Emigração afecta pouco a taxa de desemprego (razão teórica)
O emprego é criado pela produção, que cria bens e serviços para troca, o que leva à necessidade de outros contratarem pessoas para produzir outros bens e serviços para troca. Cada emprego produz o necessário para criar um emprego idêntico. Esta é a principal razão teórica para a emigração/imigração serem pouco relevantes para as taxas de desemprego*. Por cada pessoa que emigra, emigra um trabalhador que também é consumidor. A oferta de trabalho é afectada de forma idêntica à procura por trabalho. É por este motivo que um país como os EUA consegue absorver milhões de imigrantes sem que isso provoque problemas graves na taxa de desemprego. Ou, no caso de Portugal, 1 milhão de retornados em 1975.
Os keynesianos, que tanto valorizam a importância da procura interna, foram os primeiros a aderir à tese de que a emigração faz baixar a taxa de desemprego. Mas então a emigração não leva à queda da procura interna devido à saída de consumidores do país?
*existem sempre ajustamentos de curto prazo, mas é um efeito menor do que se imagina

Bom post.
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Eu já esperava e fui ver, é o filipe, equivocado como sempre na inteleção do problema a resolver .
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NOVIDADE NO BLASFÉMEAS… COMENTÁRIOS COM VIDEOS SÃO BLOQUEADOS!
Porquê? receosos com os videos das mentiras do “mentiroso compulsivo”, e dos vídeos do Sócrates? A “democracia” destes ultra- liberais é um espectáculo!
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cu men otários in vídeo? bolas é só filme gay ahn….
ultron li bera ais? da escola de socrates?
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Excelente exemplo para ilustrar o raciocínio simplista do João Miranda e dos que pensam como ele.
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1- “O emprego é criado pela produção, que cria bens e serviços para troca”. O João Miranda bem gostava que assim fosse, mas a realidade é bem diferente. Um polícia, um juiz, um professor e mesmo grande parte do trabalho dum cientista, são exemplo do contrário. Estes últimos representam uma percentagem muito significativa dos nossos emigrantes atuais.
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2- “Cada emprego produz o necessário para criar um emprego idêntico”. Não é necessariamente verdadeiro. Nos setores dos serviços prestados pelo Estado (onde devemos incluir muita da investigação que se faz em Portugal), isso não é verdade, de todo!
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3- “Mas então a emigração não leva à queda da procura interna devido à saída de consumidores do país”? Não, necessariamente. A emigração dos anos 60 é a prova do contrário. De facto, a emigração atual ameaça concretizar o cenário descrito pelo João Miranda (o que só agrava o problema), mas ainda é muito recente.
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Não tenho elementos suficientes para avaliar a solidez da redução do desemprego. Mas o que desafio o João Miranda a provar (e todos os que pensam como ele), é que isso se ficou a dever à ação do governo. O aumento de acessores do P. Coelho não vale como exemplo.
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Tem razão num ponto: se um emprego não for produtivo não gera produtos para troca e contribui para a criação de desemprego. Esse é uma das causas do desemprego em Portugal.
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pode gerar os produtos que quiser ….se não houver ninguém para os comprar a sonae industria mete-os no olho da rua…..
por falar nisso o entrecosto embalado a vácuo está a 2 e 49….há umas 200 mil doses de 500 gramas pra vender
leve lá a sua …..ou 100 toneladas de porco vão pró galheiro
e 500 mil euros a menos na sonae indústria são quantos desses contratos a salário mínimo que chegam ao fim?
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Nunca mais nos livramos das ideias feitas como essa que o governo é que cria ou destrói empregos. Eu atribuo tanto a criação de emprego ao governo, como lhe atribuí a destruição de emprego, ou seja: nada. Quem cria ou destrói empregos são os empresários e a economia. Os empregos cridos pelos governos, normalmente são empregos artificiais, como é o caso do excesso de funcionários publicos. O que os governos deviam fazer e não fazem, incluindo este acusado de ultra-liberal e de outros mimos parecidos, é tirar o estado da economia, onde só atrapalha, e simultaneamente suga a maior parte dos parcos recursos existentes.
Os méritos da recuperação económica que parece estar a acontecer, vão inteiramente para os PMEs portugueses, e evidentemente para os seus trabalhadores, que apesar do estado que temos, da crise do crédito, arregaçaram as mangas e se atiraram ao trabalho, deixando a “maralha de Lesboa” que inunda as tvs fazer o triste espectáculo a que assistimos todos os dias: até as poucas boas noticias, como a diminuição do desemprego, são imediatamente alvo da destruição furiosa dessa malta, que andou dois anos a apostar no quanto pior, melhor, e agora vê as suas teorias ir por água abaixo. O que é trágico no meio disto tudo, é que em contraponto com os que tudo fazem para levar este país para a frente, investindo, apostando na inovação, criando postos de trabalho, e exportando como nunca, uma mão cheia de inúteis que vivem de prebendas publicas ou de tachos arranjados pelos amigos com poder nos media, procuram tudo fazer para o puxar para trás.
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Não vi aqui ninguém defender que seja o governo a criar empregos. O que se disse (disse-o eu) é que há empregos que compete ao Estado criar, até porque, entre muitos outros motivos, não interessam à iniciativa privada. O que se passa hoje em Portugal, ao contrário do que o Silveira afirma, é que muitos setores, nomeadamente autarquias do interior, caíram na armadilha de tentar conter o desemprego (por falta de investimento privado), através de um aumento de contratações. Também se está a cometer o erro de transferir para o setor privado, áreas que funcionam em regime de monopólio, o que, além de tudo o mais, é a total negação dos princípios da economia de mercado.
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Já agora, acrescento para melhor compreensão do que defendo: a ação dos governos pode inibir ou orientar em determinadas direções o investimento.
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“Não tenho elementos suficientes para avaliar a solidez da redução do desemprego. Mas o que desafio o João Miranda a provar (e todos os que pensam como ele), é que isso se ficou a dever à ação do governo. ”
Como é que você “prova” que não se deveu à acção do governo?
Como é que “prova” que as subidas de desemprego se deveram à acção do governo?
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Em relação à segunda pergunta, basta ler. Nomeadamente o que o próprio governo escreve. Em relação à primeira, para além de ler, ajuda ter que pagar ordenados no fim do mês. Para todos quantos se debatem com este problema, a única motivação recebida durante a vigência deste governo foi para fechar as portas, ou mudar a sede social para outro país.
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Mas talvez não fosse bem isso que queria perguntar. Talvez quisesse perguntar se as dificuldades sentidas pelas empresas (que não funcionam à pala do Estado, entenda-se) começaram com este governo. Não, não começaram. Apenas se agravaram.
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João Miranda, tanto arrebique, parece um jesuita… siga-me, é simples:
Eu estou inscrito no centro de emprego. Emigro. Menos um inscrito no centro de emprego. Menos um desempregado para a estatística.
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Menos um consumidor em Portugal. É tão fácil de perceber.
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Não é se, com o dinheiro conseguido, começar a construir prédios à beira da estrada nacional.
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O dinheiro não constitui procura real numa economia. A procura real é dada pela produção, caso contrário bastava imprimir dinheiro.
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Também pode começar a gastar em férias no Algarve, o que não gastava quando era desempregado em Portugal…
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Quem falou em “dinheiro”, João Miranda? Falei em “investimento”. A construção de prédios, por muito patética que seja, é investimento que aumenta a procura de materiais associados. É esse “pormenor” que bloqueia a mensagem do João Miranda e impede que passe: você não tem um conhecimento prático do funcionamento das coisas.
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JM, os desempregados têm tendencia a consumir o minimo possivel.
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“Menos um consumidor em Portugal. É tão fácil de perceber.”
Continua confuso. As pessoas emigram para ter dinheiro. Tendo dinheiro, podem mandar para os seus parentes consumirem, comprarem leitinho, por exemplo, ou para investirem eles próprios cá, seja na construção civil, seja nos serviços, seja a montar uma empresa. Certo, certinho, é que se cá ficarem, desempregados, não consomem grande coisa. Óbvio. Emigrando, é menos um desempregado cá inscrito. Matemático. Ou o João Miranda inventou uma matemática alternativa? Com tanto cambalhota, ainda se magoa 😉
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Pedro,
Creio que não percebeu o argumento. A economia não é estática nem há um número fixo de empregos. Cada pessoa que arranja emprego torna-se consumidor na proporção do que produz justificando o próprio emprego. O número de pessoas que arranja emprego cada momento, tornando-se consumidor, é, grosso modo, proporcional à propulação activa (porque é proporcional ao consumo). Por isso saídas ou entradas de pessoas na pool nacional de trabalhadores tendem a manter a proporção de desempregados. Mesmo que a pessoa que sai esteja a consumir pouco neste momento, é menos uma pessoa que no processo dinâmico de criação de emprego se pode tornar consumidor. Se é menos uma pessoa a competir por empregos também é menos uma pessoa a competir pela possibilidade de se tornar consumidor (a níveis mais altos de consumo).
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João Miranda, não entendi ainda onde quer chegar e isto não é má vontade. Vamos fazer um exercício simples. Emigram dez pessoas para um determinado local, o padeiro produz mais pão. Saem dez pessoas de um local, o padeiro produz menos pão. É óbvio que a pessoa que se desloca do local, não desaparece no ar, e por isso terá sempre impacto no local de onde saiu, através da remessa de dinheiro, investimento, etc. Suporta a um certo nível a economia. Às vezes, é o único meio de sobrevivência da economia. Cabo Verde, por exemplo, vive em grande medida das remessas dos seus emigrantes.
Mas do que estamos a falar é da taxa de desemprego e este é um exercício ainda mais simples, porque é um exercício meramente burocrático: sai um, é menos um. Eram 100, são 99. Se me conseguir contrariar isto, ganha um prémio Nobel 😉
E também haveria muito a dizer sobre os métodos de contagem pelo estado dos números do desemprego, porque os números ainda estão abaixo do que deviam estar. Mas leremos aqui alguma vez alguma coisa sobre a manipulação que é feita pelo estado nesta matéria?
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Atenção a outra coisa: as pessoas só emigram se as aceitarem no local de destino. A Alemanha no pós guerra precisava de se reconstruir e recebeu centenas de milhares para isso mesmo. Só emigra para o Estados Unidos quem tem trabalho já aí garantido. Ninguém lá vai só para consumir, vão para trabalhar. É por isso que o desemprego não sobe significativamente nos Estados Unidos com a emigração. Poderá subir com a emigração clandestina, se os clandestinos não arranjarem emprego como jardineiros… Não sei se sabe o João Miranda, mas há de facto queixas de americanos sobre o desemprego causado pelos eimigrantes clandestinos e esse é o mais forte motivo dos que defendem maior controlo das fronteiras.
No caso dos retornados em Portugal, muitos deles só sobreviveram, porque o estado os ajudou ou porque ficaram em casa de familiares, sem trabalho.
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Os números do desemprego são estimados por inquérito. O mecanismo que aponta aí é completamente irrelevante.
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Eu fiquei muito na dúvida que desempregados consomem à fartazana. É claro que quando um imigrante se instala não haverá tendência para desequilibrar as taxas de desemprego do país que acolhe porque, esse novo consumidor, tenderá a adquirir tudo o que necessita para sobreviver, desde habitação até aos produtos básicos alimentares. Coisa que não acontece no país que um emigrante abandona. A maioria deles sai de casa dos pais e faz consumos bastante reduzidos. Basta conhecer alguns.
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eu apostava mais na chamada “melhoria da morte” ao ler os sinais supostamente positivos ;: inexplicavelmente ,, pouco antes de morrer , o paciente parece estar a melhorar 🙂
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Sofista é capaz de provar o preto e branco, à vez e conjuntamente. E não há aí melhor que o John Miranda. Acontece que um homem lê o texto e vendo a manha por dentro não fica ali logo vesgo num repente. A prová-lo, diz gente dos sindicatos, creio, a verdade é que hoje Portugal conta menos 100 mil e tal empregos que há um ano.
De qualquer forma, toma nota, John, diz-me daqui a dois meses se a baixa no desemprego se mantém viva ao quarto semestre deste ano .
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Menos um consumidor.
Menos um encargo para o Estado.
Mais um contributo para o enriquecimento do País.
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basta um miguel ….qu’eu pinto bastos de cromos nas gorongozas de dosões
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Isto é de loucos.
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A esquerda ferve com a descida do desemprego. O quadrilátero da esquerda chique e burguesa do Vau; da decadência moral da farfalhada; da imbecilidade de Rãs e dos maestros da chucharia do Rato estão em pânico.
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A soluçao para acabar com o desemprego é reformar toda a gente depois dos 50 anos e promover a baixa natalidade. Assim os empregos que restam dao para todos!
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OS neo-liberais já não sabem o que inventar, face às suas medidas só causarem pobreza.
Vemos ver apenas um erro.
” Mas então a emigração não leva à queda da procura interna devido à saída de consumidores do país?”
Não. Não. E não.
As pessoas que emigram, fazem-no por razões económicas. Não tem emprego e por isso emigram. Ora se não tem emprego, não são lá grandes consumidores.
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