaboração de boxexas e associados a BANCARROTA.

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  21. 13 Junho, 2013 12:18

    Caros,

    De algo que escrevi em tempos (26.10.12) no Antologia de Ideias, “concordo que cortar em contribuições para certas fundações, despesas com inúmeros assistentes e chaufferes, certas rendas e encargos avultados com PPPs, entre outras obscenidades, é importante. O nosso dinheiro não pode alimentar as “obras” dos amigos do aparelho governativo. Não pode por uma questão de princípio. Não pode porque é imoral. Não pode porque algumas dessas “obras” materializam a corrupção que, em alguns círculos, é endémica. Mas não há, por outro lado, como contornar o quão marginais são estas despesas, nos 78 mil milhões de euros de despesa pública orçamentados para 2013 (“OE2013”)[2]. As PPPs, que incluem auto-estradas, mas também hospitais, estima-se que nos venham a custar, no ano de 2013, 884 desses 78 mil milhões, ainda que passem a 1.581 milhões no ano seguinte[3]. As fundações – onde se incluem IPSSs, a Universidade do Porto e Universidade de Aveiro – custaram-nos, no triénio 2008-2010[4], cerca de mil milhões (333 milhões por ano, portanto).

    É importante que se perceba quanto estes “milhões” representam no défice. Este costuma ser apresentado como uma percentagem do produto interno bruto (PIB) nacional que, grosso-modo, deve rondar os 170 mil milhões de euros. Os pessimistas asseguram que, o défice para 2012, cuja meta “troikiana” foi flexibilizada de 4.5% para 5% do PIB, não será inferior a 6%. Pegando nos números acima, mesmo que, por absurdo, cortássemos por completo PPPs e fundações, reduziríamos esse défice em qualquer coisa como 0,7%. Mas adicionemos agora ao cocktail de cortes, 1000 assessores, 1000 secretárias e 1000 chaffeures para a administração central, que supomos que existem, e a ganhar em média 3.000 euros por mês. Um perfeito exagero de 126 milhões euros anuais. Reduzamos agora o número de deputados, que assumimos ganharem uma média de 5.000 euros mensais, de 230 para 185. Poupamos 3,2 milhões que, adicionados aos cortes acima, totalizam aproximadamente 130 milhões de euros. Muito dinheiro, mas uns míseros 0,08% do PIB que, somados aos ganhos com cortes PPP-fundações, totalizam 0,78% do PIB. Faltam, depois de tudo isto, mais 5% para anularmos os 6% que muitos prevêem. Depois de tudo isto, faltam ainda 8,9 mil milhões de euros de despesa, para a qual não existe receita. Isto se mantivermos os impostos no nível em estão hoje. Se os quisermos baixar, teremos de baixar a despesa em consonância.

    Daí a necessidade de uma abordagem fundamentalmente diferente. Assim surgem os do segundo grupo, os “reduzam-serviço-público-prestações-sociais-e-subsídios” que, diga-se, assentam a sua abordagem em factos que ninguém podem ignorar. Na proposta do OE2013, existem duas (2!) rubricas que representam 70% da despesa pública: “despesas de pessoal” (17.286 milhões) e “prestações sociais” (37.629 milhões). Apenas quando interiorizarmos o que estes números representam, poderemos começar a perceber o que terá que forçosamente mudar.

    Sairemos desta forma errática e ambivalente com que lidamos com as contas públicas, os nossos políticos e sua políticas, apenas quando entendermos e acordarmos aquela que é a questão fundamental: qual deve ser o papel do Estado? Não existe uma única resposta nem, muito menos, uma resposta certa. Mas o exercício de “pensar o país” desta forma ajuda, cada um de nós, a tomar uma posição mais consistente. A resposta a esta questão deve incluir o que deve o Estado assegurar, em que medida e se, importante, estamos preparados para aceitar o nível de impostos que tal representa.”

    de “Portugal: Que Estado Queremos?” http://antologiadeideias.wordpress.com/2012/10/26/portugal-que-estado-queremos/

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  22. skeptijus permalink
    14 Junho, 2013 01:52

    Há sectores que nunca deveriam deixar de ser controlados pelo Estado e entre eles está a Educação, Saúde, Defesa Segurança e claro, Justiça!

    É evidente que nos 2 primeiros casos pode e deve haver iniciativa privada mas, ainda assim controlada pelo Estado, não com subsídios, mas através de normas/regulação.
    O que hoje se assiste é a uma abjecta subsidiarização dessas escolas (ensino corporativo) onde uns quantos (ex-deputados) têm direito a muitos milhões e cujas auditorias dão em nada!
    Os privados, desde que regulados em termos pedagógicos pelo Estado, devem manter-se desde que sobrevivam sem apoios financeiros estatais.
    A meu ver, o cheque ensino seria a melhor forma de financiar as famílias e as crianças dando-lhes total acesso às escolas onde pretendessem ingressar, libertando-os da “obrigatoriedade” de inscrição na escola da zona de residência. Crato já proporcionou essa possibilidade mas, não chega. Continuam os subsídios de muitos milhões a escolas e em zonas onde há públicas. Isto não é concorrência sequer (no caso o Grupo GPS de Leiria), porque os professores são pressionados a darem boas notas a quem o Director acha que devem ser dadas. Por outro lado, a sociedade portuguesa agradece pois o que está em causa não é o saber mas, o ter!
    Quanto à Saúde, podem ser colocadas as mesmas situações que na Educação, desde que o Estado deixe de subsidiar essas instituições, tal como está a acontecer.

    Defesa e Justiça têm de se manter sob o controlo total do Estado. Claro que o ideal seria sem as mordomias que o Estado continua a manter, nomeadamente a um inúmero de elementos na reforma.

    Estas seriam as principais reformas que eu aplaudiria!

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    • António Costa permalink
      17 Junho, 2013 11:44

      Quanto mais Estado, mais Impostos.
      Quanto mais regulação, mais burocracia e corrupção.
      E não saímos disto!

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