O país visto da pastelaria Versailles
18 Março, 2014
Tema do meu artigo de hoje no DE: Estou em crer que caso Cravinho e Bagão Félix tivessem escolhido um daqueles restaurantes suburbanos que agora propõem pratos de pataniscas, mão de vaca com grão ou massada de delícias do mar, mais sopa, vinho e café por 5 euros e meio outro teria sido o teor do manifesto dos 70. Afinal a crise vista diante de um croquete na Versailles é coisa bem diversa da perspectiva obtida face a uma dose de cozido que dá para três num restaurante da Buraca (que ainda oferece uma caixa para se levarem os restos para casa).
Obs. Versailles ficou Versalles (pode pronunciar-se com sotaque castelhano para ter mais graça) mas os croquetes continuam muito razoáveis
Peço licença, como benfiquista de Benfica, para dar uma nota de publicidade.
É o Panças Estrada da Buraca 35 continua a ter bicha à porta mas já teve melhores dias e não é uma dessas tascas de cinco euros.
Continua a recomendar-se e o Cravinho podia se não queria esperar à porta andar cinco metros e ir ao mais sofisticado David que fica mesmo em frente.
Um dos poucos que serve lampreia no seu devido tempo.
Está dito.
Obrigado.
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quem tem 5 ou 10 mil euros mensais
não conhece o país e o mundo onde vive
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Dra Helena : bem escrito e boa análise social . Mas, tal como os subscritores do manifesto, eu não quero viver de acordo com os padrões da Bulgária,Roménia,Ucrânia,etc. Entende? Se este é o seu desiderato então continue a apoiar este governo.
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Queres viver com os falsos padrões à amaricana rica, inventados por dívida, não é?
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Presume-se então que o sr Manuel quer viver de acordo com padrões da Suécia, da Finlândia ou do Luxemburgo, prometidos pelo PS. Eu também gostava de viver em Palm Beach, o clima é bom, tem bué campos de golf, kilómetros de praia, tudo do melhor. Infelizmente eu não tenho dinheiro para lá viver. E, com grande mágoa o digo, Portugal também não tem dinheiro para proporcionar os padrões de vida que o sr Manuel muito legitimamente ambiciona. Nem agora, nem nos próximos 30 anos. Nunca ouviu aquele dichote que diz “quem come o chibo, não pode mais tarde comer o bode”? É aí que nós estamos.
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Se aceitamos de bom grado o empobrecimento não necessito de um governo com tantos “especialistas” e de tantos estudos entregues aos gabinetes dos advogados amigos.,qualquer delegação da FAO ou a cáritas governa este sítio.
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Tá bem Manuel, mas não é disso que estamos a falar, pois não? Diga lá então como é que eles fazem lá na Suécia para usufruirem dos “padrões de vida” que criaram? Para lhe poupar trabalho, adianto-lhe duas coisinhas: 1ª não foi com divida pública; 2ª se calhar foi com muito trabalho e muitos sacrificios…
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…e com muito menos gatunos.
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O Sócrates em tempo foi contra a restruturação agora é a favor.As razoes duns e outros , a favor ou contra o documento, dão a entender que não percebem nada de nada . É verdade quem ganha 5 ou 10 mil ainda não percebeu bem a coisa. Alias as Televisões continuam a dar a imagem de riqueza , pelo que dizem , pelo que apresentam, pelos salários que pagam , e pela pessoas que a frequentam .
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Certeiro.
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….Pois, já estou a ver…. Na Versailles, tem muito mais sainete….
Caro Cravinho, não nos podemos esquecer da preocupação com os mais desfavorecidos… (entretanto: Oh senhor Reis [personagem real; já os estou a ver amnhã irem ver que é o simpático do Senhor Reis], traga-me aqui dois jesuitas e uma torrada aparada para o meu amigo, Bagão…. E o outro…. e já agora, Senhor Reis, também um Marino, que é uma especialidade que o meu grande amigo Cravinho não conhece).
Ora pois, sigamos…., os desepregados, tem que se criar emprego, desenolvimento… (e mais uma): Diacho, oh Bagão, vocemesse não está com fome? Oh senhor Rodrigues [idem, personagem real] traga-nos dois ensopados de tamboril, e como sobremesa queremos dois eclaires…
Tão lindo…. estas preocupações sociais….
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Em vez de ataques “ad hominem” ,demonstre lá com continhas simples que a dívida(nas condições atuais) é sustentável .Já vamos ter saldo primário este ano e vamos crescer ?Não se esqueça de colocar na dívida pública o passivo do SEE (sector empresarial do estado),o passivo das PPP,as dívidas(calotes) das autarquias,as dívidas da saúde ,etc.
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Desde quando a questão é entre sustentável / insustentável?
Isso são só distracções para os emotivos e bem intencionados.
A questão é e será por muitos e longos anos a realidade que a Abrilada reconstruíu alegremente: [1] “uma apagada e vil tristeza” (Camões) [2] “O manto diáfano da fantasia”; “Uma Campanha Alegre” (Eça).
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Ohhh homem, que mau feitio. Pretendi eu com a minha prosa jocosa tornar a situação mais reinadia…
Mas se a sua “argumentatio” tem como objectivo demonstrar uma “capitis diminutio ad argumentatio mihi” digo-lhe já que é um “quod erat demonstrandum” que pecou pela “aberratio ictus”.
Ei incumbit probatio qui dicit, non qui negat.
Demonstratio ad absurdum intentione mihi.
Percebeu? Até lhe podia dizer em Português, mas sabe, sou erudito demais para falar consigo.
Faço-lhe, contudo, um favor e traduzo a última frase, a minha intenção era efectuar uma demonstração por absurdo. Sim, convenhamos que deixar «escorregar» que se tratou de um tema destes à mesa de um café (de privilegiados) retira dignidade ao tema, ou não lhe parece?
Já agora, sabe porque razão o saldo primário não cresce (“inter alia”) e porque o passivo das PPPs é o que é? Pois é, porque quejandos e infandos como você não querem uma reforma da administração pública (não é esta, é uma qualquer!) e porque foram negociados termos absurdos para a auto-estrada que passa à sua porta e que você (dela não necessitando) tanto quis, respectivamente….
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Concordo com o Kubo.
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Esperem lá… sabem quem pagou a(s) conta(s)???
Claro, fomos nós!!!! (eu, tu, não ele, nós, vós e não eles!!!!)
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Uns na Versailles, outros no Copacabana Palace. De facto, uma questão de perspectiva.
http://www.ionline.pt/artigos/portugal/miguel-relvas-dias-loureiro-jose-luis-arnaut-ferias-luxo-no-rio-janeiro
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Caro Gastão, esclareça-me uma coisa: a pandilha do Copacabana Palace subscreveu o contra-manifesto dos 70? Ahhhh não, bem me parecia.
Não misture alhos com bugalhos.
Grande parte dos que se manifestaram contra o manifesto dos 70 são estruturalmente contra esta gandaia carioca.
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Quando faltam os argumentos, vão buscar o Relvas e o Dias Loureiro. Que imaginação; além disso, a inveja é um pecado capital.
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Bem me parecia que o que estava mal no manifesto era o sítio onde ele foi escrito. Que indigência de argumentação.
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Permita-me a defesa da honra da Helena Matos (e esta idem).
Não, meu caro, não tresleia. Não é isso que lá está.
O sentido da crítica subjacente ao post da Helena Matos sabe bem vocemesse qual é.
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Atento : já agora qual o seu modelo de reforma? É o do guião do sr vice ou é o modelo da RTP da dupla Relvas&Maduro que me aumentou a taxa para tudo ficar na mesma. Existe ainda outro eufemismo para reformas que é o corte nos salários e nas reformas ,duvido que seja este.
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Até podia responder à sua pergunta, mas vou responder-lhe assim: o meu modelo de reforma é mediante PPR que estou a constituir à minha custa uma vez que, por causa dos subscritores do manifesto dos 70, é quase certo que não terei direito a reforma nenhuma, mau grado os elevados descontos que faço para a minha putativa reforma.
Precisa de ajuda no Latim?
Combinamos assim, quando eu estiver em Lisboa, aviso-o com antecedência e tomamos um café na Versailles. Por minha conta. Bolo incluído.
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A Helena parece não dar conta de que se contradiz. Precisamente porque não somos o país em que a maior parte da população sobrevivia nas atividades do setor primário, é que é criminoso o ataque que se fez/faz à chamada classe média. Empobrecê-la, é aumentar o fosso entre ricos e pobres, ainda mais quando se deixaram, quase intocáveis, os “ricos”.
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De acordo com as exigências do manifesto dos 70+4, o IGCP foi hoje ao mercado tentar reestruturar pelo menos 500 milhões de euros da divida pública. Os safados dos credores é que não estiveram pelos ajustes, e embora houvesse pedidos para reestruturar 900 milhões, não foi possivel reestruturar mais de 50 milhões. A próxima vez que for tomar chá à Versalhes, hei-de perguntar ao Cravinho ou ao Bagão como é que estas coisas se fazem. Eles devem saber, imagino eu.
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Por acaso está a sugerir que o flop do IGCP de hoje deve-se ao ‘manifesto’?
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O último “flop” de que me lembro, deveu-se à irrevogabilidade do Portas que também vai à Versalhes.
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Flop? voces estão a ver o filme ao contrário srs JDGF e 33; o IGCP não estava a vender divida, estava a comprá-la, e os detentores de títulos de divida portuguesa quiseram vendê-la cara. Isto significa que os credores acham que a divida portuguesa é sólida, credivel e pagável e atira o manifesto para onde ele pertence: o caixote do lixo.
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Mantenho o que disse. Falei noutras “portas” que não as do IGCP.
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Aqui sobre a Versalles, ou Versaille dá no mesmo, dava um bom enquadramento o histórico desde os anos desse ainda resistente café, a frequência, o para quê frequentado, o simbolo de classe social, as madames reformadas e adjacentes, a rapaziada nova etc a par do Galeto, da Ceuta etc. Talvez por aí a discussão tivesse algum interesse
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Dos cafés e esplanadas historicas de Lisboa (do Porto etc desconheço) que os Bancos e ora os Chineses finaram, a Roma, o Londres, o Monte Carlo, a Munique etc um dia a História falará como grandes centros de cultura, troca de ideias, estudo e discussão social a par doutros aspectos mais mindanos nos anos 60 que por vezes acabavam na ?Lareira’ ou no ‘Porão da Nau’ noite dentro.
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E a malta do Vá-vá?
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Malta do Vá-Vá? isso é outro filme; é a malta do cinema, intelectuais tipo Hollywood avezados ao subsídio. Gente fina, das avenidas novas, entende?
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E podiam ter ido a um dos 3 do Barbas.
Campanha: “O mar à sua mesa? Concerteza!” 🙂
Desculpem o diabelho: ele não é “lampião”… 🙂
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Já não há bilhetes para o circo…agora mesmo, o jovem porta-voz do PSD apelando ao diálogo com o PS -:)
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A ver saias dá a volta a muita gente. A Helena está a confessar que a visão que tem do país é correspondida pela do cravo e pelo bago uma vez que gastam do mesmo croquete.
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Politicagem, agora, é mais: facebook – com a vantagem de poderem engatar um traveco…
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