Protesto estatisticamente significativo
A conceção1 da prova é a culpada pelos maus resultados, diz Lurdes Figueiral, presidente da Associação de Professores de Matemática. Aparentemente, para um professor de matemática, é possível calcular, a olho nu e com elevado grau de confiança, a existência de diferenças significativas entre duas médias, uma de 47%, outra de 49%.
Eu sei que é um preciosismo matemático – algo que não se deve esperar obrigatoriamente de um professor de matemática – mas, é 47% diferente de 49% com provas diferentes e diferentes alunos?
De acordo com Lurdes Figueiral, em declarações à TSF (sem link), houve uma preponderância de exercícios de cálculo na prova de matemática, algo que, pelo exagero, prejudicou os resultados.
É um problema neste país: cálculos a mais. Este excesso, tão prejudicial para aferir a realidade (quer das contas públicas do país, quer das aprendizagens dos alunos), estraga a possibilidade de conclusões peremptórias através da ferramentas bem mais relevantes que o cálculo: o desejo, a paixão e a certeza conceptual da bondade em tudo o que é justamente belo.
Numa coisa Lurdes Figueiral tem razão: as provas aos alunos não são boas para aferir as aprendizagens dos alunos; porém, são excelentes para aferir professores, motivo pelo qual não faltarão movimentos exigindo a sua abolição.
1 Grafia que permite a manutenção do princípio da igualdade de “concepção” a “concessão”.

Com conhecimento de causa vos digo: os resultados são pavorosos(principalmente a matemática) e reflectem um desinteresse total pela aprendizagem por parte dos alunos e pais (na ordem dos 60%),os professores fazem o que podem. A escola não é inclusiva ,não proporciona mobilidade social ,produz iliteracia que não andará muito longe dos valores do analfabetismo dos tempos da pré-república. Com vergonha posso afirmar que, estamos a formar a mão de obra barata que os europeus precisam e ao nível da mão de obra sub-sariana.
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Quando escreve “…os professores fazem o que podem. A escola não é inclusiva…” está a referir-se às paredes, ou ao ar da escola?
E o analfabetismo dos tempos da pré-república, refere-se a isto?
1900 – 73%
1911 – 69% (-4%)
1920 – 65% (-4%)
1930 – 60% (-5%)
1940 – 52% (-8%)
1950 – 42% (-10%)
1960 – 33% (-9%)
1970 – 26% (-7%)
1981 – 21% (-5%)
1991 – 11% (-10%)
2001 – 9% (-2%)
2011 – 5,2% (-3,8%)
Afinal quem era inclusivo era o Salazar!
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São questões muito técnicas, não vou dizer quase nada.
Agora o que é extraordinário é que aqueles 5,2% escrevem regularmente nos on-line dos jornais e quando os senhores entrevistadores das televisões vão para a rua calham a encontra-los.
É um fenómeno que a só Dra. Lurdes poderá explicar.
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Palpita-me que quando foram conhecidos os dados comparativos entre escolas públicas e privadas as coisas ficarão mais claras.
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Ora, faltava a sanha anti-profe.
Que eu saiba, o único movimento que existe é em favor de saber pontuar textos.
O resto… não vejo manifs anti-exames.
A criançada (1.º) que tenha uma família em casa que (2.º) se interesse pela sua educação e futuro e (3.º) que estude, trabalhe, se empenhe ou o camandro.
Por último, pelo que vejo dos colegas dos meus rebentos, isto só tem tendência a piorar.
P.S. A criança mais nova – autista – realizou provas a nível nacional. «Safou-se». Ao lado, uma série de colegas «normais» espraiou-se por 1 e 2 à farta… Culpa do professor? I don’t think so.
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Ora, faltava a sanha anti-profe.
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E eu pensando que ” que não se deve esperar obrigatoriamente de um professor de matemática” ia a partir dos certeiras juizos e impressoes sobre o professor-matemático Nuno. ¿?
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Também ouvi as declarações da presidente da APM que foram muito além do que é realçado neste post. Disse que os aspetos avaliados pela prova não estavam de acordo com o que é valorizado no ensino. Sendo assim…
Também teceu várias considerações negativas sobre o programas em vigor.
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“Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão!” E andamos nisto; em vez de procurarmos todos, pais, professores e politicos, as verdadeiras causas desta verdadeira calamidade que é o ensino em Portugal, preferimos apontar o dedo: os pais aos professores, os professores aos alunos e aos politicos, e os politicos aos pais e aos professores.
O primeiro passo para se tentar resolver este problema é despolitizar o ensino e a escola, e retirar protagonismo aos sindicatos que querem funcionar, e têm funcionado, como ministérios da educação paralelos.
Depois, é pôr o ensino e os interesses dos alunos à frente dos interesses corporativos dos professores que têm a sua subsistência actual e futura constitucionalmente garantidas . E dar verdadeira autoridade a quem dirige as escolas. A falta de um compromisso politico à volta da educação, tem sido fatal nos últimos 40 anos.
Mas ouvir uma professora de matemática justificar os resultados mediocres das provas com “a preponderância de exercícios de cálculo”, deixa-nos um bocado apreensivos e não augura nada de bom.
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Ou então gastamos algum dinheiro (em vez de ir de férias para Cuba e ter fotos para mostrar aos amigos!) e tempo e as crianças aprendem e têm médias acima de 90%.
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Caro VC,
A minha mulher é professora de matemática 2º ciclo.
Houve alunos dela – poucos – que subiram em relação à nota habitual nos últimos dois anos. E a maioria dos alunos dela baixou. Alguns, poucos, mantiveram o nível.
Esta professora concorda com os exames. Apenas discorda que todos os anos venham alteradas metas, objectivos, métodos e o mais que o eduquês – que eu não domino – impõe.
Metade do tempo dela é passado a preparar “runiões” e a fazer actas para aplicação dos novos métodos – agora é que vai ser !!! – de ensino da matemática. E depois resta pouco tempo para trabalhar com os miúdos ou para preparar aulas. Porque também tem outras funções de coordenação disto e de supervisão daquilo, onde supervisiona o que antes coordenou e vice-versa – não me peça pormenores que nunca entendi a organica – passa serões, sábados e domingos agarrada à plataforma da escola. Ela não precisou da nova lei para fazer nunca menos de 60 horas semanais. (O que para mim é óptimo, pois nesta idade, já me cansa andar com ela e assim aproveito para sair de mota, que ela tem medo)
O problema da matemática não começa no 2º ciclo.
Muitas vezes a primeira dificuldade no início do 5º anos, é fazer perceber aos meninos que devem ficar sentados durante a aula.
Mais, na parte estrita dos exames, esclareço que tanto ela como eu fizemos o exame da 4ª classe no outro tempo – naquele tempo em que havia reguadas que explicavam , além do mais, como sentar á mesa com costa direita – , ambos passámos com Bom conforme os diplomas comprovam e até tenho uma foto com a primeira gravata que usei, pois que esse dia era muito importante na vida de um estudante. (Enfim, os meus filhos acham que eu estava parolo, mas a vidinha é como é a não podemos apagar o passado, pelos vistos, esteticamente tenebroso).
Pelo que eu posso garantir por conhecimento directo, a ensinar matemática em Portugal nem todos são pulhas. E nem todos querem acabar com os exames.
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Se reparar, não disse se concordava ou discordava dos exames. Também não disse que a culpa era dos professores (como num comentário acima já apareceu), até porque para haver culpa teria que haver dano, coisa que não consigo concluir com variações de 2pp. Crítico sim a pessoa em concreto que fez afirmações tão pouco matemáticas para justificar sabe-se lá o quê.
As críticas que faz ao ministério são justas. A minha resposta seria “para que é sequer necessário um ministério?”
O que afirmo é que os exames aferem professores e que, se alguém tem reservas legítimas aos exames, só conseguirá exprimir algo com interesse não escamoteando esse facto.
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Agradeço a resposta. Reparei.
E a minha interpelação-testemunho serviu para que a S. posição ficasse ainda mais clara que nem água pura. Acho eu.
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Cunha
Leia lá a sua ultima frase para ver se está de acordo com este comentário.
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Não percebi. Os exames servem para avaliar professores, independentemente de também avaliarem alunos. Além disso, fornecem-me informações extremamente úteis como pai.
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De facto chumbei a interpretação na correção do Cunha.
Eu leio a frase e não chego a esta ultima.
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Já não há pachorra para a conversa da inclusão, versus abandono escolar, e das retenções, versus reprovações. As provas existem para aferir competências. Que continuem e cada vez com maior exigência. Qualquer de nós só se esforça se tiver que ser. Brio e orgulho de atingir objectivos é coisa rara.
E, quem estiver mal, vá trabalhar. Alguns, voltam mais tarde e com mais vontade.
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É mesmo isso!
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E o que diz a Sociedade Portuguesa de Matemática?
Também acha mal que as provas andem em franchising?
“:O?
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“É um problema neste país: cálculos a mais. Este excesso, tão prejudicial para aferir a realidade (quer das contas públicas do país, quer das aprendizagens dos alunos), estraga a possibilidade de conclusões peremptórias através ‘da’ ferramentas bem mais relevantes que o cálculo: o desejo, a paixão e a certeza conceptual da bondade em tudo o que é justamente belo” (apóstrofes minhas)
Que coisa tão aborrecida, a minha alma ficou TOTAL & DEVERAS PARVA, aliás, condizendinho a 100%, com a Parvoice da dona Lurdes Figueiral, presidente da Associação de Professores de Matemática, mais, FIQUEI ESTARRECIDA! Há CRIMES assim… sem dolo, mas MUITAS e péssimas consequências.
Pelo lado positivo: Fiquei BEM esclarecida das razões que justificam, plenamente, o *maua* estado a que CHEGOU o ensino da matemática (e ESTATÍSTICA) em Portugal!
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*o mau
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Uma coisa é cálculo, outra é o raciocínio até chegar ao cálculo.
Se há aspecto que é muito mais desenvolvido agora que nos exames da 4ª classe dos anos 60 é esse.
Não precisa de ser cientista do assunto para concluir que a opinião da Sra. Figueiral pode ser discutível mas faz sentido.
Comentários idiotas e ignorantes é que não acrescentam grande coisa.
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Problema: 6 bolos para distribuir por 12 pessoas.
Aluno A: resposta é 1/2 bolo para cada. Raciocínio foi divisão, cálculo foi 6/12.
Aluno B: resposta é 2 para cada. Raciocínio foi divisão, cálculo foi 12/6.
Aluno A e aluno B tiveram o mesmo raciocínio correcto: divisão. Porém, só o B vai votar PS.
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Talvez o Vitorcunha queira dizer que ambos souberam fazer os cálculos já que fizeram bem a divisão. Mas só o 1º soube raciocinar. Em quem vai votar não sei.
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De facto, o raciocínio do aluno B está na onda do peiésse… Raciocínio ou ausência dele.
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Problema
6 bolos para dividir por duas pessoas.
Um é familiar do Cunha e como é privado tem de ficar com o dobro do outro que é filho de um funcionário publico.
Quantos bolos como o Afonsinho?
Percebeu?
Posso fazer um desenho
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Faça um desenho.
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Desenho em BD
Temos 6 bolos de arroz
Um prato
Uma Constituição que defende a igualdade
chega o João e o Afonsinho, o primeiro a pé e o segundo com o chofer
Vamos começar a divisão
O João vai chamar o sindicalista que o pai conhece
Enquanto isso o Afonsinho abocanha logo dois bolos
Depois vão divir os restantes, e como a igualdade é dividir as sobras fica um para cada e os dois ultimos para a troika.
Está bom o desenho?
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Não é um desenho, é o Partido Socialista.
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Em tema de concepção…. gentalha como a Lurdes Figueiral, não deveria ter sido concebida!
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Como já disse isto é muito técnico ou mais à parolo muita areia para a minha camioneta.
Uma coisa é certa seguindo o raciocínio da doutora Lurdes, se não houver exames, não há maus resultados e todos podem dizer que socialmente são iguais.
E não é isto que a Constituição quer?
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Não vale a pena andarmos a inventar. É só estudar o que fazem aqueles que têm melhores resultados do que nós.
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Certamente.
Mas como provavelmente a matéria prima é melhor devido a meio século de avanço, se começarmos agora só daqui a um século estaremos ao mesmo nível deles agora.
Vai ser complicado competirmos.
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Eu não sei se é problema de Lurdes(es) ou não. Sei, sim, que os conteúdos testados nos exames influem forçosamente nos resultados.
Por exemplo: se o exame de Português se «debruçar» sobre ‘Os Lusíadas’ ou Fernando Pessoa, é quase certo que os resultados globais serão inferiores à abordagem de ‘Felizmente há luar’.
Quanto ao mais, podemos ter os melhores profes do mundo que com a matéria prima que por aí vegeta… não vamos lá.
Por outro lado, os professores de uma dada escola têm culpa numa coisa: não definirem, em conjunto, uma estratégia de trabalho com os alunos e seguirem-na à risca. Pelo que percebo, aquilo é mais ou menos assim: há um par de baldas, há um par de tontos que querem exigência e a praticam (e assim fazem figura de maus da fita) e há uma massa indistinta que «não está ali para prejudicar os alunos» e passa tudo.
No agrupamento dos repolhos aqui de casa, o tonto do diretor e as estruturas que o circundam, perante o declínio, limitam-se a constatar que os resultados (péssimos!) até são bons, tendo em conta a «clientela». Com esta mentalidade, esperamos o quê?
Nas turmas de 9.º ano, parece que foi uma festa, com os DT a pressionarem, alguns profes fixes a subirem as suas «notas» de modo a que a malta passou toda ou quase…
Perante isto, espera-se o quê?
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E já agora era bom que se fizessem um inquérito aos alunos. Perguntem-lhes se gostam de matemática, e vão chegar à triste conclusão que realmente, poucos são os que gostam da matéria. É a realidade dos tempos modernos, e dos novos planos da matemática que as cabecinhas pensadoras adoptam.
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Esses “tempos modernos” em que a Matemática representava uma dor de cabeça, já são muito antigos.
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“E já agora era bom que se “fizesse” um inquérito aos alunos”. Assim é que é.
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Tadinhos dos meninos: imaginem fazer cálculos. Estava uma mãe à porta de uma escola a choramingar durante os exames: a filhinha andava muito stressada com os exames e não dormia bem. Este povinho é avesso ao esforço -especialmente de cálculo que traz maçada dos números negativos a que toda a gente tenta trocar o sinal a custo zero- e depois diz que empobrece.
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Devo ter percebido mal…
O juízo do post não é sobre exames ou curricula de matemática mas sobre o modo como uma responsável da área é pouco matemática na reacção…
Excelente post, dos que lhe tenho lido (mas não para sua audição) este é do melhor!
Nesta reacção pouco ou nada pode ser reescrito (digo, reinventado à luz de uma qualquer outra interpretação), a sra. perorou e não objectivou, o que é matematicamente significativo!
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O próximo passo da srª presidenta da Associação é ir para a direcção do sindicato? Ou já lá está?
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Fazer história sem, ou com pouca, hermeneutica é escrever fabulas.
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Ao menos leiam os manuais oficiais unicos de Matematica. Encontro lá matérias que não há muitos anos eram das Matematicas Gerais das Engenharias. Encontro lá tanta filosofia matemática que chegados ao fim da 4ª classe mal sabem o essencial, a tabuada ou fazer contas de cabeça. Manuais unicos impostos a todos por decreto sem apelo nem agravo, o limbo alumiado a candeias de azeite é que manda ditatorialmente supostamente tranvestido com a mini saia ‘democracia’; afinal o principio da igualdade;
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(desculpem 4º ano falhei no politicamente correto e na novilingua) , impostos a todos por decreto de lei pelo principio da igualdade)
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se manuais e programas mal feitos para as faixas etárias a que se destinam obviamente que ‘os grandes patroes da coisa’ condenam uma geração inteira, ninguém escapa, come tudo pela mesma medida e o resto são tretas e carpideiras
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(pior para quem anda no Publico e não tem dinheiro para pagar a explicadores, afinal essa coisa do ensino gratuito pela porta do cavalo, programas e Cª Lda, sugere ser outra valente patranha ou embuste; sobre isto haverá quem melhor dissecar que eu)
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Pergunta-se, para quê e porque é que as matérias na Matematica do 1º e 2º Ciclos ? Os resultados continuam a estar aí, é uma variante de mais um ‘cabeçudismo’ de elites Tugas (portugueses são outra coisa).
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Embalagens de 1ª muito bonitinhas que surgem sem correspondencia ao produto que embrulham e empandeiram para a sociedade papar ?
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Ainda é preciso marrar mais contra o muro ? Ainda não partiram a cabeça ? É preciso suicidarem-se antes que mude o que está na cara dos portugueses ?
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Por amor de deus como diria o outro. Já cheira mal, andamos a ouvir a mesma treta já lá vão quiçá uns 15 ou 20 anos. Ainda andamos na mesma ? A marcar passo há 15 ou 20 anos ? Não há eficiencia e eficacia nos grandes patroes da coisa ? Se não há mudam-se, avançam praticos em vez de teoricos bem falantes alumiados a candeia de azeite há tanto tempo..
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Mas se vivem bem assim, continuem satisfeitos sem quaisquer pesos de consciencia, e perdoados.
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Queixam-se da matemática, pois vejam aqui o português-
http://gyazo.com/fc6b5299486a4c5eb5cf2c8bffcfb870
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A Dona Lurdes deveria merecer mais consideração dos comentadores.
A Dona Lurdes deveria ganhar o prémio da coerência, coisa rara cá no burgo. Se não quero ser avaliada, então os meus alunos também não deveriam ser.
A Dona Lurdes explicou de forma simples os maus resultados. Se os professores são contra os exames então os alunos obviamente não podem ter bons resultados. Será assim tão difícil perceber que as duas coisas são inconciliáveis?
A Dona Lurdes disse que havia cálculo a mais. Ok, aqui foi um bocadinho corporativa. Lembrou-se de todos aqueles colegas formados nas ESEs que não fazem a mínima de como se faz uma conta de dividir com um divisor de dois algarismos.
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