e por que não assinar este?
12 Março, 2014
“Manifesto por um orçamento equilibrado” (não, não Sevinate, tenha lá paciência que quem assinou o outro não pode assinar este…).
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“Manifesto por um orçamento equilibrado” (não, não Sevinate, tenha lá paciência que quem assinou o outro não pode assinar este…).
com ou sem reestruturação a dívida existe.
será paga por quem não a fez:
OS CONTRIBUINTES
O MONSTRO CONTINUA GORDO
quem a fez e quer reestruturação pretende reincidir
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O post seguinte canibalizou este 🙂
O problema que me interessa a esta hora é o modo como transformámos o nosso quotidiano de falar Portugal numa dicotomia completa: este Caminho ou o outro, se por este caminho, assim ou mais assado (alívio fiscal?!), se por outro caminho, a aparente razoabilidade alternativa ou a perdição de mandar tudo (leia-se compromissos) às urtigas.
Embarcámos todos numa deriva estéril de não concordar com o presente e consequentemente revisionamos o passado e falsificamos futuro.
Pensar Portugal saiu da ordem do dia, mais, sonhar Portugal deixou de existir.
Somos como povo pensante, inabalavelmente discordante até na aparente concordância.
O varrimento (espero que para sempre) do maciço investimento público em sonhos/mirabolantes realizações, tirou-nos a capacidade de sonhar e ter um vislumbre do fazer mais e melhor que não se detenha no estado (sempre o estado), na carga fiscal e globalmente na comiseração que nos definhando nos alimenta a todos (ou quase).
Tudo isto porque hoje me lembrei de Masdar City. Não tem nada a ver com nada excepto em tudo.
Temos Universidades e Institutos ditos de vanguarda e com investigação subsidiada (algumas). Temos empresas altamente inovadoras e com elevado budget em I&D (algumas).
Temos tanto por fazer num país assimétrico cheio de coisas boas que o pontuam mas não se disseminam. Temos a inevitável filosofia que se é para fazer em grande e bem que seja o estado.
Durante anos falou-se de TGV mas nunca vi a sugestão de fazer desse projecto um projecto de criação e inclusão de competências nacionais, dá mais jeito ter um caderno de encargos para adjudicar (ou vários no caso). Exemplo de um projecto estruturante que nunca equacionou a incorporação (arrisco a 100%) de investigação e indústria nacional. Nunca se equacionou modelos de financiamento diferentes, ou o estado paga ou concessiona a quem pague. Não sobrarão outras opções? Nunca se realizaram prodígios criando um veículo de financiamento/investimento específico que captasse interesse e capital dos particulares e das empresas e universidades? E depois, temos de ficar sempre à espera que alguém (os alemães?) invente as nossas soluções? Será descabido achar que um projecto dessa dimensão incorpora volumes de investimento que permitem um ciclo de valor Universidades/Empresas/Projecto/Utilizadores? Se inventámos a via verde não seríamos capazes de criar um novo paradigma de viagemTGV à medida do nosso país? Preferimos as locomotivas Siemens? Este é um exemplo, não resultaria provavelmente, mas podia ser equacionado tendo apenas uma condição prévia: o estado não acrescenta nada que melhore, que tutele, que lance a ideia, mas não contrata, nem consultores internacionais para concursos, nem sindicatos da arte ou gabinetes de peritos…
Este exemplo (exequível ou não) é uma ideia do estado que podemos sonhar mas que os 70 nunca admitiriam, porque a concepção política dos mesmos implica a capacidade para mexer em tudo, mesmo que passível de melhor execução fora da sua esfera.
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