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O frenesi das tricoteuses

14 Janeiro, 2014

Tema do meu artigo de hoje no DE: Lembram-se do aquecimento global? O mundo ia ser uma frigideira. Houve quem defendesse a criminalização daqueles que o questionavam e desde a venda de bolos podres no Algarve – guardo religiosamente esta notícia! – ao caos dos buracos no alcatrão mal surgiam as primeiras chuvas outonais tudo era explicado através do aquecimento global. (…) E os palestinianos, já os esqueceram? Eram cordões humanos pela Palestina, barcos com comida para a Palestina, declarações diárias contra o muro construído por Israel sem esquecer as imagens de uns homens embrulhados nuns lenços anunciando holocaustos vários, devidamente assessorados por uns activistas europeus que afiançavam da nobreza das suas intenções. Ao mesmo tempo a desindustrialização da Europa e a sua irrelevância política acentuavam-se. Mas o que nos inebriava, a avaliar pelos jornais, eram as diatribes do xeque Yassin. E as gravuras de Foz Côa? O que será feito delas? Em 1994 cada português era um especialista em gravuras rupestres e questionar que 300 mil turistas afluiriam anualmente dos mais remotos lugares do mundo para as contemplar dava direito a entrar no top nacional da estupidez. (…) Escolhi estes exemplos mas podia ter escolhido outros – o casamento entre pessoas do mesmo sexo, por exemplo – para dar conta de um fenómeno que, não sendo novo, se tem acentuado nos últimos anos e acentuará ainda mais nos próximos tempos dada a preponderância dessas novas “tricoteuses” que são as redes sociais: de repente, sem que saibamos porquê, um assunto é agigantado e torna-se dominante no espaço informativo. Discordar da posição politicamente correcta nesse assunto é quase sinónimo de linchamento público.

28 comentários leave one →
  1. PiErre's avatar
    PiErre permalink
    14 Janeiro, 2014 09:28

    “…um assunto é agigantado e torna-se dominante no espaço informativo.”
    .
    É a bolha. Depois rebenta e volta tudo ao mesmo.

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  2. Textículos's avatar
    14 Janeiro, 2014 09:39

    “This sounds like a non-story. Sexual education has long been a part of the curriculum; equality laws forbid discrimination against people on the basis of their sexual identity. Teachers should be promoting integration and tolerance, while homophobia remains a serious problem in many schools.” http://www.thelocal.de/20140114/what-happens-when-everything-goes-germany

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  3. fado alexandrino's avatar
    14 Janeiro, 2014 09:43

    As ondas enormes que afetaram todo o nosso país e também a Galiza e que impressionaram tanto os que as viram não foram um fenómeno que às vezes acontece, como ouvi um popular dizer na televisão.
    Como as monumentais chuvadas no Reino Unido ou as outras grandes inundações nas Filipinas e antes no Japão. São sinais perigosíssimos da transformação da Terra, que a podem vir a modificar em poucas décadas. Estamos perante uma emergência planetária sem antecedentes conhecidos.
    Já aqui escrevi há poucos meses sobre um livro intitulado Dez Mil Milhões, da autoria do grande cientista inglês Stephen Emmott, catedrático da Universidade de Cambridge, que na tradução portuguesa já vai na segunda edição.
    Dez mil milhões será a população humana da Terra em poucos anos. E a probabilidade da desintegração da Terra, num universo totalmente desconhecido, no máximo dentro de cinquenta anos, com as terríveis consequências que daí advirão, poderá ser fatal, como diz o autor do referido livro.

    Mário Soares hoje no DN.

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    • PiErre's avatar
      PiErre permalink
      14 Janeiro, 2014 10:38

      Stephen Emmott, quem é este gajo?

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      • fado alexandrino's avatar
        14 Janeiro, 2014 14:14

        Não sei quem é, mas ao seu citado pelo Marocas perde imediatamente toda a credibilidade.

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    • Expatriado's avatar
      Expatriado permalink
      14 Janeiro, 2014 14:04

      Quem e’ esse Mario Soares??

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      • fado alexandrino's avatar
        14 Janeiro, 2014 14:19

        Um camaleão.
        Já foi amigo de Zenha e de Alegre, depois deixou de o ser e deste voltou a ser. Já foi amigo do Pinóquio e agora está à ver onde param as modas enquanto tenta apunhalar o (In) Seguro. No intervalo faz-se de amigo do Pacheco Pereira do Daniel Oliveira e de todos os que possam concorrer para ele não perder os subsídios às duas Fundações que tem.
        E tem uma multa por excesso de velocidade.
        E tem segurança nas três casas pagas por si, por mim e na verdade por todos os tugas.
        Já se consegue lembrar da personagem?

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      • Expatriado's avatar
        Expatriado permalink
        14 Janeiro, 2014 14:28

        Pois e’. Se a filha da putice pagasse imposto esse gajo ja’ tinha resolvido o problema das contas nacionais.

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  4. Piscoiso's avatar
    14 Janeiro, 2014 09:59

    Tudo o que cheire a social… dá post de bota-abaixo.
    Até as redes sociais.

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  5. Tiradentes's avatar
    Tiradentes permalink
    14 Janeiro, 2014 10:09

    Sobretudo a climatologia ….é uma vertente da sociologia, mas as figuras rupestres de Foz Coa não lhe ficam atrás.

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  6. @!@'s avatar
    @!@ permalink
    14 Janeiro, 2014 10:15

    “Na verdade muitas das causas que nos têm trazido animados nos últimos anos nem são urgentes nem são causas. Mas tão só instrumentos de fractura de quem não tem coragem de dizer o que realmente defende e se alimenta de provocar clivagens e não de buscar soluções.”
    Não podia estar mais de acordo e vamo-nos continuar a marrar.

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  7. Jorge's avatar
    Jorge permalink
    14 Janeiro, 2014 10:24

    De acordo. Mas a sensação que tenho é que os meios de comunicação precisam desses assuntos para vender. Repare-se nos assunto que hoje povoam os jornais, como o Governo não aumentou impostos nem fez mais cortes, está tudo morno.

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  8. JDGF's avatar
    JDGF permalink
    14 Janeiro, 2014 10:27

    Não existe motivo para demasiado incómodo com as agendas dos outros. Até porque todos temos a ‘nossa’.
    É batalhar contra moinhos de vento tentar construir (impor) uma agenda global moldada ao ‘politicamente correcto’ acrescidas de pretensões consensuais. Nem sempre é no meio que está a ‘virtude’.
    Perceber porque razão e quando surgem certos ‘afloramentos’ mediáticos já é bom exercício. Sem alaridos… e sem querer submetê-los a critérios (jornalísticos, p. exº.).

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  9. licas's avatar
    licas permalink
    14 Janeiro, 2014 11:05

    Afloramentos mediáticos na *crosta* se eméritos
    especialistas como Mário Soares . . . DIZ MUITO BEM . . .

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  10. Salvador's avatar
    Salvador permalink
    14 Janeiro, 2014 11:26

    A infantilização, e menoridade mental, do “torrâozinho de açúcar” é um dado adquirido.
    E, pelos vistos, a enxundiosa vacuidade continua a compôr exercíciozinhos de estilo – obedientemente publicados pelos lacaios do costume…

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  11. André's avatar
    André permalink
    14 Janeiro, 2014 11:59

    Não indo contra o facto das redes sociais se exaltarem por tudo e por nada (veja-se o cão que matou uma criança, penso que o ano passado), pergunto-me se o problema da Helena não é a exaltação exacerbada desses assuntos, mas a própria existência dos assuntos. Veja-se a posição da Helena em relação à importância dada à Palestina e ao muro que Israel construiu em redor desse país (já para não falar dos colonatos, não referidos por si), e façamos uma breve comparação com os seus frequentes posts sobre Cuba. Realmente, há muitos povos oprimidos, mas duns não vale a pena falar, doutros podemos estar sempre a chamar a atenção para a sua existência. Igualdade de critérios acima de tudo.
    Quanto às gravuras de Foz Coa, quase que apostaria que o problema se deve ao facto de ter enfrentado a construção de uma barragem, um projeto do PSD para despender dinheiro do erário público, e não à própria importância dada ao assunto. Confesso que já visitei as gravuras e digo-lhe uma coisa, não sei se vêem pessoas dos cantos mais recônditos do mundo, mas eu tive de fazer uma visita em francês porque não havia portugueses suficientes para visitar as gravuras (já franceses e ingleses e alemães e espanhóis havia bastantes). Pelo menos de europeus parecem bem servidos. Trezentos mil visitantes, desconhecia esse número, mas mais vale proteger o património mundial do que andar a construir barragens a torto e a direito (aumentando a salinidade dos solos, como está a acontecer, uma vez que são rios com grandes concentrações populacionais ao longo do seu caudal, sendo que dentro de poucas décadas aquela água será inutilizável para rega, mas adiante).
    O caos dos buracos do alcatrão, Helena, qualquer português já se habituou a isso. Com a falta de manutenção das nossas estradas (cortes nas despesas, era a última desculpa, não era?), o melhor mesmo é andar a pé sempre que se puder (principalmente com os bilhetes de autocarro a 1,40€).
    Nem vou falar do aquecimento global, a grande teoria da conspiração, segundo o Tea Party (que me parece ser a corrente religiosa da Helena). Só uma questão, já leu a Conspiração, do Dan Brown? Aí o presidente dos EUA também está a enganar os outros todos, parece-se mesmo com grande parte da comunidade científica internacional…
    O que é isso dos bolos podres no Algarve?

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  12. BELIAL's avatar
    BELIAL permalink
    14 Janeiro, 2014 12:03

    E qaue saudades o deputado manuel ségio, o pós-industrial: o da sociedade de abundância e tempos livres… 🙂

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  13. BELIAL's avatar
    BELIAL permalink
    14 Janeiro, 2014 12:04

    E que saudades do deputado manuel ségio, o pós-industrial: o da sociedade de abundância e tempos livres… 🙂

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  14. @!@'s avatar
    @!@ permalink
    14 Janeiro, 2014 12:13

    Por certo que o ambiente aqueceu, isto é, os animos.
    Delegados do CDS dizem-se «assaltados» em restaurante da Mealhada
    http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=3630905&utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook

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  15. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    14 Janeiro, 2014 13:08

    O comentário que eu faria, ou pelo menos a parte básica dele, já o fez José Matias no próprio site do Diário Económico.
    Um pequeno desvio na estatística é suficiente para a Helena se colocar ao lado dos irmãos com nome do bacilos da tuberculose. Isto é, ao lado dos 3% pagos para dizerem que a alteração química da atmosfera não provoca quaisquer outras alterações. Ou seja, podemos ir viver para Marte à vontade, sem fatos adequados, e podemos também lá plantar árvores e couves que não há problema nenhum.
    As garotices do Tea Party dos referidos irmãos são muito mais perniciosas e propagam-se muito mais do que os outros vírus e ainda não há vacina. É pena. 😉

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    • Fincapé's avatar
      Fincapé permalink
      14 Janeiro, 2014 13:36

      Hum! Que coisa estranha. Havia três ou quatro comentários ao texto da Helena no “Económico”, depois ficou só um e agora já não tem nenhum. Eram todos moderadamente críticos e escritos com correção. Ele há coisas!

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  16. Carlos Dias's avatar
    Carlos Dias permalink
    14 Janeiro, 2014 13:29

    Falta ainda referir as centenas de milhões que morreram com Sida, gripe das aves, síndrome das vacas loucas, poluição sonora, mialgia de esforço, etc, etc.
    Ao fim e ao cabo a população mundial é de apenas alguns milhares.
    O restante são drones.

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  17. licas's avatar
    licas permalink
    14 Janeiro, 2014 13:46

    Jerónimo de Sousa agora passeando em Cuba afirma. Que o Bloqueio Comercial dos EU é crime.Será crime quanto ao comércio livre?ou sobre a Soberania? Já não poderá um país ter relações comerciais, ou proibi-las, como achar mais conveniente? Ou então os países de regime socialista para viverem precisam dos dos *porcos capitalistas*. Ou então as dificuldades económicas que caracterizam a República Cubana têm origem nesse embargo? Perguntas que se podem formular por quem se preocupa pelo assunto . . .

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  18. gastão's avatar
    gastão permalink
    14 Janeiro, 2014 14:01

    Não tenha medo de ser linchada publicamente, ninguém a quer magoar! Quer impôr a sua agenda? Os seus amigos estão no poder… vá, força!

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  19. tric0001's avatar
  20. und's avatar
    und permalink
    16 Janeiro, 2014 02:37

    lembrei-me? or not

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  21. und's avatar
    und permalink
    16 Janeiro, 2014 13:19

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