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Alguém se lembra da audição parlamentar por causa da arca de Pessoa?

31 Julho, 2013

PESSOA E UM LEILÃO ATRIBULADO

Leilão de Pessoa decorre hoje. Espólio vale mais de 400 mil euros

Obs. Ter em conta que estávamos em Novembro de 2008 logo o próprio leilão era uma performance da heteronímia pessoana em que se cruzavam o lado futurista de Álvaro de Campos com a melancolia fatalista de RIcardo Reis.

13 comentários leave one →
  1. MJRB's avatar
    31 Julho, 2013 10:27

    HMatos,
    insista, insista, rebusque casos e mais casos para tentar “suavizar” a venda daquele Crivelli e desculpabilizar a decisão de FJViegas…

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  2. Alfredo José's avatar
    Alfredo José permalink
    31 Julho, 2013 11:11

    Desculpem lá…
    Mas se eu sou legítimo proprietário de um quadro, não o posso vender?

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    • MJRB's avatar
      31 Julho, 2013 11:17

      Leia a reportagem no Público, entenderá o que aconteceu e que lei impede a venda de algum património.

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  3. MJRB's avatar
    31 Julho, 2013 11:12

    Curiosamente, HMatos omite neste seu post a reportagem do Público sobre a audição do FJViegas no parlamento…

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  4. Alfredo José's avatar
    Alfredo José permalink
    31 Julho, 2013 11:32

    Deixem ver uma coisa…

    1. Preciso de vender um quadro (porque preciso de dinheiro).
    2. Tenho de ver na lei se há algum impedimento (chatices e andar a pesquisar a legislação)
    3. Havendo impedimento, pergunto ao Estado se quer comprar a obra (vou ter de esperar meses pela resposta).
    4. O Estado não está interessado na aquisição da obra (temos pena!).
    5. Tenho interessados na aquisição da obra, mas são considerados não residentes no território nacional.

    O Estado impede a venda e respectivo transporte da obra? Porque carga d’água? Sendo um negócio privado e pretendo ter mais-valias na venda da obra (que terei, forçosamente, de as declarar às Finanças), para que é que o Estado tem de meter o bedelho onde não é chamado, já que o mesmo prescindiu do negócio?

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    • MJRB's avatar
      31 Julho, 2013 11:57

      FJViegas não cumpriu a Lei.

      Leis idênticas para proteger o património existem também noutros países.

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      • Alfredo José's avatar
        Alfredo José permalink
        31 Julho, 2013 12:15

        MJRB hiperligação permanente

        31 Julho, 2013 11:57

        Claro que existem leis idênticas noutros países.

        Mas diga-me uma coisa, acha isso normal?
        O património, enquanto como tal, não é da humanidade, apesar de estar em casa de um cidadão particular ou exposto num qualquer museu?
        E o que dizer do quadro “Girassóis” de Rembrandt, que foi adquirido por uma empresa japonesa há umas décadas para expor no gabinete do seu CEO? (Ignoro se entretanto mudou de mãos)
        E os Budas que os talibans tiveram a “fineza” de os destruírem a tiros de canhão? (Autêntico crime contra a humanidade!)

        Há muito mais coisas que não vale a pena enumerar. Só lhe digo que existem leis que raiam a estupidez absoluta.

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  5. MJRB's avatar
    31 Julho, 2013 13:30

    Alfredo José
    12:15,
    “Acho” não só normal mas também necessária uma Lei que proteja patrimónios de elevado e inquestionável valor cultural, artístico, social, dum país. Vc. apoia a venda por exemplo dos painéis de Nuno Gonçalves ou os trípticos do Bosh ?
    Um património pessoal ou duma instituição são diferentes. Tal como diferentes são também um património local, regional, nacional ou da humanidade.
    O comprador duma dessas obras deve saber se está ou não protegida pela Lei.

    Os “Girassóis” não são de Rembrandt, mas de Van Gogh. Quando foi adquirido, não estava num museu, mas sim no mercado, através duma leiloeira.

    Os budas, lamentavelmente destruídos com explosivos, eram património do Afeganistão e da Humanidade. Foi um autêntico e imprevisto acto terrorista.

    Mudem a Lei, se é lesiva do património do país… Depois, não se queixem…
    FJViegas infringiu a Lei. Ponto.

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    • Alfredo José's avatar
      Alfredo José permalink
      31 Julho, 2013 15:04

      Os “Girassóis” são de Van Gogh, sim. Mea culpa pelo lapso.

      No entanto, acho que, apesar do tal valor cultural, artístico, social, de um país, não deve nunca um Estado intervir em negócios privados, salvo na parte em que seja devido o respectivo imposto.
      É assim que as coisas funcionam e, sinceramente, torna-se extremamente aborrecido que os Estados se metam em assuntos que não têm nada a ver com eles.
      Vejamos uma hipótese:
      Se Vc estiver em posição de vender uma obra de interesse cultural para o país, no qual está disposto a pagar 100 e um privado, não residente em território nacional, pagar 500, qual é que escolheria?
      E, sinceramente, não estou a ver qual o interesse cultural de um Crivelli (a não ser pela antiguidade e raridade da obra) para Portugal. Não se pode misturar um Crivelli com os painéis de Nuno Gonçalves, que têm mais valor para o Estado português, acho eu.

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  6. @!@'s avatar
    31 Julho, 2013 14:29

    O Pais do Amaral, ou o comendador, não estavam interessados? E se a Gulbenkian decidir desfazer-se da sua colecção?

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    • MJRB's avatar
      31 Julho, 2013 14:35

      Por vários motivos (incluindo a Lei vigente) a Gulbenkian não vai “desfazer-se” das suas colecções.

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      • ora's avatar
        ora permalink
        31 Julho, 2013 15:14

        a dos livros já a deitou toda para o caixote

        inclusive os que estavam em oeiras…

        Casa Fernando Pessoa vai impugnar venda de contracapa de livro
        No entanto, a Casa Fernando Pessoa já fez saber que vai impugnar a venda do lote 21 do espólio pessoano, referente à contracapa do livro “As doutrinas anarquistas”, de Paul Ezervacher, pertencente a Fernando Pessoa e que contém anotações em inglês a par de um texto iniciado pelo poeta.
        De referir que a capa e o livro constam já do acervo pessoano actualmente em poder da Casa Fernando Pessoa.

        compraram? não compraram?

        a contracapa ESTAVA em bom estado?

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  7. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    31 Julho, 2013 19:36

    Não sei se a Helena está a defender que uma vez idiotas, idiotas para sempre ou se está a dizer que devemos aprender com os erros. Como sempre fui contra a venda de património de interesse público (em determinados casos, como o de Pessoa, deveria ser crime), não me revejo nem numa nem na outra ideia.

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