Saltar para o conteúdo

Carta a uma Geração Errada

12 Março, 2014

 de José Gomes Ferreira

Caros João Cravinho, Manuela Ferreira Leite, Bagão Félix, Ferro Rodrigues, Sevinate Pinto, Vitor Martins e demais subscritores do manifesto pela reestruturação da divida publica: Que tal deixarem para a geração seguinte a tarefa de resolver os problemas gravíssimos que vocês lhes deixaram? É que as vossas propostas já não resolvem, só agravam os problemas. Que tal darem lugar aos mais novos?

Vi, ouvi, li, e não queria acreditar. 70 das mais importantes personalidades do país, parte substancial da nossa elite, veio propor que se diga aos credores internacionais o seguinte:

– Desculpem lá qualquer coisinha mas nós não conseguimos pagar tudo o que vos devemos, não conseguimos sequer cumprir as condições que nós próprios assinámos, tanto em juros como em prazos de amortizações!

Permitam-me uma pergunta simples e direta: Vocês pensaram bem no momento e nas consequências da vossa proposta, feita a menos de dois meses do anúncio do modo de saída do programa de assistência internacional?

Imaginaram que, se os investidores internacionais levarem mesmo a sério a vossa proposta, poderão começar a duvidar da capacidade e da vontade de Portugal em honrar os seus compromissos e poderão voltar a exigir já nos próximos dias um prémio de risco muito mais elevado pela compra de nova dívida e pela posse das obrigações que já detêm?

Conseguem perceber que, na hipótese absurda de o Governo pedir agora uma reestruturação da nossa dívida, os juros no mercado secundário iriam aumentar imediatamente e deitar a perder mais de três anos de austeridade necessária e incontornável para recuperar a confiança dos investidores, obrigando, isso sim, a um novo programa de resgate e ainda a mais austeridade, precisamente aquilo que vocês dizem querer evitar?

Conseguem perceber que, mesmo na hipótese absurda de os credores oficiais internacionais FMI, BCE e Comissão Europeia aceitarem a proposta, só o fariam contra a aceitação de uma ainda mais dura condicionalidade, ainda mais austeridade?

Conseguem perceber que os credores externos, nomeadamente os alemães, iriam imediatamente responder – Porque é que não começam por vocês próprios?

Os vossos bancos não têm mais de 25 por cento da vossa dívida pública nos seus balanços, mais de 40 mil milhões de euros, e o vosso Fundo de Capitalização da Segurança Social não tem mais de 8 mil milhões de euros de obrigações do Tesouro? Peçam-lhes um perdão parcial de capital e de juros.

Conseguem perceber que, neste caso, os bancos portugueses ficariam à beira da falência e a Segurança Social ficaria descapitalizada?

Nenhum de vós, subscritores do manifesto pela reestruturação da dívida pública, faria tal proposta se fosse Ministro das Finanças. E sobretudo não a faria neste delicadíssimo momento da vida financeira do país. Mesmo sendo uma proposta feita por cidadãos livres e independentes, pela sua projeção social poderá ter impacto externo e levar a uma degradação da perceção dos investidores, pela qual vos devemos responsabilizar desde já. Se isso acontecer, digo-vos que como cidadão contribuinte vou exigir publicamente que reparem o dano causado ao Estado.

Conseguem perceber porque é que o partido que pode ser Governo em breve, liderado por António José Seguro, reagiu dizendo apenas que se deve garantir uma gestão responsável da dívida pública e nunca falando de reestruturação?

Pergunto-vos também se não sabem que uma reestruturação de dívida pública não se pede, nunca se anuncia publicamente. Se é preciso fazer-se, faz-se. Discretamente, nos sóbrios gabinetes da alta finança internacional.

Aliás, vocês não sabem que Portugal já fez e continua a fazer uma reestruturação discreta da nossa dívida pública? Vitor Gaspar como ministro das Finanças e Maria Luis Albuquerque como Secretária de Estado do Tesouro negociaram com o BCE e a Comissão Europeia uma baixa das taxas de juro do dinheiro da assistência, de cerca de 5 por cento para 3,5 por cento. Negociaram a redistribuição das maturidades de 52 mil milhões de euros dos respetivos créditos para o período entre 2022 e 2035, quando os pagamentos estavam previstos para os anos entre 2015 e 2022, esse sim um calendário que era insustentável.

Ao mesmo tempo, juntamente com o IGCP dirigido por João Moreira Rato, negociaram com os credores privados Ofertas Públicas de Troca que consistem basicamente em convencê-los a receber o dinheiro mais tarde.

A isto chama-se um “light restructuring”, uma reestruturação suave e discreta da nossa dívida, que continua a ser feita mas nunca pode ser anunciada ao mundo como uma declaração de incapacidade de pagarmos as nossas responsabilidades.

Sabem que em consequência destas iniciativas, e sobretudo da correção dos défices do Estado, dos cortes de despesa pública, da correção das contas externas do país que já vai em quase 3 por cento do PIB, quase cinco mil milhões de euros de saldo positivo, os credores internacionais voltaram a acreditar em nós. De tal forma que os juros das obrigações do Tesouro a 10 anos no mercado secundário já estão abaixo dos 4,5 por cento.

Para os mais distraídos, este é o valor médio dos juros a pagar pela República desde que aderimos ao Euro em 1999. O valor factual já está abaixo. Basta consultar a série longa das Estatísticas do Banco de Portugal.

E sim, Eng. João Cravinho, é bom lembrar-lhe que a 1 de janeiro de 1999, a taxa das obrigações a 10 anos estava nos 3,9 por cento mas quando o seu Governo saiu, em Outubro desse ano, já estava nos 5,5 por cento, bem acima do valor atual.

É bom lembra-lhe que fazia parte de um Governo que decidiu a candidatura ao Euro 2004 com 10 estádios novos, quando a UEFA exigia só seis. E que decidiu lançar os ruinosos projetos de SCUT, sem custos para o utilizador, afinal tão caros para os contribuintes. O resultado aí está, a pesar na nossa dívida pública.

É bom lembrar aos subscritores do manifesto pela reestruturação da dívida pública que muitos de vós participaram nos Conselhos de Ministros que aumentaram objetivamente a dívida pública direta e indireta.

Foram corresponsáveis pela passagem dos cheques da nossa desgraça atual. Negócios de Estado ruinosos, negócios com privados que afinal eram da responsabilidade do contribuinte. O resultado aí está, a pesar direta e indiretamente nos nossos bolsos.

Sim, todos sabemos que quem pôs o acelerador da dívida pública no máximo foi José Sócrates, Teixeira dos Santos, Costa Pina, Mário Lino, Paulo Campos, Maria de Lurdes Rodrigues com as suas escolas de luxo que foram uma festa para a arquitetura e agora queimam as nossas finanças.

Mas em geral, todos foram responsáveis pela maneira errada de fazer política, de fazer negócios sem mercado, de misturar política com negócios, de garantir rendas para alguns em prejuízo de todos.

Sabem perfeitamente que em todas as crises de finanças públicas a única saída foi o Estado parar de fazer nova dívida e começar a pagar a que tinha sido acumulada. A única saída foi a austeridade.

Com o vosso manifesto, o que pretendem? Voltar a fazer negócios de Estado como até aqui? Voltar a um modelo de gastos públicos ruinosos com o dinheiro dos outros?

Porque é que em vez de dizerem que a dívida é impagável, agravando ainda mais a vida financeira das gerações seguintes, não ajudam a resolver os gravíssimos problemas que a economia e o Estado enfrentam e que o Governo não tem coragem nem vontade de resolver ao contrário do que diz aos portugueses?

Porque é que não contribuem para que se faça uma reforma profunda do Estado, no qual se continuam a gastar recursos que não temos para produzir bens e serviços inúteis, ou para muitos departamentos públicos não produzirem nada e ainda por cima impedirem os empresários de investir com burocracias economicamente criminosas?

Porque não canalizam as vossas energias para ajudar a uma mudança profunda de uma economia que protege setores inteiros da verdadeira concorrência prejudicando as famílias, as PME, as empresas exportadoras e todos os que querem produzir para substituir importações em condições de igualdade com outros empresários europeus?

Porque não combatem as práticas de uma banca que cobra os spreads e as comissões mais caros da Europa?

Um setor elétrico que recebe demais para não produzir eletricidade na produção clássica e para produzir em regime especial altamente subsidiado à custa de todos nós?

Um setor das telecomunicações que, apesar de parcialmente concorrencial, ainda cobra 20, 30 e até 40 por cento acima da média europeia em certos pacotes de serviços?

Porque não ajudam a cortar a sério nas rendas das PPP e da Energia? Nos autênticos passadouros de dinheiros públicos que são as listas de subvenções do Estado e de isenções fiscais a tudo o que é Fundações e Associações, algumas bem duvidosas?

Acham que tudo está bem nestes setores? Ou será que alguns de vós beneficiam direta ou indiretamente com a velha maneira de fazer negócios em Portugal e não querem mudar de atitude?

Estará a vossa iniciativa relacionada com alguns cortes nas vossas generosas pensões?

Pois no meu caso eu já estou a pagar IRS a 45 por cento, mais uma sobretaxa de 3,5 por cento, mais 11 por cento de Segurança Social, o que eleva o meu contributo para 59,5 por cento nominais e não me estou a queixar.

Sabem, a minha reforma já foi mais cortada que a vossa. Quando comecei a trabalhar, tinha uma expectativa de receber a primeira pensão no valor de mais de 90 por cento do último salário. Agora tenho uma certeza: a minha primeira pensão vai ser de 55 por cento do último salário.

E não me estou a queixar, todos temos de contribuir.

Caros subscritores do Manifesto para a reestruturação da dívida pública, desculpem a franqueza: a vossa geração está errada. Não agravem ainda mais os problemas que deixaram para a geração seguinte. Façam um favor ao país – não criem mais problemas. Deixem os mais novos trabalhar.

56 comentários leave one →
  1. Carlos Pereira Gonçalves's avatar
    12 Março, 2014 20:16

    Muito bem dito. É realmente extraordinário o despudor desta geração (afinal a minha, mais ano, menos ano…); não satisfeita com o ter endividado os filhos até à medula, quer agora fazer transitar o calote para os netos.
    Verdadeiramente essencial é que lhes não toquem nas reformas.
    Por causa dos netos, alegam. Porque é com as reformas que os estão a ajudar…
    Enfim…

    Gostar

  2. Kafka's avatar
    Kafka permalink
    12 Março, 2014 20:33

    Esta canalhada de políticos oportunistas está pronta a chular o povo…
    Faço meu o comentário do Carlos Pereira Gonçalves.

    Gostar

  3. Tiradentes's avatar
    Tiradentes permalink
    12 Março, 2014 20:34

    O problema não é de “geração” embora possa assim ser designado por ser mais fácil explicar. Há muitos mais novos que são mais “velhos” que estes. É uma “geração” de desavergonhados, hipócritas, cínicos, ladrões inconscientes que nos levou à falência e às maiores dificuldades entre o povo. E mesmo assim ainda se acham sem responsabilidades. O mínimo que se lhes deveria fazer seria confiscar-lhes a maior parte dos rendimentos e dos bens.

    Gostar

    • Euro2cent's avatar
      Euro2cent permalink
      12 Março, 2014 21:52

      > confiscar-lhes

      Isso.

      Podia não pagar a divida, mas ao menos alegrava as tropas.

      Estes ratos estragaram mil vezes mais do que comeram.

      Gostar

    • povão's avatar
      povão permalink
      14 Março, 2014 22:17

      chamar geração a uma minoria de oportunistas ?!! ah! ah! ah!

      Gostar

  4. Binarypsilocybin's avatar
    12 Março, 2014 20:42

    Like.
    R.

    Gostar

  5. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    12 Março, 2014 20:55

    Como a Helena coloca mais uma vez, e erradamente, a questão geracional, repito o que já escrevi várias vezes neste blogue:
    A larguíssima maioria dos jovens até aos 30 anos já gozou mais a vida e obteve mais benefícios do que a quase totalidade dos “velhinhos” que a Helena refere no título até à sua morte. Muito mais.

    Gostar

    • Tácio Viriato's avatar
      Tácio Viriato permalink
      13 Março, 2014 10:50

      Partindo do seu raciocínio, de quem é a responsabilidade do que foi proporcionado aos jovens? E claro que os responsáveis não são as, mas sim: das gerações anteriores.
      E os subscritores são, na sua maioria, velhos. Levando a reboque os habituais delirantes com fobia ao bom senso
      PS. faço parte dos velhos

      Gostar

      • Fincapé's avatar
        Fincapé permalink
        14 Março, 2014 00:00

        Eu não me estou a declarar contra o facto dos jovens viverem melhor. Já escrevi isto n vezes.
        Estou contra guerras geracionais em substituição das lutas de classes. Estas, sempre eram mais civilizadas.

        Gostar

  6. Jeremias's avatar
    Jeremias permalink
    12 Março, 2014 20:56

    Grande homem, diz as coisas certas sem ter medo das palavras. Estamos contigo, que a voz nunca te doa.

    Gostar

  7. fado alexandrino's avatar
    12 Março, 2014 20:58

    Permitam-me a imodéstia, mas há duas coisas que é preciso dizer:
    Primeiro.
    Pode haver uma ou duas almas sensíveis (talvez o assessores) naqueles 70, mas o resto são apenas egos esmagados, dores de corno lancinantes e muito despeito por cada vez terem menos influência.
    Segundo
    José Gomes Ferreira, cada vez que o deixam falar no canal de televisão a que pertence, começa a dar esta mesma explicação, mas o/a locutor(a) de serviço corta-lhe rapidamente a palavra.
    Não está sintonizado com o discurso oficioso do eixo (do mal)/SIC/Expresso.

    Gostar

  8. Eleutério Viegas's avatar
    Eleutério Viegas permalink
    12 Março, 2014 21:18

    José Gomes Ferreira ao Poder!!!

    Gostar

    • Arroz Doce's avatar
      Arroz Doce permalink
      15 Março, 2014 15:59

      O referido tem a sorte de ser homónimo de um grande escritor português desaparecido não há muitos anos e de quem ninguém fala. Já deste…

      Gostar

  9. Portela Menos 1's avatar
    Portela Menos 1 permalink
    12 Março, 2014 21:23

    Onde é que fica o organismo público nacional/europeu para se formalizar um pedido de autorização a fazer uma critica, um manifesto, uma petição?
    .
    ps. gostei sobremaneira da última frase : “Deixem os mais novos trabalhar”. E eu que não dei conta da última descida de 0,001% nos cerca de 40% de desemprego jovem 🙂

    Gostar

    • Fincapé's avatar
      Fincapé permalink
      12 Março, 2014 21:40

      É uma adaptação da frase “deixem-nos trabalhar”. Mas com esta fica excluído o seu “criador” Cavaco.

      Gostar

    • Tácio Viriato's avatar
      Tácio Viriato permalink
      13 Março, 2014 11:02

      Portela, a preocupação não está na petição, mas nas consequências. Além da constatada “cara-de-pau” dos subscritores que, coincidentemente, “subscreveram” o impagável endividamento.
      Resta convencer os mercados que não lhes dêem importância porque estão xexés

      Gostar

  10. colono's avatar
    colono permalink
    12 Março, 2014 21:36

    “Morte” aos 40+30 ladrões que arruinaram este pobre país…Já!!!

    Gostar

  11. ti miguel antonio's avatar
    ti miguel antonio permalink
    12 Março, 2014 21:36

    Um estado de direito como deveria ser o nosso, só poderia abrir com carácter de urgência uma averiguação pormenorizada sobre a vida de todos estes senhores e chegar a conclusão clara e objectiva de que é crucial que todos estes senhores façam reverterem aos cofres públicos tudo aquilo que roubaram mesmo que estes roubos estejam mascarados de legalidade. Caros Concidadãos sob pena de deixarmos de ser, de ter um Pais moderno, evoluído e democrático que mereça os nossos filhos e netos numa base de equidade e de oportunidades justas para todos, só moralizando as praticas politicas actuais e futuras. Só com um julgamento isento das elites dos 40 anos desde o 25 de Abril com verdade de cidadania, com uma justiça clara e verdadeira poderemos seguir em frente e fazer deste Pais quase milenar um exemplo de uma comunidade de equidade e justiça social. Este Pais é o nosso Pais, é de todos e não só de alguns, e este poder politico só terá futuro se for capaz de fazer um Pais igual para todos nas oportunidades, as elites tem de ser julgadas até para darem o exemplo de lealdade aos Portugueses, se for caso disto.

    Gostar

    • José Luiz Ferreira's avatar
      16 Março, 2014 17:21

      Isso que o senhor está a propor chama-se, em linguagem jurídica, uma devassa. Era um dos instrumentos preferidos da Inquisição. Os Estados de Direito não fazem devassas: está-lhes constitucionalmente proibido.

      Mas podem fazer auditorias. Uma auditoria à dívida, por exemplo. É que pagar as dívidas só se torna questão de honra depois de conferida a factura: quem paga sem conferir não é honrado, é tanso.

      Gostar

  12. JCA's avatar
    JCA permalink
    12 Março, 2014 21:48

    .

    .
    De facto ´é imperceptivel a discussão ou polémica sobre ‘reestruturação da divida’ ou ‘saida à irlandesa’ ou ‘programa cautelar’ ou que ‘a divida portuguesa é o fim do mundo em cuecas’ etc,
    .
    depois do FACTO, foi-nos dito que fazendo um esforço herculeo com o programa da Troika feito programa de Governo em 2014 estava tudo resolvido. E assim foi feito. Mas a DESILUSÃO, agora é daqui a 20 anos,
    .
    e desta não se safam nem a Situação nem a Oposição, o apartnik de Esquerda e nomeklatura de Direita, a fritarem-se como ‘jaquinzinhos’ para o gato, cosidinhos às paredes entre esquinas e travessas para serem ‘fantasmas’ nas avenidas,
    .
    embora eu ache com todo o respeito pelo autor que tem sido mal ou bem acusado de não falar ora é acusado de falar quando devia não falar, e como 1 mais -1 é igual a zero, nem uns nem outros, nem os demais acima contam na cena.
    .
    Porque quem manda diz isto, já há muitas semanas atrás:.
    .

    .Europe or Democracy? What German Court Ruling Means for the Euro
    .
    Germany’s Constitutional Court ruling last Friday marks a significant escalation in efforts to rein in the European Central Bank. The ruling’s message? Either the European Court of Justice has to stop bond purchases or German justices will.
    .
    The case regarding the legality of ECB efforts to assist ailing euro-zone member states has been ongoing for more than a year — and Friday’s move to refer the issue onward to Luxembourg has triggered concern and impatience among politicians in Berlin and the rest of Europe.
    .
    In a worst-case scenario, the Constitutional Court could forbid Berlin from contributing to efforts to save the euro or even force Germany to leave the currency zone entirely.
    .
    http://www.spiegel.de/international/europe/german-court-calls-ecb-bond-buying-into-question-a-952556.html

    .
    Portanto em Portugal há um poder que não é Poder, a diferença entre consoantes minuscuolas e maiusculas na palavra ‘P(p)oder”,
    .
    amancebados com um desfile de exaltados emotivos por tudo o que é Manifesto, contra Manifesto, Televisão, Radio, Jornal, Net, Censores, Politologos, Economistas, Catedraticos, Financistas,
    .
    a discutirem, o absurdo que são as bocas que nós decidiriamos como sair do Programa da Troika. É marciano, inexplicaveis ‘OPNI”s Objetos de Pensamentos Não Identificados.
    .
    Estamos condnados a isto ? NÃO. Quem diz que o poder não é Poder, e não está nem no poder nem no Poder, sabe muito o que é como se faria o Poder senão não falaria dele numa desportiva pois ao falar nem lhe interessa nem quere arfrepanhar-.se todo para conseguir ser o Poder, tão só porque nunca precisou dele para nada, nem de perto nem de longe,
    .
    mas apesar disto, filmes não. Continuem na vossa mas acertem o azimute e andem lá no poder enquanto dê ou vá dando.
    .

    Gostar

  13. LTR's avatar
    LTR permalink
    12 Março, 2014 21:52

    O que me espanta é como esta gente se aglomera atrás do Cravinho depois das SCUTS.

    Gostar

  14. blitzkrieg's avatar
    blitzkrieg permalink
    12 Março, 2014 21:57

    A geração que fez a gigantesca dívida também comprou os votos dos mais novos dando-lhes vidinha santa. Eu sinto-me terrivelmente a meio – não sou suficientemente velho para me sentir responsável pela dívida e não sou suficientemente novo para ter apreciado um dolce fare niente.
    Na idade da primeira casa ainda havia SISA mas pasme-se, não fugi a ela e paguei €10500 de SISA. A idade actual está perfeita para pagar 46% de IRS. Não ganho nada mal, mas trabalhei e trabalho muitíssimo e sei que pago impostos a mais. E sei a quem devo pedir responsabilidades. Infelizmente não lhes posso pedir o dinheiro…

    Gostar

  15. Artista Português's avatar
    Artista Português permalink
    12 Março, 2014 22:02

    Atenção Brasil! Muita atenção Tordo! Afinal estes 70 vieram provar que não és caso isolado. Há mais gentinha a querer pôr a boquinha na teta ressequida do orçamento..

    Gostar

  16. JCA's avatar
    JCA permalink
    12 Março, 2014 22:41

    .
    Entre tordos, canários, periquitos, papagaios, louva a deus, gafanhotos, pardelhos e outros que tais a esvoaçarem em bando, as ‘aguias’ por cima que voam sozinhas aconselham a procurarem no v/ arquivos dos posts este ‘impossivel, sonhador’ já lá vão uns bons meses “a Grecia sairá primeiro que Portugal” desta cegada do Apocalipse&Crise&Austeridade,
    .
    ora aqui temos a confirmação, com o caminho que as elites governantes escolheram entre tantas várias, Portugal só sairia disto daqui a 20 e tal anos, ou sairá a continuar-se o começado.
    .
    Reconfirmo, assim a Grecia sairá bem primeiro que Portugal. Sequer foi ou é termo comparativo para Portugal num acadinho pensamento de quem foi, é ou seria ‘o mais desgradacinho’, Portugal ou a Grecia.
    .
    Se não acreditam ou não admitem, por isto ou por aquilo, podem continuar a esperar sentados.
    .
    Ressalvo que não tenho nada contra a dialetica de governança ou partidária para uso caseiro. Até as acho divertidas. Mas que ainda não se libertaram da impotencia ou da falta de estadismo para vencer e reenergizar Portugal quase instantaneamente lá isso é verdade. Faltam os ‘toques de midas’ que eles odeiam, proibem e os põem muito nervosos sem qualqer razão ou realismo. Apenas ….
    .
    É chato não é, embora não haja luta pela ‘qualquer taça’ ? Esquisito não é ? Ninguém quere a vossa taça tão só porque não há taça nenhuma.
    .
    Pois é.
    .

    Gostar

  17. Alexandre Carvalho da Silveira's avatar
    Alexandre Carvalho da Silveira permalink
    12 Março, 2014 22:55

    Antes de sair de frente da tv para ir vomitar, estava a ouvir as “explicações” do Bagão Félix. Entre a conversa fiada, lá lhe fugiu a boca para verdade e disse porque é que este manifesto surgiu: querem reestruturar a divida para manter as reformazinhas que auferem, e a cujos montantes não têm direito, mas acham que os mais novos é que devem pagar, a tal solidariedade geracional, como eles dizem.

    Gostar

    • ferreira c's avatar
      ferreira c permalink
      12 Março, 2014 23:12

      E alguns nos quais parece-me incluir meu caro Alexandre, acham que são os trabalhadores e os mais desprotegidos a quem deve cair a fatia de leão da consolidação orçamental,esqueçendo o capital.Apenas apostam na trituração dos mais carenciados e da classe média.
      Existe um Portugal para ricos e outro para pobres, e isso não é aceitável.

      Gostar

  18. Aladdin Sane's avatar
    12 Março, 2014 22:57

    Os 70×7 da reestruturação que leiam com atenção este texto, em vez da “doutrina” Artur Baptista da Silva.

    Gostar

  19. Bento 2014's avatar
    Bento 2014 permalink
    12 Março, 2014 23:07

    Tinha que aparecer agora o Siguro a reclamar a ideia como sua bem chapada em Novembro de 2012. Perdidas no tempo vozes que não chegam ao céu. O bando dos 70 iluminou-se com ele á luz de uma candeia apagada sem pitroil á vista. Tirar medidas a uma farpela de criança para quando possa assentar praça não lembra ao diabo nem a alfaiate que se preze.

    Gostar

  20. JorgeGabinete's avatar
    JorgeGabinete permalink
    12 Março, 2014 23:29

    De modo mais curto e igualmente elucidativo:
    http://expresso.sapo.pt/blogue-de-notas=s25706

    Gostar

  21. FGCosta's avatar
    FGCosta permalink
    12 Março, 2014 23:32

    É óbvio que os 70 sabem as potenciais consequencias do seu manifesto (mesmo que não aceite, como também sabem). Por isso mesmo é que o fizeram a 2 meses das eleições.

    Gostar

  22. Portela Menos 1's avatar
    Portela Menos 1 permalink
    13 Março, 2014 00:32

    Esta malta leu o manifesto, ou anda a ler sobre Pavlovs dogs?
    .
    (…) O que a seguir se propõe tem sempre em atenção a necessidade de prosseguir as melhoras práticas de rigorosa gestão orçamental no respeito pelas normas constitucionais bem como a discussão de formas de reestruturação honrada e responsável da dívida no âmbito de funcionamento da União Económica e Monetária (…)
    (…) A dívida pública tornar-se-á insustentável na ausência de crescimento duradouro significativo: seriam necessários saldos orçamentais primários verdadeiramente excepcionais , insusceptíveis de imposição prolongada (…)
    (…) Três condições a que a restruturação deve obedecer: 1- Abaixamento da taxa média de juro; 2- Alongamento dos prazos da dívida; 3- Reestruturar, pelo menos, a dívida acima de 60% do PIB (…)

    Gostar

    • Sergio Paradiz's avatar
      Sergio Paradiz permalink
      14 Março, 2014 15:51

      Vou parafasear VG: “Qual das tres palavras é que nao entende. Nao ha dinheiro” .
      O que pensa que os credores nao entendem quando lhes dissermos ” Precisamos restruturar a divida ” ?
      Se mesmo assim nao entende, entao se tiver um emprestimo do seu banco, va la e diga o mesmo e veja o que acontece ao saldo da sua conta e ao seu cartao de credito. E o seu banco muito provavelmente tem garantias sobre bens seus. No caso da RP ja ninguem fornece CDSs. Isto é, nao ha garantias.
      Ainda assim acredita que o mercado nao fecha a torneira???

      Gostar

  23. Sergio Paradiz's avatar
    Sergio Paradiz permalink
    13 Março, 2014 02:30

    Uma reestruturacao requer o acordo dos credores. Para os credores tal pedido ( ou teem os subscritores meios para a impor) significa default. Isto é “primeiro fecha-se a torneira e depois vamos ouvir o que eles querem”. Entretanto vamos gastando os 15 billions de almofada. Quando chegarmos ao fim da negociacao estamos prontos para aceitar tudo porque ja nao ha dinheiro. Ou seja : voltamos a Maio 2011
    Mas significa mais: significa que as pessoas que directa e indirectamente nos conduziram até aqui agora descobriram que assumiram ( em nosso nome ) encargos que nao poderemos pagar. Mas nem isso tiveram a dignidade de agora reconhecer. Para personalidades profundamente catolicas como Bagao Felix e Ferreira Leite a etica deixou de fazer parte do lexico da religiao que tao dedicadamente se reclamam.
    Mas aceitemos que é preciso renegociar/reestruturar a divida da Republica : é agora no fim do programa e por um governo a um ano de eleiçoes ? Coloquem-se na posicao dos credores e pensem no que fariam. A resposta é obviamente NAO e vamos esperar sentados pelo novo (?) governo.
    Nao vou dizer que os subscritores nao sabem o que é uma negociacao destas. Claro que ha la muitos que sabem. Entao so resta uma explicacao : as motivaçoes sao outras. Nao é o interesse do pais que os move., mas razoes mesquinhas e acertos de contas. O que é pior. SP

    Gostar

  24. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    13 Março, 2014 02:30

    O Portela tem a lata de citar isto

    “seriam necessários saldos orçamentais primários verdadeiramente excepcionais , insusceptíveis de imposição prolongada”

    Resumindo o aumento da dívida é para manter.

    Gostar

  25. tric0001's avatar
    tric0001 permalink
    13 Março, 2014 03:09

    Geração Errada!!!?? Já o foi…mas agora que começa a perceber que o Euro foi um erro grave…agora é a Geração Correcta!! é impressionante como não se aprende nada com os erros das “anteriores” gerações…

    Gostar

  26. Marques Mendes's avatar
    13 Março, 2014 05:44

    O autor do artigo confunde gestão da divida com reestruturação, mas sobretudo confunde um problema de regime com um problema geracional.

    É fácil fazer demagogia sobre quem paga as pensões, mas como tentei salientar no meu livro Repensar Portugal o problema do noso país está no regime de capitalismo de Estado.

    O facto de no seu período democrático este regime ter sido mais ineficiente e corrupto do que foi no período autoritário é apenas um factor circunstancial que tem a ver com a personalidade dos respectivos figurantes.

    O problema fundamental está na natureza dessa forma bastarda de capitalismo no sul da Europa.

    Gostar

    • Tiradentes's avatar
      Tiradentes permalink
      13 Março, 2014 07:19

      e diria mais…é bastarda do capitalismo e é bastarda do socialismo. É assim um empata , não f… nem sai de cima.

      Gostar

  27. @!@'s avatar
    @!@ permalink
    13 Março, 2014 06:47

    Cuidado. Não façam barulho, podem acordar o dragão. Antigamente dizia-se para ter cuidado com o que se dizia porque vinha o “papão” e levava-te e alguns até foram. Hoje, continuamos na mesma e depois berramos que somos corajosos, bravos, humildes (palavra horrorosa dado o significado que lhe querem atribuir de obediência servil. E dizem que uma coisa é fazer pela calada sem que ninguém saiba, nós, que nunca nos informam ou mal informam ou desinformam, e onde se fazem aquelas negociatas de que depois nos espantamos porque não nos disseram nada, e outra é andar a discutir abertamente os assuntos, livremente, e por as questões que queremos ver respondidas.
    Esta questão da divida vai ter de ser discutida na praça publica e não é a fazer-nos de maus, de malandros, a atirar-nos uns contra os outros, que é a especialidade deste governo, e não quando for mais conveniente, porque parece que é sempre um inconveniente.
    Quanto ao Gomes Ferreira gostaria de o ver explicar porque é que os nossos empresários perderam cotas de mercado para os espanhois na exportação de azeite para a China, só um dos exemplos do que nos tolhe os movimentos.

    Gostar

  28. JDGF's avatar
    JDGF permalink
    13 Março, 2014 07:37

    Demasiadas atoardas para um assunto grave e sério. A dívida deixou de estar oculta e precisamos de saber como podemos cumprir o seu ‘serviço’, sem transformar-se isso em ‘servidão’. Uma aspiração ‘normal’ que vive fora do ‘masoquismo’.
    Quando surge um documento – que tem o valor que tem – o entretenimento é chafurdar as causas remotas e próximas, arremessar dislates sobre grupos e interesses e chafurdar o perfil e outros contornos pessoais dos subscritores. A substância – isto é uma dívida que continua a crescer – fica de fora e a manifesta vontade de iludir um problema que está à porta, bloqueia o País em guerras do alecrim e manjerona.
    O Governo agarra-se ao consenso necessário mas que é manifestamente insuficiente.
    O impressionante é que a (legítima) discussão sobre este assunto tenha sido ‘transformada’ numa refrega entre caloteiros e pessoas de bem, entre ‘esbanjadores’ e ascetas, Nada mais distorcido do que ‘isto’…

    Gostar

  29. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    13 Março, 2014 09:10

    Ontem, na SICN, no programa “Negócios da Semana”, de JGF, com António Saraiva, da CIP, e João Proença, o autor do artigo estava muito calminho, longe do artigo que entusiasmou as hostes. Huuummm! Se calhar só leu o manifesto depois de ter escrito o artigo. Isso acalmou-o. 😉
    PS: Porque raio ninguém fala que, afinal, todas as gerações andaram a pagar dívidas contraídas por gerações anteriores? Não deixa de ser errado, mas tem sido assim. Então, porque é que se faz de conta que os “gerontes” do manifesto não pagaram a dívida de gerações anteriores?

    Gostar

    • YHWH's avatar
      YHWH permalink
      13 Março, 2014 09:24

      Não percebeu. Fincapé?!…

      É simples.

      É que surgiu agora um ímpeto geracional, muito dans l’air du temps (Merci, Nina Ricci!…) ávido e ébrio pela tecla RESET. Só que numa experiência primária de extensão, desejam efectuar tal RESET já não somente no seu domínio tecnológico pessoal e restrito, mas dimensioná-lo a uma escala social totalizante.

      Uma curiosa espécie de Faustos míopes, para não ter de invocar o Dr. Egas Moniz.

      Gostar

      • Fincapé's avatar
        Fincapé permalink
        13 Março, 2014 23:55

        Parece-me que começo a perceber.

        Gostar

    • José Luiz Ferreira's avatar
      16 Março, 2014 17:09

      Nem sequer é errado que cada geração pague as dívidas contraídas pelas gerações anteriores. Cada geração deixa às seguintes não só os seus débitos, mas também os seus créditos. Uma geração que tome a decisão irracional de “pagar a dívida” não terá ninguém a quem a pagar a não ser a si própria.

      Gostar

  30. Tiradentes's avatar
    Tiradentes permalink
    13 Março, 2014 09:28

    É verdade. Porque raio não se fala?
    A explicação deve ser simples. Não se fala porque querem sempre viver à conta. Não se fala porque querem deixar o “legado” igual ao que os seus antepassados deixaram e que criticam. Não se fala porque preferem viver no subdesenvolvimento que a dívida sempre provoca e ainda vai provocar mais e querem deixar essa miséria para o futuro.
    As hostes ficam entusiasmadas com 70 caloteiros, desde o obreiro da dívida dos estádios passando pelas scuts até à “velha bruxa”.
    Estranho? eu diria que não…..

    Gostar

  31. MB's avatar
    13 Março, 2014 10:04

    Eu com 24 anos só vim tentar ver a bola, mas dá-me ideia que alguém se esticou demais no preço do estádio e nos salários dos jogadores e agora não tenho dinheiro pro preço do bilhete…

    Gostar

  32. Jorge's avatar
    Jorge permalink
    13 Março, 2014 13:09

    Esta elite bem instalada que sabe de tudo sobre tudo, só tem um objectivo: alterar para tudo ficar na mesma, diga-se, as suas benesses e mordomias. É o não pagar, é a diabolização dos nossos credores, etc. só para continuarem a chupar e a terem cada vez mais e melhores reformas. Não se interessam por quem, na maioria, recebe e sobrevive com 200 e poucos euros de reforma, mas tirar 10 % a reformas de 3000/4000 é que é indecente. HIPÓCRITAS. Subscrevo o raciocínio de José Gomes Ferreira. Eles querem é ser uma casta de privilegiados.

    Gostar

  33. BEIRAODOS SETECOSTADOS's avatar
    BEIRAODOS SETECOSTADOS permalink
    13 Março, 2014 20:00

    Devia deixar-se de por rotulos as pessoas. Podem ser da esquerda, centro ou direita, Nao interessa agora saber quem e o responsavel pela divida, porque seremos todos nos, contribuintes, a paga-la. Para isso precisamos de uma pessoa seria e honesta que saiba gerir a divida da melhor maneira possivel, pedir a re-estruturacao/perdao quando oportuno, reducao de juros e criar condicoes para o Pais poder estabilizar e crescer e, (talvez seja pedir muito) re-estruturar o Pais de alto abaixo, de modo que nao andemos constantemente a viver do “fiado” melhorando o nivel de vida da populacao. Isto de viver com uma mao atras e outra a frente e humilhante.Havera um HOMEM com coragem para isso?
    Nao seria mau lembrar que a geracao dos “jarretas” ajudou a pagar as alucinacoes dos primeiros anos da Republica (muito duro!) e alimentou a “geracao mais bem preparada” Houve erros? Certamente que sim. Um deles foi darem aos filhos tudo aquilo que nunca tiveram.

    Gostar

  34. BELIAL's avatar
    13 Março, 2014 20:33

    Li algumas sugestões no sentido de “reestruturar” reformas e aposentadorias dos “manifestantes”.

    Espero que deles venha um manifesto-aditamento, no sentido de a tal aquiescerem…A BEM DA NAÇÃO.

    Estou confiante: Ferreira Leite e Bagão Féliz devem estar a redigir (as we speak…) o rascunho de tão patriótica proposta…

    PRA FRENTE PORTUGAL!

    Gostar

  35. povão's avatar
    povão permalink
    14 Março, 2014 22:13

    este ora pateta já faz parte da futura geração errada .
    Foi assim que o outro chegou a ministro !!!

    Gostar

  36. povão's avatar
    povão permalink
    14 Março, 2014 22:35

    e depois desta conversa saloia ainda há gente (?) que acredita que podemos pagar esta divida que não para de aumentar !
    É simples . Se acha que pode pagar mais impostos ? Segundo a lei de Wagner das Finanças Publicas o crescimento da despesa é irreversível . Senão paga mais impostos o deficit persiste isto é a divida aumenta (já lá vão quase 3 anos e a divida não para de aumentar )
    P.S.
    Esta lenga lenga só interessa aos usurários (oculos habent et non videbunt)

    Gostar

  37. José Luiz Ferreira's avatar
    16 Março, 2014 16:59

    Claro. Os mais novos, incluindo o próprio José Gomes Ferreira e o corpo redactorial do ‘Blasfémias’, são uns meninos-prodígio, uns génios da gestão, uns autênticos Mozarts da Economia Política; e o que é preciso é deixá-los trabalhar.

    Ele é o Bruno Maçães, ele é o Hugo Soares, ele é o Vítor “Não me Chamem da Troika” Gaspar, ele é o Carlos Moedas, ele é a Helena Matos e o Camilo Lourenço… Todos eles candidatos ao Prémio Nobel da Economia.

    E o José Gomes Ferreira não sabe, ou finge que não sabe, o que quer dizer a palavra “marginal” na expressão “taxa marginal máxima de IRS”. Caso contrário, não diria que está a pagar 45 por cento. Ninguém em Portugal está a pagar 45 por cento. Alguns super-ricos andarão lá perto, mas ninguém chega lá. Esta conversa da treta é a mesma com que andava o António Ferreira Leite há alguns anos no Expresso.

    Só falham em duas pequenas coisas: em não saberem aritmética elementar e em imaginarem que os credores são estúpidos e não estão carecas de saber que o manifesto está correcto de ponta a ponta. É claro que tem que haver restruturação e vai haver restruturação. E que esta vai ter que ser negociada. Só falta saber se de um lado da mesa vão estar representados os interesses dos credores e do outro os interesses dos portugueses, ou se os interesses dos credores vão estar representados dos dois lados.

    Gostar

  38. José Luiz Ferreira's avatar
    16 Março, 2014 17:02

    Peço desculpa: disse que o José Gomes Ferreira não sabe o que quer dizer “marginal”. Quem não sabe é a Helena Matos.

    Gostar

  39. Luis Alberto Oliveira Liidngton da Silva's avatar
    Luis Alberto Oliveira Liidngton da Silva permalink
    18 Março, 2014 09:48

    Estou a 100% com o Senhor Dr. José Ferreira Gomes. Só a cegueira politico-partidária e alguma ” dor de cotovelo” explicam (?) esta atitude.

    Gostar

  40. Adalberto Rui fernandes Couto de oliveira's avatar
    Adalberto Rui fernandes Couto de oliveira permalink
    19 Março, 2014 04:00

    Indigno-me contra a maneira como é dada esta opinião. Mas a liberdade assim o diz. E a razão da minha indignação tem a ver com as explicações já dadas por alguns dos subscritores (Dr. Bagão Felix, Drª Manuela Ferreira Leite e mais) que, se bem entendi, não vai ao encontro desta interpretação feita por José Gomes Ferreira. Aliás, seria simpático por parte do autor deste artigo de opinião convidar um dos subscritores a ir ao seu programa das quartas-feiras esclarecer as pessoas e isso, sim, seria um confronto esclarecedor. E tem muito por onde escolher uma vez que o manifesto (eu chamar-lhe-ia contribuição para a resolução dos graves problemas do País) é assumido por uma grande variadede de pessoas que pensam e tem poisições políticas bastante antagónicas

    Gostar

Deixe uma resposta para R. Cancelar resposta