Um caso de discriminação negativa com IVA
O meu tio Venâncio nunca vai jantar fora. Sempre que sai com a família leva um frango assado ou uma feijoada e, como tem uma carrinha, dois garrafões de tinto do Douro. No vinho mistura algum quinino, o que lhe confere uma acidez agradável e previne o reaparecimento da malária, mal de que padeceu quando lutou por Portugal contra os rebeldes moçambicanos em 1970.
Quando sai sozinho, durante a semana, porque o mais novo ainda anda na universidade de sociologia, prefere casas de alterne aos restaurantes tradicionais. Segundo ele, o ambiente é mais acolhedor, uma pessoa sente-se mais em casa e até pode tirar os sapatos ou as calças, tal como se faz no sofá da sala.
O meu tio Venâncio está indignado e com razão. Estes estabelecimentos de relax são tão acolhedores que pagam IVA como se fossem hotéis e não como restaurantes. Quer dizer, também se come por lá, e não falta espumante Raposeira nacional mas, porque têm camas para as pessoas de idade descansarem após a refeição, não se enquadram nos restaurantes para os quais o Seguro quer baixar o IVA.
O tio Venâncio diz que todo o consumo é interno, ninguém vem cá para fora, para a estrada nacional, consumir seja o que for. Diz também que o ambiente é ecléctico e muito turístico: vêm senhoras do Brasil e da Ucrânia e de ainda mais longe como a Albânia só para irem lá beber um champanhe.
O turismo não pode ser só encher o bucho. Também é preciso encher outras coisas. O Seguro está a criar uma situação muito desagradável, preferindo os turistas do bandulho aos turistas com classe, mais discretos, e que contribuem também muito para o PIB nacional.

Está explicada a razão das “mães de Bragança”: Tudo uma questão de “um ver se te ivas”
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non as madres de braganza lutavam contra um negotium oposto ao otium isento de iva
ou seja preferiam ser elas a dar o otium ao man infesto comunista
que foi pago por jean lafite un pirate
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E, depois, só por maldade, ainda há quem faça a vida às PMEs ainda mais difícil: http://lishbuna.blogspot.pt/2013/08/blog-post_17.html
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tomar quinino hoje por causa da malária de 1970… lutar contra rebeldes… frequentar casas de alterne… a familia do vitor cunha é interessante. Fugiram todos do Egas Moniz.
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o vitor cunha resolveu falar das casas de putas pra descascar o IVA… o problema não são as putas, o problema é o IVA que estraga o negócio.
Vitor… vê-se bem a vergonha com que falas de putas… A crise económica faz muitas putas mas para ti as putas são as distantes ucranianas, brasileiras e albanesas… nem sabes o que a tua vizinha de cima, portuguesa, faz nos tempos livres… e ela é tão puta como as putas das casas de putas. E não tem dinheiro para se governar. Como é que se governa uma casa com salário mínimo sem fazer serviços por fora. Foi o que o teu grande chefe disse no Pontal. Transformar isto numa enorme casa de putas, para todos os sacrifícios valerem a pena.
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Vitor, confesso que nunca entrei num desses bares, mas não me parece que quem lá vai o faça para descansar nas camas, como sugere no seu texto.
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André: A complexidade do mercado e o funcionamento dos reguladores (Azeiteiros) tem matéria para um doutoramento de 500 páginas ou mais. Relevo que é uma actividade perigosa para pesquisa e investigação .
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Essa do Vitor foi para o Piscoiso aprender. Um dá em escolher modelos e ejemplos em femenino e ja fica impedido de falar que andaram em guerras com rebeldes nem em outros sitios mais promiscuos de lucecinhas vermelhas. Enfim. Historias ejemplares…
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Se era para mim, passou ao lado.
Se o tio Venâncio é consumidor de prostituição, não faz o meu género.
Mas sei que a minha tia Armandina teve um empregado da cavalariça e lhe utilizava o sexo (dele), pagando-lhe o ordenado mínimo.
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Prostituição? Uns panados com espumante servidos por uma senhora mais vestida que uma taberneira checa e uma sesta já é prostituição?
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Vitor, no meio disto tudo… como é que fica a Tiazinha? não lhe contou nada? solidariedade machista ultra-liberal? Não!!!….
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Segundo relata, o seu tio Venâncio tirou as calças numa casa de alterne.
Se não é para dar uma queca na puta, o homem é um exibicionista ou tem uma tara qualquer.
Vc que é sobrinho é que podia explicar melhor.
Ou contar à Helena Matos para ela fazer um post sobre o comércio tradicional.
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Não sei se tirou. Ele diz que dá para tirar, como se faz no sofá lá de casa.
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Nao sei o porqué. Dame na espinha que a historia do tio Venancio parece mais original e consistente que as propias do seu sobrino…:)
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Toda a gente parece achar normal que 23% (quase um quarto) de tudo aquilo que cada um de nós compra para consumo próprio, seja pago como contributo forçado a um terceiro que em nada está envolvido na transacção e que se limita pela força a extorquir esse montante.
Quem acha isto normal já nem cura tem, porque até a sua própria cabeça já está controlada.
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> 23% (quase um quarto) […] seja pago como contributo
18.7%
“É só fazer as contas”
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E agora as historias de outros mundos por aí tao pertos e parecidos a nosso que dá…(sentimentos para todos os gostos), A eleçao….
http://www.publico.es/internacional/463399/el-jefe-de-la-agencia-de-privatizacion-griega-uso-el-jet-de-un-empresario
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Mantenha-se na análise económica/financeira pura e dura, porque em matéria de comicidade estamos mal.
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Faz bem defender a família, Vítor. O seu tio Venâncio estar-lhe-á certamente grato. Também este nobre valor, normalmente considerado de direita, andava perdido nas agruras do liberalismo sem rédeas. Espero que comece aqui a sua urgente recuperação. 😉
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Tanta palermice sobre o IVA da restauração.
Primeiro 62,34% dos restaurantes fogem ao fisco declarando metade e por vezes nada do que recebem.
Porque só recebem em dinheiro ou então a maioria da facturação é em dinheirto vivo..
O restaurante mais frequentado de Massamá, sempre cheio, só aceita dinheiro.
O segundo restaurante mais frequentado de Benfica, sempre cheio, só aceita dinheiro.
Deixem-se de chorinhos pela restauração, abram os olhos para a realidade abrindo a boca e indo comer fora.
Peçam uma factura com NIF e ajudem Portugal.
A Bem da Nação.
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A nação? Qual nação?
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o tio venancio é tolo , pq as dormidas já são taxadas a iva reduzido , 6% .
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Mas as gaijas agora tb passam factura ?
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O problema do iVA da restauração não é a taxa, porque esta em rigor é paga pelo cliente final, mas sim com a introdução da facturação obrigatória.
Essa é que doi, para além da concorrencia.
Aliás se por acaso o IVA vier a baixar, eu quero ver a baixa de preços que se vai verificar no sector. Eu já não acredito no pai natal.
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Bares de Alterne à parte, o Tozé Seguro devia era de ter vergonha na cara, por andar a defender a descida do IVA da restauração. Então e o IVA da energia???!!!
Roubo não é pagar 23% de IVA num restaurante! Comam em casa.
Roubo é pagar 23% de IVA sobre o consumo de eletricidade (bem essencial) e ainda ter de pagar 23% de IVA sobre as respetivas taxas!
Mas disto não fala o Tozé…
Não é um assunto importante para os camaradas do PS, que podem vir a precisar de uns empreguitos na EDP ou na GALP…
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