Racionalizar pela igualdade
É frequente ouvir-se da boca de proto- e candidatos a cargos as virtudes das políticas de emprego e de redução de desigualdade. Nenhum destes objectivos pode ser atingido aumentando o salário mínimo.
Aumentando o salário mínimo, pessoas cuja produtividade seja inferior ao novo valor de salário são despedidas. É uma afirmação tout court, sem direito a contraditório fora do manicómio ou suas delegações nas sedes dos vários partidos.
Com o aumento do desemprego, nem que marginalmente, o segundo objectivo também não pode ser concretizado: passam a existir, efectivamente, pessoas cujos rendimentos diminuem, nomeadamente para zero, aumentando o fosso entre elas e, digamos, o tipo que implementa estas políticas.
A única forma de garantir, em simultâneo, política de emprego e redução de desigualdade é através da fixação do salário máximo nacional. Actualmente proponho 600€. Isso, aliado a ilegalizar a emigração, garante muitos mais postos de trabalho e, em simultâneo, a verdadeira aproximação entre rendimentos.
Se é para intervencionar, que seja com racionalidade pela igualdade.

ninguém quer trabalhar mesmo a uma secretária e atrás duma esferográfica.
na agricultura só encontra ‘cranianos’
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Se calhar tem alguma lógica o que propõe.
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A “lógica” de impedir pessoas livremente de fazerem um acordo entre elas.
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Isso mesmo. As empresas cujos métodos de trabalho e máquinas em uso na produção conduzem a uma produtividade inferior a 485 euros por posto de trabalho devem despedir o pessoal e fechar portas.
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O que é bom é receber mil contitos por debaixo da mesa e depois dizer que não me lembro de nada…
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Não se devia denunciar assim em blogs.
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Duvido seriamente que exista alguma empresa que empregue alguém com o nome “muito atento”.
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Este post demonstra, ao contrário dos rumores e boatos que por aí correm, que os liberais portugueses se preocupam com o aumento de desemprego e com os pobres. É um post coerente, na medida em que mais um desempregado é mais um dependente do Estado que fortalece o Estado Social. Mostra, também, que o modelo ideal de capitalismo se deslocou para Oriente: hoje a China, com as suas leis laborais e níveis de salários é um exemplo para todos. Podem-se tornar na China europeia, dir-nos-ia David Ricardo se ainda andasse por aí.
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Se acha indigno trabalhar como um chinês, sugiro-lhe que pare imediatamente de se aproveitar da exploração do proletariado chinês atráves da compra de smartphones, tablets, computadores portáteis e televisões.
De socialistas e comunistas burgueses de iPhone na mão, a postarem fotos das manifs no instagram e no facebook, enquanto se queixam da globalização e pedem um trabalho de secretária bem remunerado no sector terciário estamos todos fartos.
Diga lá qual é o ordenado que considera digno para estar de pé em turnos de 8h a montar autorádios numa fábrica em Portugal, e quanto está disposto a pagar a mais pelo smartphone para que esses preços se pratiquem na China.
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Nuno
Vai-me desculpar mas não lê em lado nenhum do meu comentário que acho indigno trabalhar como um chinês. Em segundo lugar, o conceito de “proletariado” é-me estranho. Não acredito na luta de classes. Em terceiro lugar, sugerir-me que pare imediatamente de comprar smartphones, tablets, computadores portáteis e televisões parece-me sinistro. Podem ser mal pagos mas muito pior ficariam se o produto do seu trabalho não fosse vendido. Em quarto lugar, não compro smartphones, tablets, computadores portátteis e televisões todos os dias. Comprei uma TV há 10 anos, o meu portátil foi comprado em 2008 e o meu smartphone é de low cost (sim, na tampinha diz made in china). Deixar de comprar produtos chineses seria romântico e idealista mas era completamente irracional dado que a minha decisão de não comprar não abalaria a economia chinesa. Poderá dizer que é incoerência da minha parte mas eu sou contra o sofrimento do animais e não sei qual foi o sofrimento da vaca que me deu o bife. Sou pela agricultura biológica e não sei se a fruta que tenho à minha frente tem pesticidas. O que fazer? Viver, deixar viver, e adaptar-me.
Insinuou que eu sou comunista ou socialista burgês de Iphone na mão (uma das minhas fortes convicções, que mantive firme até hoje, é não comprar produtos da Apple; nunca viu um Iphone nas minhas mãos), diz-me que coloco fotos no instagram (o que é isso?) e no facebook (isso sei o que é) de manifestações em que teoricamente participei (a última manif em que participei foi em 1975 e naquela altura não havia selfies nem telemóvel), que me queixo da globalização (não queixo, sou a favor) e que reivindico um trabalho de secretária no sector terciário (não é verdade). Tudo considerações injustas, fora da realidade.
Sou um conservador liberal, centrista, temperado pela matriz cristã católica. Se isto me torna um perigoso socialista barra comunista com Iphone no ouvido, vou ali e já venho.
Tenha uma boa noite.
P.S. (post-scriptum, não partido socialista) – teria sido mais produtivo se me tivesse perguntado o que penso eu do salário mínimo, etc. Talvez tivesse ficado surpreendido.
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Shangai é mais rica que Lisboa.
A pobreza na China não está nas fábricas, está no interior agrícola.
Claro que bons soci@listas estão-se nas tintas para a pobreza. O que querem a é igualdade e se são todos pobres não há problema.
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A forma como o Nuno e o lucklucky me responderam mostra que pelo menos algumas pessoas encaram esta questão como sendo de natureza política, uma espécie de guerra liberalismo-socialismo ou, em termos futebolísticos, uma espécie de solteiros contra casados. É a forma errada de analisar o tema. Causa-me admiração o termo “igualdade” porque igualdade jamais existiu ou existe e estamos muito longe de inventar um sistema polítco-económico que a torne possível, se é que é mesmo desejável.
A questão do salário mínimo é de natureza e racionalidade económica. O João Miranda tentou pegar no assunto sob esse prisma e levou com zero comentários. O Vítor Cunha pegou no assunto do ponto de vista irónico-político e teve um sucesso enorme (até eu comentei). Isto diz tudo.
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O Estado/governo tuga (com P”SD”+muleta PP ou P”S”em S.Bento) conluiado com o reles patronato sugador de mão-de-obra barata, sempre agiu deste modo para com quem aufere salários mínimos ou médios : rapa-tira-NÃO põe-e NÃO deixa.
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O gajo do Pingo Doce veio dizer que ganhar 500 euros por mês é uma merda.
Acho que o tipo é empresário.
Ou seja, o gajo não percebe nada disto. Valha-nos a sapiência. O que seria de nós – exceto os lampadinhas do pós-Iluminismo – sem estes rasgos!!!
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Então que pague mais que 500€.
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E paga.
Mas o ponto não é esse, como muito sabe soube ler.
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Mas alguém pode prever: amanhã é o bota fora de ppc?
Palpites?
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Obviamente amanhã PPCoelho vai sair. Do edifício da ARepública, para almoçar.
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devia haver salários máximos
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O que é engraçado é que a rapaziada que decide o salário mínimo, são os mesmos que decidem sobre o seu próprio salário… o máximo.
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Ao muito atento da calúnia dos mil contitos. quando por todas as paredes em 1976 acusaram Sá Carneiro da dívida dos 33 mil contos houve um miserável julgado em tribunal. Ao menos não se cobriu com o anonimato!
Se esteve atento deve ter lido no i, a entrevista ao fundador do PS Nuno Godinho de Matos. Ele diz apenas que “cada um é responsável pelo que diz”. Apesar de ter assistido ao debate e de ter ouvido em directo as críticas que lhe foram feitas, o ex-presidente da Comissão Nacional de Eleições prefere “não fazer mais comentários”.
Esteja atento, muito atento ao que virá a seguir.
“O Silêncio não comete erros.”
Sabe de onde parte esta filosofia?
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Hoje no Quadratura do Círculo, ACosta esteve muito bem representado por JPacheco Pereira.
Nada discreto atacou AJSeguro e quase apelou ao voto no edil.
(Não esperava tanta desfaçatez).
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Eu cá proponho que toda a malta trabalhe pro bono e seja mecenas como fez o Passos Coelho na ONG e na Tecnoforma.
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Ora, ora: a montanha pariu outra ratazana…
Tem a sua graça.
Isto, desde que se conheçam as regras do jogo – é uma delícia… 🙂
Ainda há escuteiros…
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Nada se perde, nada se ganha – tudo se reembolsa… 🙂
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