Box office – filmes com produção portuguesa
13 Agosto, 2014
Hoje, nos comentários, alguém dizia que ajustes directos na área musical são peanuts em relação ao cinema. Olhando para o “Ranking dos Filmes Nacionais Estreados 2014” publicado pelo ICA – Instituto do Cinema e Audiovisual, não reconhecendo qualquer dos filmes, deixo as conclusões sobre esse e outros temas para os leitores.
Devo salientar: em ambos os gráficos, a escala é logarítmica.


Queria também salientar que desde o dia 1 de Janeiro o Blasfémias registou visitas (não pagehits, visitas mesmo) em número 261% superior aos espectadores totais de todos estes filmes. Portanto, uma desgraça nunca vem só.
31 comentários
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descontando os impostos que pagam, salario pagos, podiam retornar 50% ao Estado
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42 espectadores do Cativeiro? E ninguém vai preso?
Só o elenco e o staff devem ser mais de 42…
De qualquer modo os pergaminhos são bons:
“Yama no Anata – Para Além das Montanhas” recebeu o prémio para Melhor Média / Curta-Metragem na competição portuguesa do DOCLISBOA 2011;
“Cativeiro” foi distinguido em Cannes, em 2013, com o prémio Doc Alliance e conquistou o galardão do DocLisboa para Melhor Longa-Metragem dos Países de Língua Portuguesa e, no Festival de Cinema de Curitiba, o Prémio Novo Olhar para Melhor Filme.
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“Novo Olhar”? deve ser engano. “Não Olhar”, talvez. Também com a escala logarítmica sai muito favorecido.
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Sendo certo que ninguém é profeta na sua terra, com tantos prémios no estrangeiro podemos presumir que “Cativeiro” cativou as plateias dos países que premiaram o filme, onde as receitas de bilheteira devem ter sido enormes, confirmando mais uma vez que os cineastas portugueses são uns incompreendidos dentro de portas.
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O pequeno Goebbels deixa as conclusões para o público. Aceitam-se os vómitos habituais da clique de extrema-direita Cunhalista.
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Depois deste comentário, estás phodido, companheiro.
Pessoalmente, incomodam-me mais os empregos e demais arranjinhos que a «classe» política distribui entre si, à esquerda e à direita.
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Phodido eu? Não… O Cunha adora… Precisa de idiotas como eu para se sentir existir.
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Tocou-te na carteira?
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gastão,
Para “vómitos”, já estamos servidos com os “filmes” listados pelo Vitor Cunha. A menos que lhes prefira chamar “bostas”.
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É necessário no meio do gráfico identificar os filmes de produção “amadora” OU cinema de género que não possuiram apoios públicos e o cinema subsidiado que recebeu centenas de milhares de euros para a produção (leia-se: dinheiro maravilhoso). A identificação mostraria que não há muita diferença entre haver dinheiro público e não haver: os filmes fracassam à mesma. Mais: torna-se claro o desastre que é a política audiovisual de Portugal: dar dinheiro para que se produza qualquer coisa (escolhido juris ineptos que julgam conforme o gosto pessoal e amizades) sem que daí se veja qualquer estratégia para o fortalecimento e internacionalização da indústria audiovisual nacional. Portugal faz o contrário das outras cinematografias desenvolvidas.
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Concordo que se martele nestes subsídio-dependentes mas, não devemos esquecer o velho governo e as suas tarefas: Extinção de Câmaras , extinção das empresas municipais, extinção das fundações ,extinção dos observatórios(à volta de 150),extinção dos institutos ,extinção das associações , redução do número de deputados , redução das viaturas oficiais (à volta de 23000) ,reestruturação das 7 polícias, redução das rendas fixas, redução da bandalheira da RTP, redução das ajudas ao SEE ,corte nos consumos intermédios (parece que continuam a aumentar ) ,as gorduras, enfim …. A culpa é do tribunal constitucional e agora vai ser do BES e podem estar descansados que o “novo banco” vai derramar leite e mel para as nossa gentes. Aonde anda o 1º Ministro em exercício ,o irrevogável ? O PR e PM parece que agora estão de férias , siga para nova bancarrota.
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Não se esqueçam de nada, mas separem o trigo do joio.
Dar dinheiro para fazer filmes que não interessam a ninguém (e por isso não têm espectadores) é uma coisa, extinguir uma Câmara é outra.
Pretende que os serviços prestados pelas autarquias sejam feitos por quem? privados?
Ou defende que as escolas passem de novo para o Estado central? que o lixo seja problema de cada um, que os esgotos deixem de ser tratados e voltemos ao tempo do Trancão tóxico?
Essa conversa de extinguir é gira mas convinha que viesse acompanhada de consequências.
Por exemplo, eu defendo que se corte nos subsidios para cinema sem interesse, a consequência é não existir criação de génios incompreendidos.
Quando propõe extinguir cãmaras, empresas municipais, fundações, observatórios, institutos, associações (estas não percebi a vantagem!), viaturas, policias e tudo o mais, era positivo que nos dissesse também que aquilo que fazem atualmente deixaria de ser feito (ou então era feito por privados, que pelos exemplos conhecidos são regra geral muito mais caros).
Nota: se for para fechar alguma destas entidades, mas nos provar que não fazem nada de útil, sou o primeiro a aplaudir.
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Claro que não é para fechar tudo mas devemos conformar as instituições á dimensão do PIB. Muitas câmaras podem passar a freguesias ,já lhe dei o exemplo de Algueirão/Sintra que tem 70000 habitantes e é uma freguesia. Acresce que 1/3 das câmaras estão falidas e a coisa será resolvida de qualquer modo. Nos restantes órgãos do estado é evidente que se devem inserir na tal “reforma do estado” da responsabilidade de um “irrevogável”.Churchil sabe bem o que penso .Olhe aqui vai outro: O TC pode passar a uma secção do Supremo .
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os meus impostos servem exclusivamente para financiar merda e merdosos.
hoje eram os gajos do ensino dito superior e outros.
pelo que oiço conseguem levar à falência qualquer casa de putas
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Isto não tem ponta por onde se pegar: ouvi que a sad do Belenenses e a empresa que administra o Amadora-Sintra / Hospital , vão pedir PER (plano especial de revitalização).
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Sim, o ensino superior público é mesmo mau. Devíamos entregar as instituições aos privados. Esses é que são bons. São mesmo tão bons, mas tão bons, que há uns tempos, na creditação dos cursos superiores chumbaram com uma frequência ainda maior que os centros de investigação na avaliação deste ano da FCT (e, mais fantástico ainda, sem ser preciso falsificar resultados!).
Esperemos que a sua falta de confiança pelas universidades acabe no dia em que precise de um médico (afinal, eles são formados nessas instituições de “ensino dito superior”, logo são “merda e merdosos”), ou melhor, não esperemos que confie no médico, morra em casa sozinho sem assistência da “merda e dos merdosos”. Assim até haverá menos um voto para o PSD…
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Jesus Cristo, que parolada condensada num perfeito manual de choramingar.
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Disse alguma mentira? Apenas demonstrei a fraca qualidade do serviço prestado pelos privados nas instituições de ensino superior (salvo raras exceções), sem sequer precisar de referir os escândalos de políticos que se formaram (ao que parece, indevidamente) nessas instituições privadas, por exemplo, José Sócrates e Miguel Relvas.
Depois, disse que se o ensino superior público é assim tão mau o melhor é não se consultar médicos, porque eles são “merda e merdosos”. O argumento não é meu, eu só mostrei as consequências de tal raciocínio. Não devia tê-lo feito, era?
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boa andre,por aqui os cunhistas mordem tudo o que não seja a sacrosanta “verdade” do blasfemias.julgam-se donos da razao,até donos de portugal.
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André, ainda ontem e anteontem se comentaram por aqui notícias que davam conta de que
1) no ensino secundário privado, há esquemas em que os meninos pagam para terem nota máxima;
2) no ensino superior privado, o amiguismo e o compadrio florescem…
Porém, sobre essas notícias nem uma palavra. Convém não agitar as águas…
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Acho que é um assunto interessantíssimo e que encaixa perfeitamente num post sobre futebol.
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Não conhece mesmo o “Sei Lá”? Foi aquele filme do Joaquim Leitão baseado num romance da Margarida Rebelo Pinto. Na altura até foi bastante falado.
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E o que é suposto conbcluir deste post? Se no quadro houvesse uma coluna adicional dizendo “quanto dinheiro o Estado gastou neste filme”, poderia ser uma analogia aos ajustes directos; assim, para que serve estes gráficos e quadros?
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Servem para dizer que não há um único filme que justifique investimento público. Nem um. Os privados que invistam onde quiserem, sei lá.
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Mas isso conclui-se sempre, sejam poucos ou muitos os espectadores.
Mas será que todos os filmes portugueses tem apoio público? Duvido ou antes acho possível que nem todos.
A internet, a democratização das tecnologias de media, o talento e o entusiasmo avulso serviu bastante para qualquer amador ou grupo de amadores fazer uma coisa engraçada para consumo freeware que, para passar á fase seguinte, não precisa de mais do que um empurrão de um empreendedor jeitoso para o distribuir comercialmente em salas de cinema (embora em muitos casos sejam até preferível ficar-se pelo youtube).
Se chegou a acontecer, apesar do nosso país ser avesso a histórias dessas, não sei, embora não me pareça impossível. Mesmo em Portugal. Nem toda a gente anda á caça ao subsídio.
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ERRATA: Os “á” que deveriam ser “à” ocorreram por má ginástica teclar. As más concordãncias verbais “seja(m) até preferível” a preguiça de rever o texto na hora de o enviar. Outros eventuais erros deveram-se a deficiências gramaticais do autor.
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Não, Miguel, serve para concluir que, se um filme não tem espetadores, não presta.
Basicamente, é isso. O mesmo, deduzo, se pode aplicar às demais formas de «arte». Assim sendo, as não sei quantas sombras de Grey (não faço a mínima ideia se é assim que se escreve) seria / será uma obra-prima que vale todo e qualquer investimento.
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Ali abaixo criticava-se o falecido Rangel por causa das telenovelas que o povão gosta.
Agora critica-se x e y por o povão não gostar.
É o “botabaixismo” no seu melhor.
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E aqui critica-se o quê? É o botabaixismo do botabaixismo? É o botabaixismo ao quadrado?
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Não havia também um programa de subsídio a escritores? Quais foram os resultados desse programa?
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Os resultados desse ou de qualquer outro programa do género são sempre os mesmos: os subsídios vão parar a alguns bolsos e alguns escritores escrevem qualquer coisa, ou não.
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