A guitarra do Paulo
O Paulo era um rapaz irascível mas passeava como ninguém a guitarra comprada em Vigo, com as 4 cordas restantes ainda razoavelmente lubrificadas com óleo de pacote das batatas fritas, com zelo de estiva, por debaixo do coberto entre o ginásio e o pavilhão de mecânica. O arpejo do solo de “The Final Countdown”, com a sua figura de três notas repetidas em grupos de dois, ilustravam a figura: trapalhão, sem noção de ritmo e uma percepção alternativa do conceito de dinâmica. Um dia, a professora Armanda, numa aula de Química, gritou com o Paulo por este se recusar a sentar. O Paulo enervou-se e atirou o objecto em forma de guitarra na direcção Oeste, sentido Este-Oeste, para onde o Rui se sentava, mesmo ao lado da janela. O vidro partiu, a testa do Rui sangrou. A guitarra, demasiado grosseira para instrumento, demasiado frágil para bastão de baseball, emitiu o som do costume.
O Paulo foi suspenso. O pai pagou o vidro e eventualmente o dente que o Paulo perdeu na semana de dispensa às aulas por ter caído acidentalmente pelas escadas do prédio. A guitarra nunca mais foi vista.
Todos os directores das escolas privadas viram os telejornais de ontem. Amanhã, quando forem a uma destas procurar emprego, e se ontem apareceram na televisão a dizer ou a fazer coisas à Paulo contra a prova, não se esqueçam de levar uma guitarra para a entrevista.

Pois é, só maus exemplos: http://lishbuna.blogspot.pt/2013/12/blog-post_2354.html
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se for de um grupo empresarial com boas ligações ao Estado, ou a funcionários das secretas lusas, tem esse trabalho facilitado… tem um MEC totalitarista e tem serviços de informações para as ocasiões… não precisa de TV’s… essas só para inspirarem textos de argumentação absurda como este… como se todos os professores fossem o seu querido Paulo!
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Que raio de artiguelho tão mal defecado!…
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Podem não ser todos como o Paulo, mas ontem pelas imagens e fotos que perduram há lá centenas de “Paulos”. Vão no bom caminho para ensinarem os fundamentos da democracia musculada, como o Doutor António (nome proibido), gostava.
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sr. Vítor agradecia que coloca-se em gráfico senão não percebo
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hahahahaha
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Muito bom!!!!
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Ó génio. genial
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xismene:”coloca-se”?Já percebo porque é que não quiseste fazer o teste!
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Sr. António pranta-te quedo.
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LOL(ada). O Crato a mostrar que tem paletes de razão.
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Levo uma vida desgraçada !! O que raio fui fazer? Dou aulas e de repente ou são os malucos da Prova ou os doidos varridos Anti-Prova… Socorro!
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o sr. Vítor anda atento… afinal ambos os dois não nascemos para a literatura
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Há quem tenha nascido para a deciliteratura.
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O Paulo atira a guitarra para Oeste quando não se quer sentar.
Foi o que percebi.
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Pessoalmente não sei se a prova serve para alguma coisa. Mas há algumas coisas que sei:
– É indigno um professor manifestar-se da forma que foi feita;
– É cobarde servir-se da maioria para impedir uma “minoria” de ser livre e optar fazer a prova;
– A prova não tem que validar a competência do professor para ensinar, basta que assinale quem não tem garantidamente essas condições;
– A prova não humilha nem dignifica os professores. A prova serve para melhorar o ensino (a prioridade do ensino são os alunos);
– São precisos pequenos passos para se melhorar o ensino e se nem uma prova básica se conseguir implementar todos perdemos;
– Todos conhecemos maus professores que esta prova não “elimina” (existem professores que vão buscar as perguntas dos seus testes à internet, procurando não os que têm solução mas os que têm resolução).
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http://www.youtube.com/watch?v=nosBUkYpZYM
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O Francisco José vem mesmo a propósito para nos embalar com canções de antigamente, lindas, melódicas, que nada têm a ver com o triste fado que nos embala no momento. A lembrança foi boa. Parabéns.
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Acho que o Paulo gosta mais do “Thunderstruck”…
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10 anos de cadeia para o cretino Crato será pouco?!
Os alunos, professores e pais deviam correr um tal ministro à pedrada!
Só um reles patife é capaz de humilhar tanto os professores.
O descarado burgesso ainda foi rir para a TV.
Haja nojo!|
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