a ler e a seguir
17 Outubro, 2014
“O Liberal”: Miguel Angel Belloso, no Diário de Notícias. Parabéns ao jornal e ao seu novo Director.
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“O Liberal”: Miguel Angel Belloso, no Diário de Notícias. Parabéns ao jornal e ao seu novo Director.
O artigo de VPV no Público de hoje é também bastante elucidadtivo.
OPINIÃO Lição de coisas
VASCO PULIDO VALENTE 17/10/2014 – 03:09
Quase ninguém percebeu que o “servilismo” perante a Alemanha é um facto da vida.
Orçamento do Estado
Segundo A. J. P Taylor, o problema da Alemanha é ser grande demais para a Europa. No século XX, isto levou a duas guerras que acabaram por envolver o mundo inteiro. Partindo do poder que tinham – e que, aliás, sobrestimavam – tanto Guilherme II como Hitler quiseram primeiro afirmar a sua supremacia na Europa e, depois, submeter o mundo. Os dois, como se sabe, falharam. Mas convém perceber por que razão. Em 1914, nenhuma potência podia em princípio resistir à Alemanha. O exército inglês, voluntário e minúsculo, não contava; o exército russo mal armado, desorganizado e sem vias de comunicação estratégica não valia muito; e a França, já derrotada em 1870 e agora enfraquecida por um constante conflito político, parecia eminentemente vulnerável.
Pior ainda, em 1914 a Alemanha era, tirando a América, o país com maior produção industrial do tempo. Esta quase ilimitada força inspirou ideias de conquista militar. E também de hegemonia económica. Na Europa central e, a seguir, na periferia. Com a derrota de 1918 e a de 1945, ficou só a segunda hipótese, a que Mitterrand eventualmente ofereceu a arma e a camuflagem do euro. Até ao colapso da União Soviética, a Alemanha (dividida) não interferiu com os vizinhos, bem guardada a leste e dependente da América a oeste. Mas no momento em que readquiriu a sua velha liberdade de acção voltou à velha política que a perdera duas vezes. Claro que desta vez a sua supremacia, na impossibilidade de ser militar, tomou a forma alternativa de domínio económico.
Nada impedia este exercício. A Rússia continuava na miséria; a América estava endividada e enfraquecida; e a França e a Inglaterra, apesar da retórica oficial, sem verdadeira influência externa. A Alemanha miraculosamente acordou como em 1914 dona da Europa e passou logo a impor a sua vontade à gente bárbara da periferia. Hoje manda, embora com boas maneiras, da Roménia a Lisboa, enquanto vai enredando as suas vítimas com tratados supostamente benéficos para a Europa, mas que realmente se destinam a consolidar a sua posição. O Orçamento para 2015 indignou por aí muito português. Quase ninguém percebeu que o “servilismo” perante a Alemanha é um facto da vida, não é nem um erro económico, nem a falta do “murro na mesa” que António Costa anda por aí a prometer. As coisas são como são.
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Costa é esperança que nos resta para dar aquele murro! Só que,… em troca à Alemanha só bastaria ameaçar-nos com a retirada da Auto- Europa… (10% das exportações) e Costa ia ao tapete todo cagado! Nós não temos onde cair mortos! Somos chulo – dependentes! Do tipo: agarra-me senão eu bato-lhe!….
Presunção e água benta….
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Artigo muito lúcido. Não estou a ver nenhum português, politico, jornalista ou comentador, a escrever isto.
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Para os que têm a memória curta.
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Muito acertada esta observacao.
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Retiro post anterior por não se relacionar diretamente com o assunto em causa
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Artigo discutível. Saber onde começa e termina a relação entre a politica e a economia é complicado. Politica e economia têm de criar um feedback positivo entre si. Deixar o BCE e as politicas monetárias entregues aos técnicos de nada adiantou pois a sociedade não está melhor. Na minha opinião este artigo encontra algum enquadramento substancial em alguns aspectos se bem que noutros não o encontra de todo. É apenas mais uma teoria dos múltiplos diagnósticos disponíveis no nosso país.
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O seu comentário é tipico da confusão que vai na cabeça de muita gente: o BCE não existe para tornar “a sociedade melhor”. Existe para evitar que a sociedade não se torne pior, apoiando com as medidas que entender mais adequadas “à conjuntura”, para usar um palavrão.
No nosso caso, se não fosse o auxilio do BCE provavelmente já andávamos (quase) todos de alpercatas.
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Na minha cabeça não vai confusão nenhuma, está tudo relativamente claro. E sim, o BCE e as suas politicas monetárias deveriam ser conduzidas para que a sociedade se torne melhor (sociedade melhor sem aspas), proporcionando uma vida digna e confortável aos cidadãos. E que medidas são mais adequadas à conjuntura ?? A FED acha que adequado à conjuntura é o alivio quantitativo enquanto que o BCE acha(va) que adequado é(ra) o equilíbrio das contas públicas mesmo que através da austeridade. Nesse jogo da corda quem será melhor sucedido ?? O auxilio do BCE não é nada de extraordinário num contexto Europeu, se não auxiliasse Portugal e os outros países em dificuldades a União Europeia já não passava de uma mera recordação. Esta União Europeia não me parece com grande futuro. O artigo do Sr. Bello é do tipo jornalismo para quem é bacalhau basta.
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Confere: quem acha que o BCE existe para “tornar a sociedade melhor” e proporcionar uma vida digna e confortavel aos cidadãos, acha este artigo jornalismo para quem é bacalhau basta.
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Não vou prolongar esta conversa consigo. Sigo regularmente os seus comentários e já me apercebi da sua linha de pensamento. Para si é tudo esquerdalhada, coisa que de resto eu não sou. Neste blogue na maior parte das vezes não é possível uma troca de opiniões de forma sadia. Permita-me apenas que lhe diga que aparentemente as suas noções de economia são nulas e por isso politiza quase sempre o seu comentário.
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E se ele quizer andar de alpercatas?
Eu prefiro andar de botas particularmente no inverno.
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Se durar tanto quanto o de Madame Avillez bem podem ir repescar oos restos mortais do Independente. Ou do Tempo; também era um bom jornal, até ao dia em que noticiou tudo o que se tinha passado numa reunião do Conselho da Revolução que, oh azar, acabou desconvocada. Nesses idos Paulo Portas perorava sobre direito constitucional enquanto na faculdade o professor da cadeira o chumbava com uma valente raposa
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bai daki um avraço pro beloso, catancho!!!
Vai em frente, belosão – num deixes que te dispam…
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