Aulas de substituição
18 Dezembro, 2013
Carlos, uma grande alteração, que ocorreu no ano lectivo 2005/2006, foi a introdução de aulas de substituição. Antes disso, se um professor faltava, os alunos não tinham aula; após 2005/2006, a ausência de um professor é colmatada com aulas de substituição. Já na altura os sindicatos não achavam piada e diziam que não eram cobaias do governo.
11 comentários
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No gráfico do link há uma melhoria de resultados entre 2006 e 2009.
Por essa altura era Maria de Lurdes Rodrigues quem estava no Ministério da Educação.
A minha tia Rosália costuma encontrá-la no cabeleireiro. Até lhe deu a receita dos filhozes de abóbora.
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As aulas de substituição foram acompanhadas por uma descida acentuada do absentismo dos professores, devido à pressão inter pares: se tu faltas, tenho de te substituir. A descida do absentismo foi também provocada pelas questões da avaliação dos professores, na qual a assiduidade tinha um peso importante. Por outro lado, foram também implementadas as permutas entre professores, para não prejudicar os alunos. Conclusão: um fator importante da melhoria assinalada no PISA pode ser apenas, e tão só, mais tempo de aulas e de aprendizagem. Digam lá mal da Lurdinhas, digam!
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Nas aulas de substituição, o prof na aula estava lá só para tomar conta da carneirada. Se a turma era boa, aproveitava o tempo, se não o era, nada feito, por isso as aulas de substituição como justificação para o melhoramento no desempenho são uma falácia.
“As aulas de substituição foram acompanhadas por uma descida acentuada do absentismo dos professores, devido à pressão inter pares”
Nunca um prof deixou de dar as faltas que quis ou precisou, por pressão inter pares. Falácia, portanto.
“A descida do absentismo foi também provocada pelas questões da avaliação dos professores, na qual a assiduidade tinha um peso importante”
Outra falácia de quem nunca entrou numa escola como docente. A avaliação dos profs sempre foi uma valente treta e os absentistas nunca deixaram de o ser por causa de uma avaliação para a qual sempre se estiveram a borrifar.
“Por outro lado, foram também implementadas as permutas entre professores, para não prejudicar os alunos.”
Esta medida, sim, foi uma medida importante que se implementou e que produziu efeitos, contrariamente às aulas de substituição, porque neste caso, o prof de permuta vai leccionar uma aula da sua disciplina e não tomar conta do rebanho, como acontece nas aulas de substituição, para as quais ele se está nas tintas, porque não são as suas aulas, e ali, só os alunos aplicados aproveitam bem o tempo, mas esses, aproveitam-no bem, dentro ou fora da sala de aula, não estando condicionados ao formato ou localização desse tempo “lectivo”.
Eu acredito mais num “embelezamento” dos dados tratados para o efeito, e nós sabemos como todos os governos deste país e não só, sem excepção, têm uma apetência natural para o fazerem.
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É estranho ver gente de tão “boas contas”, autênticos monges da religião da estatística, com tamanhas dificuldades na interpretação de gráficos. Ora, se a evolução acontece a partir de 2006, provavelmente deve-se a medidas… anteriores. Por sua vez, se bem me recordo das aulas de substituição que os meus filhos ainda apanharam, tal apenas se deveu à necessidade de diminuir o pessoal auxiliar que controlava os espaços exteriores às salas de aula. Relacioná-las com a melhoria em Português, Matemática e Ciência… é obra!
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O meu filho teve dessas aulas de substituição, em que faziam desenhos unindo pontos em folhas A4, em vez de aprenderem inglês. O político carrega no botão e as coisas acontecem. Como é lindo o mundo lusitano!
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Ó picoiso diga à sua tia para não dar mais filhozes à dita para ela não ficar tão anafada.Não me diga que também beneficiou das novas oportunidades, sendo velhote, talvez não. Foi pena, a lurdinhas deu presentes a tanta gente boa. Se a sua tia não tem cuidado ainda acaba veterinária, e que falta lhe faz.
“NOVAS OPORTUNIDADES Tomás desistiu da escola sem ter concluído o secundário. Graças ao programa criado pelo Governo para aumentar as qualificações dos portugueses, teve equivalência ao 12º ano em poucos meses e entrou na universidade com uma média de 20 valores, conseguida com apenas um exame de Inglês. Ainda assim, concorreu em igualdade de circunstâncias com todos os outros.
Oficialmente, é o aluno com a mais alta nota de candidatura ao ensino superior. Admite que beneficiou de uma injustiça”.
Há tipos para quem a prestidigitação é uma forma de vida e não deixam de ser apreciados pelos pacóvios e por alguns “espertos” que por aqui passam.
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Acreditar na existência de aulas de substituição é o mesmo que acreditar no Pai Natal.
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Aulas de substituição?! Onde isso vai!?…
Deviam ser obrigatórios os tempos letivos ocupacionais, quando as aulas normais não se podem realizar.
Todos os professores devim ter essas atividades planeadas.
Trabalhar é com alegria e não como castigo!
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“Perguntas relativas à Organização do Ano Letivo – Despacho Normativo n.º 13-A/2012, de 5 de junho
P13 – As aulas de substituição deixaram de existir?
R13 –O presente despacho normativo vem terminar com o procedimento dos docentes a aguardar pela ausência de um outro professor para o poder ir substituir. O artigo 82.º do ECD prevê os procedimentos a adotar no que se refere às substituições. O presente despacho normativo prevê que a escola decida sobre a melhor resposta a dar nas ausências pontuais dos docentes. Por exemplo, através da alteração pontual dos horários dos alunos para substituição da aula; através da organização de atividades de natureza lúdica, desportiva, cultural ou científica, ou outras que o diretor considerar serem a melhor resposta para a sua escola.”
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Nos anos 40 a malta não ia para o pátio se o professor faltava:
havia uma *espécie* de aula de substituição metafórica em que
o professor substituto tomava conta da pandilha (ao menos no
Liceu Gil Vicente, por nós designado de Liceu . . . dos Gatos Vadios. . .
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Em rigor, os resultados conseguidos a partir de 2006, são conseguidos devido ao rabalho desenvolvido pelos alunos desde 5 anos antes ou, ainda com mais rigor, desde 9 anos antes. Assim sendo, podemos encontrar como ministros Marçal Grilo (4 anos no cargo), Oliveira Martins (cerca de 2 anos), Santos Silva (menos de um ano), Júlio Pedrosa (menos de um ano), David Justino (2 anos e 3 meses). Ainda estávamos muito longe do ministério de Maria de Lurdes.
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