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emídio rangel

13 Agosto, 2014
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Morreu Emídio Rangel, o homem que se gabava – julgo que com justiça – de fazer presidentes da república portuguesa a partir do poder que construíra na comunicação social. Este post não pretende avaliar Rangel, nem a sua obra, nem a importância pessoal que, a dado momento, conseguiu alcançar no país, embora tenham sido ambas de relevo, mas apenas constatar a natureza efémera do poder – de todo o poder – que quando não se perde em vida, fatalmente se perderá pelo fim dela. Esta deveria ser, de resto, a principal lição adquirida pelos políticos, sobretudo por aqueles que, em certo momento, exercem funções de soberania. Infelizmente, é mais a vaidade pessoal, a cobiça e o vício do jogo que os orienta, sendo que, ainda assim, conseguem arregimentar milhares de crentes para a alegre satisfação da sua volúpia. Uma sociedade civilizada, isto é, livre, deve começar por entender bem a verdadeira natureza da acção política e depositar nela a expectativa de que não lhe seja excessivamente nociva.

23 comentários leave one →
  1. Alexandre Carvalho da Silveira permalink
    13 Agosto, 2014 17:10

    Emidio Rangel morreu, que Deus o tenha.
    Pôsto isto, fica o que ele fez enquanto por cá andou. Não vou falar da TSF porque é uma rádio que eu nunca ouvi, mas posso falar da SIC e da maravilhosa estação de tv que ele inventou enquanto lá cortava o toucinho. E como é que ele pôs a SIC a liderar as audiências? simples: a estupidificar ainda mais um povo que ainda hoje é, mas era muito mais naquela época, na sua grande maioria semi-analfabeto.
    E a descoberta da mina foi muito simples: depois da cinco da tarde até às oito da noite, passava quatro telenovelas; das 8 às 9 passava o telejornal, e a seguir até às 11, meia-noite passava mais três telenovelas, todas brasileiras, porque por cá ainda não tinham descoberto a pólvora.
    Para entremear, passava coisas interessantìssimas com a Noite da Má-lingua, ou Na Cama com a Alexandra Lencastre.
    O que o levou para director da SIC, é muito bem explicado pelo Arqto Saraiva num livrinho de memórias que ele escreveu quando saíu da direcção do Expresso, e que nos leva a perceber que há gente em Portugal que não brinca em serviço, e que quando é preciso usa métodos que a gente, pelo menos eu, pensava que só se usavam na Sicília

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    • A.Lopes permalink
      13 Agosto, 2014 17:25

      A memória que dele tenho e talvez a mais elucidativa de tal personagem, é a de o ver a assaltar a sede da TSF, armado de berbequim!Quanto ao resto,foi um dos grandes amigos do sócrates e que,pelos vistos,estava reformado a ganhar uma soma de 27.000 euros!Pelos vistos,pertencia à maçonaria e à associação de reformados criada ultimamente para reivindicar melhores reformas,como aquela gorda de Coimbra,cuja reforma orça os 3600.00!

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      • antónimo permalink
        13 Agosto, 2014 19:57

        Que ressabiada e invejosa!

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    • joaquim permalink
      13 Agosto, 2014 17:51

      Estou de acordo com Alexandre C . S. . Agradeço- lhe a sua clareza de pensamento .

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    • pro.benfica permalink
      13 Agosto, 2014 19:36

      Amigo, o homem tinha todo o direito a apresentar a programação que entendia, desde que não violasse a lei.

      Se a malta gosta de consumir coisas estúpidas, é porque nelas se vê representado e a mais não aspira. Eu coloco um produto no mercado; cabe ao consumidor decidir que se o adquire ou não.

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    • antónimo permalink
      13 Agosto, 2014 19:57

      SIC = empresa privada, certo? Logo, move-se pelas leis do mercado, certo? Emídio Rangel consegui que a SIC fosse bem sucedida, certo? É para isso que servem as empresas privadas – terem sucesso, dando ao mercado o que o mercado quer, certo? O Alexandre é a favor desta lógica, certo? Serviço público e regulação do estado são cenas que não lhe assistem, certo? Então, qual a lógica do seu comentário? Ah já sei, a mesma lógica que o leva a citar o Saraiva como fonte credível, certo?

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      • Alexandre Carvalho da Silveira permalink
        13 Agosto, 2014 21:18

        Por norma não respondo a comentários de anónimos e muito menos de antónimos, mas desta vez abro uma excepção: eu não puz em causa as opções do Rangel e dos patrões dele no que diz respeito à programação que escolheram para a SIC. O que ponho em causa é chamarem àquilo “um grande canal de tv”. A lógica do meu comentário é aquilo que lá está escrito, e não aquilo que você lá quiz ler, “certo?”
        E a explicação que está no livro do Saraiva que pelos vistos você desconhece, nunca foi desmentida nem pelo Rangel, nem pelo patrão da SIC. Portanto para mim não merece contestação, “certo?”

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      • 13 Agosto, 2014 22:33

        A Sic tem a programação própria de qualquer canal privado generalista europeu.É da sua função conseguir audiência.Tal como a RTL alemã,os canais de Berlusconi e por ai adiante.Tem por vezes pimba e cenas de pessoas ao leu? É verdade,mas é ai que está o bife de lombo televisivo.E ainda assim Rangel ao contráriod e outros,recusou o Big Brother

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      • lucklucky permalink
        13 Agosto, 2014 22:35

        “SIC = empresa privada, certo? Logo, move-se pelas leis do mercado, certo?”

        Não , a SIC não se move pelas leis do mercado.

        É proibido abrir outra estação de TV.

        A SIC é parte de um Cartel – Legalizado, porque Portugal tem uma cultura de Socialismo e assim protege os Capitalistas amigos do Poder Político e vice versa.

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      • PiErre permalink
        13 Agosto, 2014 22:43

        Certo+certo+certo+certo+certo+certo+certo+certo+certo=tudo errado.

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  2. vortex permalink
    13 Agosto, 2014 17:56

    não sei quem era e o que fazia

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    • fado alexandrino permalink
      13 Agosto, 2014 21:59

      Eu, se fosse a si,nao mostrava tao obscenamente que eh ignorante.

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  3. antónimo permalink
    13 Agosto, 2014 19:35

    Os comentários por aqui estão ao nível dos ressabiados de esquerda, qd morre um da outra equipa. fica demonstrado, mais uma vez, que uns e outros merecem-se e por isso se odeiam.

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  4. 13 Agosto, 2014 19:38

    Quanto ao «post», estou de acordo acerca das reflexões aí explanadas e que valem para todos, incluindo políticos, afins e… bloguers e comentadores.

    Vanitas vanitatum.

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  5. BELIAL permalink
    13 Agosto, 2014 20:10

    Saudades: mais do macaco adriano.
    O mano também não presta para nada.

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  6. José Domingos permalink
    13 Agosto, 2014 20:46

    De facto, o poder, é uma ilusão.

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  7. Carlos Dias permalink
    13 Agosto, 2014 22:20

    Passou-se directamente da RTP húngara para a SIC brasileira.
    E agora a programação principal é gritarem para telefonar para o número de valor acrescentado para ganharmos milhares de euros.
    Só falta mesmo sortearem prémios nos noticiários.
    Quem quiser ver alguma coisa de jeito tem de comprar os pacotes de canais.
    A verdadeira TDT só existe nos outros países.
    Obrigado ó Rangel.

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  8. Abre-latas permalink
    13 Agosto, 2014 23:53

    Este post é sobre o quê?
    Descobriu agora que há jogos de interesse na política? Cobiça e vaidade pessoal?
    A verdadeira natureza da ação política? Onde é que ela se fez notar? Na Roma antiga? Nos EUA? Na Europa? Em que época e em que região?
    Até parece que o Rangel inventou alguma coisa!
    Não esperava vir ler histórias para embalar crianças aqui!

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  9. 14 Agosto, 2014 02:35

    Alexandre Carvalho da Silveira, no seu curto comentário das 20,18 de ontem fiquei a conhecer duas novas palavras: “puz” e “quiz”. O Silveira é mais números….

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    • Alexandre Carvalho da Silveira permalink
      14 Agosto, 2014 09:04

      Já tive ocasião de explicar noutro blog porque é que escrevo determinadas palavras de certa maneira: aprendi a escrever nos anos 50, a minha professora já tinha 70 anos, e ela própria tinha aprendido a escrever no tempo do Senhor Dom Luiz; só deixei de escrever farmácia com ph depois dos 20, quando fui prá tropa, veja lá.
      Mas fica a saber que “puz” e “quiz” já se escreveram assim, e não há tantos anos como isso, e eu hei-de continuar a escrever estas e outras palavras como aprendi, porque gosto, porque posso e porque quero.
      Invenções são as barbaridades que uma data de analfabetos fizeram com o recente aborto ortográfico.

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      • Karolino permalink
        14 Agosto, 2014 10:43

        Invenção é o teclado em que escreve essas palavras fossilizadas.

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  10. O SÁTIRO permalink
    14 Agosto, 2014 13:17

    QUE DESCANSE EM PAZ…

    mas aqueles OITO MIL CONTOS

    repete-se

    OITO MIL CONTOS

    POR MÊS

    que foi ganhar na RTP no governo guterres……continuam atravessados…..

    obviamente, não houve escândalo mediático..nem politico….nem indignação..

    pelo contrário..

    os “trabalhadores” da RTP sempre o defenderam….

    quem pagava????

    claro………..os contribuintes

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  11. manuel permalink
    14 Agosto, 2014 14:40

    Quando se abre um tema destes há sempre o risco de necrofagia.

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