emídio rangel
Morreu Emídio Rangel, o homem que se gabava – julgo que com justiça – de fazer presidentes da república portuguesa a partir do poder que construíra na comunicação social. Este post não pretende avaliar Rangel, nem a sua obra, nem a importância pessoal que, a dado momento, conseguiu alcançar no país, embora tenham sido ambas de relevo, mas apenas constatar a natureza efémera do poder – de todo o poder – que quando não se perde em vida, fatalmente se perderá pelo fim dela. Esta deveria ser, de resto, a principal lição adquirida pelos políticos, sobretudo por aqueles que, em certo momento, exercem funções de soberania. Infelizmente, é mais a vaidade pessoal, a cobiça e o vício do jogo que os orienta, sendo que, ainda assim, conseguem arregimentar milhares de crentes para a alegre satisfação da sua volúpia. Uma sociedade civilizada, isto é, livre, deve começar por entender bem a verdadeira natureza da acção política e depositar nela a expectativa de que não lhe seja excessivamente nociva.
Emidio Rangel morreu, que Deus o tenha.
Pôsto isto, fica o que ele fez enquanto por cá andou. Não vou falar da TSF porque é uma rádio que eu nunca ouvi, mas posso falar da SIC e da maravilhosa estação de tv que ele inventou enquanto lá cortava o toucinho. E como é que ele pôs a SIC a liderar as audiências? simples: a estupidificar ainda mais um povo que ainda hoje é, mas era muito mais naquela época, na sua grande maioria semi-analfabeto.
E a descoberta da mina foi muito simples: depois da cinco da tarde até às oito da noite, passava quatro telenovelas; das 8 às 9 passava o telejornal, e a seguir até às 11, meia-noite passava mais três telenovelas, todas brasileiras, porque por cá ainda não tinham descoberto a pólvora.
Para entremear, passava coisas interessantìssimas com a Noite da Má-lingua, ou Na Cama com a Alexandra Lencastre.
O que o levou para director da SIC, é muito bem explicado pelo Arqto Saraiva num livrinho de memórias que ele escreveu quando saíu da direcção do Expresso, e que nos leva a perceber que há gente em Portugal que não brinca em serviço, e que quando é preciso usa métodos que a gente, pelo menos eu, pensava que só se usavam na Sicília
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A memória que dele tenho e talvez a mais elucidativa de tal personagem, é a de o ver a assaltar a sede da TSF, armado de berbequim!Quanto ao resto,foi um dos grandes amigos do sócrates e que,pelos vistos,estava reformado a ganhar uma soma de 27.000 euros!Pelos vistos,pertencia à maçonaria e à associação de reformados criada ultimamente para reivindicar melhores reformas,como aquela gorda de Coimbra,cuja reforma orça os 3600.00!
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Que ressabiada e invejosa!
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Estou de acordo com Alexandre C . S. . Agradeço- lhe a sua clareza de pensamento .
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Amigo, o homem tinha todo o direito a apresentar a programação que entendia, desde que não violasse a lei.
Se a malta gosta de consumir coisas estúpidas, é porque nelas se vê representado e a mais não aspira. Eu coloco um produto no mercado; cabe ao consumidor decidir que se o adquire ou não.
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SIC = empresa privada, certo? Logo, move-se pelas leis do mercado, certo? Emídio Rangel consegui que a SIC fosse bem sucedida, certo? É para isso que servem as empresas privadas – terem sucesso, dando ao mercado o que o mercado quer, certo? O Alexandre é a favor desta lógica, certo? Serviço público e regulação do estado são cenas que não lhe assistem, certo? Então, qual a lógica do seu comentário? Ah já sei, a mesma lógica que o leva a citar o Saraiva como fonte credível, certo?
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Por norma não respondo a comentários de anónimos e muito menos de antónimos, mas desta vez abro uma excepção: eu não puz em causa as opções do Rangel e dos patrões dele no que diz respeito à programação que escolheram para a SIC. O que ponho em causa é chamarem àquilo “um grande canal de tv”. A lógica do meu comentário é aquilo que lá está escrito, e não aquilo que você lá quiz ler, “certo?”
E a explicação que está no livro do Saraiva que pelos vistos você desconhece, nunca foi desmentida nem pelo Rangel, nem pelo patrão da SIC. Portanto para mim não merece contestação, “certo?”
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A Sic tem a programação própria de qualquer canal privado generalista europeu.É da sua função conseguir audiência.Tal como a RTL alemã,os canais de Berlusconi e por ai adiante.Tem por vezes pimba e cenas de pessoas ao leu? É verdade,mas é ai que está o bife de lombo televisivo.E ainda assim Rangel ao contráriod e outros,recusou o Big Brother
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“SIC = empresa privada, certo? Logo, move-se pelas leis do mercado, certo?”
Não , a SIC não se move pelas leis do mercado.
É proibido abrir outra estação de TV.
A SIC é parte de um Cartel – Legalizado, porque Portugal tem uma cultura de Socialismo e assim protege os Capitalistas amigos do Poder Político e vice versa.
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Certo+certo+certo+certo+certo+certo+certo+certo+certo=tudo errado.
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não sei quem era e o que fazia
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Eu, se fosse a si,nao mostrava tao obscenamente que eh ignorante.
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Os comentários por aqui estão ao nível dos ressabiados de esquerda, qd morre um da outra equipa. fica demonstrado, mais uma vez, que uns e outros merecem-se e por isso se odeiam.
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Quanto ao «post», estou de acordo acerca das reflexões aí explanadas e que valem para todos, incluindo políticos, afins e… bloguers e comentadores.
Vanitas vanitatum.
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Saudades: mais do macaco adriano.
O mano também não presta para nada.
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De facto, o poder, é uma ilusão.
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Passou-se directamente da RTP húngara para a SIC brasileira.
E agora a programação principal é gritarem para telefonar para o número de valor acrescentado para ganharmos milhares de euros.
Só falta mesmo sortearem prémios nos noticiários.
Quem quiser ver alguma coisa de jeito tem de comprar os pacotes de canais.
A verdadeira TDT só existe nos outros países.
Obrigado ó Rangel.
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Este post é sobre o quê?
Descobriu agora que há jogos de interesse na política? Cobiça e vaidade pessoal?
A verdadeira natureza da ação política? Onde é que ela se fez notar? Na Roma antiga? Nos EUA? Na Europa? Em que época e em que região?
Até parece que o Rangel inventou alguma coisa!
Não esperava vir ler histórias para embalar crianças aqui!
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Alexandre Carvalho da Silveira, no seu curto comentário das 20,18 de ontem fiquei a conhecer duas novas palavras: “puz” e “quiz”. O Silveira é mais números….
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Já tive ocasião de explicar noutro blog porque é que escrevo determinadas palavras de certa maneira: aprendi a escrever nos anos 50, a minha professora já tinha 70 anos, e ela própria tinha aprendido a escrever no tempo do Senhor Dom Luiz; só deixei de escrever farmácia com ph depois dos 20, quando fui prá tropa, veja lá.
Mas fica a saber que “puz” e “quiz” já se escreveram assim, e não há tantos anos como isso, e eu hei-de continuar a escrever estas e outras palavras como aprendi, porque gosto, porque posso e porque quero.
Invenções são as barbaridades que uma data de analfabetos fizeram com o recente aborto ortográfico.
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Invenção é o teclado em que escreve essas palavras fossilizadas.
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QUE DESCANSE EM PAZ…
mas aqueles OITO MIL CONTOS
repete-se
OITO MIL CONTOS
POR MÊS
que foi ganhar na RTP no governo guterres……continuam atravessados…..
obviamente, não houve escândalo mediático..nem politico….nem indignação..
pelo contrário..
os “trabalhadores” da RTP sempre o defenderam….
quem pagava????
claro………..os contribuintes
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Quando se abre um tema destes há sempre o risco de necrofagia.
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