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No país da equidade

14 Junho, 2013

Pais exigem anulação de exames se algum aluno não puder fazer provas

A CONFAP quer facilitar a vida aos sindicatos. Defende que se uma única sala de uma única escola for afectada pela greve, todos os exames, de todas as salas de todas as escolas devem ser anulados por uma questão de equidade. O que implicaria que todos os alunos teriam que voltar a fazer a prova num novo dia e assim sucessivamente até os sindicatos deixarem de conseguir boicotar pelo menos uma sala. A ideia não é apenas estúpida, é muito estúpida. Que tenha origem no representante dos pais diz muito sobre Portugal.

89 comentários leave one →
  1. Oinc!'s avatar
    Oinc! permalink
    14 Junho, 2013 08:36

    É fantástico, têm ”escolinha” de graça, ou quase de graça, partindo do principio de que ainda pagam alguns impostos e ainda se põem com exigências parvas, como se que estivessem numa escola particular que fosse paga integralmente por eles e não num sistema subsidiado pela generalidade dos contribuintes que pagam impostos… ”Beggars can’t be choosers!”

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  2. josegcmonteiro's avatar
    14 Junho, 2013 09:14

    Estpido no considerar os professores com o normal e devido mrito. Sem professores no h alunos, e a sociedade no evolui!

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    • almaiacorreia's avatar
      14 Junho, 2013 10:00

      Sem alunos não há professores! Não são os professores o essencial do ensino! Se assim fose, e face ao racio professor/aluno, o nosso Ensino era o “Melhor”. Neste momento é o “Maior”.

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    • Carlos's avatar
      Carlos permalink
      14 Junho, 2013 11:22

      Só existem professores porque existem alunos e não o contrário. Que parvoíce, isto nem devia ser posto em questão de tão óbvio que é.

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  3. Piscoiso's avatar
    14 Junho, 2013 09:28

    Agora os pais são estúpidos.
    E as mães?

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  4. lino's avatar
    14 Junho, 2013 09:34

    O título do Público é tendencioso: deveria ser “Confederação Nacional das Associações de Pais… etc”. Não são só os “pais” que querem ajudar os sindicatos. O Público também quer.

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  5. JEM's avatar
    JEM permalink
    14 Junho, 2013 09:40

    João Miranda, CONFAP é mais um órgão do PCP disfarçado de sociedade civil. PCP manieta o país com os seus sindicatos, associações “civis” e a preciosa ajuda do Público, da bloquista Bárbara Reis.

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    • almaiacorreia's avatar
      14 Junho, 2013 10:08

      Não, cara amiga! Parece que já esquecemos que a CONFAP foi uma assalariada do “coiso” contra os Professores, contra os Pais, suportando sempre os professores e os pais! Lembra-se dos subsídios que lhe foram atribuídos pelo “coiso”? Quem paga mais, mais leva! Em breve vamos ver o Albino numa qualquer candidatura de “esquerda”!

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      • Churchill's avatar
        Churchill permalink
        14 Junho, 2013 10:14

        Esse Albino já anda nisto há 20 anos
        Ou os filhos são burros que nem portas ou já devia estar na confederação de avós.

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    • manuel's avatar
      manuel permalink
      14 Junho, 2013 16:00

      A culpa é toda deste desgoverno que não teve tintins para fazer uma razia nestas associações parasitas do orçamento de estado -são milhares.

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  6. Oinc!'s avatar
    Oinc! permalink
    14 Junho, 2013 09:43

    Por acaso tenho uma certa curiosidade em saber exactamente quem é que essa CONFAP ou as demais associações de pais representam, pois tendo eu e os meus amigos e conhecidos filhos em idade escolar, nunca pertenci, ou fui de algum modo contactado pelas ditas ”associações”, assim como não conheço ninguém que o tenha sido… Parece-me que é algo como dizer que as ”tunas” representam a generalidade dos estudantes universitários… Ou são algo de ”nicho” ou então só abordam pessoas (pais) que partilhem a mesma ”agenda” politica…

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    • A C da Silveira's avatar
      A C da Silveira permalink
      14 Junho, 2013 10:11

      Se tem filhos na escola e não participa na associação de pais, então não se pode queixar de a CONFAP tomar posições como esta. O PCP e amigos tomaram conta da CONFAP exactamente porque a grande maioria dos pais se demitiram de participar.
      Eu andei lá mais de dez anos, cada vez que era preciso fazer listas nas escolas era uma carga de trabalhos, e esta gente só teve de aproveitar a falta de comparência dos outros.
      A CONFAP nesses tempos antes do Albino tinha gente capaz e não engajada politicamente, que estava lá apenas para defender os interesses dos filhos/alunos, e não para fazer politica.

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      • Oinc!'s avatar
        Oinc! permalink
        14 Junho, 2013 10:29

        Eu não me demito de participar e intervir na educação dos meus filhos sempre que necessário, agora não tenho nenhuma inclinação para andar a fazer as ditas listas (não sei o que seja nem me interessa), para isso pago impostos para o ensino publico, ou então pago mensalidades no privado, e quem trabalha nas escolas, publicas ou privadas, tem de fazer o seu trabalho, e bem, com um mínimo de intervenção dos pais, caso contrário têm de ir para o olho da rua e dedicarem-se a outra coisa, porque para o ensino não têm jeito. É preciso é que haja avaliação e responsabilização no estado em relação aos seus empregados, educação incluída, e assim acabaria grande parte dessas associações/comissões politizadas pela esquerda desocupada, sim porque para além do mais, para se andar nessa ”vidinha” das associações é preciso tempo e, coisa que a maioria dos pais que trabalham e criam riqueza, não têm, em especial neste momento, nem nunca tiveram muito, isto para não falar dos ”profissionais” das associações, que ou são ”milionários excêntricos” ou então são sustentados por alguns interesses menos claros.

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      • A C da Silveira's avatar
        A C da Silveira permalink
        14 Junho, 2013 11:57

        São pontos de vista… pois eu cá tenho seis filhos, e enquanto andaram no secundário, eu e a minha mulher nunca deixámos de participar nestas “listas”. É que a lei confere às associações de pais poderes de intervenção que podem, e são como estamos a constatar, ser muito mal utilizados. Como lhe disse antes, depois não nos podemos queixar se os outros se aproveitam…

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      • Trinta e três's avatar
        Trinta e três permalink
        14 Junho, 2013 13:55

        Oinc:
        As associações de pais têm, desde há muito, um papel decisivo no modo como as coisas correm nas escolas e no sistema educativo. Basta dizer que estão representadas no mais importante órgão da escola que é o Conselho Geral. Claro que exige sacrifícios, porque são reuniões em horário pós laboral (na escola da minha filha, a partir das 21 horas), mas a participação é fundamental para quem não quer ser surpreendido por decisões de terceiros.

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    • Trinta e três's avatar
      • Oinc!'s avatar
        Oinc! permalink
        14 Junho, 2013 14:38

        Concordo e acho indispensável que todos nós (pais) acompanhemos a vida escolar dos nossos filhos, nas várias vertentes que a compõem, agora, sejamos nós clientes pagantes (ensino privado), ou beneficiários do estado social (escola pública), não acho totalmente necessário, nem razoável, que para fazermos valer os nossos diretos, dentro da legalidade e do razoável, se constituam associações, infelizmente, muitas vezes politizadas, e já sabemos que a capacidade de mobilização é, regra geral, superior à esquerda, logo, por uma questão, que confesso, ideológica, tento, dentro do possível, ”viver” ao lado de certos movimentos, que embora, na sua génese, meritórios são desvirtuados quando lhes tentam imprimir uma agenda marcadamente politica, que, volto a dizer, na sua grande maioria de esquerda.
        Não questiono, no entanto, que hajam associações de pais independentes e que funcionem bem, mas penso que deva ser uma minoria, mas isto é apenas uma opinião.
        Paralelamente e politica à parte, acredito e aceito que será preciso ter uma vocação que eu não tenho para integrar esse tipo de associações.
        No entanto, acho que dada a gratuitidade (ou quase) do ensino público e partindo do principio de que as escolas funcionam bem, se não funcionam, deviam, o poder vinculativo das decisões das associações de pais terá obrigatóriamente de ser muito reduzido e a sua atuação só deve ser permitida em casos extremos. No ensino privado, acho que a figura, faz menos sentido, pois há sempre outros meios de os pais fazerem valer os seus pontos de vista.

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      • Trinta e três's avatar
        Trinta e três permalink
        14 Junho, 2013 14:50

        “No entanto, acho que dada a gratuitidade (ou quase) do ensino público (…), o poder vinculativo das decisões das associações de pais terá obrigatóriamente de ser muito reduzido e a sua atuação só deve ser permitida em casos extremos”.
        .
        Precisamente porque é pública, a escola não pode ser um universo fechado, impermeável à realidade que a rodeia e insensível ao universo para quem trabalha. Acredite que as associações de pais têm muito peso.

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  7. Surprese's avatar
    Surprese permalink
    14 Junho, 2013 09:49

    Isto é crime organizado!

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    • neotonto's avatar
      neotonto permalink
      14 Junho, 2013 10:10

      De acordo com o relatório do IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, o Metro de Lisboa lidera em operações ‘swap’, contabilizando 66 contratos desta natureza, que representavam no final de Setembro passado perdas potenciais de 1,4 mil milhões de euros de um total de 3,3 mil milhões de euros para o universo de empresas do Estado.
      .
      O Metro do Porto é a segunda empresa pública com maiores riscos, totalizando a sua carteira de instrumentos financeiros 1,06 mil milhões de euros de perdas potenciais a 28 de Setembro de 2012.

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  8. Churchill's avatar
    Churchill permalink
    14 Junho, 2013 10:20

    Não fosse isto um país estranho, e a esta hora o Ministro estava a dar corda a esta associação, e depois anulava os exames todos dos miúdos que os tinham feito, e diria alto e bom som que era por culpa dos professores e por opinião da Confap.
    E a cada repetição, sempre que uma escola ou vigilante tivesse um problema, anulava, e voltava a dizer que era baseado na opinião dos srs. do PCP que estão na associação.
    E esticava isto até todos os pais ficarem com os cabelos em pé.
    .
    Se calhar nesta coisa das ameaças de vez em quando é melhor deixar de ser responsável e fazer bluf ou pagar para ver.
    .
    O que me custa a entender é que o Ministro esteja a tentar levar a opinião dele avante mas protegendo os alunos, e os pais estejam mais interessados na guerrilha dos professores, e a borrifarem-se totalmente para os alunos.

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    • Estou a ver...'s avatar
      Estou a ver... permalink
      14 Junho, 2013 10:27

      A situação está a ficar descontrolada.
      Não estavam à espera. Pais e alunos começam a juntar-se à luta e a assustar (é que os pais também são trabalhadores…) os indigentes (também os boys e assalariados políticos) que nos desgovernam.
      Parece que é o início de algo mais…
      E, novamente, os professores estão na linha da frente!

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      • Churchill's avatar
        Churchill permalink
        14 Junho, 2013 18:32

        Se calhar o melhor é substituir pais pelo Albino e alunos pela moça do Pombal. Depois é somar muita gente que está insatisfeita e é adepta do quanto pior melhor.
        O resto são cantigas!

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      • Trinta e três's avatar
        Trinta e três permalink
        14 Junho, 2013 20:42

        DO Pombal, são os pombos. DE Pombal.

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      • Churchill's avatar
        Churchill permalink
        14 Junho, 2013 23:10

        Olha este!
        Se é para dar lições pelo menos aprenda a colocar virgulas, oh 33.
        Mas já agora diga-me se costuma referir o Rui Rio de Porto ou do Porto?

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      • Portela Menos 1's avatar
        Portela Menos 1 permalink
        14 Junho, 2013 23:19

        escrito por um corrector de vírgulas:
        (…) Não fosse isto um país estranho, e a esta hora o Ministro estava a dar corda a esta associação, e depois anulava os exames todos dos miúdos que os tinham feito, e diria alto e bom som que era por culpa dos professores e por opinião da Confap (…)
        .
        quando não temos nada para dizer é melhor estarmos calados.

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      • Trinta e três's avatar
        Trinta e três permalink
        14 Junho, 2013 23:24

        Churchill:
        Marquês DE Pombal. Se bem recordo, isso tem que ver com a origem do nome: ser um nome concreto ou abstrato, na terminologia que aprendi. No caso de Pombal (cidade), a origem nada terá que ver com a gaiola para pombos, mas sim com Al-Pal-Omar que remonsta à ocupação muçulmana da Peníncula.
        Quanto á vírgula, está bem (a vírgula).

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    • André's avatar
      André permalink
      14 Junho, 2013 15:11

      O ministro a proteger os alunos!? Também acredita no Pai Natal!? Durante os dois anos que já passou no ministério o ministro raramente protegeu os alunos! Não me diga que acreditou nas lágrimas de crocodilo do Nuno Crato ontem na RTP, sempre pensei que fosse mais inteligente do que isso.

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  9. YHWH's avatar
    YHWH permalink
    14 Junho, 2013 10:28

    Crato revelou a sua inépcia política e o querer fazer pelo músculo o que não conseguiu pela inteligência.

    Após a deliberação arbitral sobre a não implementação de serviços mínimo aquando da greve dos professores aos exames, aproveitando até a sugestão da comissão sobre a mudança de data do exame (17 para 20 de Junho), Crato tinha tudo para concordar com a mudança de data e expôr os sindicatos a um compromisso público de viabilização do exame na data apontada pela comissão arbitral.

    Mas não, fiel ao vulgar estilo do «quero, posso e mando», Crato substituíu a responsável inteligência diplomática exígivel a um ministro, por um grosseiro exercício de «braço-de-ferro».

    Lamentável, ou mais uma página portuguesa da «Educação à martelada»…

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    • A C da Silveira's avatar
      A C da Silveira permalink
      14 Junho, 2013 11:52

      Olha a chicoespertice da esquerda a trabalhar: o Crato mudava a data dos exames, e o Nogueira anunciava outra greve para a nova data, e assim sucessivamente, nova data, nova greve, e andavamos a fazer exames até ao natal. Porque o Nogueira e a comunagem dos sindicatos querem é espalhar o caos nas escolas, como já todos percebemos.
      Os professores querem ser funcionários publicos para o que é bom, mas já não querem quando lhes pedem mais um esforço como fazem com os outros f.p.

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      • YHWH's avatar
        YHWH permalink
        14 Junho, 2013 12:06

        Se tal ocorresse, Crato teria tido a oportunidade de expôr publicamente tal comportamento por parte dos sindicatos.

        Mas não foi isso que aconteceu.

        Crato, uma vez mais, não esteve à altura do exigível a um ministro da educação.

        Ele e Mário Nogueira merecem-se um ao outro.

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      • Churchill's avatar
        Churchill permalink
        14 Junho, 2013 13:21

        Precisamente
        Conheço vários professores que sempre que se fala no emagrecimento do Estado têm ideias, do género de diminuir as Forças Armadas, diminuir os investimentos públicos (excepto os do Parque Escolar), etc. Mas quando se trata de ficarem iguais aos outros já não concordam.
        .
        Por mim é mudar já a Constituição no que diz respeito às greves.
        Os professores não podem gravar em dias de exame nacional, os médicos nas operações marcadas, a recolha de lixo por mais de um dia, etc.
        .
        Nota, gostava de saber se os srs. sindicalistas achavam correto não haver água na greve da Epal, luz na EDP, telefone na PT, gás canalizado, ou então de tropas no meio de uma guerra?

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  10. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    14 Junho, 2013 10:32

    As associações de pais representam apenas os seus associados. Minorias.
    Se querem mesmo ajudar os alunos comecem pour exigir aos sindicatos que não façam greves às avaliações e aos exames.
    Quem criou o problema foram os sindicatos marcando uma greve para o dia dos exames. Não é o governo que tem de mudar a data. São os sindicatos que teem de desmarcar a greve para esse dia (e não anunciar greves para os restantes dias, como estão ja a fazer).

    O problema é que, tal como é dito noutro comentario aqui em cima, estas associações e os sindicatos são entidades com agendas que são sobretudo politicas, muitas delas simples correias de transmissão do PCP e de outros sectores politicos de esquerda, pelo que o que menos os preocupa é precisamente o interesse dos alunos.

    De resto, aos sindicatos também não se preocupam sequer com os reais interesses dos professores.
    Os sindicatos querem é criar o maior numero de obstaculos à reforma geral do regime da função publica em curso. Todo o pretexto é bom para fazer agitação politica.
    Não é compreensivel que os funcionarios publicos em geral tenham horarios de trabalho muito inferiores ao que é normal no conjunto da sociedade, em particular no sector privado.
    No caso dos professores, o Ministro da Educação ja garantiu que a especificidade do trabalho dos professores seria tida em conta e que o horario lectivo não seria aumentado.
    Quanto às 40 horas ja a maior parte dos professores trabalha efectivamente esse tempo. Trata-se agora de formalizar e generalizar esta obrigação mesmo aqueles que, de algum modo, não trabalham ou trabalham sem qualquer enquadramento e controlo.
    A posição dos sindicatos é uma mera defesa corporativa dos privilégios de uma minoria de professores.
    Para defender estes interesses e para fazerem agitação politica, os sindicatos instrumentalizam os professores e fazem chantagem em cima dos alunos.
    Uma vergonha !!

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    • Dinada's avatar
      14 Junho, 2013 12:19

      E, last but not least, que os professores resolvessem o problema das avaliações finais.
      Parecendo que não é esta a génese do problema.
      Há alunos (meus filhos incluidos) a inscrever-se por “não vá o diado tecê-las”, desconhecendo a sua nota final às disciplinas…
      (agora podem vir com o argumento “da treta” de que Eles sabem bem o que fizeram o ano todo”, pois!)

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      • André's avatar
        André permalink
        14 Junho, 2013 15:13

        Não, venho com o argumento simples de que os professores dizem as notas aos alunos durante a aula da autoavaliação. No meu caso, apesar de não haver pautas, os professores até nos enviaram as notas por e-mail, para nós as sabermos. Mas sim, todos nós sabemos bem o que fizemos ao longo do ano, e que nota merecemos.

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      • Dinada's avatar
        15 Junho, 2013 10:09

        André, partindo dessa premissa ela serve-o a si, e só. Como referi dois dos meus filhos estão neste momento “pendurados” à espera de saber a avaliação final a uma ou dois disciplinas e não, não é líquido que TODOS os professores tenham apresentado a avaliação nas suas aulas. Precisamente porque hé notas a discutir em Conselho de Turma (é para isso que eles existem, sabe? fossem os professores avaliar “tout Court” por disciplina e saltava-se essa “burocracia das reuniões de avaliação) e, em alguns casos, a nota final é até alterada, veja só!
        Quanto ao rendimento escolar anual dum aluno, precisamente por sê-lo (anual), há determinadas variantes que são tidas em conta para chegar à classificação final e, nem sempre o facto de haver exclusivamente notas positivas nos testes efectuados, há outros factores de ponderação a ter em conta na nota final.
        Sim, dir-me-á que, sendo concerteza um óptimo aluno, tem a certeza das suas boas classificações e terão os seus professores essa mesmas certezas nos seu caso.
        Mas o André não é, adivinho eu, o paradigma do estudante do secundário, a avaliar pelos casos que conheço.
        Terá de me dar o benefício da dúvida quando lhe garanto que ainda ontem, o diligente Director de Turma do meu filho do meio me telefonou para que se dirigisse com urgência à Escola e se matriculasse no Exame Final de Filosofia porque a sua nota está periclitante (à ainda a possibilidade de ser positiva por vários factores que dispenso esplanar) e, como tal, faz o Exame e se passar com a nota anual positiva o mesmo fica sem efeito…
        Isto é o que está a acontecer, André.
        Justo?
        Exequível?
        Para mim estranho e, mais uma vez, uma trapalhada total a que os alunos em geral (menos o André), estão sujeitos!

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      • Dinada's avatar
        15 Junho, 2013 10:12

        Gralha no “(há ainda a possibilidade de ser positiva por vários factores que dispenso esplanar)”, obviamente!

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    • Trinta e três's avatar
      Trinta e três permalink
      14 Junho, 2013 15:38

      Fernando:
      Reconhece-se o seu esforço em divulgar a cartilha deste governo que foi (ainda está a ser) um dos maiores desperdícios de tempo da história recente de Portugal. Por agora, deixo de lado a greve dos professores e aquilo a que chama “reforma da função pública”. Mas já basta de tanta demagogia sobre os horários de trabalho. Em primeiro lugar, porque não trabalhamos menos do que outros e não há nenhuma relação entre o número de horas de trabalho e a produtividade (já foi inventada a máquina, recorde-se). Depois, porque aquilo que está a ser anunciado para a fp, chega a ser ofensivo porque assume os cidadãos como parvos. Não é por aumentarem o horário de trabalho que os serviços se adaptam melhor às necessidades do cidadão. É por ADAPTAREM os horários (coisa bem diferente), aos horários de trabalho dos restantes, permitindo aceder a esses serviços em períodos em que os outros não estão a trabalhar. Em tese, até pode ser útil REDUZIR o número de dias de trabalho dos funcionários públicos e aumentar o horário diário. Imagine que um serviço distribui as responsabilidades dos seus funcionários por 4 (quatro) dias, com 9 horas de trabalho diário, garantindo o funcionamento entre as 13 e as 15 horas e, depois, até às 20 horas. Esses 4 dias, seriam distribuídos de modo a que os serviços mantivessem um funcionamento de 2ª a 6ª. A redução do número de dias, até podia ter consequências positivas, porque podia reduzir o número de deslocações diárias com a consequente redução na importação de combustíveis. Depois, a redução do número de dias de trabalho, aumentava a disponibilidade dos funcionários para um horário diário mais flexível. Finalmente, conseguia-se ter o serviço aberto, nas “horas mortas” dos restantes (já agora, antecipo-me informando-o de que este exemplo é real).
      .
      Por outro lado, como se pode levar a sério o argumento do governo sobre o horário da FP, quando ele não simplifica o tempo que as empresas gastam a trabalhar para as Finanças e demais departamentos e que, sem medo de cometer grande erro, estimo em mais de 200 horas anuais?

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    • Fernando S's avatar
      Fernando S permalink
      14 Junho, 2013 17:34

      Trinta e tres,

      O meu “esforço” não é maior do que o seu a defender que o pais e o Estado continuem a gastar de qualquer maneira o que teem e, sobretudo, o que não teem !

      A verdade é que a generalidade dos funcionarios publicos que hoje se opõem a uma medida de mera justiça social, …
      …. e que é que, pelos regulamentos, a generalidade dos funcionarios não trabalhe menos horas do que a generalidade dos trabalhadores do privado tem de trabalhar de acordo com os contratos laborais e do que ja muitos e muitos funcionarios publicos trabalham na pratica, mas apenas por mero empenho e consciencia profissional e não por que sejam obrigados a tal,…
      … a generalidade daqueles funcionarios, dizia eu, no passado e ainda hoje sempre se opuseram a todas as formas de flexibilização de horarios de trabalho no sentido de adaptar os horarios de abertura e melhorar a eficiencia dos serviços em beneficio dos utentes !!…
      Ou ja se esqueceu das “lutas” intransigentes dos sindicatos contra toda e qualquer evolução das normas de trabalho na função publica, antes pelo contrario, sempre a favor de uma cada vez maior rigidez e limitação na adaptação do funcionamento dos serviços às efectivas necessidades dos utentes ??!…

      Agora que se aumenta o horario de trabalho para o que é normal no resto da sociedade, no sentido de fazer com que aqueles que trabalham menos do que seria normal passem a faze-lo …
      … agora é que veem com o discurso da “flexibilidade” ??!!…

      Sim senhor, aumente-se finalmente a flexibilidade … Mas aumente-se também o horario base de trabalho … De resto, o aumento geral do horario de trabalho vai facilitar a organização de sistemas que tornem o trabalho mais flexivel e os serviços mais ajustaveis …

      Quando, em resultado destas e de outras medidas de moralização das normas de trabalho na função publica, a produtividade, a eficiencia e a qualidade dos serviços estiverem finalmente a crescer e a melhorar, então, tal como acontece em muitas empresas privadas, sera possivel ajustar os tempos e as condições de trabalho às necessidades, em negociação directa entre empregados e empregadores e sem que para tal seja necessaria nenhuma lei restritiva ou impositiva.

      Tudo é possivel desde que o Estado se reforme e deixe de ser uma estrutura pesada e extremamente custosa para a sociedade.

      Quanto à sua ideia de que o Estado deveria procurar simplificar os procedimentos e o tempo gasto pelas empresas na relacção com os serviços publicos … perfeitamente de acordo !
      Dito isto, uma casa não se constroi a partir do telhado, é precisamente por isso e para isso que é necessario começar por reformar o Estado e diminuir o seu peso e o seu custo !

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      • Trinta e três's avatar
        Trinta e três permalink
        14 Junho, 2013 21:08

        Fernando.
        Isto é cassete: “O meu “esforço” não é maior do que o seu a defender que o pais e o Estado continuem a gastar de qualquer maneira o que teem e, sobretudo, o que não teem”. Diga, onde leu alguma medida por mim defendida que represente um aumento da despesa do Estado.

        Depois, deixem de fazer “festinhas” aos empresários e trabalhadores do privado, com essa suposta “justiça” de aproximação das condições de trabalho entre público e privado. Não só dispensamos as “festas”, como não há aproximação alguma. Se eu quiser que um colaborador meu trabalhe mais do que está contratado, ou negoceio e consigo aceitação, ou PAGO. Se eu quisr alterar, unilateralmente, o horário de trabalho, vou prestar contas a tribunal. Pois é. Fazia-vos bem, sobretudo aos “dirigentes” do público, terem uma experiência no privado.

        Referiu, também, supostas tentativas de reforma contrariadas pelos trabalhadores. Basta analisar o sistema de impostos (não estou a falar da quantidade) português e compará-lo com outros sistemas, para concluir que essas supostas tentativas de reforma, devem ter sido absurdos completos. Não sei se sabe, mas todo a fiscalidade portuguesa, baseia-se no princípio, inadmissível, de que deve ser o cidadão a prestar o serviço- e já nem falo do que é exigido às empresas, mas tão somente do cidadão comum. Os dirigentes da função pública percebem tanto disto, que até engendraram um sistema de faturação obrigatória em pequenos mercados de província, onde grande parte dos vendedores são pouco menos do que analfabetos. Depois, talvez não se tenha apercebido que, no meu exemplo, dava-se e exigia-se. Dava-se uma semana de trabalho de menos dias e um horário superior e mais flexível. É assim que as coisas funcionam no privado (que funciona). Chama-se a isso, negociar.

        Diz que lá chegaremos, que estão a construir os alicerces do edifício. Errado! Começaram pelo telhado. Porquê? Porque criaram níveis de contestação e de desmotivação, naqueles que deviam, antes de mais, ser conquistados e mobilizados. É assim que se faz no privado.

        Já agora: se querem reduzir pessoal no público; eliminar gorduras, comecem pelas chefias. Para além do exemplo (fundamental), é aí que nós, cidadãos utilizadores dos serviços públicos, constatamos estar a grande incompetência.

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    • Fernando S's avatar
      Fernando S permalink
      14 Junho, 2013 22:46

      Trinta e tres,

      A unica medida que Vc consegue avançar aqui sobre redução de despesas publicas é … os cortes nas chefias do sector publico …
      Nada mais do que esta e outras pseudo-medidas para lançar fumaça sobre uma evidencia : Vc esta sistematicamente contra as medidas que representam verdadeiras economias nos gastos do Estado, em particular contra qualquer politica a sério de reforma do Estado e de corte estrutural nas despesas publicas !
      Basta ver os seus comentarios aqui no Blasfémias !

      Diz que é do privado. Se o diz é porque é …
      Mas quem é que o nomeaou porta voz credenciado e exclusivo do sector privado para vir dizer do alto do pulpito o que é que pensam e fazem no privado ?!…
      Se é empresario ou trabalhador do sector privado … aquilo que Vc diz e defende apenas mostra que ser do privado não é nenhuma garantia de lucidez relativamente aos assuntos do pais, incluindo aqueles que dizem directa e indirectamente respeito ao privado.

      E o que é que Vc sabe de mim para me interpelar como se eu fosse um “dirigente do publico sem experiencia no privado” ??!… Tenha juizo e pense sempre duas vezes antes de falar do que desconhece em absoluto !

      Dito isto, tome nota do seguinte.
      Eu não utilizo nem aceito a utilização dos ditos “argumentos de autoridade”.
      Para mim Vc pode ser privado ou publico, jovem ou velho, viajado ou nunca ter saido da sua aldeia, verde ou amarelo,… Nenhuma destas ou outras condições pessoais não lhe da mais ou menos razão naquilo que pensa e diz.
      Uma opinião vale pelo seu conteudo e não pela condição pessoal de quem a exprime !

      Quanto à burocracia e à fiscalidade do Estado que pesa sobre os privados, empresas e familias, que parece ser um assunto que o preocupa …
      Repito que, do meu ponto de vista, Vc esta aver mal a solução do problema…
      Por exemplo, não serve de nada estar a mudar ou mesmo a reduzir as “chefias do public” quando Vc deixa na mesma o enorme sector publico que é a origem e a causa de todas as burocracias e de toda a fiscalidade opressora e excessiva sobre os cidadãos.
      O que é preciso é ir à raiz do problema, reduzir a dimensão do Estado, reforma-lo para poder ser mais eficiente e menos caro em beneficio dos cidadãos.

      Pois é, mesmo que Vc não o perceba, isto também tem a ver com esta historia da greve dos professores aos exames … e Vc, “privado” ou “publico”, esta com os dois pés do lado errado !!

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      • Trinta e três's avatar
        Trinta e três permalink
        14 Junho, 2013 22:55

        Talvez fosse melhor fazer um desenho, mas vou tentar recordar-lhe que o objetivo dos comentários anteriores, não foi dizer onde o Estado podia poupar. Foi explicar-lhe por que motivo considero que o governo é de uma inadmissível incompetência na gestão da coisa pública. E não, gerir não é só poupar. Nalguns casos não é de todo.

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    • Fernando S's avatar
      Fernando S permalink
      15 Junho, 2013 00:05

      Trinta e tres : “Gerir não é só poupar. Nalguns casos não é de todo.”

      Pelos vistos, no seu caso geral quase nunca é !! 😉

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  11. Isabel's avatar
    Isabel permalink
    14 Junho, 2013 10:40

    Em 1995, aquando da greve dos docentes do ensino superior às específicas, a qual teve o apoio do Conselho de Reitores, não houve esta histeria (só falta dizerem que a greve viola os direitos humanos!) e os estudantes que não fizeram exame devido à greve invadiram as salas onde havia exames a decorrer:
    http://repositorio-tematico.up.pt/handle/10405/39713

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  12. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    14 Junho, 2013 10:41

    A “sugestão” ao Ministro no sentido de adiar a data dos exames é uma armadilha.
    Os sindicatos ja anunciaram pré-avisos de greve para os dias seguintes até ao fim do mes.
    De cada vez que uma nova data de exames fosse marcada os sindicatos marcariam greve para esse dia e assim sucessivamente.
    Todo o calendario escolar do final deste ano lectivo e de inicio do proximo ficaria prejudicado.
    Este é o verdadeiro objectivo dos sindicatos : lançar a confusão e a instabilidade, fazer oposição politica a este governo.
    Os interesses dos professores, dos alunos e familias, do pais, não contam em nada nesta estratégia !

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    • André's avatar
      André permalink
      14 Junho, 2013 15:14

      Os pré-avisos de greve são para as avaliações, não são para vigiar os exames. Todos os exames a partir de dia 18 vão correr como planeado.

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      • Fernando S's avatar
        Fernando S permalink
        14 Junho, 2013 16:45

        Achas que sim ?!… Bem se ve que ainda não percebeste a logica de “luta” dos sindicatos !…

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  13. Rui's avatar
    Rui permalink
    14 Junho, 2013 10:46

    No acesso ao ensino superior as notas dos exames têm um peso elevado. De facto faz algum sentido exigir que os exames sejam iguais para todos os alunos que concorrem ao ensino superior nesse ano. Contudo reconheço que esta ação terá provavelmente intenções políticas como apontado no post, mas penso que se os sindicatos optassem por esse curso de ação também se estariam a descredibilizar a si proprios…

    Especialmente em cursos em que o acesso muitas vezes é decidido por décimas.

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    • Fernando S's avatar
      Fernando S permalink
      14 Junho, 2013 10:56

      Rui,
      E se o governo cedesse perante a chantagem dos sindicatos não se estaria também a “descredibilizar” ?…
      Isto sem falar na perturbação de todo o calendario escolar.
      Os sindicatos criaram o problema … eles que o resolvam. Estão muito a tempo de desmarcar a greve !

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      • André's avatar
        André permalink
        14 Junho, 2013 15:16

        Desculpe, mas quem criou o problema não foram os sindicatos. É uma pessoa e tem nome, chama-se Nuno Crato, atualmente ocupa o cargo de ministro da educação, ciência e ensino superior.

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    • Joaquim Amado Lopes's avatar
      Joaquim Amado Lopes permalink
      14 Junho, 2013 12:14

      Rui,
      “faz algum sentido exigir que os exames sejam iguais para todos os alunos que concorrem ao ensino superior nesse ano”
      Suponho então que o Rui defenda que, caso algum aluno não possa realizar um exame por, p.e., estar doente, esse exame tenha que ser adiado para TODOS os alunos do país.

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  14. Castrol's avatar
    Castrol permalink
    14 Junho, 2013 10:51

    Como pai de alunos, exijo saber de que forma foram eleitos os “meus” representantes!
    Tenho estado atento ás declarações do presidente da CONFAP e confesso que me deixaram entre o revoltado e o estupefacto!
    A postura adoptada por este senhor, que se diz “representante dos pais”, defende mais os professores e seus sindicatos, do que os reais interesses dos alunos. Frouxo e tendencioso…
    Esta última declaração é no mínimo escandalosa, roça a imbecilidade!
    Se tem uma agenda política que se mude para o BE, CDU, PS, PSD ou CDS. Desampare a loja! Mas não aproveite a sua posição para fazer política encapotada!

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  15. Carlos's avatar
    Carlos permalink
    14 Junho, 2013 11:23

    Nem o estado a ganhar o euromilhões (ou parte dele) todas as semanas (em média), é possível pagar estes parasitas. É só parasitas esta sociedade, estou farto.

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  16. Joaquim C. Tapadinhas's avatar
    Joaquim C. Tapadinhas permalink
    14 Junho, 2013 11:27

    Até hoje, e estive mais de 30 anos ligado às escolas, ainda não percebi como são eleitos os dirigentes da CONFAP, como sobrevive a organização, e como esta está sempre na 1.ª linha a dar palpites, às vezes, tão desconchavados como este, sobre a anulação dos exames. São as cúpulas representativas que temos.

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  17. Joaquim Amado Lopes's avatar
    Joaquim Amado Lopes permalink
    14 Junho, 2013 12:11

    É caso para dizer que os (as associações de) “pais” têm os (sindicatos de) professores que merecem.

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    • YHWH's avatar
      YHWH permalink
      14 Junho, 2013 12:16

      E o ministério que merecem…

      Não omitir que se merecem perfeitamente uns aos outros.

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      • Joaquim Amado Lopes's avatar
        Joaquim Amado Lopes permalink
        14 Junho, 2013 13:30

        YHWH,
        E os estudantes, que são quem realmente interessa no que diz respeito ao sistema de ensino, que se lixem. Só que, neste caso, é claramente o sindicato de professores que está a lixar os estudantes.
        Nuno Crato até chegou ao Ministério com algumas ideias interessantes. Infelizmente, de cedência em cedência, ficará na História apenas como mais um que por lá passou para deixar tudo mais ou menos na mesma.

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      • YHWH's avatar
        YHWH permalink
        14 Junho, 2013 13:52

        Crato recorda-me o aforismo popular norte-americano:

        «when the things get tough, the toughs get going…»

        Que ouviu e leu Crato antes de ser ministro e quem o ouve agora pensará tratar-se de dois Cratos diversos…

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      • André's avatar
        André permalink
        14 Junho, 2013 13:59

        Joaquim, quem nos está a lixar é o ministério que nos impede de ter disciplinas (alterou a lei o ano passado para o número mínimo de alunos por disciplina no secundário passar para vinte, antes era dez)! Quem nos está a lixar é o ministério que cancela os apoios aos passes para os alunos chegarem à escola! Quem nos está a lixar é o ministério que aumenta de ano para ano o número de alunos por turma (ainda bem que já não estou no básico, estou mesmo a ver 30 alunos suados por terem jogado à bola no intervalo fechados dentro duma sala, provavelmente sem qualquer respeito por quem está a dar a aula). Está a ver quem lixa os alunos? Era bom que fossem os professores, mas infelizmente, as ordens para lixar vêem de cima (do ministério) e as direções afeitas ao PSD acatam bem as ordens. Há uns anos o centralismo democrático era aplicado na URSS, agora, é por um partido de direita português, mas a diferença não é muita…

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      • Fernando S's avatar
        Fernando S permalink
        14 Junho, 2013 14:24

        Pois é André, é preciso agora fazer economias depois de termos gasto desalmadamente o que tinhamos e não tinhamos !….
        Nunca tinhas pensado nisto pois não ?… Compreendo !
        E donde é que querias que viessem “as ordens” sobre o sistema de ensino e o funcionamento das escolas ?…
        “De baixo”, “do lado”, do “soviete” do bairro la do sitio, das manifestações de rua, do “Povo Que Mais Ordena” ??!!…

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      • André's avatar
        André permalink
        14 Junho, 2013 15:23

        Então Fernando, impede-se os alunos de ter economia C, ciência política (ou introdução à política, não me lembro ao certo do nome da disciplina), direito, filosofia (a específica de 12.º ano), latim, grego, antropologia. Disciplinas que apesar de específicas, acabam por ter importância em bastantes cursos relacionados com as humanidades, à exceção de latim, que devia ser obrigatório no básico para se aprender bem a gramática (não estou a brincar, ajuda imenso, de tal modo, que até na Alemanha já se voltou a ensinar essa disciplina nas escolas). Impede-se os alunos de pensar para poupar nas despesas. Quando chegar à altura de trabalhar, os alunos não sabem pensar e a produtividade é inexistente. Mas claro, teve de se poupar dinheiro.

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      • Fernando S's avatar
        Fernando S permalink
        14 Junho, 2013 16:41

        André,
        Se não percebes que na vida nada é de graça e que para se estudar é preciso que haja meios suficientes e que quando não é o caso é preciso poupar e arbitrar e decidir entre diferentes aplicações alternativas … se não percebeste isto … então a “economia” que aprendeste até agora não te serviu de muito !…
        Mas isto não significa de modo nenhum que não sejas um rapaz cheio de qualidades, interessado, estudioso, inteligente, com excelentes intenções …
        Muitos e muitos adultos maduros, desde logo com mais experiencia de vida do que tu, também não percebem … nem nunca perceberão !
        Por estas e por outras é que o nosso pais chegou à situação actual !!
        Boa sorte para ti … que também é necessaria !

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      • Joaquim Amado Lopes's avatar
        Joaquim Amado Lopes permalink
        14 Junho, 2013 17:51

        André,
        Como o Fernando S disse (por outras palavras), quem lixou os alunos não é quem tem que gerir o pouco dinheiro que resta mas sim quem gastou mais do que devia. E não me parece ser boa opção quem foi lixado pôr-se do lado de quem os quer lixar ainda mais (e a quem vier a seguir).

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  18. YHWH's avatar
    YHWH permalink
    14 Junho, 2013 12:15

    «Sindicatos contactados por Crato para reunião esta tarde (Expresso)
    A FNE e a Fenprof já foram contactadas para um encontro esta tarde no Ministério da Educação. Em causa está a renogociação da greve aos exames anunciada por Nuno Crato.»

    Deve ter dado conta agora da oportunidade que perdeu…

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  19. André's avatar
    André permalink
    14 Junho, 2013 13:53

    É giro, soube hoje que TODOS os professores do secretariado de exames da minha escola vão fazer greve. Mesmo que haja professores nas salas para vigiar os exames, não vai haver ninguém no secretariado para os receber. Vai ser mesmo interessante. Vai também ser muito irónico se no exame sair “Memorial do Convento” ou “Felizmente Há Luar!”, o primeiro, mais que o segundo, tem um autor muito apreciado em matérias laborais pelos nossos caros governantes.

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    • Fernando S's avatar
      Fernando S permalink
      14 Junho, 2013 14:09

      Muito interessante, André !… O que é preciso é confusão e lixar a vida a um maximo de pessoal !… Muito giro e muito ironico, André !!

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      • Trinta e três's avatar
        Trinta e três permalink
        14 Junho, 2013 14:27

        “Lixar a vida a um máximo de pessoal”? Talvez seja esse o objetivo da atual orientação “formai-vos e emigrai”.

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      • Trinta e três's avatar
        Trinta e três permalink
        14 Junho, 2013 14:29

        “Formai-vos e… emigrai”! Aqui está uma boa maneira de “lixar a vida a um maximo de pessoal”.

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      • André's avatar
        André permalink
        14 Junho, 2013 15:25

        Como já lhe disse, quem há dois anos lixa a vida a um máximo de pessoal é o ministério, na pessoa do Nuno Crato. Tudo aquilo que os professores façam agora, não é NADA comparado com aquilo que o ministério já fez.

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    • Joaquim C. Tapadinhas's avatar
      Joaquim C. Tapadinhas permalink
      14 Junho, 2013 18:57

      São situações giras e inteligentes. Imaginem num hospital que os empregados na central eléctrica estão em greve e não ligam a corrente. Morre tudo, está visto! Porque não podem ser substituídos. Na escola, o secretariado de exames, formado por heróis, está em greve, os alunos que se lixem, e os seus elementos não podem ser substituídos. O pessoal ainda não se apercebeu que isto está no fim, e que estas acções apenas o apressam.

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  20. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    14 Junho, 2013 16:29

    Em Portugal, e de resto em todo o mundo, incluindo os paises mais desenvolvidos, emigrar sempre foi uma opção e, na generalidade dos casos, permitiu melhorar a vida das pessoas.

    “Lixados” estão grande parte dos portugueses que não podem ou não querem optar por essa via e que estão a sofrer as consequencias das politicas dos despesistas que o Trinta e tres defendeu, defende e quer que sejam mantidas e retomadas !!

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    • Trinta e três's avatar
      Trinta e três permalink
      14 Junho, 2013 16:40

      Ó homem. lei outros catecismos. Já lhe disse que nunca defendi isso, antes pelo contrário. O que também lhe digo, é que os seus amigos do atual governo, não estão a atacar qualquer “despesismo”, antes pelo contrário.

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      • Trinta e três's avatar
        Trinta e três permalink
        14 Junho, 2013 16:45

        Aliás, a sua resposta sobre emigração, é o melhor exemplo da vossa incapacidade em analisar as consequências de uma medida. Fazer o que está a ser feito, levando à emigração de uma geração inteira altamente qualificada, é ficar com as despesas e deitar fora as receitas. É, aliás, um disparate com tristes páginas na história de Portugal.

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    • Fernando S's avatar
      Fernando S permalink
      14 Junho, 2013 18:14

      Trinta e tres, não me venha com esse conversa fiada…
      O Trinta e tres faz parte daqueles que defenderam as politicas passadas do aumento desmesurado do “Estado Social” e da despesa publica e que agora criticam o actual governo pela politica de austeridade destinada a corrigir os excessos do passado !..
      Não dizem que a austeridade é pouca ou sequer demasiada… dizem que pura e simplesmente não devia existir !!

      Quanto à emigração … o que faz com que as pessoas tenham de emigrar é precisamente a situação de crise e bancarrota em que o pais se encontra por causa das politicas que o Trinta e tres defendeu e defende !

      Ja agora, e tendo em conta o que digo aqui em cima, não concordo quando sugere que a emigração de muitas pessoas de “uma geração altamente qualificada” (não é de modo nenhum toda a geração nem são apenas ou principalmente pessoas “altamente” qualificadas) é “ficar com as despesas e deitar fora as receitas”.
      Ficar com as despesas seria ficar com essas pessoas no pais a receberem subsidios de desemprego e outras prestações, sem ocupação adequada e sem poderem contribuir para a criação de riqueza interna. Não nos esqueçamos que muitas destas pessoas receberam formações que, apesar de term custado muito dinheiro ao pais, se revelam hoje desajustadas face às necessidades da economia e da sociedade. Aquele dinheiro gasto mais do que investimento foi desperdicio !…
      Deitar fora as receitas seria não ter essas pessoas a ganharem as suas vidas correctamente e, de algum modo, a contribuirem para o bem estar de muitos outros portugueses (familiares, trabalhadores de diferentes actividades economicas ligadas à emigração, etc) e a representarem uma presença efectiva do nosso pais em diferentes partes do mundo. Não nos esqueçamos que os portugueses no estrangeiro manteem laços fortes e importantes com o pais natal e que esse é (sempre foi mas hoje ainda mais tendo precisamente em conta as qualidades profissionais e humanas daqueles que emigram a as caracteristicas globais do mundo actual) um factor importante de criação de oportunidades, de realização de investimentos vindos do estrangeiro, de acquisição de know-how e tecnologias, de abertura do pais ao mundo, etc, etc. Mais tarde, ainda mais do que ja aconteceu com outras vagas anteriores de emigração, muitos destes portugueses e alguns dos seus descendentes regressarão a Portugal e representarão um verdadeiro capital humano produtivo com impactos positivos na criação intera de riqueza e bem-estar.
      Mas, acima de tudo, o sucesso e o bem estar daqueles que emigram é ja por si, e mesmo que não seja directamente contabilizado no Pib português, um efectivo enriquecimento dos portugueses em geral. E isto é, no fim de contas, o que conta !!

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      • Trinta e três's avatar
        Trinta e três permalink
        14 Junho, 2013 21:33

        Vou começar por dar-lhe uma resposta à vitorcunha: eu não defendo o que o Fernando gostaria que eu defendesse. O que defendo está aí em vários comentários e, se quiser mesmo saber, terá que fazer um esforço para os ler. Essa treta da despesa versus poupança, não passa disso mesmo: treta. Apetecia-me recordar-lhe que entre o que as receitas que diminuiram, as despesas que aumentaram e o que estragaram, talvez seja difícil encontrar governo tão esbanjador como este- mas já percebi que não gosta de fazer contas.

        Se gostasse de fazer contas, sabia que a soma dos que emigraram, com os que se matêm numa situação de desemprego (o tal “desemprego jovem”, que o seu governo usa, agora, como bandeira), é mesmo de uma geração que falamos. Por acaso, parte dela conheço bem, por motivos profissionais. São pessoas mesmo muito qualificadas, entre os 30 e os 40 anos, com família, que, por cá, vegetavam à espera da bolsa que não se sabia se vinha, ou com contratos a termo ou… com vencimentos muito inferiores (mas mesmo muito) do que lhes pagam noutros sítios. É gente que saiu do país, com filhos pequenos que vão crescer nessas novas “pátrias”, com as condições que lhes dão lá e que não têm, nem vão ter cá por muitos anos. Ligação a Portugal? Claro. Pedem constantemente azeite e bacalhau, não perdem uma oportunidade para vir visitar a família e apanhar uns banhos de sol (a única grande falta que muitos deles vão sentindo). Essa cantilena do emigrante a chorar constantemente pelo regresso à terra, é uma imagem dos anos 60, quando o emigrante era uma pessoa completamente diferente. E nem isto, vocês perceberam.

        Por que motivo lhe disse que tínhamos ficado com a despesa e deitado fora a receita. Porque grande parte da formação dessa gente, foi feita cá, com as regras do sistema de ensino português. Na altuta em que estavam em condições de dar retorno… foram corridos! Já agora, e se quer mesmo saber o que estamos a perder, informe-se de quantos estudantes portugueses estão em Espanha, Inglaterra, República Checa, etc., e veja quanto é que estão a pagar de propinas. Dinheirinho dos pais portugueses, ganho em Portugal e… gasto nesses países.

        Disse-lhe, numa polémica anterior, que tinha defendido a demissão do governo Sócrates e que, por muitos motivos semelhantes, defendo a demissão deste. E ontem, já era tarde! O estrago é excessivo.

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      • und's avatar
        und permalink
        14 Junho, 2013 21:39

        por lhe dare uma resposta, informe-se de quantos estudantes portugueses estão em Espanha, Inglaterra, República Checa,ao menos viajam e aprendem línguas

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      • Trinta e três's avatar
        Trinta e três permalink
        14 Junho, 2013 22:16

        Já sabem à saída. Em Espanha é obrigatório saber espanhol e nos restantes países, é obrigatório o inglês. As restantes, aprendem lá. Para socializar.

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    • Fernando S's avatar
      Fernando S permalink
      14 Junho, 2013 23:45

      Trinta e tres,

      Quanto a fazer contas, quero lembrar-lhe que o governo actual, mesmo com uma situação extremamente dificil que não é da sua responsabilidade,…
      …. ja reduziu o déficit orçamental nominal para cerca de metade e, ainda mais importante, transformou o déficit primario estrutural, que era de quase 7% do Pib em 2010, num saldo positivo pela primeira vez desde ha décadas….
      …. ja reduziu o déficit cronico das contas externas em varios pontos do Pib estando estas contas praticamente equilibradas …
      …. ja consegiu fazer baixar o custo do financiamento da divida publica nos mercados para cerca de 1/3 do pico que foi atingido em finais de 2011 …

      Isto é a realidade dos numeros … e estes resultados foram conseguidos sobretudo porque este governo tem vindo a aplicar um programa de austeridade …

      Se dependesse do Trinta e tres e de muitos que pensam da mesma maneira …
      … em vez de termos seguido uma politica de austeridade …
      … teriamos passado estes dois anos a gastar o mesmo que antes, senão mesmo mais nas versões mais entusiastas das politicas de “crescimento” (da despesa, claro !) …
      … com a intenção de manter elevados os consumos e os investimentos em cimento e em actividades não transaccionaveis …
      … com a convicção de que assim teriamos evitado a recessão, teriamos tido crescimento économico, teriamos muito menos desemprego, não teriamos tido quedas no rendimento disponivel das familias, teriamos aumentado as receitas fiscais, baixado o déficit orçamental, quem sabe obtido excedentes e começado a reduzir a divida !…

      Ou seja, teriamos saido da crise gastando mais e não gastando menos !….

      Claro que mesmo o Trinta e tres, que tem a experiencia do privado, percebe ou deveria perceber que não é possivel corrigir uma situação de excesso de despesa e endividamento … gastando o mesmo ou mais !!…

      Claro que mesmo o Trinta e tres, que gosta de fazer contas, percebe ou deveria perceber que não é possivel gastar menos e ter ao mesmo tempo uma economia a crescer, com menos desemprego e melhores salarios e pensões !!…

      Claro que mesmo o Trinta e tres, que diz ter defendido a demissão do governo Socrates, percebe ou deveria perceber que se hoje temos recessão, mais desemprego, salarios e pensões mais baixas, uma situação social dificil, mais emigração e menos imigração, etc,… é porque os governos anteriores praticaram durante anos e anos politicas despesistas e intervencionistas que levaram o nosso pais para uma quase bancarrota em 2011 … e que para a evitar foi indispensavel receber ajuda externa e aceitar aplicar um severo programa de austeridade !…

      Mas receio que o Trinta e tres não perceba nem venha a perceber porque o que insiste em defender não é o que eu gostaria que defendesse !!…. 😉

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      • Trinta e três's avatar
        Trinta e três permalink
        15 Junho, 2013 00:00

        “Se dependesse do Trinta e três”, teriam sido criadas condições para produzir riqueza. “Se dependesse do Trinta e três”, não teríamos hipotecado o país à mentira do “vamos pagar a dívida”. Não vamos (mais uma vez, é só fazer contas). “Se dependesse do Trinta e três” ter-se-ía aproveitado a oportunidade para reformar o aparelho de Estado, sempre começando por cima. Sempre! Aquilo que se está a fazer é deitar fora os operacionais e manter os “boys” (tal e qual o que o Sócrates fez no ministério da Agricultura). “Se dependesse do Trinta e três” não teria havido as novelas do BPN e do Banif, mais as PPP, fundações comissões e toda aquela panóplia de poupanças que já toda a gente vos apresentou e a que respondem com um cândido assobio para o lado.
        Já agora: consegue imaginar o que se poupava com a aplicação daquele horário de trabalho que lhe dei como exemplo?

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      • Fernando S's avatar
        Fernando S permalink
        15 Junho, 2013 00:55

        Criar condições para produzir riqueza é sanear as contas publicas, reduzir o peso do Estado, fazer reformas estruturais. Não me parece que seja este o programa do Trinta e tres !

        Sim, ja deu para perceber que o Trinta e tres é daqueles que acham que a divida não é para pagar !…
        Para além de não ser uma posição muito digna, seria um erro gravissimo se o admitissemos e, ainda mais, se nos comportassemos como tal. A nossa credibilidade financeira ficaria comprometida por muito tempo e as consequencias para o nosso pais seriam muito pesadas.
        As tais “contas” que pretendem mostrar que nunca conseguiremos pagar a divida partem de um erro metodologico crasso : o de que o futuro é igual ao presente, de que a nossa economia não se transforma estruturalmente, de que o contexto internacional não se altera, etc, etc. Contas sem grande valor previsional …
        Mas ha outras contas, nomeadamente as que são feitas pelos nossos credores … que, pelo contrario, ja consideram que existem condições de sustentabilidade para uma redução progressiva da nossa divida a partir de 2017. A redução das taxas de juro sobre a divida publica portuguesa é precisamente o resultado dessas contas.
        Claro que a nossa divida não vai ser reduzida rapidamente e radicalmente. O que cresceu em relativamente poucos anos levara muito mais tempo a voltar aos 60% do Pib previstos pelas regras da UE e do Euro. O mais importante é que seja estabilizada e que possa ser “rolada” em condições de sustentabilidade. Não percamos de vista que o facto duma divida total não descer não significa que os investidores não sejam reembolsados a devido tempo. O mais importante é que existam sempre investidores prontos a investir de novo em titulos de divida aceitando uma remuneração relativamente baixa.

        Reformar o aparelho de Estado ?… Claro que sim …
        Mas não se vai longe com as “medidazinhas” a que o Trinta e tres faz referencia. Eu não digo que não sejam necessarias e uteis. Mas não chegam. Reformar o Estado é tratar a sério dos 80% de despesa e não apenas dos 10% de “gorduras” e ineficiencias. Não me parece que o programa do Trinta e tres seja o de uma séria e profunda reforma do Estado. Antes pelo contrario,vejo-o mais como fazendo parte daqueles que se opõem e oporão a esta reforma. Por exemplo, a sua posição relativamente à anunciada greve dos professores. Pena !

        PPPs ?… Não é uma criação deste governo … Mas ja foram obtidas poupanças importantes e estão a ser negociadas outras … Não sei que mais quer ?!…

        Fundações ?… Sim, é preciso ir mais longe, sempre mais longe, progressivamente mais longe … Afinal, para si, gerir também é poupar, não ?!.. 😉

        Banif ?… O que é que acha que deveria ser feito ?… O programa da Troika preve uma vertente de apoio à restruturação e recapitalização da Banca com uma verba inicial de 12 biliões de Euros. O governo ja utilizou uma parte, ja recuperou entretanto alguma coisa, tem ainda uma reserva importante (que, de resto, embora não utilizada, agrava a divida publica) para eventuais situações criticas. Que, por sinal, neste momento nem são esperadas. O caso mais delicado é efectivamente o do Banif, que ja recebeu a ajuda que lhe competia. Esperemos que os accionistas do Banif consigam agora os fundos que faltam para completar a respectiva recapitalização. Esperemos porque, se o Banif entrasse em crise, seria mau para os seus depositantes, seria mau para o sistema bancario nacional e, consequentemente, para o financiamento da economia, das empresas, das familias.

        BPN ?… O governo actual não tem qualquer responsabilidade e fez muito bem em ter-se desfeito rapidamente do que restava deste banco maldito !

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      • Trinta e três's avatar
        Trinta e três permalink
        15 Junho, 2013 10:45

        Não se preocupe com questões de “dignidade” porque alguns dos credores têm uma longa e dramática experiência de dívidas. Não enfrentar este assunto com coragem e em articulação com outros países (ao contrário da mariquice do “nós não somos a Grécia”), é permitir a alienação do que de melhor temos e hipotecar o futuro.
        .
        Essa conversa das fesposnsabilidades deste governo, não pega. É como a história da negociação com a troika. Em Portugal, só dois partidos tiveram o poder de decisão dos diversos governos: PSD e PS. Se não é vaca, é boi.
        .
        Sobre a reforma do aparelho de Estado, o que se constata é que o Fernando segue a linha do ex-ministro Relvas: ataque-se tudo, menos o que dá privilégios às clientelas partidárias. Pois eu defendo que são estas que têm que ser atacadas.
        .
        PPP: poupanças importantes? Este assunto está relacionado com o anterior- clientelas partidárias. Não é para fazer “poupanças importantes” (que não sei onde estejam). É para denunciar contratos! Ao pretender arrastar as coisas, vê-se bem quem é que não está interessado em reformar seja o que for.

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      • Trinta e três's avatar
        Trinta e três permalink
        15 Junho, 2013 10:58

        Faltou-me comentar a minha posição sobre a greve dos professores. Fui dos que tiveram grandes esperanças no ministro Crato. Identifiquei-me com muitas das posições que defendeu, antes de ir para o governo. Uma delas, tinha que ver com o que já lhe disse sobre as prioridades da reforma do Estado. Sobre isso, ele dizia: “é preciso implodir o ministério da Educação”. A sua prática tem sido dececionante, com cedências completas ao aparelho desse ministério que, no passado, já queimou vários outros ministros. Nuno Crato passou de grande esperança a uma das grandes deceções deste governo.

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    • Fernando S's avatar
      Fernando S permalink
      14 Junho, 2013 23:57

      Trinta e tres,

      Quanto à emigração, confesso que não percebi muito bem o que escreveu e quiz dizer …
      Talvez seja do adiantado da hora … 🙂
      Procurarei aplicar-me com a cabeça mais fresca e dar-lhe depois alguma resposta.

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  21. jose's avatar
    jose permalink
    14 Junho, 2013 17:01

    E quem tem dúvidas, que a dita CONFAP, é “controlada” pela mesma CORJA, que detém o monopólio corporativo e, agenda política dos nossos “servidores públicos”?!

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  22. beirão's avatar
    beirão permalink
    14 Junho, 2013 18:51

    Devo confessar que duvidei de que algo de errado haveria na notícia. Depois ouvi o sujeito que manda lá naquilo que dá pelo nome de Confap debitar exactamente essa coisa estranhíssima de que se irão opor desde que um só aluno não possa fazer exame. Estes gajos perderam de vez o juízo. Mas então não será suposto que estes trastes da dita Confap zelem pelos interesses dos seus próprios filhos enquanto estudantes? Mas em democracia não é regra a maioria prevalecer sobre a minoria? Um aluno leva primazia sobre dezenas de milhares de colegas? Que porra de comunas de merda são estes gajos desta reles Confap? Chiça, isto é demais! Portugal está na bancarrota, teso que nem um carapau, e estes sacanas comunas andam entretidos com este tipo de jogadas manhosas e nojentas.

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  23. politologo's avatar
    politologo permalink
    14 Junho, 2013 20:39

    colisão de princípios constitucionais .é assim que se vive em Portugal . Viva o 25 de Abril que já passou …. até para o ano ….

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  24. Expatriado's avatar
    Expatriado permalink
    14 Junho, 2013 20:55

    entretanto….

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  25. Expatriado's avatar
    Expatriado permalink
    14 Junho, 2013 22:59

    Carta aberta de um aluno, de 17 anos, aos professores

    http://alegremocidade.blogspot.pt/2013/06/carta-aberta-um-professor-portugues.html

    “…..Caro professor, não duvide que dizer-se professor Português hoje é um motivo de orgulho. Os docentes entenderam com um espírito patriótico inigualável que era necessário fazer sacrifícios e que os sacrifícios teriam de passar, em parte, pela sua actividade profissional. E, a cada medida anunciada pelo Governo, a tendência tornava-se mais evidente: os sindicatos respondiam irados, os professores reagiam como heróis. Porém, por muito que se depreenda a emergência da situação nacional, é difícil aceitar todas as medidas que estão a ser postas em prática. É devastador ver a nossa Nação multi-secular agrilhoada à necessidade da ajuda externa. E porventura, tudo isto será ainda mais penoso para uma classe profissional que, incumbida de preparar o futuro do País, se sente incapaz de o imaginar mais animador do que o presente……”

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