Insultar uma geracao inteira por causa de uma imbecil nao faz sentido nenhum. Eu que nasci na decada de 80 nao tenho nada a ver com essa fulana. Eu poria as coisas de outra forma: as geracoes de 40, 50, 60 e parte de 70 uniram-se para arrecadar para si proprias privilegios e direitos que negam a geracao seguinte, à qual impoe responsabilidades e deveres desproporcionais. De um ponto de vista mais pessoal e empirico, digo-lhe que a minha experiencia profissional é que a geracao anterior à minha é muito fraca do ponto de vista intelectual tecnico e moral. E talvez isso explique o medo que tem dos mais novos.
Ou se gormos a crer nas suas palavras, a culpa é da geracao do Mario Soares e do Guterres. Responsabilidade individual é coisa que nao existe.
Dra. Helena: gostei, como de costume, no entanto, a referência ao TC está mal enxertada. Relevo que, sem tribunais, no nosso país há milhares de “jovens” na mesma situação.
o que descreve é absurdo e insustentável. é caso para dizer: vão trabalhar. aos trinta anos a menina era suposto ter um t1 ou um t2, um palerma qualquer a aquecer-lhe as noites e um emprego ou negócio algures.
Parece-me, todavia, que não pode tornar um caso particular numa lei geral. Esta geração, que não é a minha, tem comido o pão que o diabo amassou. Que eu saiba a taxa de desemprego em Espanha é elevadíssima.
Sem dúvida, o pai não tem obrigação legal de sustentar a marmanja, mas não deixa de ser pai. O problema é moral, o tribunal não devia ter-se metido no assunto; a matéria não devia ter sido judicializada. Contudo, se a rapariga não conseguia emprego ou lá o que seja e o pai não a ajudava, seria um mau pai – do ponto de vista moral.. Lamento mas é assim – e eu não tenho filhos nem tenho invejas disso – mas lembro-me das palavras de alguém célebre que se queixava da mãe: a mother has to be a good mother, period
A menina sempre pode emigrar. Não há nada de mal nisso. se não encontro as oportunidades que quero no local onde resido, mudo-me… De cidade ou até de país. Não é desgraça nenhuma, se eu vou voluntariamente e se trata de uma oportunidade de evolução.
Esta geração ? Não é apenas uma a geração que está a sofrer com o desemprego . Além do mais, nenhuma geração passou por menos dificuldades que a que refere e mais novas . Todas as outras mais velhas passaram mais dificuldades e atravessaram mais crises incluindo a actual.
Sustentar a marmanja é um dever moral do pai ? Dar guarida em caso de dificuldade é bem diferente de sustentar luxos aos 30 anos. E chamar a filha a tomar responsabilidade sobre a sua vida é o dever moral de um bom pai .
Coitadinhos, emprego protegido reforma superior ao que descontaram, deixam um pais com um nivel de divida que demorara 2 geracoes a pagar, viveram num tempo em que desemprego superior a 6% era um escandalo, fugiam aos impostos, IVA a 16%, … Realmente a geracao anterior à minha foi so sacrificios. Voces é que sao a geracao dos direitos adquiridos, nao a minha! Voces sao milhoes a querer viver à nossa conta. E porque uma espanhola aprendeu algo convosco, querem voltar a pisar-nos. Nao se esquecam, voces nao vao para novos, e qd a minha geracao chegar ao poder, as vossas pensoes vao ser ajustadas ao que vcs realmente descontaram. Por isso tratem bem os vossos filhos pois bem vao precisar deles.
O juiz era de que geracao? Daqui a 10 anos o mesmo tribunal vai exigir-lhe que sustente os pais. E aí ha algum problema? É que nessas situacoes nunca é noticia. Se calhar bem…
É com a maior das facilidades que as dificuldades das novas gerações de hoje em dia parecem as piores de todos os tempos.
Em Portugal por exemplo se pegarem numa pessoa com mais de 65 e perante aquelas dificuldades que eles passaram, esboçam timidamente um sorriso.
O diabo amassou o pão que eles não tinham sequer para comer. A maioria não sabia o que era sapatos, quando muito usavam socos no inverno.Trabalho? era meter os pés a caminho dar o salto e acabar num qualquer bidonville.
Não foi assim há tanto tempo. Não desprezando as enormes dificuldades do mundo de hoje sobretudo para o jovens o que está em causa é a ideia que estas gerações tem hoje em dia…..transmitida pelos seus educadores pais e restante sociedade de que, por direito natural tem direito a tudo, ou quase, e que alguém vai ter de o assumir por eles.
É assim que foram educados e ensinados e não falta quem à conta das dificuldades apoie peregrinamente essa ideia.
Dos exemplos que vejo por perto, não há filho a viver à conta dos pais que não tenha carro, gasolina, computador em casa, telemóvel com internet, bons ténis etc etc.
Não há por aí um idiota careca de óculos escuros que canta uma cantiga que se chama “quero ficar sempre nos braços da minha mãezinha”? é nesses palermas que estas gerações se inspiram e se revêm. É por isso que existem DUXes com 40 e tal anos.
MG, é lá com eles, não tenho filhos. falo por mim com a consciência do dever cumprido. apoiei os meus pais até à morte até ao limite das minhas capacidades. e não vejo por aí muito disso. há sempre uma desculpa
vejo por aí muito filho e filha casados, pais de filhos, que sugam a preceito os velhotes. vão comendo das poupanças, têm-nos como baby-sitters. Tudo gente com o pé firme – e o papá dá porque é papá e o mano rosna porque estás a comer mais que eu e quando os velhotes precisam já lá não estão, a vida está difícil e não são só eles, é o marido, é a mulher. depois vem a herança, aí já lá estão – de goela aberta e a rosnar pelo melhor pedaço. Donde que antes de atirar pedras à malta entre os vinte e os trinta seria bom que a malta dos quarenta e cinquenta visse o que anda a fazer.
Reformava-se jà com papá rico? então é um indolente e um parasita, o tipo de filho a quem o pai não deve deixar um tostão. O que eu conheço mais para aí é gente que trabalha por gosto e não por dinheiro.
quem quer ter filhos que os pague 😁 acho bem. deviam era criar um movimento a reinvindicar a descida do custo de criar um filho . sei la , para preços de 1960 , ou assim.
Mais um muito bom texto da Helena Matos. Parece que estamos alegremente a construir uma sociedade em que se pretende que a Lei se torne um substituto da ‘Alma’. Que Homem e que Humanidade teremos no futuro se continuarmos neste caminho?
Mas penso que não é só culpa de alguns que se julgam especialmente iluminados e com o dever de ‘guiar’ as massas brutas, estúpidas e conservadoras. Parte da responsabilidade deve-se aos pais e a uma determinada doutrina da educação, que vem dos anos 60 e 70 do século passado, defendida por muitos psiquiatras, pedopsiquiatras e por ‘cientistas da educação’ que parecem ter esquecido que na nossa essência continuamos a ser mamíferos e primatas, apenas com uma fina camada de civilização, com mais inteligência e conhecimento.
O afeto e o Amor claro que são fundamentais. Eu penso que o diálogo entre pais e filhos é também muito importante. Mas esse diálogo nunca deve por em causa a autoridade dos pais que, em meu entender deve ser absoluta e inquestionável nos primeiros anos de vida da criança e deve ir diminuindo na medida em que aumentam a responsabilidade e a liberdade que a criança (que deve ser incentivada para isso) for conquistando, até se tornar adulta.
Há dias encontrei uma amiga que é educadora de infância e que em conversa me dizia que actualmente muitas crianças veem os pais como ‘coisas’ que existem para as servir. Pelo que vou vendo, se essa minha amiga não acertou, não deverá estar muito longe da verdade. E isso é culpa dos pais.
costa resolve qualquer problema
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A “ideologização” da justiça, melhor, de juízes, dá nisto…
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A sociedade anda ao Deus dará e, neste mundo sem lei nem rumo, tudo pode suceder. desde que sejam coisas sem nexo, aferidas pelos nossos princípios.
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Os pais exigem mesada ao outros contribuintes e aos mercados.
Estão bem uns para os outros.
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Insultar uma geracao inteira por causa de uma imbecil nao faz sentido nenhum. Eu que nasci na decada de 80 nao tenho nada a ver com essa fulana. Eu poria as coisas de outra forma: as geracoes de 40, 50, 60 e parte de 70 uniram-se para arrecadar para si proprias privilegios e direitos que negam a geracao seguinte, à qual impoe responsabilidades e deveres desproporcionais. De um ponto de vista mais pessoal e empirico, digo-lhe que a minha experiencia profissional é que a geracao anterior à minha é muito fraca do ponto de vista intelectual tecnico e moral. E talvez isso explique o medo que tem dos mais novos.
Ou se gormos a crer nas suas palavras, a culpa é da geracao do Mario Soares e do Guterres. Responsabilidade individual é coisa que nao existe.
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Dra. Helena: gostei, como de costume, no entanto, a referência ao TC está mal enxertada. Relevo que, sem tribunais, no nosso país há milhares de “jovens” na mesma situação.
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o que descreve é absurdo e insustentável. é caso para dizer: vão trabalhar. aos trinta anos a menina era suposto ter um t1 ou um t2, um palerma qualquer a aquecer-lhe as noites e um emprego ou negócio algures.
Parece-me, todavia, que não pode tornar um caso particular numa lei geral. Esta geração, que não é a minha, tem comido o pão que o diabo amassou. Que eu saiba a taxa de desemprego em Espanha é elevadíssima.
Sem dúvida, o pai não tem obrigação legal de sustentar a marmanja, mas não deixa de ser pai. O problema é moral, o tribunal não devia ter-se metido no assunto; a matéria não devia ter sido judicializada. Contudo, se a rapariga não conseguia emprego ou lá o que seja e o pai não a ajudava, seria um mau pai – do ponto de vista moral.. Lamento mas é assim – e eu não tenho filhos nem tenho invejas disso – mas lembro-me das palavras de alguém célebre que se queixava da mãe: a mother has to be a good mother, period
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A menina sempre pode emigrar. Não há nada de mal nisso. se não encontro as oportunidades que quero no local onde resido, mudo-me… De cidade ou até de país. Não é desgraça nenhuma, se eu vou voluntariamente e se trata de uma oportunidade de evolução.
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Esta geração ? Não é apenas uma a geração que está a sofrer com o desemprego . Além do mais, nenhuma geração passou por menos dificuldades que a que refere e mais novas . Todas as outras mais velhas passaram mais dificuldades e atravessaram mais crises incluindo a actual.
Sustentar a marmanja é um dever moral do pai ? Dar guarida em caso de dificuldade é bem diferente de sustentar luxos aos 30 anos. E chamar a filha a tomar responsabilidade sobre a sua vida é o dever moral de um bom pai .
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Coitadinhos, emprego protegido reforma superior ao que descontaram, deixam um pais com um nivel de divida que demorara 2 geracoes a pagar, viveram num tempo em que desemprego superior a 6% era um escandalo, fugiam aos impostos, IVA a 16%, … Realmente a geracao anterior à minha foi so sacrificios. Voces é que sao a geracao dos direitos adquiridos, nao a minha! Voces sao milhoes a querer viver à nossa conta. E porque uma espanhola aprendeu algo convosco, querem voltar a pisar-nos. Nao se esquecam, voces nao vao para novos, e qd a minha geracao chegar ao poder, as vossas pensoes vao ser ajustadas ao que vcs realmente descontaram. Por isso tratem bem os vossos filhos pois bem vao precisar deles.
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O juiz era de que geracao? Daqui a 10 anos o mesmo tribunal vai exigir-lhe que sustente os pais. E aí ha algum problema? É que nessas situacoes nunca é noticia. Se calhar bem…
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É com a maior das facilidades que as dificuldades das novas gerações de hoje em dia parecem as piores de todos os tempos.
Em Portugal por exemplo se pegarem numa pessoa com mais de 65 e perante aquelas dificuldades que eles passaram, esboçam timidamente um sorriso.
O diabo amassou o pão que eles não tinham sequer para comer. A maioria não sabia o que era sapatos, quando muito usavam socos no inverno.Trabalho? era meter os pés a caminho dar o salto e acabar num qualquer bidonville.
Não foi assim há tanto tempo. Não desprezando as enormes dificuldades do mundo de hoje sobretudo para o jovens o que está em causa é a ideia que estas gerações tem hoje em dia…..transmitida pelos seus educadores pais e restante sociedade de que, por direito natural tem direito a tudo, ou quase, e que alguém vai ter de o assumir por eles.
É assim que foram educados e ensinados e não falta quem à conta das dificuldades apoie peregrinamente essa ideia.
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Dos exemplos que vejo por perto, não há filho a viver à conta dos pais que não tenha carro, gasolina, computador em casa, telemóvel com internet, bons ténis etc etc.
Trabalhar para quê? Já têm tudo.
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Depois admiram-se dos chineses estarem a tomar conta de tudo… Na China não há “pão para malucos”. Tudo trabalha (quase) desde o berço.
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Helena, reparo que os meus comentarios nunca sao publicados, ficam sempre a aguardar moderacao. Estamos com problemas com o contraditorio?
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Não há por aí um idiota careca de óculos escuros que canta uma cantiga que se chama “quero ficar sempre nos braços da minha mãezinha”? é nesses palermas que estas gerações se inspiram e se revêm. É por isso que existem DUXes com 40 e tal anos.
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MG, é lá com eles, não tenho filhos. falo por mim com a consciência do dever cumprido. apoiei os meus pais até à morte até ao limite das minhas capacidades. e não vejo por aí muito disso. há sempre uma desculpa
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“Amanhã exigirão a mesada a quem?”
.
Aos avós e aos bisavós, que são muitos.
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vejo por aí muito filho e filha casados, pais de filhos, que sugam a preceito os velhotes. vão comendo das poupanças, têm-nos como baby-sitters. Tudo gente com o pé firme – e o papá dá porque é papá e o mano rosna porque estás a comer mais que eu e quando os velhotes precisam já lá não estão, a vida está difícil e não são só eles, é o marido, é a mulher. depois vem a herança, aí já lá estão – de goela aberta e a rosnar pelo melhor pedaço. Donde que antes de atirar pedras à malta entre os vinte e os trinta seria bom que a malta dos quarenta e cinquenta visse o que anda a fazer.
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Se eu tivesse papás com 10 mil de reforma, se calhar reformava-me já a seguir. Pelo amor da Santa,trabalhem.
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Reformava-se jà com papá rico? então é um indolente e um parasita, o tipo de filho a quem o pai não deve deixar um tostão. O que eu conheço mais para aí é gente que trabalha por gosto e não por dinheiro.
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O que faz falta a estas Sandras, Sabrinas e Sofias, é um pouco de educação à antiga! Se necessário com recurso a pau de marmeleiro…
30 anitos de idade e exigir em Tribunal que o Pai lhe pague uma mesada??!!
E o Tribunal deu-lhe razão??!!
Caminhamos para o abismo mais depressa do que o esperado…
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Excelente análise, mas não podemos ignorar que parte da culpa é dos pais (nossa).
Sobre a tema do “Podemos”, sugiro o meu post de hoje: http://marques-mendes.blogspot.pt/2014/11/sim-podemos-mas-nao-queremos.html
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quem quer ter filhos que os pague 😁 acho bem. deviam era criar um movimento a reinvindicar a descida do custo de criar um filho . sei la , para preços de 1960 , ou assim.
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Mais um muito bom texto da Helena Matos. Parece que estamos alegremente a construir uma sociedade em que se pretende que a Lei se torne um substituto da ‘Alma’. Que Homem e que Humanidade teremos no futuro se continuarmos neste caminho?
Mas penso que não é só culpa de alguns que se julgam especialmente iluminados e com o dever de ‘guiar’ as massas brutas, estúpidas e conservadoras. Parte da responsabilidade deve-se aos pais e a uma determinada doutrina da educação, que vem dos anos 60 e 70 do século passado, defendida por muitos psiquiatras, pedopsiquiatras e por ‘cientistas da educação’ que parecem ter esquecido que na nossa essência continuamos a ser mamíferos e primatas, apenas com uma fina camada de civilização, com mais inteligência e conhecimento.
O afeto e o Amor claro que são fundamentais. Eu penso que o diálogo entre pais e filhos é também muito importante. Mas esse diálogo nunca deve por em causa a autoridade dos pais que, em meu entender deve ser absoluta e inquestionável nos primeiros anos de vida da criança e deve ir diminuindo na medida em que aumentam a responsabilidade e a liberdade que a criança (que deve ser incentivada para isso) for conquistando, até se tornar adulta.
Há dias encontrei uma amiga que é educadora de infância e que em conversa me dizia que actualmente muitas crianças veem os pais como ‘coisas’ que existem para as servir. Pelo que vou vendo, se essa minha amiga não acertou, não deverá estar muito longe da verdade. E isso é culpa dos pais.
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Gostei. Pegar num caso absurdo e generalizar para uma geração não é falacioso nem absurdo. É rigor. Obrigado.
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