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A doideira

28 Março, 2014

De um país, de um governo e de uma oposição que fazem de conta que ficam chocados, surpreendidos e indignados quando fazem de conta que só agora souberam que as pensões terão ser ponderadas em função do crescimento económico e da demografia. Podem não ser mas querem falar sobre o que tal implica?

11 comentários leave one →
  1. @!@'s avatar
    @!@ permalink
    28 Março, 2014 12:25

    Toda a razão. Ontem, no Contas Certas, com João Ferreira do Amaral, João Cesar das Neves e Nogueira Leite, foi um dos temas em debate e ficou-se a saber que no governo de José Sócrates mexeu-se nas reformas e no escalonamento das mesmas. que este governo anda completamente à deriva quanto ao assunto porque neste particular, flutuação do valor das reformas, já há estudos e legislação.

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    • Tácio Viriato's avatar
      Tácio Viriato permalink
      28 Março, 2014 17:54

      @!@, não concordo que existam programas à vontade do freguês. Não é justo: você viu um programa que, de certeza, foi-me censurado
      O que eu assisti, foi indicado que a anterior reforma (do PS) previa a redução das reformas. A dificuldade está em levar a coisa avante. Principalmente com o PS aos gritos a dizer que querem roubar os reformados… e as eleições tão próximas

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  2. Atento's avatar
    Atento permalink
    28 Março, 2014 13:42

    Helena,
    A sua questão/indignação é pertinentíssima.
    O que chama agora à colação, é apenas e só mais uma manifestação da forma como todos os partidos à esquerda do PSD olham para o fenómeno chamado cumprir as obrigações assumidas ou, como antigamente se dizia, honrar a palavra dada.
    Podemos, simplisticamente é certo, reconduzir o discurso de qualquer representante dos partidos à esquerda do PSD à seguinte máxima: os ricos que paguem a crise. O PCP, BE, Verdes (é um partido?) falam em reestruturações, com perdões de capital e de juros, alongamentos dos prazos, etc.. O PS tem este mesmíssimo discurso acobertado da recém-descoberta-solução para todos os males: a mutualização. Para estes páreas, agora tudo se mutualiza.
    E repare bem, a mutualização é uma forma de pôr os outros a suportar a nossa responsabilidade; de por os ricos a pagar a crise. Porque o que se vai fazer é um «comodato da honradez» (e de solvabilidade e de boas práticas, «inter alia») alheia, para com ela, um devedor de porte duvidoso (já vimos, um quase-caloteiro por tendência) pagar uma dívida a desconto. Com este estratagema, o quase-caloteiro por tendência, não pagando o custo da cedência de honradez (porque estamos a falar de um comodato), paga um preço mais baixo pela dívida que contraiu e o cedente de honradez, nada recebe pela cedência. O quase-caloteiro por tendência não se emenda; o cedente de honradez não apenas nada recebe, como corre o risco de ver a sua credibilidade afectada no caso em que Portugal governado por um governo do PS… desculpem, no caso em que o quase-caloteiro por tendência decidir incumprir.
    E o problema está aqui. Na qualidade do discurso político que temos em Portugal.
    Estes políticos todos à esquerda do PSD (mais os recém-marginalizados do PSD, mas estes apenas por pirraça… Ah e o Freitas do Amaral), julgam que podem, unilateralmente, impor alterações ao que foi objecto de acordo, ficando impunes. Acham que os tomadores dos empréstimos não têm memória; faz-se um «write-off» da dívida e quando precisarmos pedimos mais…. Vistas curtas porque quando precisarmos, não vai lá estar ninguém para nos emprestar e aí será bem pior.
    Repare que no caso das intervenções do FMI (com os méritos e deméritos que seguramente terão) – seja em que país for – têm como objectivo indissociável as intervenções que fazem, também a recuperação da credibilidade externa, porque sem esta o financiamento no futuro estará sempre comprometido. E estando este comprometido, se já temos pouco dinheiro para os diagnósticos, depois nem dinheiro para as aspirinas teremos.
    Abreviando, a questão que coloca, da forma que coloca, e a indignação que ela encerra, é apenas e só mais uma manifestação do princípio de que os ricos que paguem a crise.
    E enquanto não nos consciencializarmos que assim não vamos a nenhures, nada feito.
    Como sintetiza e bem no título do «post»… uma doideira.

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    • JCA's avatar
      JCA permalink
      29 Março, 2014 06:01

      .
      De acordo. Na vida pessoal a esmagadora maioria do Portugueses cumpre e tem honradez.
      .
      Porém entre Países, entre Estados desta União que é uma coisa qualquer que ninguém sabe o que é nem estado Federal nem Confederação de Estados mais o cada um safa-se saca como pode passa a perna aos outros Estados e cada um desenrasque-se como puder,
      .
      Mercados, Finanças e similares a honradez há seculos que vale zero tal qual a descreve. É o que o realismo do Mundo e dum olhar pela História sugerem sem quaisquer duvidas. Eventualmente Portugal é marciano ou desaptado. Todavia defendo os seus principios de Honradez e Cumprimento dos deveres. Todavia realpolitik é a “mãe de todas as guerras” quando se trata de entre Países.
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      Outra abordagem da coisa.
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  3. Churchill's avatar
    Churchill permalink
    28 Março, 2014 14:28

    A doideira é o PM sair por dois dias e ao regressar o lobi gay já ter montado a Inquisição para o linchamento publico do Secretario de Estado.
    .
    Mas enfim, é o que dá andar com escorpiões nas costas!

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    • manuel's avatar
      manuel permalink
      28 Março, 2014 14:37

      Como já disse lá para trás a vingança serve-se fria. Estamos comprovadamente com um governo incapaz de fazer o que é necessário. Pergunta-se ,e, a alternativa? Ainda dissem que na democracia não há bloqueios. As eleições resolvem?

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  4. @!@'s avatar
    @!@ permalink
    28 Março, 2014 18:24

    Deixo a indicação deste blogue para mais informação sobre as alterações das pensões de reforma que vale a pena consultar.
    http://asaladecima.blogspot.pt/2012/04/normal-0-21-false-false-false-pt-x-none_28.html
    Para completar o esclarecimento ao Tácio Viriato no final do programa o João Ferreira do Amaral referiu que sem um crescimento económico acima dos 1,5% o sistema da segurança social entrará em colapso.

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    • Tácio Viriato's avatar
      Tácio Viriato permalink
      28 Março, 2014 23:47

      @!@
      Vi o programa. Não descortinei qualquer novidade. Já a toda a gente percebeu o que se passa com a SS. Até o Guterres diria: basta fazer as contas. A única piada está em assistir à luta partidária em que se desmente a realidade.
      Até o próprio PS que, em vez de procurar realçar o trabalho que fez, opta por anunciar o delírio que tudo vai ficar como antigamente.

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  5. @!@'s avatar
    @!@ permalink
    28 Março, 2014 18:56

    Deixo por ultimo a indicação deste texto
    http://www.publico.pt/economia/noticia/indexar-o-valor-das-pensoes-a-demagogia-e-aos-ciclos-eleitorais-1630002
    para uma indicação de informação mais detalha.

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  6. um judeusito's avatar
    um judeusito permalink
    28 Março, 2014 22:03

    Os pensionistas descontam 50 mil milhões , por exemplo.

    mas devido a se seguir o Estudo do Rogoff e da Carmen, cheio de erros do excel. Devido a se seguir a opinião da Merkel que representa a parte europeia da Troika. Devido a se seguir opiniões de quem negoceia com a troika, mas que quer ir trabalhar para lá (se isto fosse num privado eram N processos)

    Não há crescimento, mas queda do PIB (p.e. 25% na Grécia)
    As pessoas deixam de ter tantos filhos, amedrontadas com o presente… e o futuro

    Esses 50 mil milhões passam a 40, porque os outros 10 são para se dar para os Credores, e para benefícios fiscais vários para empresas bem “colocadas”.

    Para mim não faz sentido nenhum, mas é a minha opinião apenas.

    É uma desresponsabilização politica, e TÉCNICA.
    A troika já cobrou 1 500 milhões, por nos ajudar tecnicamente. Que tal começar por exigir isso , atendendo aos fraquissimos resultados obtidos.
    Em vez disso, vai-se ao bolso dos do costume.

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    • Tácio Viriato's avatar
      Tácio Viriato permalink
      28 Março, 2014 23:34

      Tentei ler e entender. Acabei por ler sem entender. Estará a ser perseguido por nazis e teve que escrever à pressa?

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