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Temos de derrotar ESTA política de austeridade! Qual?

17 Março, 2014

BE, PCP e PEV querem voto de protesto contra austeridade

Deixando de lado o BE que para o caso pouco conta cabe perguntar ao PCP/Verdes se esta sua fixação na luta contra a austeridade também engloba esta Política de austeridade

1 – Torna-se necessário definir e executar uma política de austeridade imediatamente pelas seguintes razões:

a) Limitação do agravamento tendencial de desequilíbrio da balança de pagamentos, cuja continuação acentuará o grau de dependência da economia portuguesa de tal modo que poderá tornar impossível a construção da sociedade socialista;

b) Eliminação progressiva de padrões de consumo típicos das sociedades burguesas desadaptados às possibilidades materiais da economia portuguesa;

c) Necessidade de desviar para o investimento recursos monetários em excesso que estão a exercer forte pressão sobre a oferta através de uma expansão acelerada do consumo.

As medidas de austeridade atingirão prioritariamente as camadas mais favorecidas da população e deverão ter um conteúdo marcadamente popular, para o que conta nomeadamente com o apoio dos trabalhadores através dos sindicatos e das suas organizações unitárias de base.

É necessário que os aumentos reais de rendimentos se orientem prioritariamente para as camadas mais desfavorecidas das classes trabalhadoras.

2 – As medidas de austeridade incidirão particularmente nos seguintes domínios, destacando-se como medidas mais significativas:

A) Política de rendimentos

1) Salários

a) Na fixação das condições de trabalho a considerar dentro da austeridade que o momento aconselha, deverá ter-se em atenção;

– as possibilidades reais das empresas, dos setores e da economia portuguesa;

– a incidência do agravamento do custo de vida;

– as distorções salariais mais gritantes.

b) Redução do salário máximo nacional; regulamentação das acumulações; uniformização e redução dos vencimentos das comissões administrativas nomeadas pelo Governo para as empresas ou outras entidades onde o Estado tenha intervido sob qualquer forma;

2) Outros rendimentos

a) Fixação de um limite máximo à distribuição de lucros e à remuneração dos suprimentos;

b) Acentuado agravamento da progressividade do imposto complementar para 1976;

c) Alteração do regime tributário do imposto sobre sucessões e doações.

B) Restrição ao consumo de bens não essenciais

1) Elevação das taxas e alteração das listas do imposto de transações com forte incidência nos bens não essenciais;

2) Limitação das vendas a prestações;

3) Introdução de novas restrições seletivas à importação, designadamente à importação de bens menos essenciais;

4) Tributação especial agravada sobre iates, embarcações de luxo, residências sumptuárias e outras manifestações de ostentação.

C) Poupança de energia

1) Limitação horária para iluminações e sessões de determinados espetáculos;

2) Generalização de medidas tendentes a limitar a circulação de veículos nos centros urbanos, facilitando a circulação de transportes coletivos;

3) Elevação dos preços da gasolina e do fuelóleo;

4) Esquema de apoio aos consumidores industriais.

D) Austeridade na função pública e nas empresas públicas e nacionalizadas

1) Redução de todas as despesas de representação e das deslocações ao estrangeiro;

2) redução dos vencimento dos membros do Governo; limitação progressiva das acumulações;

3) austeridade no uso de viaturas públicas.

E) Medidas “moralizadoras”

1) Direito de requisição de palácios e grandes edifícios desaproveitados, para fins sociais;

2) Direito de requisição de aviões particulares de uso pessoal para afetação ao prosseguimento de fins sociais;

3) redução das rendas de habitação especulativas em termos a estudar pelas Comissões de Moradores, Autarquias Locais e Secretaria de Estado da Habitação e Urbanismo, salvaguardando-se os direitos dos pequenos proprietários.

 

Obs. Se não quiserem seguir o link que vos levaria ao programa do V Governo Provisório – a leitura recomenda-se vivamente – podem sempre ir aqui onde se faz um resumo

19 comentários leave one →
  1. maria ferreira permalink
    17 Março, 2014 19:32

    Até o que comemos é pago com dinheiro emprestado, não produzimos nem batatas. No mês passado comprei batatas espanholas e este mês francesas.O pão vem do trigo importado, porque o Alentejo deixou de semear. A terra a quem a trabalha, foi uma miragem.
    Quem promete abastecer o país tem alguma mina rentável?

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    • Luis Marques permalink
      17 Março, 2014 22:47

      Maria Ferreira, escreva no Google “dependência alimentar em Portugal” e encontra o site do INE que informa que em 2012(?), a produção agrícola cobriu 80% do consumo.

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      • maria ferreira permalink
        18 Março, 2014 16:42

        O que eu disse pode constatar. Por acaso exportamos batatas ou trigo?
        Exportamos fruta? Sim, e o resto?

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    • 17 Março, 2014 23:15

      É absolutamente incrível como é que mitos urbanos se transformam em verdades.
      Ainda hoje a caminho do café vi anunciada “batata portuguesa 10 kilos por nove euros.
      No Alentejo encontra-se um dos maiores olivais do Mundo o que nos transforma em exportadores, a produção de vinho é estupenda.
      Saiu da cozinha e veio até à internet.
      Fez mal.

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      • Abre-latas permalink
        18 Março, 2014 00:18

        Isto nem chega a mito urbano, é cassete mesmo.

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      • maria ferreira permalink
        18 Março, 2014 16:45

        Lamento, mas ainda não somos autosuficientes. Eu passo regularmente no Alentejo. É bonito e tem nuitos olivais e a fábrica Oliveira da Serra.

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  2. @!@ permalink
    17 Março, 2014 20:59

    Alto lá. A Helena a apoiar o Gonçalvismo????Hurray!!!! Chamem lá a Valorsul para vir apanhar os cacos.

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  3. lucklucky permalink
    17 Março, 2014 21:06

    A memória é a coisa que os Comunistas mais abominam.

    Maria Ferreira, Portugal produz hoje muito mais agricultura que no passado. Somos um dos maiores exportadores de tomate transformado no mundo e temos um nível de produtividade só batido pela California que nem é um País.

    E eu compro batatas portuguesas.

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  4. lucklucky permalink
    17 Março, 2014 21:11

    O que mais choca do programa de Governo do PCP é desejo Totalitário de definir a vida das pessoas:

    “completa reestruturação de todo o sistema de relações sociais”

    a lembrar os crimes de Pol Pot, Maoístas & outros vermelhos.

    No link do Delito de Opinião.

    Este também é um bom blog para recordar esses tempos, nem sempre concordando com o autor: http://portadaloja.blogspot.pt/

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  5. JorgeGabinete permalink
    17 Março, 2014 21:16

    Por falar em memória: quando é que a política de esquerda que o PCP defende, passou a “patriótica”?

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    • lucklucky permalink
      18 Março, 2014 07:42

      É assim com os media de esquerda:

      Durante mais de uma década após o 25 de Abril os jornais não falaram de Pátria a não ser para a conotar com a Ditadura.

      Depois seguiu-se o silêncio, afinal era preciso entrar na CEE logo a palavra Pátria saiu ainda mais de moda.

      Com o silêncio foi-se a memória.

      40 anos depois o PCP já pode usar uma das palavras mais estimadas pelo Salazarismo.

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  6. Tiradentes permalink
    17 Março, 2014 23:05

    Caraças pá não entendes nada de patriotismo internacionalista. Operário não tem pátria ( Karl) e será sempre patriota.
    Não percebes nada de dialéctica marrxiana

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  7. JgMenos permalink
    17 Março, 2014 23:32

    Já se falou em intervalar a democracia, mas um intervalo comuna de uns três meses seria uma vacina salvadora.

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  8. BEIRAODOS SETECOSTADOS permalink
    18 Março, 2014 12:24

    Apesar de todos os anúncios de retomas, a verdade é que o mundo ainda está imerso na maior crise financeira e económica desde os anos 30 do século XX. Nos EUA o crescimento nunca disparou como os mais optimistas previam, esta ano até vai abrandar. O mesmo se passa com a China e os BRIC. A Europa não caiu no abismo, ainda, mas isso é mesmo o máximo que conseguiu… ou seja, a economia mundial ainda não recuperou da grande crise de 2008-2009 e já lá vão 6 anos. In 5DIAS.NET

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