Como o discurso ambientalista serviu para legitimar uma fantástica e poluente trafulhice
16 Maio, 2014
Vale a pena ouvir Clemente Pedro Nunes no programa Olhos nos Olhos
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Vale a pena ouvir Clemente Pedro Nunes no programa Olhos nos Olhos
Um super trafulhice. A coberto das energias renováveis, seis novas barragens desnecessárias, numa negociata mafiosa entre a dupla Mexia-Pinho e Mr Sócrates. Para continuar a encher a EDP e ex-ministros ali refugiados.
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Helena, a sua preocupação é com que parte do programa. Com a ultrapassagem dos 2Gw de potência instalada ou com os ses, (ex.: se não consumirmos a energia produzida temos de a pagar)?
Eu até estou disposto a aceitar que poderá ter havido excessos na instalação de torres eólicas nos últimos anos, embora não tenha a certeza.
A Helena também está disposta a abdicar das suas ideias de que as energias não renováveis não nos andam a comer as papas na cabeça há mais de um século? 😉
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Criou-se uma energia gourmet que, goste-se ou não, todos temos de pagar e não há marca branca que nos safe.
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Dois ou três comentários sobre o debate/entrevista. O promeiro vai para o pivot/comentador. Um espanto. Deve ser difícil fazer um papel mais idiota numa entrevistas ou lá o que aquilo foi. Dá pena ver um putativo jornalista de referência incapaz de ler uma visão crítica de um gráfico e fazer perguntas que não conseguem ir além do nível da 4ª classe. O segundo é o seguinte. O combate ao banditismo em Portugal não é fácil porque é muito difícil distingir alguns “agentes do bem” dos bandidos. Mais precisamente. Quando ouvimos o Prof Nunes falar sobre os custos brutais da energia, estamos a ouvir o represntante do grupo CUF, que é um grandíssimo consumidor de energia, ou estamos a ouvir o representante do grupo CUF que tem fortes interesses na EDP e teve (tem ainda?) initeresses na energia eólica? Ou seja, o Prof Nunes é um agente do bem ou dos bandidos? No caso dos doutoramentos. Quem foi, quem foi que mais beneficiou do grande investimento na formação de doutores em Portugal na última década? Vejam lá se adivinham? Nem mais. As universidades, que à custa disso receberam carradas de dinheiro. E quem onde é que esse dinheiro foi parar? Aos laboratórios e institutos governados por quem? Pelos Profs Nunes da universidade portuguesa. De novo. Quando o Prof Nunes ironiza sobre os gastos com a formação de doutorados estamos a ouvir o agente do bem, contribuinte Nunes, ou o Prof Nunes do IST, que à custa da formação de doutorados recebeu carradas de massa, mandou Profs ao MIT e às outras universidades americanas envolvidas nos programas do Prof Gago, etc. etc. etc. POrtanto, como dizia, é muito difícil distingir os polícias dos ladrões. Sobre o Papel do Dr Carreira não me pronuncio. Apenas digo que é um mago do diagnóstico. Também é preciso, mas até era capaz de o fazer.
Mas para que não fiquem dúvidas sobre a essência do debate, os negócios das ventoínhas foram uma obra do diabo.
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Lá vem a febre dos adjectivos.
Se foi fantástica é porque foi ficcional.
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Como “o discurso ambientalista serviu”? Quer dizer que o discurso ambientalista é perigoso? Todos os “discursos” podem ser usados para objetivos diferentes. Hitler foi eleito pela promessa de acabar com o desemprego e recuperar a economia alemã. Só não disse como.Há muito que os próprios ambientalistas denunciam as vigarices em torno da “economia verde” que mais não é do que a aproveitamento da sensibilidade das pessoas para problemas reais, como os ambientais. No entanto, não me lembro de ver organizações ambientalistas a apoiar negócios como os que foram feitos com a Martifer e afins. Quem os fez, só aproveitou a superfície do discurso ambiental. Apenas isso.
Sobre o que foi dito a respeito dos doutoramentos, que tal ir perguntar às empresas por que motivo se interessam tão pouco em integrar pessoal mais habilitado?
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Eu acho que sei qual é a resposta sua muito pertinente pergunta. Numa economia que está satisfeita a crescer 1.7639271% ao ano não são precisos doutorados. É uma pena, mas parece que o primeiro ministro e o resto do governo estão satisfeitos.
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